sempre fui de me abstrair do mundo enquanto leio, o que tanto tem vantagens como desvantagens.
talvez por isso algumas pessoas possam ter achado que ler na cama era coisa not so cool... eu cá acho muito cool duas pessoas lerem na cama
por outro lado, consigo concentrar-me e estudar, ler, escrever, etc. em cafés barulhentos.
seja como for, fiquei muitíssimo surpreendido, quase chocado, com o facto de, estando a ler (trabalho), tomei súbita consciência de que estava a ouvir a raffaela carra a cantar tanti auguri, de 1978, um dos seus êxitos internacionais (e que eu, tal como o outro, também ouvi em flexidisco por essa época) na KEXP, rádio de seattle, washington, USA.
tem tanto de surpreendente o ter acontecido quanto eu não me ter apercebido que tenha estado a acontecer.
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claro que, estando agora focado noutra coisa (é assim que a minha vida se vai por entre os dedos) tive de ir procurar onde crl fica triste, de que apenas sei que fica na itália.
averiguar por que raio dizia a raffaela que daí para baixo é que era bom pinar parece-me igualmente interessante, mas é investigação para a qual não tenho, de momento, recursos disponíveis e a que talvez devesse ter-me dedicado há muito tempo, mesmo estando consciente que "não tinha hipóteses, na itália".
fica numa zona fora da bota.
logo abaixo, territorialmente, fica uma surpreendente fatia da eslovénia. surpreendente porque eu pensava que a itália fazia fronteira com a croácia, mas afinal não, tem ali uns quilometrozinhos, menos de vinte, em linha recta, de eslovénia.
depois é que é croácia por ali abaixo, até ao montenegro e assim.
alvitro que miss carra se referiria, em termos greográficos, à latitude de trieste, e faço-o por duas razôes. a primeira é que, assim, acima desse paralelo fica a parte da itália (milão, alpes, etc.) onde não há vagar para pinar como deve ser, i.e. com alegria.
a segunda é que, assim, quase toda a itália ficaria entre esse paralelo e o equador, logo, neste sentido, ficaria abaixo de trieste, o que determinaria que aí se pinava como deve ser, i.e. com alegria. acho essa interpretação, extrapolada à interpretação artística da intérprete ou da artista (que linda frase!), muito voluntariosa e patriótica.
continuando a extrapolar, abaixo desse paralelo fica todá penísulibérica e o sul de france, do que se poderá concluir que aí (remontando-nos, pelo menos, a 1978) também se pinaria/pinava/pina como deve ser, i.e. com alegria.
já agora, toda a gente sabe ou deveria saber que pinar como deve ser, i.e. com alegria, implica sempre extrapolar. e às vezes, com sorte, remontar.
enfim...
é ma-ra-vi-lho-so o que aprende e o que se pode vir a aprender!!!!