2024/04/29

ferrinhos

notas pouco católicas sobre a cimeira das democracias

painel de gente nova - todas as pessoas em palco tinham dupla consoante no apelido. achei adequado.

maria castello-branco: da JP para a iniciativa liberal. 
                                      óptima resposta à questão 35/4 x 25/11

fica-se encantado com uma mulher com a idade da nossa filha, o que dá uma claríssima consciência dupla sobre a crise da meia idade (não é crise, é só meia idade. o ter noção disso é que pode ser potenciador de crise, mas nem sempre. nem nunca) e sobre o facto de a filha que se tem é uma mulher.
a linguagem corporal, o à-vontade... etc.

a exma. sra. reitora é capeloa. achei adequado.

a calma descuidada da diplomata loura, jovem e bonita, a ajeitar a mama esquerda dentro do soutien preto, debaixo de um camiseiro branco.

tudo sobre a impressionante menina do colégio do sagrado coração de maria (o de lisboa, não o de fátima).
brilhante.
tudo.
gostei de falar com ela:
- posso dar-te dois beijinhos? gostei muito de te ouvir!
- claro que pode.
- quando eu tinha a tua idade tinha medo de miúdas como tu. agora tenho menos...
- os rapazes tendem a ter medo de mim, sim... é pena.
- não mudes. continua assim. eles dão a volta...

2024/04/20

2024/04/13

wear that badge with honour

erosphorma

lembrei-me de uma intervenção no trabalho onde comparei formalidade com formalismo.
não achei perda de tempo nem gastar latim para nada. foi útil. 
vai (vão) definindo e clarificando ao que venho.

porque me lembrei, cristalizo aqui as palavras de adélia prado, o que, de certa forma, é adequado porque a poesia e tal e não sou judeu nem nada:

o poeta cerebral tomou café sem açúcar
e foi pro gabinete concentrar-se.
seu lápis é um bisturi
que ele afia na pedra,
na pedra calcinada das palavras,
imagem que elegeu porque ama a dificuldade,
o efeito respeitoso que produz
seu trato com o dicionário.
faz três horas que já estuma as musas.
o dia arde. seu prepúcio coça.

pseudo-manguito

eu até sabia que o senhor era marquês. que não tinha um braço soube há tempos, mas tinha obrigação de ter sabido antes, pois o bacano lá está, imortalizado em bronze, em frente ao seminário.
tendo a consumir álcool por ali, tenho desculpa.
mas, seja como for, hoje alguém decidiu usar sempre o título nobiliárquico do indivíduo.
assim, passei aqueles minutos do discurso sempre a ouvir:

"marquês de sade, a bandeira"

se eu tivesse partilhado este pensamento com a imprensa, talvez não se esquecessem do nome do local onde estiveram.
enfim...


2024/04/08

sexyness, tomo LXXVIII

 


- e tu, reparas primeiro em quê?
- na boca, acho eu...
- tarado!!

deveria ter esclarecido que tudo começa (ou acaba) no beijo.
o beijo é de-ter-mi-nan-te!
é muito possível que eu nunca tenha ido às putas porque li algures (ou vi num filme. a minha selecção "eclética" de filmes torna esta opção muito menos elegante, mas enfim...) que as putam não beijam.
ou não beijavam.
não sei bem...



sexyness

 


estica blues

2024/04/04

2024/04/03

a sorte parece menos terrível quando se está ganzado

 


traz-se o bukowski à colação por duas razões.
a primeira é que estava a apetecer-me trazer qualquer coisa à colação. não sei, foi assim uma coisa...
a segunda prende-se (talvez me estivesse a apetecer prender algo, também) com de um postal ilustrado afixado numa sala de aula onde, às vezes (no sentido espacio-temporal e/ou profissional, estritamente), trabalho.
o postal tem uma citação (tanto quanto se pode saber se é mesmo citação ou não, hoje em dia) de simone de beauvoir que diz:
a morte parece menos terrível quando se está cansado.
eu disse aos miúdos que aquilo estar ali era estranho, que não era para eles, que eles eram imortais.
talvez me tenha precipitado.
a sarjeta é equidistante ao sucesso, para eles, estatisticamente (tese minha, se não se considerar uma vida "normal" uma vida de sucesso). e muitas vezes, ou sempre, a vida assenta só na sorte ou no azar.
talvez tenha de rever a minha fundamentação, mas...


2024/04/01

pinguepongue ou ping-pong


ontem à noite chovia enquanto conduzia.
não tenho sido particularmente fiel a uma estação de rádio, mas lá calhou a ouvir a antena 3...
e fui apanhado por esta canção, entre textos, poemas, outras canções que falavam de renascimento ou ressurreição. fruta da época.
gosto muito das palavras e da voz da matilde campilho.
tendo a gostar das palavras que são escolhidas neste programa.
agora, numa pausa no trabalho, lembrei-me da canção...
os jovens, hoje, conseguem ser desconcertantemente transparentes.
gosto disso.

the call from the desert