2023/12/23

canção multi-usos tipo chave inglesa ou canivete suíço

lembro-me bem, não foi assim há tantos dias.
sabia bem ter dias em que sorrias.
lembro-me sempre, não digo todos os dias.
sabia-me bem termos dias, tu querias.

lembras-te? juraste que não esquecerias...

tempo de praia

2023/12/03

"el galego", aka "porco com asas"

 

lembro-me (lembrava-me, vá) sempre desta canção quando passo (ou ia) aqui. 
há mais do que um, mas só me acontecia num, pois só nesse reparei no logotipo.
gosto desta canção como sempre gostei.

tenho a cabeça cheia de tralha...

2023/11/29

when poetry fails me

no livro "os cães ladram facas", num poema específico que fala de um tipo de amor diferente, bukowski diz:

ouço os motores na noite
e através do céu uma mão
alva acena:
boa noite, querido*, boa noite.

agora, mais tarde, que relembro a lembrança destes versos numa noite também ela específica, apercebo-me que não foi a poesia que me falhou, mas antes o que falhou foi o timing. melhor dizendo, foi a inadequação entre a consciência da poesia e a consciência do momento.

mas a poesia está acima de certas circunstâncias.
sair-se ileso pode ser poético, tanto quanto o morrer o pode ser.
um dia destes dedicar-me-ei à procura de paralelismos entre a poesia e o zen
só paralelismos, pois a identificação completa é, por natureza de ambos, impossível.

mote (ou estribilho, ou seja o que for):
paralelismo 1 - tanto a poesia quanto o zen podem ser instrumentalizados na insónia, com igualmente fracos resultados.
paralelismo 2 - tudo o que se disser sobre poesia ou o zen pode ser e será contestado, mais tarde ou mais cedo.
paralelismo 3 - ...


* querida, na tradução original




________________________ 


follow-up, retirado do mesmo livro:

haverá sempre dinheiro e putas e bêbedos
até à última bomba,
mas como Deus disse,
cruzando as pernas,
vejo que fiz poetas de sobra
mas não muita
poesia.

bye-bye bicycle

tell me how/if you ride your bike, i´ll tell you who you are...




2023/11/25

2023/11/22

hipocrisia?

ela dizia-me que estava feliz, que estava tudo bem, que tudituditudo...
eu fiquei feliz por ela, mas, o tempo todo, não me saía da cabeça aquele vestido que ela usou sem soutien uma vez... aliás, esse foi o leitmotiv.
fiquei, sinceramente, feliz.
aquele mamilo estava, singelamente*, vestido.


* pequeninamente mordível, na versão original


feels right

2023/11/16

"sexy as fuck" ou "pernão"*

 


isto a pessoa, para tirar os três à rede de internet da casa, tem em streaming, enquanto trabalha, o canal "tiny desk  concert" (amaricano)  do yutube e, sem reparar, dá por si a ouvir mui agradado um instrumental de guitarra portuguesa (o nome da peça é "minha alma"#) e afinal descobre que é uma gaj... uma senhora que está a tocar e descobre que se chama Marta e descobre que está a tocar na américa e descobre que a gaj... a senh... a Marta é toda gostosa e, concentradíssimo já em pesquisas por imagens, descobre isto. 
cum catano!!!


* disseram-me de uma moça que alterou o apelido no seu endereço electrónico. mudou de "naoseiquê pernão" para "nãoseiquê pernoa". fica a nota.
# nunca encontrei o poema gráfico almaminhalmaminhalmaminha na net...


2023/11/10

not bad

 não está a correr mal: o trabalho e a audição da obra integral de leonard cohen.

estava capaz de almoçar por aqui para ver as gaj... por razões logísticas, mas tenho quir ver do cachopo, ó o catano.


nunca tinha reparado bem nesta canção... 
deixo esta versão porque gostei da tradução e da interpretação in'italiano.

2023/11/05

highlight of the day

a conversa que se transcreve, se não corresponde, ipsis verbis, ao que foi dito, corresponde, ipsis imagines, seguramente, ao que eu ouvi:
...
A - quem mora aí é uma colega minha, muito querida. a área dela é Trabalhos Manuais.
eu - é gira?
A - aaaaa... não...
eu - não faz mal... se é querida e é especialista em Trabalhos Manuais, vejo aí uma possibilidade.
...
(interlúdio)
...
A - eu, padel, experimentei, mas não é a minha actividade favorita... quando isto estiver mais folgado conto regressar à equitação.
eu - aaaaaa... ok.... (vi demasiados filmes para adultos, eu)... está bem.

da série "songs from the seas", um proto-sub-produto de "tales from depression"

gaze

 das circunstâncias do espectador profissional/existencial:



"in vino veritas" ou "easy coolness"

 

não tenho a certeza, mas acho que a M. estava por aqui a fazer a cena dela, tal como a Cátia. 
é bem.
muito bem, mesmo.

hindu mithology

note to self:

Laxman é filho de Durga (e não Purga, como eu pensei que era o nome).



jr lust for nothing

 

lembrei-me desta canção porque contava, em conversa caseira, como o aguardela havia dito ao seu pai, agradecendo-lhe o ter tido a oportunidade de estudar, que tinha desistido do curso de direito no quarto ano... "a minha vida é a música". 
também me lembrei porque, por ter o cérebro em over-ride de ecrãs, dei por mim a comer com imagens de guerra (notícias) em pano de fundo. 
o som estava desligado, a televisão estava apenas, silenciosamente, a "fazer-me companhia" enquanto trabalhava. é tão triste, a idade. 
a guerra, mesmo não parecendo, vista daqui, é real. 
qualquer morte televisionada é mais real do que a minha vida, neste momento, mas, infelizmente, os efeitos são análogos. 

mas nunca me deu.

2023/10/28

1+1=1 (not mário cesariny)

e lá fiquei reduzido a um copo dos que eu gosto de usar para beber vinho. o recentemente falecido lá está, a fazer companhia ao restante vidro para reciclar (pelo menos eu coloco aquilo no ecoponto certo, o que acontece depois desconheço. é assim, na vida, desconhece-se sempre o que vem depois).
no big deal: não recebo convidados e o miúdo não bebe.
no pasa nada.

querem ver que, afinal, deus, esse grandecíssimo filho da puta, quando está bêbado ou drogado, sempre escreve direito por linhas tortas.




2023/10/16

exéquias fúnebres, em azul

 


nunca mais. 
tenho muita pena.
por muito estúpida que seja a analogia (e é), está-se mais ou menos na situação de "desligar as máquinas"...
enfim...
é a vida.


2023/10/14

2023/10/12

2023/09/28

euphemismo

there's nothin wrong in loving something you cannot hold in your hand...

                                                                                                     nick cave

2023/09/27

country sunburnt babes


eu, louras, até que nem coiso assim por aí além, mas as moças não fazem doer os olhos e eu não vim aqui pra ralhar.

assim, cá fica uma cançãozinha que vá lá, vá lá...
a pungente história de uma mulher que, em se fartando de levar nas trombas, lá se resolveu a resolver o assunto à machadada.

________ 

a expressão "nem coiso assim por aí além" é uma citação de mim próprio, numa conversa específica com um gajo específico a beber uma cerveja específica. mazinha, por sinal, mas era produção caseira e eu, quando bebo, dá-me para a empatia e para o riso:

um gajo específico - tu tens algum tipo de mulher preferido?
eu - sim. bonitas.
um gajo específico - não, pá... louras, ruivas, morenas...
eu - pá... louras não coiso assim por aí além. mas há excepções.
um gajo específico - pois: ruivas, morenas...
eu - gosto das que são mistura disso tudo, também...

2023/09/26

nippon

- ó pai, tira esse elástico parvo do cabelo... pareces um samurai... daqueles velhos e bêbados...
- são os piores prá porrada!
- ya... tens razão...
(risos)





2023/09/21

kino

foi bom perceber que a minha ideia do filme era a mesma da do realizador.
nos flick-flacks encarpados que a nossa cabeça faz (digo nossos, mas é uma pressuposição esperançosa. sofre-se menos quando não se sofre sozinho) imaginei o meu avô, sentado numa pedra enquanto comíamos quando íamos à caça, há 50-cinquenta-50 anos... ele observava-me, ouvia-me, falava comigo. ele não conseguiria imaginar-me à distância de cinquenta anos. nem eu. nem ninguém.
seja como for, imaginei-o a ver-me a perceber que a minha ideia do filme era a mesma da do realizador. gostei disso.
julgo que ele concordaria com a ideia de que "se gostar de mulheres é um defeito, então também eu sou defeituoso", como horizonte de interpretação da frase:
- eu não medo de lésbicas... tenho é medo dos meus sentimentos por elas.

fiquei a pensar na palavra deslumbrante e do seu sentido. poderia ter dito significado, mas é sentido que quero dizer. o deslumbramento é de fora para dentro, mesmo mexendo com o dentro.
se ficar deslumbrado é ficar fascinado ou maravilhado, e é, também é uma vertigem devida a excesso de luz. e é nesta acepção que, ontem, a palavra era um tanto abusiva.
comentei com a cinéfila do lado que achava a anabela moreira muito bonita. ela, a cinéfila, respondeu: "despe-se em todos os filmes..."
muito atencioso, da parte dela, da anabela, pensei para comigo, mas não é por isso que a acho bonita.

sempre associei a bexiga (julgo que espanhola, mesmo) em que o meu avô levava o vinho para a caça à guerra civil espanhola e à espanha em geral, incluindo a leitura diária do d. quixote, de cervantes, que é o que se tem coiso antes de se adormecer.
daí que comer pão com queijo e vinho, sentado numa pedra (incluir paisagem cársica em fundo), gostar de mulheres bonitas, ter capacidade de deslumbramento, compreender seja o que for ou ser-se compreendido, enfim, essas coisas, levam-me a que


2023/07/27

2023/07/05

2023/07/04

"metakinta, foda-se", 1996

slept through supermoon

 e nisto ela diz aos outros, falando de mim:
- o seu amigo deu-me a volta à cabeça...
eu, em 26% das situações, estou atento, logo:
- olhe que não é a primeira mulher a dizer isso de mim. não é um grupo animado, devo dizer...
ela continuou a falar de mim, como se eu não tivesse dito nada. continuava a falar com os outros:
- não sei como, ele lá achou, no fim do mundo, cerveja gelada em copos gelados. foi espectacular...

(later)
- ó titcher, tu não tens vergonha nenhuma... o marido estava logo ali ao lado...
- não disse nada de mal, e, de qualquer forma, ninguém me liga...

fui (tentar) andar de bicicleta. dizia aqui o coiso que a temperatura sentida era de 41ºC. os moços, porque eu vi mal o email, esperaram por mim na partida... 
comecei muito mais nervoso e cansado do que seria expectável...
porque não tive tempo (e cenas), não pude deixar a bike pronta como deveria...
seja como for, fui só naquela...
por isso, quando o meu corpo me disse claramente que amor com amor se paga e o seu inverso, decidi, para alívio de todos, ir até à base. tive (bastaram duas frases minhas) companhia. fiz rir uma mulher que, tal como eu, tinha o cérebro pouco oxigenado (só parece fácil se não se ler a frase toda).
cumprindo a profecia (minha), lá descobri um  sítio onde, a uma quinta-feira, deverei voltar. um antro, no primeiro andar (passe a contradição).

quando fui almoçar vi a A. e, estando ela rodeada de outras pessoas, anunciei-lhe: "estás aqui? levas já dois beijos que até andas de lado!". 

estou a tentar fazer espetadas no forno e está a correr mal... pode ser que sim, mas...

as cores que vejo agora da janela são dos mesmos tons das que eu vi com a M. enquanto comíamos espargos com ovos (não grande coisa)... 

parti dois copos de vinho em duas semanas porque fui bruto a fazer gin..

não, não pôde que sim, espetadas wise. os cogumelos estão awesome, menos mal.

afinal, vai-se a ver, e a minha resposta à questão 5.3 do exame de matemática de 12º ano está, ainda que, num plano superficial, mais ou menos bem pensada, está, dizia, ao nível de excremento. ainda bem que não apostei. afinal, eu só aposto naquelas coisas em que eu tenho a certeza de conseguir. assim sendo, não jogo. habitualmente, não jogo. gosto de jogar, mas divirto-me pouco, pois sou demasiado racional para a actividade.

às vezes custa-me, a vida, mesmo fazendo eu o melhor que posso. e o meu melhor está longe de ser desprezível, mesmo não tendo eu medo de desistir. no domingo desisti, mas ao mesmo tempo, não desisti.
desisti da prova (foda-se, 'tava bué calor e eu estou na idade em que os homens olham para o lado, agarram-se ao braço e falecem, de olhos muito abertos), mas não desisti de ser eu, como eu sou. diverti-me. diverti. vale o que vale...

é que está mesmo tudo muito limpo no ar de hoje, derivado ao vento... vejo, hiper-realisticamente, o contorno da cordilheira que me impede o visionamento das berlengas (sei, é puxado, mas, muito espremidinho, em dias destes, talvez desse..)

dizem os comentadores da eurosport à voltáfrança que o sprint de ontem "foi legal, mas não foi leal"...
sei.
i understand.

vou fazer café, fumar, ler portefólios, rapar o cabelo, masturbar-me, montar a campaínha nova na bike, ler cenas sobre o amor, apanhar os lençóis, escrever uma canção, fazer dois telefonemas e planificar o meu horário, isto é, a minha vida (a ordem não é, necessariamente, esta...).

agora, só para efeitos decorativos, fica (ao escrever isto, ainda não faço ideia):





2023/06/30

random inspired words in songs in a row in a context and a flower

the greatest coward can hurt the most ferociously 
living in the past makes you depressed, living in the future makes you anxious



um gajo a fazer a cena dele numa língua que eu não coiso.... mas gosto.

abacate a 3.45 no lider

a minha relação com a minha guitarra está a assemelhar-se muito com a relação da M. com o piano dela.
infelizmente, pelas razões opostas.




2023/06/22

extended version, 'cause/if you want more!!!

 


brith me

ice-cream words

state of the art

bom... por onde começar?

tal como na actividade cinegética, deveria acontecer do seguinte modo: fixava-se uma época, a pessoa fazia o gosto ao dedo e a uma pulsão específica (pode introduzir ambiguidade, assim tão sintetizadozinho, mas quessafoda), e depois, consumia-se o que se obtinha. (conheci uma gaja com umas pernas fantásticas que dizia "obtia").

declaro encerrada (certas pessoas dizem que as minhas declarações de pouco valem) a época de aquisição de livros para estes tempos. 
já tenho muito mais livros disponíveis do que tenho tempo para os ler. se se pensar que tenho, ga-ran-ti-da-men-te 1300-militrezentas-1300 páginas de histórias de vida para ler até ao fim da semana que vem, tásse bem.

há caçadores que não comem a caça que matam. espero muito sinceramente que se fodam mais o seu puro desejo (geralmente não assumido) de matar. é o mínimo da decência, digo eu... 
seja como for, hoje fui aos correios buscar um livro. 
vai-se a ver, trouxe quatro. 
um deles tem uma dedicatória. "se leres este livro até ao fim, faço-te um broche". 
é tentador, mas tenho dúvidas. deste gajo espero tudo. no fim da frase tinha um asterisco. na página 69-sessentinove-69 estava um papelinho com a frase "sim, até ao fim, seu chato. :)"
há certas coisas que me fazem impressão...



uma delas é ver o meu critério de escolha de livros.
acabei por ficar com um ensaio (ruth benedict, padrões de cultura), dois romances (william golding, ritos de passagem (e só porque li o famosíssimo o senhor das moscas há pouco e gostei) e primo levi, se isto é um homem (porque estou agradecido sem ter a quem agradecer, excepto, talvez, aos meus pais, mas isso é meio coiso por estes dias...) e uma coisa chamada fragmentos de um discurso amoroso, de roland barthes.
juntando isto às variações sobre um corpo* (poesia) de ontem e a todo o resto, acho que sim senhor.

foto avulso, que nada tem a ver com o que estou agora a dizer.


agora vou tomar café, pois fiz muitas coisas importantes durante a manhã, incluindo comer as maçãs que, afinal, acabei por não comer ontem visto que achei bué mais interessante fumar uma cigarrilha.
uma mulher muito bonita agarrou-se a mim, por via das baratas. 
uma senhora idosa esclareceu-me: não tem chovido e elas andam doidas por todo o lado. eu lá consegui comentar, sorrindo para a agarrante: "é. até as baratas andam assim..."

às vezes apetece-me desistir de certas coisas e dedicar-me a outras. nunca tive medo de desistir, mas também não é assim à papo-seco, as outras que me perdoem. isto o que é preciso é muita calma nesta hora, que roma e pavia.

a malta tenta comer saudável, deitar tarde e cedo erguer, não se enervar e assim... e o mundo tem tantas coisas.
por exemplo a conversa de uma colega, out of the blue:

- tenho tantas saudades de ser puta...
- oi?
- a sério! ter sexo com fartura, sexo casual, estás a ver? eu sempre gostei muito de sexo. é assim uma coisa... desde que casei, acalmei um bocado. uma pessoa define prioridades. acalmei muito, especialmente desde que fui mãe. comentei isso com o meu ginecologista, o dr. Sidónio.
- sexo casual nunca foi a minha cena, mas sei quem é o dr. Sidónio. também foste parir à bissaya barreto?
- eu? claro que não!! foi no particular, tudo tratadinho. foi cesariana! aliás, fiz questão de esclarecer: só seria mãe desde que isso não implicasse dores de parto e amamentar. e assim foi...
- a sério? conheço uma moça que me disse que, de longe, os melhores orgasmos que teve foi a amamentar...
- ó pá... não sei... nunca achei piada...
- eu gosto.
- cá para mim isso tem marotice...
- tu és tão inteligente... mas não tem de ter. gosto das duas versões, com e sem...
- com e sem quê?
- marotice... gosto da tua maneira de pensar...

outra foto avulso, só para não pensar na runião com enc. de educação (fazia trezouquatro ee's da minha dt). assim tipo bife wellington ou vichyssoise, visto que até já almocei e tudo:


afinal a cena das baratas não é tão específica quanto eu pensava...
parece que em certas zonas da cidade, "especialmente quando não chove", tal como disse a velha, as baratas espalham-se a partir das tampas das condutas de água (não as de esgoto. confirmei junto do técnico, só porque ele estava a babar-se a olhar para a senhora que assustadamente viu em mim o herói anti-insectos que eu jamais me imaginaria) para curtir a cidade.

bom... por fim, tipo naperon, deixo uns versos de uma página, aberta ao acaso, da antologia de poesia receém-chegada nús correios:

humildemente dissipo a solidão, aceito o vosso apelo
         de esperma,
mereço a poesia.

- humildemente repudio a morte.

(do poema Ciclo-I, de herberto helder)


*- estou tão tão tentado a acrescentar, com marcador indelével, na capa, a expressão "... com pintelhos".


2023/06/11

blood red right hand

duas canetas BIC Exact-tip roller red, 0,6 mm
1/2 caneta BIC Z4 roller red, 0,7 mm
4 dias

"cave" would be an awesome nickname...


fatum

blagostobo

nunca fui moralista.

sempre achei que a empatia, a atenção, a solicitude, essas coisas todas, não devem ser impostas.
não são, sequer, um dever.
a necessidade, o caráter imperativo dessas atitudes decorre da consciência (noutros tempos e contextos talvez dissesse "da compreensão na realidade". diria, de certeza, com a  devida referência, que é homenagem) de que, de facto, estamos, estaremos, sempre estivemos, inexoravelmente sós.

ipso facto, é a impossibilidade de quid pro quo.

podia dizer sem as expressões latinas? 
sim, mas eles dizem que as latinas são mais fogosas. ainda que... não sei. 
faltam-me dados empíricos
talvez me faltem mais coisas...

2023/06/10

"random wallpaper" ou "desopilar"

 


sei lá eu quem crl é o chinó zuke...

estou há dias aqui fechado...
talvez sim, me fizesse bem apanhar ar na tromba.
mas,
eu só apanho ar na tromba quando faço nudismo... nos outros dias só apanho ar no focinho.

last week of school inspiration: "a running gag of pulling down his pants to reveal his buttocks and dance in the process with an accompanying original song"...

Immanuel Cunt

a vida de uma pessoa pode estar, está, dependente de um acto de nomeação. atribuir um nome é coisa importante, independentemente do nome ou do nomeado. 
nomear, atribuir um nome ou criar um nome, que se julga, não sem dose de muito mistério nas suas costumeiras ocorrências, apropriado àquilo que se pretende nomear, é uma acção que deve ser acompanhada da consciência desta importância.

apercebi-me disto tudo na noite passada/nesta madrugada, entre as dézimeia e as cinquium quarto, por causa de um ficheiro. uma merda de um ficheiro. uma grelha excel, ainda por cima, com nomes (mais uma vez a importância, pois correspondem a pessoas) e números.
e contaminou tudo. 
tudo foi contaminando.

o efeito dominó é muito lindo, mas as peças podem chegar a uma dimensão (e perigosidade) bem grande. e eu conheci pessoas que morreram esmagadas, esborrachadas, prensadas, apanquecadas, espalmadas... por pedras.

2023/06/09

post before you listen

não sabia que isto existia. 
nunca ouvi. 
basta-me ver de quem vem para eu saber que deveria estar aqui há muito tempo.

2023/06/07

tal como muitas outras coisas fora da época, esta chuvinha parva em junho deverá, imagino, fazer mais mal do que bem... as cenas agrícolas e assim...)
mas lá que gosto de ver, gosto.
visto daqui, pelo menos.

a perverted thing to say

rodagem

while there is a version of this cocktail with no alcohol and is known as virgin piña colada, the original recipe has rum as the base liquor for its preparation. nota mental: junta à lista do minipreço, que o lidl é pós faquires e o pingodoce é pós pimentos padrón e a panitejo é pás pombinhas e a sta. clara é pós celestes e


pode não parecer, mas isto tem muito a ver com o post abaixo, escrito antes.


dry martini, part IV

hoje levei ao choro várias mulheres (está na época)...
nunca gostei da sensação, seja por que motivo for.
para que eu não me esqueça disso (i don´t need no fukin' reminder), deixo aqui uma canção que é fácil de tocal (mal) e muito difícil de cantar (bem)...

arriba, tejo!

porque ando a beber demais, a trabalhar demais, a dormir de menos (além de que, efectivamente...), digo certas coisas com as quais concordaria, mesmo estando eu tranquilo e repousado: 
- eu quero é que a FNA se foda mais todos os filhos da puta que lá vão!

2023/05/06

bem bonda o facto de morrer em breve...

 isto a pessoa está a pensar quando tempo demorará (pouco, certamente) até que a IA (AI em estrangeiro) consiga substituir a minha EN (NE, em estrangeiro).

2023/04/29

XXV ANNIS, que é o plural de ANNU

:)

 


salamanleque

 




b/w starbucks

 - hola... puedo dejar contigo mi espresso mientras voy al aseo? es demasiado caliente y las otras chicas no eran muy amables..
- si, claro.
(...)
- muchas gracias. deberia haberte preguntado en primer lugar, pero no quería molestar... la pintura...
- la pintura...?
- soy profesor y llevo tres días en madrid... es mi primera vez aquí. mis compañeras y alumnos tienen una especie de concurso: quién se toma una foto con la chica o el chico más guapo. no quiero participar, pero eres la chica más maravillosa que he visto en esta ciudad. te he estado observando. no sabías que estabas siendo observada. tienes una forma de mirar, de hablar, de moverte que me encanta. Si tuviera treinta años menos, haría cualquier cosa para que te enamoraras de mí...
- eres un raro, un freak?
- no de esos. tengo una hija de tu edad, mas o menos, supongo. solo quería decirte esto, me tengo que ir, me están esperando.
- muchas gracias. lastima que te tengas que ir...
- no, no es. asi estoy a salvo de hacer figuras ridiculas...
- a santo de que? no creo que puedas hacerlo... 
- ... (nâo disse nada... li carradas de livros que explicam este tipo de situações)
- vaya, no hagas esperar a la gente.
- adiós. realmente me ha gustado muchísimo verte.
- buen regreso... a madrid, pablo!
- porque esse nombre?
- tu copa.

2023/04/03

2023/03/14

struck ture

the only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing, but burn, burn, burn, like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars and in the middle you see the blue centerlight pop and everybody goes "awww!
jack kerouac, "on the road"

há 30-trinta-30 anos, muito antes de saber da existência deste livro, escrevi uma espécie de poema, que entreguei a não sei quem e ganhei um dicionário verde e preto como prémio.
vi, há minutos, num trailer de um filme, a frase "quando nos libertamos, ficamos a saber quem somos", ou algo assim...

ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida – ninguém, exceto tu, só tu. existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. onde leva? não perguntes, segue-o!
f. nietzsche, "schopenhauer como educador"

até que ponto é coerente a posição de alguém que diz "i'm not interested in being saved" e que também diz "i need to know that i have done something right with my life..."? 
claro que "salvação" tem um sentido diferente para várias pessoas...
eu conseguiria justificar a coerência, num esforço solitário, ou quase, imagino... a maioria das pessoas discordaria ou não compreenderia.
mas o importante aqui é a questão pessoal.


2023/03/07

2023/03/04

deslizipnose

arrivederci

 


a propos de síndrome de fregoli

a preparação de aulas de psicologia leva-me a sítios estranhos, por exemplo, a páginas de manicómios (sei que é errado dizer-se assim, mas como estou à espera de vaga...).
depois coiso cenas destas:

The mind is an incredibly powerful tool. The brain dictates moods, thoughts, and behaviors, and creates individuals’ realities. When a mental health condition develops, a malfunction in the brain can occur. When this happens, the alterations in the brain can cause misunderstandings between what is real and what is imagined in our everyday lives.

Both delusions and hallucinations distort reality in ways that are incredibly difficult for a person to understand. While delusions can be a mental illness on their own, delusions and hallucinations are often a part of a bigger problem. Knowing the difference between these two conditions can help you determine the best course of action.

lost note XLVII ou C. dixit

notas para parada gay:
"o ciúme é transversal. o ciúme e o desconforto."

2023/02/26

idivolta

um dia destes mostrar-te-ei aquele lugar de que te falei.
iremos juntos e seremos felizes,
mas só tu regressarás.

tragödie

dezassete micropoemas

transporto toda a minha elegância num saco
roxo, de plástico, perfumado.
o que prova que sempre menti
nessa ideia de viajar leve.


___________


muito muito muito muito raramente
tenho as unhas compridas ou sujas.
toda a tradução claudica:
efeito de compensação.


___________



querer querer 
gostar de gostar
sob um céu de primavera
ou sob um ilusivo
quarto crescente. 


__________


nos fins 
de
semana
uso no exterior 
a roupa que digo
ser para usar
no interior.


_________



ser-se estranho
é
deixar nervosa uma pessoa
que não se conhece
por lhe ter sorrido.


__________


há pessoas que amam
outras pessoas 
de tal maneira
que passam anos a compilar boas atenuantes
e esquivas doces.


__________

2023/02/25

2 em 3

jusqu'ici, tout va bien...

l'important n'est pas la chute, c'est l'atterrissage

O melhor elogio
Que já me fizeram
Foi depois de uma queda
Em que apesar de ter ido
De frente ao asfalto
Sem tempo para
Preparar o tombo com as mãos
A cara não tocou no chão
E levantei-me
Miraculosamente
Intacta

That was the most graceful fall ever
Disse atrás de mim uma inglesa
Impressionada com a precisão
Da minha auto-salvação

O truque é não criar danos
Mas aterrar perto do chão o suficiente
Para que fique a dúvida

É algo que se treina:
Absorver os desastres

Prevenir a queda depois da ruptura de ligamentos
Olhar de frente o chão
E ainda assim manter os dentes:
Saber cair
É uma ciência

poetry from the hip

e eu continuo cansado
e os olhos continuam a arder
e ainda não é desta 
que irei ceder

o uso continuado
de ver o que há para viver
e ainda não é desta
que irei renascer

do sabor passado 
já nada existe para ver
e ainda não é desta
que irei viver

para ser saboreado
a visão não pode acontecer
e ainda não é desta
que terei prazer

e eu continuo cansado
e os olhos continuam a morrer
e ainda não é desta 
ou até pode ser


lamecha bike

estou a ficar muito cansado.
ardem-me os olhos.
estou desdazoito a ler textos no computador, excepto a breve pausa para almoçar...
e, de repente, surge-me aqui nos headphones a garota não a dizer que

quando o amor é bom
anda de bicicleta 
(e etc.)

e eu continuo cansado
e os olhos continuam a arder
e ainda não é desta 
que saio de casa
pego na bicicleta e
vou ali abaixo 
comprar detergente prá roupa

estou muito mais tentado a, via email institucional, mandar levar no cu quem me escreve "o poder da mídia" e o "desenvolvimento econômico" e "espionar os usuários" e a puta que os pariu!

2023/02/17

true colours

 


(de)formação profissional

razões mui dignas levaram-me aqui, via tecnologia.
gostei de ver...
se, por um lado, é muito certo a quinta da grilla ficar perto da quinta da bichinha, por outro, a maior proximidade com o vale benfeito faz todo o sentido: revela cuidado e sentido estético, bem como um agradável ecletismo.

eu sou como sou e aprovo esta mensagem.


i wasn't born with enough...

 


reel life

estou, neste momento, a ver e ouvir uma mulher jovem que foi abandonada pela mãe logo após ter nascido, teve tuberculose, que viveu em bairros "onde não há regras", tem dois filhos de pais diferentes e que diz isto tudo sob o tema "o meu silêncio"... 
não imagino a profundidade de certos silêncios, felizmente...
conheço bem a profundidade de certos, outros, silêncios.

(estou com fome)
(devia ter tomado um comprimido)


stuff one reads

eventually, we discover that we cannot run or hide from ourselves or our feelings. 
whether we have existential emptiness or psychological emptiness, change begins with the realization that our inner emptiness is both inescapable and unfillable from the outside. 
schopenhauer referred to it as the “bottomless abyss of its heart;” no worldly satisfaction could fill its infinite cravings. 



2023/02/12

2023/02/11

press pause not rewind

 
all of my life I've tried so hard 
doing my best with what I had 
nothing much happened all the same

2023/02/09

2023/02/03

M I ?

 


para memória futura

palavadonra que não é minha intenção perder tempo aqui.
prometi aos meus filhos que hoje iria descansar (o facto de não falar com eles há algum tempo, demasiado tempo, é irrelevante)...
mas passa-se que eu sou como sou e tenho já muitas memórias. aqui o L. dizia-me que ia para portalegre. eu já fui feliz em portelegre, mas não tanto quanto poderia ter sido (isto é tudo relativo). falei-lhe no zé latas e dos seus pombos. "você conhece o zé latas?". conheci. diz-lhe que eu sou fulano, filho e neto de sicrano e beltrano. talvez te trate bem, mesmo sendo provável que  beltrano, de quem sou neto, lhe tenha ficado a dever dinheiro...

passei algum tempo com o celso, colega da patrícia (gente que trabalha na worten). fiz analogias entre o que ele estava a fazer e actividades sexuais sortidas, bem como as colegas dele, a patrícia e a loura, e uma canção específica do marco paulo. seja como for, o reiterado falecimento do meu router fodeu-me a vida derivado ao cancelamento de megahoras de formação e a subsequente redução de rendimento, ó o catano.

tomei o pequeno-almoço, hoje, cerca das dezoito horas, tipo seis da tarde... ando a queimar a vela nas duas pontas (imagem que perde na tradução e me faz lembrar do orlando, que, coitado, se suicidou dentro de a tina de cera quente... (não me sai da cabeça, isto, e de ter falado nisto com o john e o resto..))

a mulher mais importante da minha vida é e será a mãe dos meus filhos. não a minha mãe, que eu amo, mas que lá terá de se haver com as cenas de me ter parido, logo a mim ainda por cima. a mãe dos meus filhos  é alguém que, de forma consciente, decidiu comigo trazer a este mundo nova gente, que sofrerá, que amará, que sentirá e viverá coisas. "tamo junto", como se diz por aqui...

cerca das dezoito horas de hoje senti-me quase humano... após um dia para esquecer é bom lembrar que ofereci e mim mesmo a possibilidade de ser nada... naquilo a que eu chamo, nos dias bons, manjedoura (a saber, a food-fair de um centro comercial), senti que merecia ser nada e sentir-me bem com isso (não somos nada, é o que se diz nos funerais e coisas assim...):


a isto chama-se kebab no prato. a cerveja foi comprada à parte, no sítio ao lado, queles não vendem álcool, armados em fundamentalistas abstémios. 
esta cidade está cheia de gente que não interessa ao menino jesus (há poucas coisas que interessam a um recém-nascido, um mamilo, talvez. identifico-me...)
mas também há pessoas que, e de onde menos se esperaria (mesmo eu, que espero tudo de toda a gente), que te dizem coisas cool, como se algo banal se tratasse.

parece que o problema é do cartão, logo, devolvi o router e reduzi-me à insignificância, comprando bebidas alcoólicas com o cartão de refund...

só gajos panisgas escrevem router em itálico. fica a nota.

hoje tive 8-oito-8 horas de formação nonstop em que apenas disse coisas importantes ou inteligentes, ainda que talvez fosse mais inteligente ficar calado. mas eu sou assim, prezo muito a quilo que faço, faça-o ou não com prazer. aquilo que se faz impede miloutras coisas... faça-se aquilo que se faça, miloutras coisas ficam e ficarão por fazer... por exemplo, quando se diz "faço questão que a expressão "os deprimentes testes" fique em acta..." poder-se-ia (e dever-se-ia) dizer: "vão todas levar no cú, cambada...".
tenho cá para comigo quisto é gente que tem falta de peso ou carências ao nível do pavimento pélvico, que, parece, é coisa que requer atenção. não sei bem destas coisas porque não sou mulher. gostava de ser, desde que fosse uma mulher feliz e realizada, durante um mês. é sempre assim. no mínimo, um mês. por definição. é como o povo diz, as luas...

um dia destes falo da famosa intervenção sobre o inconseguimento, mas não é o caso, tal como coiso:


"as bebidas expostas são para consumo do profe", poder-se-ia ler nos azulejos brancos de uma certa e determinada cozinha.

já falei do celso?
o celso é um gajo fixe. trabalha na worten. conheci-o ontem e hoje fiquei a conhecê-lo melhor. é teimoso, disse-me. gostei disso, nele, até porque estava a tentar resolver-me as coisas ao nível do computador. "posso reiniciar o computador?". ó rapaz, podes fazer o que quiseres desde que eu saia daqui com essa merdá funcionar. e nada de sacares ficheiros daí para pores na net, pois, ainda que não sendo de moças da tua idade, as fotos de gajas nuas têm sempre valor em certos sites, ou pensas que eu anda dormir?

é só um pouco chato ir comprar a cerveja ao lado do sítio do kebab... faz-me lembrar aqueles gajos que estão apaixonados por uma miúda gira e andam a foder outra só porque "é boa de corpo". 
posso estar a exagerar, ainda assim.

possibilidades:
- lavar-me por baixo (talvez devesse...), mesmo já tendo tomado banho hoje. lavei-me bem e tudo, nada daquela cena de passar só sabão clarim pela pele assim como quem só quer dizer que está por perto, caso te apeteça... mas fui à worten de bicicleta e aquilo é lá em baixo, e não no bom sentido.
- masturbar-me (nada de novo). mas isso agudizaria a necessidade de...
- fazer mais um dry-martini. assim como assim...
- rever a merda da acta e o caralho que os foda a todos mais à puta que os pariu...
- enfiar-me na cama, ler o bolaño, 2666, militrinta páginas. como diz o woody allen "o grande romance por que todos anseiam"
- regar o manjericão. aquela merda morreu, mas regar acelera a decomposição da matéria orgânica..
- fumar uma cigarrilha fora-de-café, só porque coiso... à janela... às vezes passam gajas a correr... também passam gajos, mas esses que vão pó caralho... a esta hora duvido muito que passem gajas, mas isto nunca se sabe, talvez seja como o anúncio da nescafé duzanos oitenta e alguma vá ver nascer o sol e mais não sei quê...
- dormir. (tá bem, abelha...)
- dar uma volta de bicicleta.
- não elencar possibilidades...

se a minha filha estrear um automóvel com zero quilómetros isso será muito cool. serei eu a viver vicariantemente. o meu pai nunca tirou um curso superior, mesmo tendo setemil vezes mais capacidade do que eu. por outro lado, para isso poder ter acontecido seria preciso que ele tivesse possibilidades para a josefina lhe arranjar um enxoval, coisa que nem tanto...  por outro lado, não passou pela circunstância (não consta, pelo menos) de ter sido seduzido ou seviciado (riscar o que não interessa) por um padre com mau hálito e pele gordurosa (são os piores, parece).

acho antes que vou ali e já volto




2023/01/30

always spike your drinks III

 


placebo plesbicitário

2023/01/16

mandaram mú link popó de Kast

conhecemo-lo por Tó Trips, mas chama-se António Manuel Antunes. (...). 
antes de se dedicar exclusivamente à música, trabalhou em publicidade durante 10 anos. 
foi nesse contexto que aprendeu, com um director criativo finlandês, uma das frases que gosta de guardar: “criativos não são as pessoas que têm as ideias, criativos são aqueles que as fazem.”* 
e Tó Trips faz, mesmo que esse verbo “fazer” seja sinónimo de correr riscos. um dia, trabalhava ainda em publicidade, leu uma entrevista do Paulo Pedro Gonçalves, dos Heróis do Mar, na qual ele dizia que as pessoas não se deviam arrepender e deviam sempre arriscar. leu aquilo, despediu-se do emprego, largou os Lulu Blind, largou a namorada, e fez um reset para poder tornar-se freelancer e dedicar-se mais ao seu instrumento.

* o meu pai sempre disse, com um sorriso, que eu era um idiota. ou disse duas ou três vezes. ou uma vez. ou nenhuma, e eu sempre pensei que ele o pensava. ou pensou, duas ou três vezes. ou uma vez. ou nenhuma.

foi cool, estar a ouvir e tal...

andy dufresne: get busy livin' or get busy dyin'

2023/01/13

top 3

porque me apetece, lembrei-me de fazer um top 3 de 2022...

nunca tinha feito isto, acho, mas, convenhamos, 2022 foi um ano diferente de todos os outros, como tendem ser os anos, os meses, as semanas, os dias, as pessoas, os corpos, os beijos, as dores, as perdas, as decisões, as manhãs, as impressões digitais, as admirações, os talentos, as competências, as cores do mar, as amêijoas, os orgasmos, as interpretações, os bons-dias, as formas de segurar o cabelo atrás das orelhas, as rotinas de exercício físico, os gritos, as andorinhas e, até, acho, as palavras.

daí que:

melhor experiência musical - criatura (bons sons)
melhor pôr-do-sol - tejo (trafaria/belém)
melhor refeição - ovos mexidos com farinheira, para comer com o Zé.

melhores posts dos carapaus de todos os tempos:

este post, como alguns noutros tempos, leva um naperonzinho só para dar graça: