2024/04/20

2024/04/13

wear that badge with honour

erosphorma

lembrei-me de uma intervenção no trabalho onde comparei formalidade com formalismo.
não achei perda de tempo nem gastar latim para nada. foi útil. 
vai (vão) definindo e clarificando ao que venho.

porque me lembrei, cristalizo aqui as palavras de adélia prado, o que, de certa forma, é adequado porque a poesia e tal e não sou judeu nem nada:

o poeta cerebral tomou café sem açúcar
e foi pro gabinete concentrar-se.
seu lápis é um bisturi
que ele afia na pedra,
na pedra calcinada das palavras,
imagem que elegeu porque ama a dificuldade,
o efeito respeitoso que produz
seu trato com o dicionário.
faz três horas que já estuma as musas.
o dia arde. seu prepúcio coça.

pseudo-manguito

eu até sabia que o senhor era marquês. que não tinha um braço soube há tempos, mas tinha obrigação de ter sabido antes, pois o bacano lá está, imortalizado em bronze, em frente ao seminário.
tendo a consumir álcool por ali, tenho desculpa.
mas, seja como for, hoje alguém decidiu usar sempre o título nobiliárquico do indivíduo.
assim, passei aqueles minutos do discurso sempre a ouvir:

"marquês de sade, a bandeira"

se eu tivesse partilhado este pensamento com a imprensa, talvez não se esquecessem do nome do local onde estiveram.
enfim...


2024/04/08

sexyness, tomo LXXVIII

 


- e tu, reparas primeiro em quê?
- na boca, acho eu...
- tarado!!

deveria ter esclarecido que tudo começa (ou acaba) no beijo.
o beijo é de-ter-mi-nan-te!
é muito possível que eu nunca tenha ido às putas porque li algures (ou vi num filme. a minha selecção "eclética" de filmes torna esta opção muito menos elegante, mas enfim...) que as putam não beijam.
ou não beijavam.
não sei bem...



sexyness

 


estica blues

2024/04/04

2024/04/03

a sorte parece menos terrível quando se está ganzado

 


traz-se o bukowski à colação por duas razões.
a primeira é que estava a apetecer-me trazer qualquer coisa à colação. não sei, foi assim uma coisa...
a segunda prende-se (talvez me estivesse a apetecer prender algo, também) com de um postal ilustrado afixado numa sala de aula onde, às vezes (no sentido espacio-temporal e/ou profissional, estritamente), trabalho.
o postal tem uma citação (tanto quanto se pode saber se é mesmo citação ou não, hoje em dia) de simone de beauvoir que diz:
a morte parece menos terrível quando se está cansado.
eu disse aos miúdos que aquilo estar ali era estranho, que não era para eles, que eles eram imortais.
talvez me tenha precipitado.
a sarjeta é equidistante ao sucesso, para eles, estatisticamente (tese minha, se não se considerar uma vida "normal" uma vida de sucesso). e muitas vezes, ou sempre, a vida assenta só na sorte ou no azar.
talvez tenha de rever a minha fundamentação, mas...


2024/04/01

pinguepongue ou ping-pong


ontem à noite chovia enquanto conduzia.
não tenho sido particularmente fiel a uma estação de rádio, mas lá calhou a ouvir a antena 3...
e fui apanhado por esta canção, entre textos, poemas, outras canções que falavam de renascimento ou ressurreição. fruta da época.
gosto muito das palavras e da voz da matilde campilho.
tendo a gostar das palavras que são escolhidas neste programa.
agora, numa pausa no trabalho, lembrei-me da canção...
os jovens, hoje, conseguem ser desconcertantemente transparentes.
gosto disso.

the call from the desert


 

2024/03/27

o mundo é bué cenas...


não compreendo como é possível, mas deve ser por falta de reflexão...
eu, que sei o que é a internet, que sigo os mais estranhos rabbit holes que pode haver, eu que passei inúmeras horas a folhear livros sobre arte e/ou nudez na fnac, eu que, enfim, eu, vá, vivi até hoje sem conhecer esta obra.
foi hoje.
também foi hoje que vi isto aqui em baixo, mas achei menos interessante. não por causa de qualquer factor moralista, mas porque falta a elegância dos meios que havia na arte de outrora. perceber isto completamente (falo para mim) requereria uma definição cabal sobre o que significa elegância, mas eu tendo a contaminar determinações teóricas com imagética específica, logo, por razões óbvias, ocorre uma limitação de definição em termos abstractos.

2024/03/26

nature

 


- 'tás a ver? eu não te disse que era um drone? eles deram fé que andávamos aqui todas peladas e vá de recorrer às novas tecnologias... tu põe-te fina, que por este andar a tua página onlyfans deixa de ser relevante!