salvage

fui atraído pelo discurso inicial, em russo, que diz, como alguém traduziu para inglês: "Today I shall tell you a story of a man who drowned in a cold ocean, having lost one he loved. It is a story about a man who died twice."

baeylan

- let me tell you a story...

- from you, i want more than stories...

trio odelira

s - estás mais magro, não estás?
f - não sei... achas que sim?
eu - sim... pareces mais magro.
s - perdeste quantos quilos?
f - não sei. não sei se perdi peso. eu nunca me peso...
eu - eu peso-me todos os dias, em pelota.
f - ai sim...? muito bem.... e apontas?
eu - depende... se for de manhã, aponto.

as palavras que nunca te tirei

gosto dessa tua animação corporal...
gosto de te saber húmida
de te descobrir húmida
gosto de te olhar nos olhos quando te sinto assim
e gosto de nem eu saber muito bem o que fazem os meus dedos, em ti
gosto de te beijar... gosto da tua boca, da tua língua, nesse beijo
gosto de sentir as alterações na tua respiração
gosto de me sentir a endurecer enquanto te beijo
gosto que tu me procures... quando tu me procuras, me queres...
gosto do teu sabor, de te saborear...
quero chupar-te, lamber-te, mordiscar-te...
gosto de te apertar as mamas e o rabo, de te apertar...
gosto de te penetrar, de entrar em ti, de te enfiar o meu caralho na tua cona, por esta ordem..
gosto do calor, da presença, quase omnipresença, de ti...
gosto de me fundir contigo, da intensidade, da metamorfose do tempo e do espaço, que se concentram no nosso corpo, gosto do ritmo, da disponibilidade, do prazer
gosto de foder contigo... gosto de te amar enquanto te fodo
gosto de te amar antes e depois de te foder
ainda que amar-te seja fodido
gosto que te venhas, gosto ainda mais de saber que te vais vir, gosto que me sintas a vir-me, que saibas que me venho... gosto que saibas que me venho a amar-te
quero fazer coisas de que gosto, quero gostar do que apenas quero e ainda não fiz...

amar-te não é fodido.

micro-estórias, MMXVIII

ela, segurando graciosamente a taça de champanhe, disse:
- ver o mar colada ao teu corpo é inesquecível.

micro-estórias, MMXVII

ela, rindo e lambendo do cone de baunilha um rasto de sorvete fundido, disse:
-ver o mar colada ao teu corpo é inesquecível.