e quando a pessoa está a fazer um teste via microfone e diz "seres livres e racionais" e a cena escreve "seus livros irracionais" e a pessoa quase que deixa escapar e só se apercebe no último minuto mas ainda vai a tempo e pensa que tem de gerir melhor o tempo e ter hábitos mais saudáveis e o problema é sempre o tempo e até se ia fumar, mesmo que o tempo seja usado a falar do tempo, mas as coisas não se fazem sozinhas e tem de ser agora porque mais tarde não dá...?
não sou nem nunca fui (não faço ideia se serei, mas duvido muitíssimo) gajo para cenas de uma noite, de sexo casual e descomprometido e essas coisas...
mas, se fosse, apontaria baterias para o dia 21 de novembro... no meo arena...
e agora vou deixar aqui uma foto de uma gaja, que a vida não é só ler merdas de trabalho...
ou duas, vá... em estilos diferentes, como se fosse isso que interessasse...
comecei, há relativamente pouco tempo, a ouvir o programa pingue-pongue, na antena 3. decidi ouvir, desde o início, na versão podcast.
são muito mais de 400-quatrocentas-400 horas de palavras e música.
nisto, agora mesmo, apercebo-me que o último programa foi no passado domingo.
estava eu aqui já numa de me armar em aquiles atrás de uma elusiva tartaruga que zenão decidiu colocar à sua frente e, vai-se a ver, nada.
não sei se este é um daqueles casos em que o excesso de informação é contraproducente. tenho de marcar na minha agenda um tempinho para reflectir sobre isso e sobre outras merdas avulso...
lembrei-me de uma conversa dos tempos em que trabalhava na fábrica.
A., ao contrário de mim, defendia que michael jackson era mais talentoso e melhor artista do que prince...
A. era um moço fixe. bem disposto, boa onda... tinha um carro, mesmo sendo preto. ele. o carro também, mas não é isso que importa. e a expressão "mesmo sendo preto" não é minha, é do félix fracasso, que não tirava a carta porque não podia passar o resto da vida a caçar com uma espingarda velha (se for vivo deve ter votado no chega, esse conas).
A. não compreendia a minha posição. dizia que michael jackson era amado por milhões de pessoas.
eu continuei na minha e disse que era bom termos diversidade de estilos, de gostos, de preferências...
eu, na altura, mesmo sabendo que prince era multi-instrumentista e que tocava todos os instrumentos nos seus discos (usei esse argumento), não tinha, de facto, a consciência da mestria e do talento associados.
talvez fosse pela contaminação da imagem.
enfim...
epílogo:
- pode ser-se feliz numa fábrica.
- estou em crer que esta canção tem alguma conotação sexual.
to be, or not to be: that is the question: whether ’tis nobler in the mind to suffer the heart-ache and the thousand natural shocks that flesh is heir to, ’tis a consummation devoutly to be wish’d. for when we have shuffled off this mortal coil, the pangs of despised love, the law’s delay, that patient merit of the unworthy takes, grunt and sweat under a weary life, in the dread of something after death, conscience does make cowards of us all. be all my sins remember’d.
nota:
isto foi rapinado a will shakespeare, cortado, editado (só uma migalhinha, onde está a itálico), baralhado e voltado a dar.
tão nonsense quanto a proto-visão do tempo cristalizada na frase "o tempo são duas bolinhas que caem em buraquinhos", de que me lembrei há pouco, ainda que me lembre muitíssimas vezes, é o facto de cebolas terem uma grafia diferente de azeite.
cebolas têm seta.
ou tinham, vá.
agora já não, que o tempo tudo apaga, por mais que a malta tente e venha tentando há séculos por via de tabuínhas, baixos-relevos, pergaminhos, livros, telas, painéis, gravuras, estatuária sortida, textos idem, gifs, jpegs e todas as outras merdas todas.
não apaga assim tudo tudo num instante, mas há-de apagar, se os deuses quiserem.