procuro o habitual serviço da estação
enquanto reparo nas ruínas topless. imagino-me a viver numa casa sem telhado.
adiantemente penso em nada enquanto esvoaçam insultos
no ar ainda húmido: você viu este cabrâo?
respondo-lhe que não (enquanto na estação de serviço passa a canção do godinho "o ás da negação"), que nunca vi um cabrão,
ainda que admita a possibilidade de já ter sido visto por um.
oriento o pensamento para a ideia de ironia ao mesmo tempo que a mulher do cabrão começa a chorar desdentadamente olhando a chapa do automóvel com matrícula deste ano.
lembro-me mais ou menos disto na ponte sobre o rio.
sobre a ponte no rio. julgo ver um corpo a boiar mas não confirmo o julgamento... ainda acabava multado pela polícia.
durmo o resto do percurso, até que a praça de touros me anuncia ao que vim: se não houver gajas com quem conversar, talvez carape. e umas aulas e umas coisas.
2 comentários:
...e sabes o que é que ficava mesmo bem com este teu post (apesar de eu não perceber nada disto?!): Marillion...do Brave...talvez Hollow Man...
Mas tu és sempre visto.
Beijo.
SJ
Falta-te a curiosidade! (se fosses gaja, tihas parado!)
"...sobre a ponte no rio. julgo ver um corpo a boiar mas não confirmo o julgamento... ainda acabava multado pela polícia."
o que fizeste na praça de touros? hehehehehe
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