2007/09/26

lamechice

vi qualquer coisa sobre isto na comunicação social e decidi espreitar...
a menina chama-se ana free e é portuguesa.

não me importaria mesmo nada que um dia a minha filha fizesse uma coisa parecida, um dia.
ou que não se metesse na droga.
ou que fosse feliz e isso...

flakathak

intermezzo

cool...
está a malta aqui sozinha a curtir uma de não curtir nada e o pessoal muda-se praqui numa de reunião e tal..
"expressividade"... "correcção fonética"... tudo muito lindo!
aproveito para escrever isto, que não é nada, mas sempre dá para parecer ocupado.
ou não, não sei.

acho que vou ver umas gajas só para chatear.

2007/09/20

path(os)

flexus

a rapariga bonita sentada no exterior olha-me fixamente, aparentemente alheada da actividade da esplanada. tem os olhos castanhos, lindíssimos.
continua a olhar-me com (riscar interesse) intensidade enquanto ajeita o cabelo distraidamente.
apercebo-me a tempo que apenas aprecia o seu belo rosto reflectido no vidro que nos separa...

não foi tudo mau. aprendi o que se pode sentir quando se trabalha num banco.

experiência

o dia começara a ameaçar chuva mas decidi ir.
a ameaça cumpriu-se e fiquei a abrir a segunda cerveja enquanto assistia à debandada.
o pequeno havia adormecido ali na areia da praia. cobri-o com tudo o que tinha disponível e esperei.

(a belga a quem eu tinha pedido le stylo para escrever estas linhas:
- est'ce que tu reste ici, a la plage, avec ton enfant?
- il dort...
elas sorriram, entreolharam-se e ficaram também)

esperei, calmamente, o regresso do sol com uma fé absurda, gradualmente menos absurda quando, contrariamente ao que seria de prever, se verificava uma cada vez mais provável possibilidade de clarear.
bebi a cerveja sentindo nos pés o fim da força de ondas grandes e desordenadas, portadoras de uma espuma pastosa e vingativa. sentia no corpo todo, no peito nú, a obliquidade de uma muito chuva.

o ciclo fechou-se.
o sol reapareceu para, poucos minutos depois, desaparecer no horizonte.
ele acordou. eu, recém-regressado ao mundo real, acabei a cerveja.
- dormi um sonho fixe, pai.
- eu também, puto.

subjugadamente convicto

quero dizer-te o calor
quero mentir-te o amor
quero olhar-te no escuro
convictamente inseguro

eu dir-te-ia humidade
mentir-te-ia a verdade
em ti tudo é um começo
em ti tudo é um regresso

zénitol

ausentemente presente
na penunbra do arvoredo
e nas curvas do granito em oscilação pendular.

és tu a fuga dos dias
o cúmulo da claridade,
transportada em padiola ou andor de evocação

sobre-sombra de agulhas
num ventre cordilhado de indigências monolíticas
que faz cristalizar o restolho das memórias.

boa constrictor

fascinante a forma como desenhas os éles no discurso e calculas as pausas...
a forma como te sentas, o vestido laranja e as coxas de patinadora.
essas inacreditáveis sandálias.

CSI manteigas

a igreja católica apostólica romana nasceu de uma cólica romana.
assim seja, está apostado.

i'd rather fuck you

sentei-me no sofá da confidência
para tantas outras coisas motivado
que só senti dormência
só enfado

o MELÂO

fim do jogo, saída do estádio. milhares de pessoas muito juntinhas muito juntinhas a dar passinhos pequeninos pequeninos (a isto costuma-se chamar "escoamento")...
eu eu ali aos berros para o meu tio que também dava passinhos pequeninos pequeninos juntinho a outras pessoas:
- ó pá, passa aí o taparuére do melão, que me está a dar uma fome do pior...!!

o CARTAZ

o melhor cartaz que eu poderia ter levado para um estádio, com direito a televisionamento:
"compre melões no justino"


série PP22 - II (criada no estádio da luz, no jogo portugal polónia)

faz de conta que a polónia é no tirol

smo,
laré,
laré,
ki, ku,
laré, ki, ku,
laré, ki, ku.

série PP22 - I (criada no estádio da luz, no jogo portugal polónia)

calçado

soca moms are cool.

void

olha a camisinha aos quadrados a condizer com as calcinhas de sarja, tudo em tons terra, e o telemóvel, a carteira, os óculos de sol e o ar de quem lê a bola...

olha a camisinha aos quadrados a condizer com as calcinhas de sarja, tudo em tons de azul, e o telemóvel, a carteira, os óculos de sol e o ar de quem lê o record...

olha eu a olhar...

laurinda

- de quem é esta lambreta? de quem é esta lambreta, que na minha esquadra entrou?
- é tua, amor, e tem corneta. a sorte que te calhou!

really?

- i'm a first-timer. are you a first-timer?
- yeah, sure. i'm a first-timer.
- that's it. i'm a first-timer, too.
- ... yup... first-timer...
- do you think people can tell we're first-timers?
- nah... but we are realy acting like, you know, first-timers, aaaaaaaa.., like major first-timers...

the freak in me (bike ride)

ao ter reparado nos 5 cortes paralelos na perna do homem (seguramente provocados por um contacto mais violento com uma cremalheira de 44 dentes), interpelei-o com a questão:
- ó amigo, você foi atacado por um urso?
- ... não, foi há bocado, ali em...
- olhe que os ursos são uns animaizinhos do pior. isto um gajo tem que fazer atenção.

sussurronco

porque há exame toda a gente sussurra.
mas reparo agora que há mais de meia-hora que um acutilante motosserra dificulta o raciocínio de toda a gente.
e logo agora que eu tinha tanto para dizer sobre a rapariga da segunda fila que pintou o cabelo da franja da cor do top... ou o contrário.

not bob marley

ai enxoto o chefe?
mas ao pinote não chuto ninguém por ti...

(irra, c'oa breca)

cançoneta estrangeira

i'll keep on strumming, strumming,
'til my fingers bleed
'till our love wears out
'till i lose my creed
'til i end without
all that keeps me breathing.

aplanamento

ando à deriva. gosto disso. trouxe a guitarra mas até nem tanto.
arranje eu uma disciplina e tudo correrá bem. é isso, disciplina e uma amante nova.

uma ponderada disciplina aplicada rigidamente e uma mulher disponível e voluntariosa, tudo isto aliado à criatividade dos jogadores sul-americanos e até acho que podemos fazer uma boa época.
sabendo como sabendo que ainda se encontra aberta a época de transferências, é muito provável que os objectivos possam ser alterados, em sacrifício da disciplina.

2007/09/19

sinto muito

fui à tua casa.
senti-me bem.
mas também me senti mal por não me ter sentido melhor.
por não te ter sentido.

sono e baba

o tó romano é otomano.

refugo

o olhar fixo, parado
nos campos que correm ao lado.
em silêncio sou conduzido
ou sem noção do ruído.
no horizonte a miragem
que orienta a viagem.
para o desnorte ou prá morte
escolhi-te neste transporte.

e volto a tentar adormecer.

evenings

o duarte e os fluffys falam de cerveja de futebol e de gajas.
não me sinto integrado e isso não se deve a um eventual conflito de gerações. é que eles dominam os temas e eu não, apesar de a cerveja não ser uma estranha para mim...

bluntness

- ó pai, vá lá.. escreve lá para eu ver!
- agora não, por favor...
- ó pai... eu gosto de te ver escrever, mesmo sem perceber nada.
- pois. eu também é mais ou menos isso.

a pino

aproxima-se o meio-dia solar, as famílias chegam à praia.
lembrei-me de ti por isso mesmo. dizias que não podias resistir, que era uma questão de pele.
nada a fazer, portanto.

6 de agosto (post-factum)

aniversário e tal e as pessoas que interessam.
ofereci a mim mesmo uma prova, um desafio ("ordeal" em estrangeiro exagerado).
no final tinha fome, frio, dores... enfim, para variar, estava feliz.

fadeintome

2007/09/12

ontem


hoje

porque sim

a categoria da causalidade, uma relação entre dois acontecimentos em que um é causa de outro (independentemente dos sentidos possiveis de causa. ver aristóteles, pai de athina) anda a fazer-me espécie.
baralha-me, a sério.

o que diabo queria eu dizer com "causalidades autofágicas"?

monster tour

- ora bem, ali em frente temos o cântaro magro, o cântaro gordo além e o cântaro raso aqui deste lado. ali em frente, sobranceiro à nave de santo antónio e ao covão da ametade, destaca-se o poio do judeu..
- (sorriso)
- diga lá em que pensa...
- penso nos montes alentejanos...

- o que é um poio?
- um poio, minha querida, tal como o nosso espirituoso colega, felizmente regressado à nossa presença, fez notar com uma insuspeita elegância, é um monte de merda.

2007/09/01