a qualidade estética (não técnica) da minha caligrafia é, muitas vezes, inversamente proporcional à beleza da caneta com que escrevo.
reencontrei uma caneta que me foi oferecida e de que gosto muito. tem uma passagem pelo papel e uma distribuição de tinta demasiado uniformes, demasiado perfeitas, logo, incontroláveis.
gosto de pequenas imperfeições (pequenas falhas, pequenos borrões). adapto-me a isso muitíssimo bem, acho eu. essas canetas, por estes pormenores, serão mais autobiográficas, suponho.
não sei. também não é importante.
mas não me posso precipitar e abandonar esta caneta para escritos mais coisos. não sem antes a experimentar em papel reciclado (a minha superfície preferida, pela falta de uniformidade).
não sei o que os "tocadores de concertina da alma" poderiam dizer sobre isto.
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