2012/03/20
consulta externa
- fui eu que o atendi quando esteve cá.
- foi? não me lembro. foi em que ano?
- 2003.
- é um tempo considerável. acho que nem sabemos o quanto este tempo nos tornou homens diferentes.
- ...
- o tempo passa a correr. vira-se a cabeça e passou uma semana... não ligue. vi isto num filme.
- pois, fui eu. é a minha letra.
- foi? não me lembro. foi em que ano?
- 2003.
- é um tempo considerável. acho que nem sabemos o quanto este tempo nos tornou homens diferentes.
- ...
- o tempo passa a correr. vira-se a cabeça e passou uma semana... não ligue. vi isto num filme.
- pois, fui eu. é a minha letra.
2012/03/16
hope
- ... estão a dar beijos.
- beijos? não é bem dar beijos...
- beijos, beijocas... eu sei muito bem o que é: são cenas de namorar, do amor dos dois.
- beijos? não é bem dar beijos...
- beijos, beijocas... eu sei muito bem o que é: são cenas de namorar, do amor dos dois.
fernão de magalhões
um dia destes vou escrever a saga de um tipo afectado por um impressionante inchaço na zona escrotal.
navarone sempre me pareceu um bom nome para um herói trágico dos tempos modernos.
lembrei-me por causa disto:
navarone sempre me pareceu um bom nome para um herói trágico dos tempos modernos.
lembrei-me por causa disto:
2012/03/15
a vodka preta no filme negro
ele estava visivelmente incomodado mas, ela sabia-o bem, guardava a razão do seu desconforto só para si. tinha essa tendência. mais do que isso, tinha esse hábito: as coisas realmente importantes da sua vida, as grandes alegrias, os triunfos, particularmente nos casos de maior improbabilidade e de maiores dificuldades, mas também os desaires, os desgostos, os mais profundos medos e ansiedades.
ela sabia perfeitamente que insistir na pergunta era um erro. era-o sempre. mas, naquele momento, fê-lo. ainda hoje não sabe o que a levou a alterar o costumeiro procedimento.
- vais dizer-me o que se passa ou não? detesto ver-te assim...
- tudo se resolve... - disse ele.
de súbito, na continuação do ligeiro movimento do pescoço que fizera para a observar, levantou-se. colocou-lhe a mão esquerda sobre a boca e, auxiliado pelo peso de todo o corpo, pressionou-a contra a parede. sorriu fugazmente e perfurou-lhe os olhos (ela sempre tivera uns muito expressivos olhos cinzento-azulados) com uma navalha de ponta-e-mola.
- és um animal de hábitos, tu. - disse ela, quando ele a deixou libertar-se.
ele não respondeu, limitou-se a um leve aceno de cabeça. depois foi até ao frigorífico.
ela sabia perfeitamente que insistir na pergunta era um erro. era-o sempre. mas, naquele momento, fê-lo. ainda hoje não sabe o que a levou a alterar o costumeiro procedimento.
- vais dizer-me o que se passa ou não? detesto ver-te assim...
- tudo se resolve... - disse ele.
de súbito, na continuação do ligeiro movimento do pescoço que fizera para a observar, levantou-se. colocou-lhe a mão esquerda sobre a boca e, auxiliado pelo peso de todo o corpo, pressionou-a contra a parede. sorriu fugazmente e perfurou-lhe os olhos (ela sempre tivera uns muito expressivos olhos cinzento-azulados) com uma navalha de ponta-e-mola.
- és um animal de hábitos, tu. - disse ela, quando ele a deixou libertar-se.
ele não respondeu, limitou-se a um leve aceno de cabeça. depois foi até ao frigorífico.
2012/03/14
2012/03/02
1 hora no trabalho é 1 hora a trabalhar
aconselha-se muito vivamente a intervenção de ricardo araújo pereira no ciclo «deus, questão para crentes e não-crentes», organizado pela capela do rato (Lisboa).
subscrevo a posição perante a possibilidade ou não de fé e a vivência das duas possibilidades, a posição sobre o eclesiastes (também na tradução king james) e a posição sobre a realidade e possibilidade do riso.
subscrevo a posição perante a possibilidade ou não de fé e a vivência das duas possibilidades, a posição sobre o eclesiastes (também na tradução king james) e a posição sobre a realidade e possibilidade do riso.
2012/03/01
so little time...
- a R mandou-te um beijo. perguntou-me como andavas. disse que andavas mais calado...
- quem?
- a R.
- não estou a ver quem é... a minha memória para nomes é uma lástima.
- claro que sabes...
- pois, devo saber. mas não me lembro.
- é aquela toda boazona a quem uma vez disseste...
- já sei quem é! como está ela?
- quem?
- a R.
- não estou a ver quem é... a minha memória para nomes é uma lástima.
- claro que sabes...
- pois, devo saber. mas não me lembro.
- é aquela toda boazona a quem uma vez disseste...
- já sei quem é! como está ela?
the tip of the iceberg - a gorjeta do iceberg
- és sempre o mesmo... gostava que um dia me dissesses algo que nunca dirias a alguém com quem quisesses ir para a cama...
- gosto de teu bigode.
- muito obrigada.
- gosto de teu bigode.
- muito obrigada.
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