ontem falava com um dos viajantes.
assunto sério, coisa importante, ainda que, para muita gente, possa não o parecer.
mas eu não sou como muita gente, e isso é meio contagioso...
no fundo no fundo, tudo é efémero, e não há quem nos possa valer.
mas há flashes*.
momentos.
e é desses de que se guarda (tanto quanto possível e, preferencialmente, desejável) memória.
e o registo impede a vivência, contamina a memória, a recordação.
há uma objecção possível: a memória altera as memórias, pode até criar memórias.
m.p.v. - se assim é, é porque, se calhar, é assim que deve ser.
a verdade de um acontecimento é igual à verdade com que é vivido.
ninguém se vive "de fora".
pode ver-se de fora, mas isso é outra coisa, e há psis..., tocadores de concertina da alma, que estudam isso e até podem dar uma ajuda...
"subjectivity as truth" - genuine respect for oneself and others involves a deep commitment to personal authenticity and integrity
(anotei isto há perto de 30 anos... com uma sub-nota: cpt. kirke)
grande coisa!
certo dia vi um filme com o james cagney. devia ter por volta de uns doze anos. acho que é um filme sobre escatologia religiosa. pois há uma cena de que nunca me esqueci e de que me lembro muitíssimas vezes e que.. vou procurar. (pausa) é esta.
também já vi filmes de freiras que nada tinham a ver com religião, apesar dos intensos clamores pela divindade.
* sobre a importância de momentos isolados de um horizonte de vida (flashes) muito haveria a dizer, se...
não é porque nada se diz que não haja muitas coisas para dizer.
vice-versa?