daquilo que o mar não me trouxesse
além de uma onda que passasse,
vivesse então eu no que faltasse
ainda que aquém do que esquecesse
que à tona do tempo aflore agora
reconhecida voz em quem a escuta
anunciando a alma devoluta
amputada em ser, ave canora
as eternas delícias e encantos
alheias à vivência sempre e agora
ainda que o mesmo mar mas entregasse
apenas ficam meus e alheios prantos
em lamento de tudo e da demora
da vinda de outro mar que me levasse
texto esboçado em 2009
publicado aqui em 2015
editado/corrigido agora...
faltava um tê no título e etc.