2007/11/27
cool stuff (my idea of fun)
estou demasiado cansado para actualizar os textos e nem sei se isso será importante...
2007/11/19
2007/11/14
2007/11/12
a tasca
imagine-se uma fotografia deste gajo tirada pelo meu pai, esse algoz que, de cada vez que se encontra por detrás de uma objectiva, entra numa fúria decapitadora:
o pull-over amarel0, a camisa azul, a gravata a meio caminho entre ambos.
ninguém imaginaria o bigode malandro, umas sobrancelhas que parecem dizer, constantemente, "estás cá com uma sorte...", umas pestanas compridas ideais para pedir dinheiro às mulheres. o fungar distraído enquanto se comenta o grande galo do benfica neste fim de semana...
e quando mais nada faria prever um desenvolvimento importante, surge um assobio indescritível: afinado e seguro, com um trinado só possivel a quem consegue, com uma língua sabedora, transformar um mero palito num objecto muitíssimo expressivo.
o pull-over amarel0, a camisa azul, a gravata a meio caminho entre ambos.
ninguém imaginaria o bigode malandro, umas sobrancelhas que parecem dizer, constantemente, "estás cá com uma sorte...", umas pestanas compridas ideais para pedir dinheiro às mulheres. o fungar distraído enquanto se comenta o grande galo do benfica neste fim de semana...
e quando mais nada faria prever um desenvolvimento importante, surge um assobio indescritível: afinado e seguro, com um trinado só possivel a quem consegue, com uma língua sabedora, transformar um mero palito num objecto muitíssimo expressivo.
2007/11/08
2007/11/07
vela enfunada é um charro...
já tenho a vela enfunada
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias.
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias.
quid?
e deus disse: que se faça a interné e que nela cogumelem blogs. e que toda a criatura não almeje outras coisas que não chegar ao post número mil e usar o substantivo ténis num hipotético singular.
2007/11/05
a arestia da vida
saudações aos monstros que me esperam na praia. é deles o tempo como é meu o compromisso para com eles.
todos os chamamentos de todos os nomes são a mim que convocam.
o cascalho tem uma vida própria debaixo das minhas botas... e eu bem sei que das vidas as há de todos os feitios.
os lenços de assoar improvisados de papel de cozinha desdobram-se contra vontade e, às vezes, fazem-me lembrar de pastéis de tentúgal e, por associação, de restaurantes de beira da estrada onde, parece, se comem umas boas sandes de leitão.
ranho seco.
o que mais me custa nos suicídios colectivos são as crianças.
agora os ogres estão na neve mas continuam arenosos e fazem-me saber dos elásticos que seguram as meias na curva do joelho de um modo tão formal que eu não resisto e começo a disparar para o ar.
a única marca que restou dos dias de pintura foi um frasco de trebentina que só guardei pela óbvia onomatopeia: tre-ben-ti-na.
as sementes das minhas plantas são como animais de estimação ou um parente acamado... morrem mais por falta de cuidado e nem foi preciso ir a amsterdão para aprender isto.
às vezes rio-me de pensar em coisas como "o lodo é lúdico" ou "comboio, my lord, comboio"... mas nem sempre se consegue segurar água com as mãos. ainda que se logre manter a pressão durante muito tempo, a água desaparecerá inexoravelmente. aqueles que a conseguem guardar até que se evapore são referidos como exemplos de santidade e abnegação.
não faço a mínima ideia da cor, cheiro e consistência do líquido que os nossos olhos contêm.
eu sei que ele me olha agora de frente. sei-o com toda a certeza apesar de não ousar levantar o olhar para além da neblina. há dias que ele anda por aqui a rondar o rio... ele procura-me cada vez com mais impaciência, com aquele sentimento em rama de quem sabe falar muitas línguas para nunca as usar em qualquer momento de comunicação com outra pessoa.
a garrafa segue o exemplo das outras: deixa-se ir na corrente, revelando, estúpida e altivamente, um gargalo em movimentos oscilantes que fazem lembrar uma utilização obscena ou indecorosa de um clarinete.
a minha sombra voltou-se contra mim. pondero a possibilidade de a mandar abater ou, pelo menos, de a (mandar) castrar.
quando me assoo à manga, eles agitam-se pois sabem que estou pronto. estou onde me esperavam desde o início de todas as vidas de todas as nubentes.
"...e desapareço em espuma".
todos os chamamentos de todos os nomes são a mim que convocam.
o cascalho tem uma vida própria debaixo das minhas botas... e eu bem sei que das vidas as há de todos os feitios.
os lenços de assoar improvisados de papel de cozinha desdobram-se contra vontade e, às vezes, fazem-me lembrar de pastéis de tentúgal e, por associação, de restaurantes de beira da estrada onde, parece, se comem umas boas sandes de leitão.
ranho seco.
o que mais me custa nos suicídios colectivos são as crianças.
agora os ogres estão na neve mas continuam arenosos e fazem-me saber dos elásticos que seguram as meias na curva do joelho de um modo tão formal que eu não resisto e começo a disparar para o ar.
a única marca que restou dos dias de pintura foi um frasco de trebentina que só guardei pela óbvia onomatopeia: tre-ben-ti-na.
as sementes das minhas plantas são como animais de estimação ou um parente acamado... morrem mais por falta de cuidado e nem foi preciso ir a amsterdão para aprender isto.
às vezes rio-me de pensar em coisas como "o lodo é lúdico" ou "comboio, my lord, comboio"... mas nem sempre se consegue segurar água com as mãos. ainda que se logre manter a pressão durante muito tempo, a água desaparecerá inexoravelmente. aqueles que a conseguem guardar até que se evapore são referidos como exemplos de santidade e abnegação.
não faço a mínima ideia da cor, cheiro e consistência do líquido que os nossos olhos contêm.
eu sei que ele me olha agora de frente. sei-o com toda a certeza apesar de não ousar levantar o olhar para além da neblina. há dias que ele anda por aqui a rondar o rio... ele procura-me cada vez com mais impaciência, com aquele sentimento em rama de quem sabe falar muitas línguas para nunca as usar em qualquer momento de comunicação com outra pessoa.
a garrafa segue o exemplo das outras: deixa-se ir na corrente, revelando, estúpida e altivamente, um gargalo em movimentos oscilantes que fazem lembrar uma utilização obscena ou indecorosa de um clarinete.
a minha sombra voltou-se contra mim. pondero a possibilidade de a mandar abater ou, pelo menos, de a (mandar) castrar.
quando me assoo à manga, eles agitam-se pois sabem que estou pronto. estou onde me esperavam desde o início de todas as vidas de todas as nubentes.
"...e desapareço em espuma".
2007/11/01
a educação assenta em valores ou muj syn + pivo
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