imagine-se uma fotografia deste gajo tirada pelo meu pai, esse algoz que, de cada vez que se encontra por detrás de uma objectiva, entra numa fúria decapitadora:
o pull-over amarel0, a camisa azul, a gravata a meio caminho entre ambos.
ninguém imaginaria o bigode malandro, umas sobrancelhas que parecem dizer, constantemente, "estás cá com uma sorte...", umas pestanas compridas ideais para pedir dinheiro às mulheres. o fungar distraído enquanto se comenta o grande galo do benfica neste fim de semana...
e quando mais nada faria prever um desenvolvimento importante, surge um assobio indescritível: afinado e seguro, com um trinado só possivel a quem consegue, com uma língua sabedora, transformar um mero palito num objecto muitíssimo expressivo.
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