2010/12/05

eu vi isto e gostei!














eu sei que poderia ter escolhido outra imagem para ilustrar a peça "o senhor puntila...". assim como assim, teria que a rapinar de um sítio qualquer.
mas esta agradou-me.
é assim meio como que autobiogáfica...

4 comentários:

me disse...

deixo aqui um balanço, no qual me revejo (pelo menos em parte - a minha viagem foi mais curta):
Hoje, já no recesso e conforto do lar, ganha mais consistência a ideia que se começou a formar ontem, de que, de facto, assistimos a uma representação soberba.
O texto de Brecht é bonito e ao mesmo tempo mordaz. Embora escrito na década de 40, mantém a sua acutilância em termos sociais.
A corrupção, a falta de confiança na classe política, a exploração da classe operária, a vaidade e o poderio económico, entre outros aspectos, constituem ainda hoje, como no passado, os obstáculos a uma sociedade justa.
A encenação, fazendo uso de uma simplicidade aparente, é excepcional.
Depois surgem os actores, a enriquecer e a encher o cenário. O Sr.º Puntila está irrepreensível, fabuloso. Miguel Guilherme vive a personagem.
A música é, ela própria, mais uma personagem.
Enfim, estamos mais ricos!
Não obstante a intempérie que nos acompanhou desde Santarém;
Não obstante o cansaço dos membros inferiores, que reclamavam uma posição mais consentânea com o estatuto de Homem Erectus;
Não obstante as longas horas de viagem, apesar de pautadas por uma boa disposição contagiante.
Foi uma aposta ganha!

©carmen zita disse...

Devo dizer que gosto muito destes post em que falas daquilo que te interessa e do que andas a ver/ler. Deve ser (também) isto que te torna uma pessoa interessante. Digo eu :)
Keep us posted. Kiss.

me disse...

uma das razões pelas quais me revejo no comentário é a de que já me vi em situações em que já tive membros a reclamar uma posição mais consentânea com o estatuto de homo erectus... reclamação essa que encontrou eco...
mas a vida é como dizia alguém: "beba lá um chiripiti e que mande lixar o colesterol" (e o resto, acrescento eu...)

me disse...

a música da peça é do mazgani. e nota-se.