eu sei que poderia ter escolhido outra imagem para ilustrar a peça "o senhor puntila...". assim como assim, teria que a rapinar de um sítio qualquer.
mas esta agradou-me.
é assim meio como que autobiogáfica...
deixo aqui um balanço, no qual me revejo (pelo menos em parte - a minha viagem foi mais curta): Hoje, já no recesso e conforto do lar, ganha mais consistência a ideia que se começou a formar ontem, de que, de facto, assistimos a uma representação soberba. O texto de Brecht é bonito e ao mesmo tempo mordaz. Embora escrito na década de 40, mantém a sua acutilância em termos sociais. A corrupção, a falta de confiança na classe política, a exploração da classe operária, a vaidade e o poderio económico, entre outros aspectos, constituem ainda hoje, como no passado, os obstáculos a uma sociedade justa. A encenação, fazendo uso de uma simplicidade aparente, é excepcional. Depois surgem os actores, a enriquecer e a encher o cenário. O Sr.º Puntila está irrepreensível, fabuloso. Miguel Guilherme vive a personagem. A música é, ela própria, mais uma personagem. Enfim, estamos mais ricos! Não obstante a intempérie que nos acompanhou desde Santarém; Não obstante o cansaço dos membros inferiores, que reclamavam uma posição mais consentânea com o estatuto de Homem Erectus; Não obstante as longas horas de viagem, apesar de pautadas por uma boa disposição contagiante. Foi uma aposta ganha!
Devo dizer que gosto muito destes post em que falas daquilo que te interessa e do que andas a ver/ler. Deve ser (também) isto que te torna uma pessoa interessante. Digo eu :) Keep us posted. Kiss.
uma das razões pelas quais me revejo no comentário é a de que já me vi em situações em que já tive membros a reclamar uma posição mais consentânea com o estatuto de homo erectus... reclamação essa que encontrou eco... mas a vida é como dizia alguém: "beba lá um chiripiti e que mande lixar o colesterol" (e o resto, acrescento eu...)
4 comentários:
deixo aqui um balanço, no qual me revejo (pelo menos em parte - a minha viagem foi mais curta):
Hoje, já no recesso e conforto do lar, ganha mais consistência a ideia que se começou a formar ontem, de que, de facto, assistimos a uma representação soberba.
O texto de Brecht é bonito e ao mesmo tempo mordaz. Embora escrito na década de 40, mantém a sua acutilância em termos sociais.
A corrupção, a falta de confiança na classe política, a exploração da classe operária, a vaidade e o poderio económico, entre outros aspectos, constituem ainda hoje, como no passado, os obstáculos a uma sociedade justa.
A encenação, fazendo uso de uma simplicidade aparente, é excepcional.
Depois surgem os actores, a enriquecer e a encher o cenário. O Sr.º Puntila está irrepreensível, fabuloso. Miguel Guilherme vive a personagem.
A música é, ela própria, mais uma personagem.
Enfim, estamos mais ricos!
Não obstante a intempérie que nos acompanhou desde Santarém;
Não obstante o cansaço dos membros inferiores, que reclamavam uma posição mais consentânea com o estatuto de Homem Erectus;
Não obstante as longas horas de viagem, apesar de pautadas por uma boa disposição contagiante.
Foi uma aposta ganha!
Devo dizer que gosto muito destes post em que falas daquilo que te interessa e do que andas a ver/ler. Deve ser (também) isto que te torna uma pessoa interessante. Digo eu :)
Keep us posted. Kiss.
uma das razões pelas quais me revejo no comentário é a de que já me vi em situações em que já tive membros a reclamar uma posição mais consentânea com o estatuto de homo erectus... reclamação essa que encontrou eco...
mas a vida é como dizia alguém: "beba lá um chiripiti e que mande lixar o colesterol" (e o resto, acrescento eu...)
a música da peça é do mazgani. e nota-se.
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