daquilo que o mar não me trouxesse
além de pedrarias, bugigangas,
e que vivesse eu no que faltasse
ainda que aquém do que esquecesse
que à tona do tempo aflore agora
reconhecida voz em quem a escuta
anunciando a alma devoluta
amputada em ser, ave canora
das eternas delícias e encantos
alheias à vivência sempre e agora
ainda que o mesmo mar mas entregasse
apenas ficam meus e alheios prantos
em lamento de tudo e da demora
da vinda de outro mar que me levasse
Sem comentários:
Enviar um comentário