2020/12/26

afternoon studies

it’s worth asking if we want to be happy, to experience positive feelings, or simply wish to construct narratives that seems worth telling ourselves and others, but doesn’t necessarily yield pleasure. 

lido aqui

em Køntros...

2020/12/13

kunkatano!

é tão triste quando o primeiro "like" que tive de um padre católico numa rede social é aplicado a um momento feliz, infelizmente registado como aparentemente muitíssimo feliz... 
só que a representação não corresponde ao representado. 

engasguei-me a rir. 
estava a comer amendoins. 
associo sempre amendoins aos pés de uma pessoa. 
específica.

C la vie

so long, mouraria

2020/12/09

over the rainbow




 

dicotovia

gostar de alguém tanto inclui ou pode incluir o desejo de felicidade da pessoa como o desejo de se ser feliz fazendo a pessoa feliz... 
e há todo o leque de possibilidades e impossibilidades associado...

2020/11/30

vargas girls

antes do amor ou da ideia de amor vem a beleza ou a ideia de beleza... 
as coisas surgem sempre historicamente situadas.
... e a marca que as coisas deixam nas pessoas.


 

2020/11/09

il timore, la paura...

... 
yes, you who must leave everything 
that you cannot control 
it begins with your family 
but soon it comes round to your soul 

 da canção "sisters of mercy", de leonard cohen

2020/11/03

2020/10/31

shure

 

On the borders of safety 
That's where I find peace 
Where the black sand 
Meets the raging seas 
I see their forces 
For what they truly are 
Yet I'm reminded 
Of my beating heart 
 Among the lonely rocks 
Is where I lay my head 
I hear the ocean calling 
"Come with me instead" 
She sings me songs 
Of ungrateful souls 
Who once thought gods 
Could bring them home 
 On the borders of safety 
That's wherе I find peace 
Wherе the black sand
Meets the raging seas 
I see their forces 
For what they truly are 
Yet I'm reminded 
Of my beating heart

2020/10/27

party!!!!

 


a legos pisados não se olha o dente

"O construtor é um homem vazio, como todos os homens, mas a maioria destes não o sabe. Esse vazio irredutível através de todas as situações da existência subjaz à paixão e ao desejo, ao prazer e à alegria, à comunicação e à festa." (extracto)

antónio ramos rosa, O CONSTRUTOR É UM HOMEM VAZIO, COMO TODOS OS HOMENS, retirado daqui


teste do macaco ou tigre ou o catano!

Your personality features are as follows:

Impulsive: you do things in a spontaneous way. 
You have the ability to see everything in a different way compared to other people.
Sensitive: you worry a lot about everything. 
You spend a lot of time thinking and acting based on your feelings.
Creative and artistic: you are an expert in music, art and other creative disciplines.
Intuitive: you don't list the tasks to do and you don't respect the rules. 
You solve problems in an intuitive way.
Dreamer: you have dreams instead of having goals, and you give the best of you to achieve them, and generally, it's a success.


2020/10/23

self-portrait in onion suit, part XVII


 

e quando a malta se apercebe que faz uma versão de uma versão, ainda que a versão seja do tipo que pensou e criou a cena? 
o meu useiro e vezeiro acesso a esta canção foi por via de uma versão do próprio tom waits. 
hoje ouvi o original pela primeira vez. 
prefiro a versão, mais tardia, com muito mais bourbon e cigarros e dor e melancolia e saudade e frustração na voz... 
já dizia um dos outros: o poeta é um fingidor. 
ou, como a minha avó: ai não que não queres... estás desertinho...

2020/10/22

saruga


 

coçar faz ferida

alone with everybody*


the flesh covers the bone

and they put a mind

in there and

sometimes a soul,

and the women break

vases against the walls

and the men drink too

much

and nobody finds the

one

but keep

looking

crawling in and out

of beds.

flesh covers

the bone and the

flesh searches

for more than

flesh.


there's no chance

at all:

we are all trapped

by a singular

fate.


nobody ever finds

the one.


the city dumps fill

the junkyards fill

the madhouses fill

the hospitals fill

the graveyards fill


nothing else

fills.


de charles bukowski

2020/10/21

fazer falta como um balão num enterro

 

hoje conversava com alguém sobre a moda de lançar balões nos funerais. 
um tipo que (obviamente) não me conhece, perguntou-me se eu queria isso. 
respondi que me estava nas tintas para o que fizessem... 
após um momento de reflexão, em que contemplei cenas pró ambientalistas e assim, disse: 
- não quero isso. a porcaria que faço em vida chega e sobra.

mash-up do dia











(cada um tem a internet que merece) 
vi isto, ambas as imagens, hoje. 
a sua justaposição é coisa que me define. 
apercebo-me que é coisa que admiro nos outros, também, esta justaposição. 

há, até, pessoas em relação às quais só penso em justaposição, agora que penso nisto.
há, até, pessoas em relação às quais quase só penso em justaposição, agora que penso nisto.
há, até, pessoas em relação às quais não penso só em justaposição, agora que penso nisto.
há, até, pessoas em relação às quais quase nunca, ou raramente, penso em justaposição, agora que penso nisto.
há, até, pessoas em relação às quais nunca penso em justaposição, agora que penso nisto.
e uma destas frases mói-me mais do que as restantes

2020/09/29

post grunge love story



all pain
no gain
did kurt kobain die in vain?

2020/09/14

mashup


"...listen to the colors of your dreams..." do tipo: against all odds (phil collins) x songs for the deaf (queens of the stone age)

2020/09/01

souvenirs

 "lembrava-se (...) de dedicar horas a imaginar como seria o seu funeral, num exercício de comiseração próprio das pessoas a quem uma sensibilidade excessiva em idade imatura debilita a têmpera e corrói o carácter."

in: "uma ida ao motel", de bruno vieira amaral

2020/08/22

película

entre nós e as palavras há metal fundente, dizia o cezarini, quando nos dizia que seríamos bem-vindos a elsinore.

entre nós e a vida há uma...
entre mim e a vida, incluindo a minha, há uma barreira intransponível.

li hoje a seguinte frase, ainda "do interior da tua ausência": "nunca tivemos nada um com o outro, mas ficarás para sempre com o cheiro do meu corpo", dissera ela."
compreendo-a muitíssimo bem.
e à frase.


2020/08/11

leituras de viagem

sou um homem a quem faltou muita coisa, sobretudo a coragem. porém, nunca se me desvaneceu a lucidez de o reconhecer; mais: de me aceitar tal como sou. o perdedor tem na derrota uma secreta volúpia.

durante muito tempo  dediquei-me, através da alquimia das frustrações, a mitificar um passado, para mim a maior fonte de felicidade. inscrevia-me nessa lista de pessoas que temem crescer, mas não o admitem. o que atenuou o meu desespero foi o poderoso desafio de viver além da conta e o desejo de ser único. os homens estão divididos entre mutilados e vis. pertenço à primeira categoria, e faço uma tangente com a segunda. nada espero, vivo preparado para tudo.

estou marcado pelo tempo, pelas desilusões, pelo medo e pelas perdas. há algo exterior a nós que somos obrigados a servir. na minha idade já devia ter cuidado. não com o corpo: sempre dele abusei; com aquilo que digo e, até, com aquilo que penso.

(...)

"os homens que estão prontos para morrer é porque nunca estiveram prontos para viver".

in "no interior da tua ausência", de baptista-bastos

2020/07/24

we are what we live...

neste preciso momento, J. está a ver um filme por indicação minha... "o nome da rosa".
dizia, após dez minutos, que o filme não o estava a cativar.
eu, numa manobra rasteira de marketing, disse-lhe que metia miúdas nuas...

continuei absorto no portefólio que me ocupava. entretanto ouvi-o dizer "truth"...
perguntei-lhe que cena o tinha levado a concordar.
ele andou para trás no filme e o monge mestre, em resposta às dúvidas do seu noviço aprendiz, disse:
- quão pacífica seria a vida sem amor... tão segura, tão tranquila, ... tão monótona.

2020/07/18

epitáfio

mamãe, após um olhar rasante de análise e avaliação das imediações da minha casa:
- tu deixas secar tudo...

2020/06/23

facebook pearls

um gajo - O salazar dá cambalhotas no caixão...
  • eu -  por mim, no caixão, até podia gerar electricidade... podia e devia

a perna do manequim

o meu filho herdou de mim uma característica muito específica. não sei bem se herdou, pode apenas fazer parte do seu temperamento (parece que isso é nasce com a pessoa). seja como for, é igual a mim nesse particular.
é, possivelmente, a característica que mais me define.
e apercebi-me disso hoje, agora.

(a desenvolver)


2020/06/17

not flood


um poeta ao mar*

o Céu é um jogador, e nós tão-somente peões.
é a realidade, não um efeito de estilo.

sobre o tabuleiro do mundo Ele nos coloca e desloca.
para depois nos largar de súbito no poço do nada.

omar kayyam

* via Amin Maalouf

2020/05/22

shell

nós e as coisas frágeis
somos o que podemos
nunca seremos para sempre
somos o que vamos sendo
à tona de um mar de vulnerabilidade

mas a fragilidade das coisas frágeis é enganadora:
coisas frágeis protegem, fragilmente
coisas frágeis afundam-se, passam muitos anos sem se debater
até um dia
por acaso
se disporem a uma nova vida
connosco
igualmente frágil
e nós igualmente frágeis

e cabe-nos a nós proteger as coisas frágeis
caber-nos-á uma nova vida, também

2020/05/19

salfords lads club

williamson andava à deriva e fez meia volta
rebecca não sabia para onde ia e inverteu a marcha
nunca ocuparam o mesmo espaço ou o mesmo tempo
nunca se conheceram
acho até que ela já tinha morrido
quando ele nasceu...
é o que dá ser-se inventado por alguém
que é
como se fosse
um papel
o único papel de rebuçado de mentol
num cinzeiro de automóvel velho
cheio de beatas

2020/04/23

2020/04/12

beyond words

quando se gosta é melhor!!!!

simple skin


lavoro ou há gralhas que vêm por bem...

estou, travail m'oblige, a ler histórias de vida...
a certa altura leio "... andei na escola em xxxxxx até ao quinto ano, depois vim para Tomar fazer o sexo."

quem sou eu para julgar?
ou
quem nunca?...

omaha (ou X Day)

fazem-se planos, definem-se estratégias, concentram-se os meios para, um dia, desembarcar, com todas as minhas forças, na tua praia.

2020/04/10

zizek

fiz uma pausa nas leituras de trabalho e fui investigar sobre o senhor. 
coloco aqui um excerto da wiki... achei muito sábia a última frase (e o resto): 

Segundo Žižek, o "Real" é um termo que corresponde a um conceito bastante enigmático, e não deve ser equiparado com a realidade, uma vez que a nossa realidade está construída simbolicamente; o real, pelo contrário, é um núcleo duro, algo traumático que não pode ser simbolizado (isto é, expressado com palavras). O real não tem existência positiva; só existe como abstracto. Porém, não consiste em algo externo à realidade: é o próprio núcleo da realidade que nossa capacidade de simbolização não consegue alcançar. É o que irrompe por entre as brechas da malha simbólica.

Para Žižek, a realidade tem a estrutura de uma ficção. Ou seja, sendo construída a partir da simbolização limitada de um determinado ponto do Real, acaba sendo apenas uma espécie de interpretação da "coisa em si". Sendo assim, o real irrompe em situações as quais tradicionalmente consideramos serem fictícias, como em sonhos e na realidade virtual. No primeiro caso, o sonho permite que entremos em contacto com o que há de mais próximo do Real individualmente. No segundo caso, a realidade virtual nos permite que nos manifestemos sem a pressão exercida pelas regras do Simbólico, de modo que um homem tímido pode ser, em um jogo virtual, uma mulher atraente e sedutora.

2020/04/08

santidade



santa teresa de ávila, tamara de lempicka

is it the end of an era?

2020/04/07

apelo

sempre soube que o amor não era cego.
já defendi que o amor era estrábico (apesar de haver uma leitura meio manhosa para a expressão :) ).
mas sei, de facto, que o amor é selectivamente anosmático.
não completamente.
a pele...

a pele.

printempo




para uma composição da memória construída sobre uma primavera diferente de todas as outras, ainda que todas as primaveras sejam únicas. ou preâmbulo para um romance imaginado: "amor em tempo de vírus"

not snow


2020/04/06

recuperação

adoro vir-me a ver-te a vires-te

2020/04/01

é doença

uma mecinha engraçada, que eu conheço, postou uma história que continha uma fotografia em que ela tinha gatos no colo, enquanto sentada no sofá...
até aqui, tudo bem... o isolamento e tal... muito lindo, até.

o mais coiso foi o comentário, a saber, "sinto-me uma encantadora de gatas. não me posso sentar..."

a minha cabeça (o isolamento... muito lindo), automaticamente retirou a palavra "uma" e a foto.
correu bem.
correu muito bem, até.

2020/03/24

poliberta

j - ó pai, eles estão a dar um beijo ao contrário...
eu - não há forma "oficial" de beijar, puto... se houver vontade, tudo vale*.

* dito com sotaque espanhol, ou algo assim...

2020/03/17

minanuxile


parece que, aqui, noutros tempos, o carvão extraído era transportado em pequenos vagões, puxados por póneis, pelas galerias...
a parte que me fez pausar foi a informação de que, cerca de três meses após a chegada à mina, estes póneis eram sacrificados.
ficavam cegos.

o ser humano é muito estranho, bem como a vida dos seres vivos que o rodeiam, às vezes.

2020/03/08

prophecy

- tu, na dúvida, proferes frases lapidares...
- eu não prefiro frases lapidares.
- proferes, mesmo sem as preferir.

2020/03/07

2020/03/06

á o sumério, pé!!

"entrega e correção* dos vergonhosos testes de avaliação".

* em coisas sérias e oficiais sou forçado a usar a merda da nova ortografia.

2020/03/03

cenas avulso com gajas pitas em salas de aula

- ... é que estou a pensar por piercings nos mamilos. acha mal?
- na minha humilde opinião, se há parte do corpo que dispensa adornos extra, os mamilos seriam das minhas primeiras indicações. logo, acho dispensável.
- pensei que dissesse outra coisa...
- posso dizer outra coisa... posso deixar-te um verso de um poema de que gosto muito: young girls of love will someday hate their mirrors...*
- o que é que a poesia tem a ver com piercings?
- tudo, minha querida... o poema chama-se "nós derrotaremos a morte"... ou, se calhar, só tem a ver com mamilos, que sei eu?

* "we will defeat death", charles bukowsky

cenas avulso com gajas cotas em salas de professores

x - qualquer coisa inaudível... gosta de sexo?
eu - não sei se estou a perceber a pergunta... mas sim, gosto.
x - alguém andou aqui neste computador e só aparecem coisas parvas...  "gosta de sexo?"..."quer aumentar o pénis?"... o colega sabe tirar?
eu - o pénis?
x - não... estas coisas aqui do computador... não se ria, isto não tem piada...
eu - pois não... são problemas bem reais, esses... deixe estar isso assim, sempre anima...
x - esqueça.