2020/12/26
afternoon studies
2020/12/13
kunkatano!
2020/12/09
dicotovia
2020/12/05
2020/11/30
vargas girls
2020/11/29
2020/11/25
2020/11/09
il timore, la paura...
2020/11/03
2020/10/31
shure
2020/10/27
a legos pisados não se olha o dente
"O construtor é um homem vazio, como todos os homens, mas a maioria destes não o sabe. Esse vazio irredutível através de todas as situações da existência subjaz à paixão e ao desejo, ao prazer e à alegria, à comunicação e à festa." (extracto)
antónio ramos rosa, O CONSTRUTOR É UM HOMEM VAZIO, COMO TODOS OS HOMENS, retirado daqui
teste do macaco ou tigre ou o catano!
2020/10/23
self-portrait in onion suit, part XVII
2020/10/22
coçar faz ferida
alone with everybody*
the flesh covers the bone
and they put a mind
in there and
sometimes a soul,
and the women break
vases against the walls
and the men drink too
much
and nobody finds the
one
but keep
looking
crawling in and out
of beds.
flesh covers
the bone and the
flesh searches
for more than
flesh.
there's no chance
at all:
we are all trapped
by a singular
fate.
nobody ever finds
the one.
the city dumps fill
the junkyards fill
the madhouses fill
the hospitals fill
the graveyards fill
nothing else
fills.
de charles bukowski
2020/10/21
fazer falta como um balão num enterro
mash-up do dia
2020/09/29
2020/09/14
mashup
2020/09/01
souvenirs
"lembrava-se (...) de dedicar horas a imaginar como seria o seu funeral, num exercício de comiseração próprio das pessoas a quem uma sensibilidade excessiva em idade imatura debilita a têmpera e corrói o carácter."
in: "uma ida ao motel", de bruno vieira amaral
2020/08/22
película
2020/08/11
leituras de viagem
sou um homem a quem faltou muita coisa, sobretudo a coragem. porém, nunca se me desvaneceu a lucidez de o reconhecer; mais: de me aceitar tal como sou. o perdedor tem na derrota uma secreta volúpia.
durante muito tempo dediquei-me, através da alquimia das frustrações, a mitificar um passado, para mim a maior fonte de felicidade. inscrevia-me nessa lista de pessoas que temem crescer, mas não o admitem. o que atenuou o meu desespero foi o poderoso desafio de viver além da conta e o desejo de ser único. os homens estão divididos entre mutilados e vis. pertenço à primeira categoria, e faço uma tangente com a segunda. nada espero, vivo preparado para tudo.
estou marcado pelo tempo, pelas desilusões, pelo medo e pelas perdas. há algo exterior a nós que somos obrigados a servir. na minha idade já devia ter cuidado. não com o corpo: sempre dele abusei; com aquilo que digo e, até, com aquilo que penso.
(...)
"os homens que estão prontos para morrer é porque nunca estiveram prontos para viver".
in "no interior da tua ausência", de baptista-bastos
2020/07/24
we are what we live...
dizia, após dez minutos, que o filme não o estava a cativar.
eu, numa manobra rasteira de marketing, disse-lhe que metia miúdas nuas...
continuei absorto no portefólio que me ocupava. entretanto ouvi-o dizer "truth"...
perguntei-lhe que cena o tinha levado a concordar.
ele andou para trás no filme e o monge mestre, em resposta às dúvidas do seu noviço aprendiz, disse:
- quão pacífica seria a vida sem amor... tão segura, tão tranquila, ... tão monótona.
2020/07/18
epitáfio
- tu deixas secar tudo...
2020/07/07
2020/06/23
a perna do manequim
é, possivelmente, a característica que mais me define.
e apercebi-me disso hoje, agora.
(a desenvolver)
2020/06/17
um poeta ao mar*
é a realidade, não um efeito de estilo.
sobre o tabuleiro do mundo Ele nos coloca e desloca.
para depois nos largar de súbito no poço do nada.
omar kayyam
* via Amin Maalouf
2020/05/22
shell
somos o que podemos
nunca seremos para sempre
somos o que vamos sendo
à tona de um mar de vulnerabilidade
mas a fragilidade das coisas frágeis é enganadora:
coisas frágeis protegem, fragilmente
coisas frágeis afundam-se, passam muitos anos sem se debater
até um dia
por acaso
se disporem a uma nova vida
connosco
igualmente frágil
e nós igualmente frágeis
e cabe-nos a nós proteger as coisas frágeis
caber-nos-á uma nova vida, também
2020/05/19
salfords lads club
rebecca não sabia para onde ia e inverteu a marcha
nunca ocuparam o mesmo espaço ou o mesmo tempo
nunca se conheceram
acho até que ela já tinha morrido
quando ele nasceu...
é o que dá ser-se inventado por alguém
que é
como se fosse
um papel
o único papel de rebuçado de mentol
num cinzeiro de automóvel velho
cheio de beatas
2020/04/23
2020/04/12
lavoro ou há gralhas que vêm por bem...
a certa altura leio "... andei na escola em xxxxxx até ao quinto ano, depois vim para Tomar fazer o sexo."
quem sou eu para julgar?
ou
quem nunca?...
omaha (ou X Day)
2020/04/10
zizek
Para Žižek, a realidade tem a estrutura de uma ficção. Ou seja, sendo construída a partir da simbolização limitada de um determinado ponto do Real, acaba sendo apenas uma espécie de interpretação da "coisa em si". Sendo assim, o real irrompe em situações as quais tradicionalmente consideramos serem fictícias, como em sonhos e na realidade virtual. No primeiro caso, o sonho permite que entremos em contacto com o que há de mais próximo do Real individualmente. No segundo caso, a realidade virtual nos permite que nos manifestemos sem a pressão exercida pelas regras do Simbólico, de modo que um homem tímido pode ser, em um jogo virtual, uma mulher atraente e sedutora.
2020/04/08
2020/04/07
apelo
já defendi que o amor era estrábico (apesar de haver uma leitura meio manhosa para a expressão :) ).
mas sei, de facto, que o amor é selectivamente anosmático.
não completamente.
a pele...
a pele.
printempo
para uma composição da memória construída sobre uma primavera diferente de todas as outras, ainda que todas as primaveras sejam únicas. ou preâmbulo para um romance imaginado: "amor em tempo de vírus"
2020/04/06
2020/04/01
é doença
até aqui, tudo bem... o isolamento e tal... muito lindo, até.
o mais coiso foi o comentário, a saber, "sinto-me uma encantadora de gatas. não me posso sentar..."
a minha cabeça (o isolamento... muito lindo), automaticamente retirou a palavra "uma" e a foto.
correu bem.
correu muito bem, até.
2020/03/24
poliberta
eu - não há forma "oficial" de beijar, puto... se houver vontade, tudo vale*.
* dito com sotaque espanhol, ou algo assim...
2020/03/19
2020/03/17
minanuxile
parece que, aqui, noutros tempos, o carvão extraído era transportado em pequenos vagões, puxados por póneis, pelas galerias...
a parte que me fez pausar foi a informação de que, cerca de três meses após a chegada à mina, estes póneis eram sacrificados.
ficavam cegos.
o ser humano é muito estranho, bem como a vida dos seres vivos que o rodeiam, às vezes.
2020/03/08
prophecy
- eu não prefiro frases lapidares.
- proferes, mesmo sem as preferir.
2020/03/07
2020/03/06
á o sumério, pé!!
* em coisas sérias e oficiais sou forçado a usar a merda da nova ortografia.
2020/03/05
2020/03/03
cenas avulso com gajas pitas em salas de aula
- na minha humilde opinião, se há parte do corpo que dispensa adornos extra, os mamilos seriam das minhas primeiras indicações. logo, acho dispensável.
- pensei que dissesse outra coisa...
- posso dizer outra coisa... posso deixar-te um verso de um poema de que gosto muito: young girls of love will someday hate their mirrors...*
- o que é que a poesia tem a ver com piercings?
- tudo, minha querida... o poema chama-se "nós derrotaremos a morte"... ou, se calhar, só tem a ver com mamilos, que sei eu?
* "we will defeat death", charles bukowsky
cenas avulso com gajas cotas em salas de professores
eu - não sei se estou a perceber a pergunta... mas sim, gosto.
x - alguém andou aqui neste computador e só aparecem coisas parvas... "gosta de sexo?"..."quer aumentar o pénis?"... o colega sabe tirar?
eu - o pénis?
x - não... estas coisas aqui do computador... não se ria, isto não tem piada...
eu - pois não... são problemas bem reais, esses... deixe estar isso assim, sempre anima...
x - esqueça.