2021/01/30

not normal life

 

eu seja ceguinho se eu não faço uma versão desta versão (eu não aprendo) e penduro aqui. 
com a letra em português, tipo isto: 

sentado nas rochas 
observando o vai-vem das ondas, 
são como o teu estar, sempre alto. 
as recordações das noites sempre frescas, sempre ternas, 
levam a uma luz esplendorosa 

porque foi a canção do verão 
a canção da nossa vida 
como um raio que atravessa as feridas 

que longe está a porta 
que te leva até casa e ao trabalho. 
vamos os dois dançar este techno. 
a música é tão frágil 
que as memórias permanecem impregnadas, 
para sempre, 
vamos dançar... 

porque foi a canção do verão 
a canção da nossa vida 
como um raio que atravessa as feridas

2021/01/27

underlining

sublinhei uma frase, num livro:

"os convertidos são ferozes porque lutam com recordações e fantasmas"...

os não convertidos também, digo eu.

2021/01/26

hit the spot

alguém, numa rede social: 
- forca André Ventora que Deus noço senhor te elimine 

alguém que eu estimo e admiro: 
- acim çeija

2021/01/25

"comboio nocturno" ou "do not go gentle into that good night"

M. fez quinoa com legumes salteados para acompanhar os bifes de perú. eu não gosto de legumes salteados, mas ela tem mão e só não repeti porque a humildade é valor que eu tento... enfim, não sou um pai perfeito. amanhã dir-lhe-ei que o jantar estava óptimo. 

vi dois minutos de um filme. falava de catedrais, de deus, de escolhas... voltei ao início e decidi-me a ver o filme enquanto jantava, apesar dos protestos generalizados. J. perguntou-me como podia eu dizer que um filme era bom após ver dois minutos. eu respondi que a fotografia, o tempo, os actores... tudo isso me permitia arriscar. alguém disse que eu "tinha essa mania de achar que percebia mais das coisas". perguntei se alguém me sabia dizer o que raio era um plano contrapicado. em face do silêncio, impus a minha vontade, mesmo sabendo que tinha coisas muito mais importantes onde ocupar o meu tempo...  

emocionei-me. chorei. 

o filme é este (está em inglês, se lhe retiramos as legendas incompreensíveis, para mim): 

2021/01/23

great minds think alike :)

sivert høyem dizia numa entrevista, que vi hoje: 

leonard cohen is my bob dylan... (...) he as just been there, all the time. i don´t know why, but i just gravitate to him... there's the mood, there's the whole romantic aspect of it... so, yeah, he's my guy.
as a man, he was someone you could look up to, someone you could want to be...

pode ser confirmado aqui...

2021/01/19

black rebel motorcycle love

xadrez

 lê-se, nestes tempos de arriscado convívio com o futuro, isto.

2021/01/17

2021/01/14

2021/01/13

mercadona

sobre o assunto em epígrafe, escrevi, numa rede social tipo facebook (foi mesmo no facebook) o seguinte: eu, como poeta amador, da corrente mais exotérica/brejeira, gosto muito da mercadona, pois dá belíssimas rimas... 

é o que dá estar desconcentrado para ver testes e ingerir doses generosas de álcool para "facilitar"... 

 só me apetece é desaparecer...

2021/01/09

vandalism


 

unawareness

a canção que se segue foi dos meus maiores mal-entendidos musicais: fixei-me na batida contagiante, na fantástica linha de baixo, na voz suave... sem me fixar nas palavras, na mensagem, na intenção... 

acontece...

 

tal como acontece o contrário, por vezes... a canção "fragile tension", dos depeche mode, é, na minha opinião, uma canção "preguiçosa"... mas nas palavras reparei desde sempre. 

Well it's a fragile tension, that's keeping us going. 
It may not last forever, but of all wind is blowing. 
There's something magical in the air. 
Some things so tragic we have to care. 
It's a strange obsession, it's drawing us nearer. 
We don't understand it, it never get's clearer. 
There's something mystical in our dreams. 
They're so simplistic it kicks and screams. 
Oh when we seem to recon the art occult that nothing can keep us down. 
It's a dizzying feeling that's keeping us flying. 
Some glittering gauntlet, without even trying. 
There's something magical in our hands. 
Nothing logical to our plans.

back to the future...

não me lembro de mim, de como era ou pensava... a primogénita dizia-me que estou muito melhor agora do que estava aos vinte anos. concordo, ou tendo a concordar... verdade verdadinha é que se o meu eu aos vinte anos tivesse um vislumbre dos meus dias actuais, jamais acreditaria. é muito possível que isto aconteça a toda a gente, não faço ideia. talvez não seja importante, mas é disto, provavelmente, que é feito aquilo que designam por experiência. não me considero um homem experiente. em muitos dias nem me considero um homem, a bem dizer. não interessa... estou apenas a engonhar, pois tenho coisas para fazer.

2021/01/05

true love will find you in the end

vórtice nabantino

fios de evaporação elevam-se do rio nesta manhã fria. eu reparo na beleza do quadro, lembrando antecipando os risos das raparigas perante a demonstração de bravura dos rapazes, que se atiram da ponte. 
há sempre mais tempo, mesmo após o tempo disponível. o tempo disponível... esse luxo. 

tenho os pés frios. a noção de que a maior decepção é a que se funda na esperança não ajuda. 

duas mulheres bonitas trouxeram-me notícias, hoje. 

morreu alguém da minha gente. 
alguém que, no seu tempo, agora indisponível, amou, sofreu, desejou, sonhou... um dos exemplos da minha definição da tradição familiar: mães solteiras e perturbações mentais. 

averiguar, no futuro: 
a consciência da limitação do tempo torna-nos a todos uns loucos filhos da puta? 
é loucura pensar que o tempo não é um grandecíssimo filho da puta? 
somos todos putas, filhos de num tempo louco? 
(talvez seja melhor deixar isto sossegado...)

gosto da promessa de verão que todos os dias frios contêm.