2006/10/10

anil quilate

fazes surtos em surdina,
és serpente, serpentina.
comes-me as papas na cabeça,
fazes-me o ninho atrás da orelha.
viras-me do avesso,
usas-me como arremesso.
em toada mansa toda tua,
em toalha, em dança, toda nua,
como um brilho opaco de vitral,
és dionísio, és baco, és vestal.

em galopante crescendo, turbilhante, fraco e forte
revives uma imensa pequena morte.


3 comentários:

Anónimo disse...

Mas que poema tão intenso!

Gostei.(não é que isso interesse. o prazer é todo meu).

Anónimo disse...

pareceu ou foi mesmo um orgasmo que tiveste?

Anónimo disse...

"Qui quilate.
Amante que é amante não é bi, é di."
Segismundo.
in alberguedosdanados.blogspot.com