2007/05/22

ritornello

(finalmente! tenho tanto para te dizer. gosto do teu cabelo assim) - olá.
- olá. então?
(continuas linda! tu nem imaginas a falta que me fazes...) - e tu? fizeste boa viagem?
- foi mais ou menos...
(deixa-me abraçar-te até ao último dia do mundo. quero sentir-te aqui) - eu levo o teu saco.
- estás à espera há muito tempo?
(espero-te todos os dias desde que te conheci, incluindo os momentos, todos os momentos, que passámos juntos.) - não, nem por isso.
- onde está o teu carro?
(quando tu não estás sinto que te amo. eis-te aqui agora e amor é o que eu sinto. vejo que tens os brincos que comprámos juntos e amo-te também por isso) - está já ali. sim, eu sei que tinha aqui lugar mais perto. não reparei.
- vejo que estás na mesma.
(como desde o primeiro dia, observo a forma fluída como caminhas. vejo formar-se no espaço entre as tuas sobrancelhas uma pequena ruga de reprovação relativamente às coisas pequenas e banais - neste caso, uma capa de revista cor-de-rosa, no quiosque. escrevi uma canção só para ti) - vais começar já a irritar-me? (espero que o grafitti com o teu nome não te choque muito. espero que consigas dormir sossegada...) - não, não estou zangado...
- mas pareces...
(claro que te comprei o arroz integral, o seitan, o tofú... felizmente acabei os bifes ontem, acompanhando-os com cerveja, enquanto via o futebol) - vais começar, é?

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