2008/12/30

the tale of the absent mare

até faz sentido. afinal até vi, de longe, a R. mas não me apeteceu (expressão vil, neste contexto) falar com ela. morreu-se-lhe o pai e isso... enfim.
opta-se por este café para esperar. está a começar um jogo do liverpool (piscinadefigado?) e pedi chá verde.
tenho por companhia "o jogo preferido", do cohen, para reler...
ou talvez para me lembrar que:
- não é um jogo.
- ultrapassa as preferências pessoais.
uma coisa cósmica qualquer...
espera-se. espera-se mesmo quando nem a esperança se espera.
"não são as minhas acções que conferem um atestado de validade às minhas palavras, é o meu sofrimento" (cito-me)... redundância latente: as minhas palavras dizem o meu ser. eu digo a verdade... a minha, logo, a verdade.

relê-se. a impossibilidade que tenho de ler na diagonal o que quer que seja tem, como compensação, a impossibilidade de, de facto, reler. é sempre "a primeira vez". na admirável obra pré-cinematográfica " 30 maneiras de foder" duvido que esteja incluída a de "foder como se lê" (agora que penso nisso, já tenho fodido na diagonal).
reencontram-se notas e sublinhados (a minha eterna falta de respeito pelos autores, edições...) e verifica-se que se mantém uma linha de continuidade que confere sentido. "it all makes sense".
ou, provavelmente, nada faz sentido.
vivamos!
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qualquer coisa como um incontido orgulho quando vemos alguém a atravessar a rua dirigindo-se a nós.
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a "arte de não fazer planos" pode ser confundida com a "arte de desesperar de forma controlada". nenhuma delas pode ser confundida com a "arte de viver".

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