atribui-se isto a s. agostinho:
O mundo é um livro e aquele que não viaja lê apenas uma página...
fazer turismo deve ser tipo ler os resumos, aquelas edições amarelas e pretas...
ler um livro é também forma de viajar, sendo que pressuponho que uma viagem altera de qualquer modo o viajante. é claro que nem todos os livros proporcionam isso. ir comprar tabaco também não é viajar (apesar de haver gente que vai comprar tabaco e que nunca mas aparece. devia falar-se disto mais vezes, quando se aborda o tema dos malefícios...), a não ser que se vá comprar muito longe, tipo à pampilhosa da serra ou assim...
ocorre-me que talvez se possa dizer (pode, seguramente) que quem escreve um livro está a criar viagens. há aquele caso do tipo que escrevia guias de viagem sem nunca ter visitado os países que descrevia, mas não é disto que estou a falar... cria-se uma viagem cujo destino, meio de transporte e viajantes são incertos.
diziam-me há pouco tempo que eu devia abrigar-me a escrever. detectado o lapsus linguae, corrigiu-se para: "devias obrigar-te a escrever, mas num local abrigado".
concordo.
se livros e viagens... coiso, dado que as viagens encerram sempre uma míriade (há 47 dias que não usava esta palavra) de possibilidades aventurosas, um abrigo é sempre bem-vindo.
abriguei-me a escrever este texto: à minha frente, perto de trinta adolescentes (demasiados) tentam responder a um teste... e tomei consciência de que padeço, ocasionalmente, de taquilalia... que se lixe.
e agora algo completamente inusitado:
às vezes, quando se entra a pés juntos, também se entra com o pé direito!
(tá visto: tenho que me candidatar a um emprego na indústria dos cartões postais...)
1 comentário:
:)
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