2010/01/29

gentlemen with no club

eu - sabes que eu estou muito em contacto com o meu lado feminino: dou muita atenção aos pormenores...
R - a sério? por exemplo?
eu - por exemplo... as botas da V, as castanhas, com aqueles atilhozinhos atrás... aliás, reparei, como suspeitava, que ela tem as pernas muito bem feitas... muito bem feitas mesmo. compridas... e aquela mini-saia ficava-lhe muito bem...
R - estás em contacto com o teu quê?
eu - pois... deixa lá isso...

2010/01/25

i get the rythm and i get the blues...

eu sei que o ritmo de posts não tem sido o mesmo. sei isso e outras coisas, que envolvem cabos de aço flexíveis e rolos para o cabelo e amido de milho e...
não sendo este sítio otobiográfico, é um facto que a falta de vida condiciona a produção de... disto que por aqui costuma aparecer.

por exemplo, acabei de ouvir uma piada(?):
- sabes por que não há louras em timor?
- não...
- porque em timor loro sai.
- ..... ok.

sobreviva-se!

lá, lá, laura



wtf does this mean? (i like it anyway, no matter what...)

Staring at the entrance to the mine
I prayed for your wounds to close
Tiger ointment and a cosmic collision
And the crucifixion of the rose

2010/01/21

cat power

aquele ar de sofredor/pensador muito a james dean

titxing

- o fruto desconhecido é o mais apetecido...
- olha que talvez não. o fruto completamente desconhecido assusta. pode ser venenoso, por exemplo. o fruto mais apetecido é o proibido. isso implica uma qualquer noção do que seja.
(risos) - tem razão, professor. peço desculpa, fiz confusão.
- deixa... não te fica mal este tipo de confusões...

2010/01/18

bando lin(do)...

pre ciosismo

o post abaixo inclui a expressão: boa parte da má reputação.
acho que há muitas más reputações com uma grande parte boa. boa parte dessa reputação deriva directamente da parte boa.
a inveja é um defeito muito feio, mas pecar é humano, ó o catano!

e agora algo completamente diferente:

eflúvio

lê-se o jornal das letras.
lê-se sobre o humor como escape, como fuga às convenções...
e lê-se a entrevista a ricardo araújo pereira, a propósito da coordenação da colecção de literatura de humor:
"o humor deve grande boa parte da sua má reputação ao facto de, durante dois mil anos, ter prevalecido a ideia (professada por quase todos os filósofos, de platão a hobbes) de que o riso é uma manifestação de superioridade de quem ri em relação aos outros - o que, do ponto de vista ético, torna o riso pouco recomendável."

pode ser.
pode ser qualquer coisa...

pode ser (o humor) uma forma de equilíbrio vital em face da consciência da mortalidade. é, no meu caso, uma parcela importante, porque determinante, no meu modus vivendi.
e isto tudo tinha a ver com algo que se me escapou...

alguém (mário da silva ramos) dizia de alface e de ernesto sampaio que eram "desesperados subtis"... gosto da expressão.

2010/01/14

tempus fugit

após a apreensão natural por ter sabido que havia no facebook fotografias minhas do tempo da faculdade, estou mais descansado.
15 anos e 15kg depois, estou na mesma.
nada de evolução ou aprendizagem, no essencial. acho eu.
tudo como dantes.

2010/01/10

neve

a essência do mountainbike é isto:
um homem, a sua bicicleta e os elementos.
hoje foi assim, mas com excesso de elementos.

2010/01/08

cut'velo



i've been working in a cocktail...

paráfrase

no "inimigo público" de hoje, pág.2, pode ler-se:
- gostas de carapaus alimados?
- gosto mais de sardinhas.

tive acesso a fonte bem colocada (fica ali ao lado do mini-mercado, daí que é aí que tudo se sabe) e fiquei a saber que o que se deve ler aí é:
- gostas de carapausalimados?
- sim... gosto dessas sardinhadas.

arliar tudei

todas as partículas são casos particulares.
a tecitura da vida é-o com microfibras e, nesta, todas as pontes são suspensas.
pode-se construir uma identidade analogamente à formação de estalagmites: depositando em nós aquilo que, no mundo (interno ou externo), se encontra em suspensão.
às vezes, suspender a respiração pode chamar-se suspiração.
se há males vêm por bem, males há que vêm amalgamar o bem para o situar convenientemente na hierarquia dos sorrisos.
de cada vez que temos que alterar a nossa escala de valores constituímos uma escola de valores.
...
acabei de escrever "fuck" sobre o papel da toalha de mesa com caroços de azeitona: o meu fígado é capaz de levar a peito...
...
a vida cansa e nem sempre se dorme melhor quando estamos cansados.


(arliar tunait)
- ó pá, tu que és professor, conheces o hino nacional?
- claro.
- sabes a letra toda?
- sei a primeira estrofe...
- hã?
- sei cantar tudo, sim.
- então diz lá... o que significa "egrégios"?
- significa insignes...
- hã?
- são os tipos que erigiram as igrejas antigas e por isso temos que lhes estar agradecidos.
- parecia-me que era mais ou menos isso. queres uma mine?
- pode ser... e manda vir tremoços enquanto eu vou ali...

2010/01/07

coffee-break

- então o que foi isso? esse olho negro está cá com um aspecto...
- foi o meu marido.
- o teu marido? mas eu pensava que ele estava em frança.
- também eu...

virtuosi...

2010/01/05

mind games



- olhe lá, doutor... tem mesmo a certeza dessa coisa da jarra ou dos perfis simétricos?
é que, palavra de honra, não vejo nada disso... mas se o senhor doutor diz que sim, pode ser então a jarra. não? não se esqueça que é a minha primeira vez nisto das psicologias e assim...

portunhol...

toma lá que já almoçaste... eu bem te tinha avisado. tens a mania que sabes falar castelhano depois é no que dá. é muito bem feito!
claro que não estou inocente, mas tu estavas a pedi-las...
confesso:
fui eu que introduzi na conversa o termo "pezones"...
e também não consigo justificar o conhecimento do termo apenas pela leitura da "bikeafondo"...
mas tens que confessar: foi bem escolhido, não?
a língua estrangeira é muito traiçoeira, que até rima!

devias ter visto a tua cara...

nortarda

não sei por quê acho que devo escrever algo sobre a coisa dos polvos a dar à costa.
e nem tem só a ver com o facto de me terem perguntado se seriam comestíveis. eu, numa tentativa séria de resposta ponderada, ainda tentei um "tudo dependerá se chegaram vivos ou não, apesar de achar que aquela macacoa que dá às baleias-piloto não será o mesmo que..." quando fui interrompido pelo locutor "foi também encontrado um pé humano, calçado".
tenho pensado nisto nestes últimos dias. em certos momentos imagino os polvinhos todos num gigantesco abraço fraternal colectivo, tão apropriado a esta quadra festiva, lenta a gradualmente entrando numa espécie de euforia de ventosas, num high de sucções (suspeito que esta é daquelas palavras que caem na alçada do acordo ortográfico. mas acho que nunca a escreverei sem dois cês), naquilo a que poderíamos chamar um 696969696969, talvez.
mas, mais tarde ou mais cedo, aparece a imagem do pé, calçado, a desconcentrar-me.
é como digo. tenho pensado nisto sem saber muito bem o que pensar.

tenho pensado noutras coisas, como, por exemplo, na vaga sensação de o facto de nunca ter ido às putas ser uma lacuna na minha formação ou, noutro registo (apesar de ficar aqui tudo registado no mesmo sítio), na insidiosa alusão de que, talvez, a minha profissão seja mesmo a de tarefeiro. um tarefeiro muito específico, quiçá, mas tarefeiro. mas ainda assim deverá haver alguém disponibilíssimo para me "incentivar" a desempenhar essa tarefa muito muito bem, coisa que, partindo eu de pressupostos na maioria das vezes diferentes, até gosto de fazer.
estava capaz de fumar aqui um cigarro...

e fazer miminhos a gente com óptima estrutura óssea?
e suster a respiração?
e bater o pé ao som de uma one-girl-band?
e dizer a uma mulher bonita, tocando-lhe nas pernas, que o ministério das pescas não autoriza rede daquele tipo?
e barrar tostas com o molho-sangue da cachola?

off-road joke:
para quem não sabe o que é cachola, passo a explicar - first we assassinate a pig...

i got a feeling that it just won't change...

2010/01/04

trio da tarde

estava eu a comentar o post "karina com k" e surge um mal-entendido cool...
R - ponto G? ainda há bocado estávamos a discutir onde ficava isso.
eu - a sério? e onde estava eu, que vibro com essas conversas?
R - foi ao almoço...
V - e fica onde? chegaram a alguma conclusão?
R - parece que fica ali para aqueles lados... - fazendo um gesto vago e amplo.
eu - oi?
R - pois... era isso que eles estavam a dizer...
eu - aaaaaa... estou a ver... ESSE sei onde fica!

shade-hugger

cada árvore é um ser para ser em nós
para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
à sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses

antónio ramos rosa

apeteceu-me colocar isto aqui. porque sim. o blog é meu.

eu sei lá...

a veneração é doença venérea?

música para tipos com botas western



aconselha-se ver no iútube "seven"... e ver a letra de "keep the streets empty for me". a sério.

2010/01/03

tudo na mesma...

diz que é um novo ano, uma nova década, quiçá uma nova era.
a malta a modos que aproveitou para estar com a família e isso, daí que, para iniciar o ano, nada melhor do que uma pérola (mais uma, das inúmeras) fornecida pela senhora minha irmã.

para se perceber melhor ajuda visualizar a rotunda de acesso ao IC1, na batalha...

ela - gosto destas árvores...
eu - porque estão iluminadas?
ela - não. gosto das árvores mesmo.
(pausa. pausa assustadora, a avaliar pelo que se apresenta a seguir)
ela - não sei... fazem-me lembrar dos mendigos no tempo da lepra.
eu - oi?

.....................

se calhar é melhor ilustrar isto: