2010/03/23

sacrilégio...

... é sublinhar uma passagem do livro que se anda a ler (a cruz de santo andré, camilo josé cela) e anotar na margem: frase de engate para contexto rebuscado.
é.
perceber-se-ia melhor, claro, se a dita passagem fosse aqui identificada (a seu tempo, a seu tempo...), mas constituirão, de certo modo, um sacrilégio os sublinhados, as anotações, os desenhos ocasionais nas margens de livros daquele tipo, de edição mui digna e tudo o mais.
hoje, por exemplo, aterrou-me uma rodela de cebola na página 83. ainda pensei em tirar uma foto para mais tarde recordar mas desisti da ideia. seria muito estranho fazer isso, as pessoas iriam reparar... assim como assim o meu kilt estava já a provocar uns rodar-de-cabeça meio constrangedores e não posso esquecer que levar o urso amestrado para a cadeira a meu lado esteve muito longe de ser fácil: custou-me uma boa meia-hora de argumentação e dois bilhetes para os knicks. ou para os lakers.
e para quem possa armar-se em parvinho e pensar que estou com alguma latitude em relação à verdade vou já avisando que foi assim mesmo. por que não haveria de ser? nos filmes é sempre assim, bilhetes para os knicks ou para os lakers. fazem milagres...
já referi que esta história inclui uma loura com um tónus muscular acima da média e uma M-16? não? talvez o faça, nesse caso...

mito urbano:
certo dia um homem viu um letreiro com os dizeres compre melões no justino. não fez caso e, mais tarde, perdeu o autocarro, perdeu a carteira e perdeu o juízo. diz que foi assim...

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