nota mental: dizer a alguém, amanhã, algo como isto:
à sua ganda filha da mãe, o que tu tens é uma patite v
(pode ser que corra tão bem como quando, ao descer o coiso iniciático, desde o 5º piso até ao 9º (sentido descendente) eu insisti em dizer, a cada lanço de escada, "é só humidadi... isto é tudo da humidadi.")
2010/05/31
void
ontem pintei uma guitarra com spray preto e ficou maizoumenos
as palavras "púcaro" e "búzio", justapostas, fazem-me pensar em manhãs de inverno na praia. não faço a mínima ideia do mecanismo misterioso que opera este salto mental.
i can read
passagens sortidas d'"a cruz de santo andré", de camilo josé cela
"don severino ri-se muito com as histórias da mamã de adelita, mas depois não as quer contar a ninguém, deve ser por discrição. a dona mencía encontra-se algumas vezes com don severino no bar hong-kong, na rua da galera, eles julgam que ninguém sabe, a dona mencía conta-lhe as porcarias da mamã da adelita, aqui ninguém pode falar de ninguém porque todos têm muitas coisas que ocultar, o don severino gosta de escutar mistérios e intimidades, isso é frequente e não nos deve surpreender.
- não trazes cuecas?
- e que tens tu a ver com isso?
- ora, nada, é só curiosidade.
- pois, é verdade, não trago cuecas, sabes que ando sempre sem cuecas, comprova se quiseres.
don severino, por baixo da mesa, comprovou o que já sabia, a mulher abriu um pouco as pernas e tapou-se com el ideal gallego, não custa nada ser-se discreta."
"acontece à arte como à ciência e na vida e na morte está subjacente a mesma pretensão, estas quatro fontes são exactas ou reais mas não exactas ou reais ao mesmo tempo"
"teria gostado de depor um raminho destas flores silvestres sobre o teu túmulo, mas não foi possível porque tu ainda não estás morta, devem respeitar-se sempre os confusos e também inescrutáveis desígnios de deus"
"peço perdão porque não tenho outro remédio, gostaria que alguém me ajudasse a enriquecer a minha vã existência, bem sei que é pedir pêras a um ulmeiro, contentava-me que alguém me ensinasse as técnicas básicas da meditação, algo que me fizesse conhecer a minha mente e vencer as minhas inquietudes,a minha negatividade, sei que é pedir demais"
"don severino ri-se muito com as histórias da mamã de adelita, mas depois não as quer contar a ninguém, deve ser por discrição. a dona mencía encontra-se algumas vezes com don severino no bar hong-kong, na rua da galera, eles julgam que ninguém sabe, a dona mencía conta-lhe as porcarias da mamã da adelita, aqui ninguém pode falar de ninguém porque todos têm muitas coisas que ocultar, o don severino gosta de escutar mistérios e intimidades, isso é frequente e não nos deve surpreender.
- não trazes cuecas?
- e que tens tu a ver com isso?
- ora, nada, é só curiosidade.
- pois, é verdade, não trago cuecas, sabes que ando sempre sem cuecas, comprova se quiseres.
don severino, por baixo da mesa, comprovou o que já sabia, a mulher abriu um pouco as pernas e tapou-se com el ideal gallego, não custa nada ser-se discreta."
"acontece à arte como à ciência e na vida e na morte está subjacente a mesma pretensão, estas quatro fontes são exactas ou reais mas não exactas ou reais ao mesmo tempo"
"teria gostado de depor um raminho destas flores silvestres sobre o teu túmulo, mas não foi possível porque tu ainda não estás morta, devem respeitar-se sempre os confusos e também inescrutáveis desígnios de deus"
"peço perdão porque não tenho outro remédio, gostaria que alguém me ajudasse a enriquecer a minha vã existência, bem sei que é pedir pêras a um ulmeiro, contentava-me que alguém me ensinasse as técnicas básicas da meditação, algo que me fizesse conhecer a minha mente e vencer as minhas inquietudes,a minha negatividade, sei que é pedir demais"
2010/05/30
protector solar no nariz é um bocado gay...
é um facto: a crise também chegou a este blog.
se se fizer um raid pelos arquivos (exercício que não se aconselha, por várias razões) poderá constatar-se isto mesmo.
para começar, esta coisa está fora de moda. isto dos blogs. especialmente estes com "ar de gaja", como disse M.
estes espaços não são nem têm que ser reflexos da vida dos seus autores, quer numa perspectiva literal, quer numa abordagem mais ampla de inclusão de alteridade numa dimensão pessoal, mais ou menos fragmentada, mais ou menos fragmentária.
no recentemente desaparecido editorial que acompanhava o template deste sítio dizia-se que isto era só e apenas um depositório de tralha. talvez continue apenas a sê-lo, mas de forma mais assumida. talvez haja menos tralha para depositar.
purizemplo:
uma situação que, tradicionalmente, daria material para arquivo carapáutico é, pura a simplesmente, tratada in vivo:
- estás a pensar em quê?
- estou a pensar que tens os pés muito bonitos. muito elegantes mesmo...
- muito obrigada. tu reparas assim sempre em tudo?
- sim. habitualmente sim, e cada vez mais.
- isso é um bocado assustador, mas fica-te bem.
- fica-me bem ser assustador?
- fica.
2010/05/27
2010/05/25
2010/05/22
it's my glob
com este novo modo de edição de fotografias aqui na casa, o resultado pode ficar aquém, além, meio coiso, etc do pretendido originalmente.
a visualização da fotografia que me interessou implica um clique na que se vê... diz que foi tirada no fundão, neste inverno, ou lá o que é...
está calor. amanhã vou andar muitos kms de bike.
e a quem é que isto interessa?
2010/05/21
anti-trist
lembro-me da análise da tubularidade das nossa memórias de uma cidade. a imagem que sempre me acompanhou para ilustrar esta situação foi a de uma espécie de toupeira de consciência a abrir galerias de inteligibilidade (tenho uma sensação esquisita... assim como de que não sei o que estou a dizer).
as galerias devem ser escoradas regularmente sob pena de derrocada. aconteceu-me isso em abrantes, mui recentemente. perdi-me várias vezes nas ruas estreitas. nas ruas mais largas e avenidas apenas me desorientei. e foi bom. deambular à noite pelo centro histórico de abrantes será semelhante a deambular pelo bairro-alto após um surto de peste: os nosso passos ecoam no pavimento e não se vê viv'alma.
fui ver o filme "anti-cristo", ao espalha-fitas.
sobre isto falarei noutra altura. em calhando...
as galerias devem ser escoradas regularmente sob pena de derrocada. aconteceu-me isso em abrantes, mui recentemente. perdi-me várias vezes nas ruas estreitas. nas ruas mais largas e avenidas apenas me desorientei. e foi bom. deambular à noite pelo centro histórico de abrantes será semelhante a deambular pelo bairro-alto após um surto de peste: os nosso passos ecoam no pavimento e não se vê viv'alma.
fui ver o filme "anti-cristo", ao espalha-fitas.
sobre isto falarei noutra altura. em calhando...
2010/05/20
brave new world
(diz-me a net que:)
fiona quer ligar-se a si.
(e fiona materializa esse desejo através dos seguintes dizeres:)
Good day. My name is Vanessa I have some sexy undies. i'm dying to show off. u interested?
fiona quer ligar-se a si.
(e fiona materializa esse desejo através dos seguintes dizeres:)
Good day. My name is Vanessa I have some sexy undies. i'm dying to show off. u interested?
someting diferent, tecnicaly
O inglês de Sócrates é uma manifestação da sua circunstância social. Traduz a sua geração, pois será cada vez mais improvável que alguém chegue onde ele chegou a assassinar o inglês daquela maneira. Traduz também a sua educação, feita longe dos círculos burgueses e letrados dos grandes centros urbanos (penso no anglófilo Jorge Sampaio).
O "portunhol" de Sócrates é sobretudo uma manifestação da sua personalidade. Percebe-se ali o espírito de "desenrascanço", um fura-vidas, uma enorme e algo autista confiança, a coragem, ousadia ou lata para enfrentar a elite económica e financeira de Espanha com tão parcos recursos.
daqui
O "portunhol" de Sócrates é sobretudo uma manifestação da sua personalidade. Percebe-se ali o espírito de "desenrascanço", um fura-vidas, uma enorme e algo autista confiança, a coragem, ousadia ou lata para enfrentar a elite económica e financeira de Espanha com tão parcos recursos.
daqui
2010/05/19
self-portrait quotation
Don't walk behind me, I may not lead. Don't walk in front of me, I may not follow. Just walk beside me and be my friend.
2010/05/18
ai o catano!!!!
por via de mudar a fotografia desta coisa tive que alterar o modelo o que levou ao desaparecimento de umas coisas cool que cá estavam e os vídeos do outro gajo a cantar e mais não sei quê... e agora estes títulos a verde.
não há-de ser nada.
um dia destes mudo isto.
ou não.
e a foto nem é assim coisa... tenho que editar outra...
ou isso ou fazer algo de útil pássiedade.
não há-de ser nada.
um dia destes mudo isto.
ou não.
e a foto nem é assim coisa... tenho que editar outra...
ou isso ou fazer algo de útil pássiedade.
2010/05/16
2010/05/14
if the music's too loud, you're too old...
o início (perfeito) do documentário "it might get loud", onde jimmy page, jack white e the edge conversam sobre guitarras eléctricas.
não é só conversa, claro está... tocam umas coisitas. eles fazem-se, com treino.
filamentia
fala-se de amor para não se estar calado
em circunstâncias de silêncio impossível
tomando a peito o compromisso de só dizer o importante.
ama-se para que se não seja morte
silenciosa impossibilidade de circunstância
promessa, peito, porta de cartomante.
em circunstâncias de silêncio impossível
tomando a peito o compromisso de só dizer o importante.
ama-se para que se não seja morte
silenciosa impossibilidade de circunstância
promessa, peito, porta de cartomante.
regalo
2010/05/11
eu, lugar comum
não gosto da cara de bento16.
e acho que não sou o único...
mas isto quem vê caras não vê corações, nem moelas, nem fígado, nem outras miudezas...
eu, se fosse eu, ao entrar na nunciatura, gritaria: abre, núncio!
claro que quem me conhece sabe o modo como eu diria isto: mais ou menos o mesmo como quando, ao passar por portas automáticas, digo "abre-te sésamo!".
costumam abrir.
palavra de honra que, quando vi a outra cena do toureiro a ser colhido (tal como uma flor... a eterna poesia da festa brava) pelo corno do bicho, me pareceu mesmo que tinha sido no tórax. aliás, afirmei, quando do visionamento, que aquilo tinha entrado pelo diafragma adentro que tinha sido uma limpeza.
afinal não. foi na zona genital. apanhou-lhe a safena, que é mui certamente apelidada como "a-dos-toureiros". não foi uma limpeza. o gajo perdeu praí uns 460 litros de sangue. tiveram que lhe fazer uma carrada de transferências de sangue, que era do a negativo, que eles até pediram disso ao microfone de la plaza de toros.
diz que amanhã vou à quinta da regaleira. é bom, até porque ando para lá ir há um ror de anos.
há gente que vive em tristão da cunha, no atlântico sul.
é uma ilha muito muito pequena e muito muito remota. investiguei essa ilha com algum pormenor por via da sua população ser constituída por (muito poucos) colonos britânicos e por (isto é que eu achei interessante) sobreviventes de naufrágios.
infiro da minha pesquisa um problema real de consanguinidade. mas isto sou eu, que vou arranjando vagar para estas merdices. já agora aproveito para referir que eu tenho um sinal na pilinha que é igual ao desenho desta ilha, vista de cima, a 53765m de altitude, no google-earth...
(minha) frase do mês:
mais vale ter graça do que ser desgraçado.
quando eu digo isto as pessoas olham para mim com um ar reverente de incompreensão. não da frase, mas de todo o cenário etno-cultural e motivacional que lhe subjaz.
e acho que não sou o único...
mas isto quem vê caras não vê corações, nem moelas, nem fígado, nem outras miudezas...
eu, se fosse eu, ao entrar na nunciatura, gritaria: abre, núncio!
claro que quem me conhece sabe o modo como eu diria isto: mais ou menos o mesmo como quando, ao passar por portas automáticas, digo "abre-te sésamo!".
costumam abrir.
palavra de honra que, quando vi a outra cena do toureiro a ser colhido (tal como uma flor... a eterna poesia da festa brava) pelo corno do bicho, me pareceu mesmo que tinha sido no tórax. aliás, afirmei, quando do visionamento, que aquilo tinha entrado pelo diafragma adentro que tinha sido uma limpeza.
afinal não. foi na zona genital. apanhou-lhe a safena, que é mui certamente apelidada como "a-dos-toureiros". não foi uma limpeza. o gajo perdeu praí uns 460 litros de sangue. tiveram que lhe fazer uma carrada de transferências de sangue, que era do a negativo, que eles até pediram disso ao microfone de la plaza de toros.
diz que amanhã vou à quinta da regaleira. é bom, até porque ando para lá ir há um ror de anos.
há gente que vive em tristão da cunha, no atlântico sul.
é uma ilha muito muito pequena e muito muito remota. investiguei essa ilha com algum pormenor por via da sua população ser constituída por (muito poucos) colonos britânicos e por (isto é que eu achei interessante) sobreviventes de naufrágios.
infiro da minha pesquisa um problema real de consanguinidade. mas isto sou eu, que vou arranjando vagar para estas merdices. já agora aproveito para referir que eu tenho um sinal na pilinha que é igual ao desenho desta ilha, vista de cima, a 53765m de altitude, no google-earth...
(minha) frase do mês:
mais vale ter graça do que ser desgraçado.
quando eu digo isto as pessoas olham para mim com um ar reverente de incompreensão. não da frase, mas de todo o cenário etno-cultural e motivacional que lhe subjaz.
pica
- estás a falar a sério?
- claro que estou a falar a sério. eu falo quase sempre a sério.
- então explica lá bem como é... vamos até lá acima e depois? quanto tempo demora a chegar lá acima?
- pelos meus cálculos, umas duas horas, a andar bem.
- duas horas?? e depois?
- depois... logo se vê.
- já alguma vez lá foste?
- não.
- e achas que vale a pena?
- mau mau... qual foi a parte do "logo se vê" que não entendeste?
- claro que estou a falar a sério. eu falo quase sempre a sério.
- então explica lá bem como é... vamos até lá acima e depois? quanto tempo demora a chegar lá acima?
- pelos meus cálculos, umas duas horas, a andar bem.
- duas horas?? e depois?
- depois... logo se vê.
- já alguma vez lá foste?
- não.
- e achas que vale a pena?
- mau mau... qual foi a parte do "logo se vê" que não entendeste?
2010/05/06
the cure
desta vez não sou eu, com as sandálias douradas de salto alto e a boa de plumas... mas só porque não calhou.
not eurovisão
então não querem lá ver que estou seriamente a considerar popping the cherry (em estrangeiro isto pode significar perder os 3, i.e., a virgindade*) relativamente a festivais de verão?
diz que a 8 do oito os beirut estarão (estarão mesmo?) na zambejeira do mari...
se eu fosse um tipo organizado saberia quando tenho férias, quando os satélites têm férias, o saldo da conta bancária e essas merdas...
mas, seu eu fosse um tipo organizado, talvez não estivesse seriamente (eventual contradição) a considerar ir a um festival, per la prima volta, com esta idade...
e ir de bicicleta é uma séria (eventual loucura. agosto e tal... talvez esteja fresquinho por via da cinza do coiso) possibilidade.
ou na carripana amarela...
e agora, só para ser do contra:
* às vezes não são precisos 2 para perder os 3...
diz que a 8 do oito os beirut estarão (estarão mesmo?) na zambejeira do mari...
se eu fosse um tipo organizado saberia quando tenho férias, quando os satélites têm férias, o saldo da conta bancária e essas merdas...
mas, seu eu fosse um tipo organizado, talvez não estivesse seriamente (eventual contradição) a considerar ir a um festival, per la prima volta, com esta idade...
e ir de bicicleta é uma séria (eventual loucura. agosto e tal... talvez esteja fresquinho por via da cinza do coiso) possibilidade.
ou na carripana amarela...
e agora, só para ser do contra:
* às vezes não são precisos 2 para perder os 3...
ponto cruz
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