espraio a esperança toda em ti
devolvo enfim a vida àquele lugar
que deixei, em chaga, em vinda, quando parti
tu já mal sentes maldade em mim
a vida torna vago o ardor do amor
é tensão de seda ter de ser assim
é ser já ocaso e sem calor
de corpo e sangue é o fruto a cobiçar
seca o saque àquele que o merece
e talvez seja eu a imolar
mas em toda a desdita a vida tece
aquilo que é capaz de aniquilar
a dádiva: o teu corpo que estremece
2 comentários:
Estive aqui.
Gostei da Pu e Zia.
Anamar
pois... às vezes caio em mim (é o que dá ir escorregando nos outros) e sai-me isto.
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