2007/03/13

me see ya

e deus disse:
- faça-se a luz e as trevas, o dia e a noite, a dor e o prazer, a tristeza e a alegria.
faça-se o cubículo e o espaço aberto e chame-se sempre a este último "open-space". faça-se o analógico e o digital, o cd e o mini-disk, o vhs e o beta-max.
faça-se a alface e a alforreca, o yoga e o colesterol.
e deus comtenplou a sua obra e gostou da sua obra. na falta de juízo crítico nessa contemplação, deus entreteve-se a criar mais coisas avulso que não nomeou, permanecendo essas coisas inomináveis para sempre, à excepção do termo/conceito "escadote".
e deus, continuando a falar sozinho e em voz alta, disse:
- que se invente um critério que será designado por "mais-valia".
e deus viu a sua criação e gostou mais ou menos do que viu (alguns itens fizeram-lhe uma certa impressão. induziram-lhe até, em alguns casos, um estado de ligeira náusea) e, dado que era findo o seu período de descanso, calou-se para sempre.

às vezes geme. outras vezes arrota.
e isso nota-se.

1 comentário:

Letras de Babel disse...

gostei da voz de comando de deus no processo de invenção do que se designa por "mais-valia". sobretudo por estar a falar sózinho e de todo o mundo ainda seguir esse procedimento.

já não teve o mesmo desassombro em nomear as coisas avulso; ele viu logo que as coisas avulso é que eram o diabo...