passei uns minutos a deambular pela blogosfera.
dizia-me o rui, há uns dois anos, que qualquer palhaço tinha que ter um blog (estranhamente eloquentes, estas palavras, a julgar pelos acontecimentos).
não conheço essa tal blogosfera. de vez em quando vou a uns blogs (meia dúzia, no máximo) e gosto de ir.
recuso-me a ser bloguista. o facto de ter um blog em nada impede a minha pretensão. isto (os sucarapilamados) não é um blog, é uma coisa.
o termo coisa é um adjectivo fantástico. (ela agora anda com aquele gajo? nunca pensei... ele é assim um bocado coiso, não é?); (vi a tua prima... achei-a meio coisa)...
tenho um saco de plástico do intermarché no meu espaço multiusos (oficina/arrecadação/depositório de pornografia/estúdio de gravação/parque de bicicletas/simulador de actividades úteis) que tem uma grande analogia com esta coisa que são os carapausalimados. lá dentro podem ser encontrados os seguintes objectos: clips, textos meus, textos de outros (geralmente escritos em estrangeiro), busca-pólos, microfones, cotão multicolor (juro que é sempre multicolor), restos de fichas eléctricas e de tomadas, casca de maçã, elásticos, pedaços de fio-de-cobre, fósforos ou pedaços de fósforos, isqueiros sem gás, sacos de batatas-fritas (quase vazios), caricas, rótulos de garrafas de cerveja muito enrolados de modo a ficarem tal e qual as rifas da quermesse, parafusos, recibos, trapos, preservativos, linhas multicolores (eventual relação com o cotão), tralhas que vêm dentro dos pacotes de batatas-fritas e pincéis inutilizados pela secura da tinta.
é pre-ci-sa-men-te isso que eu faço aqui.
tal como no meu espaço multi-usos, divirto-me muito a fazer figuras ridículas. também vou para lá curtir as neuras.
1 comentário:
o meu quarto parece nesta altura um espaço semelhante a esse, só que com uns objectos de culto diferentes, que me recurso aqui de anunciar para não causar má impressão.
de qualquer modo ando a prometer a mim próprio há uns mês que, por uma questão de comodidade, a situação tem que mudar. é que cheguei à conclusão que um pouco de ordem nunca fez mal a ninguém... apesar de ter a certeza que o caos é a essência da minha sobrevivência.
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