2008/02/07

eu consigo fazer assim (...) com a língua... e qualquer coisa sobre pêlos nas falanges.

...con los caballos. seguro que se fué com los caballos...

exercício:
fazer um garrote no braço esquerdo e apertá-lo adequadamente.
e não fazer mais nada, ficar apenas, ali, a represar sangue.
nada de coisas mais de alguidar que implicariam idas a lugares estranhos para fazer negócio com pessoas estranhas. apenas a sensação de iminência contimentada. e pensar que o riso sobre expressões parvas do género de, sei lá, "iminência contimentada" é das poucas coisas que não incomodam os outros...

... olhar a cal na parede, cerrar o punho com força a cada pormenor que, na teia de aranha no vértice do tecto, se torne perceptível. respirar fundo demasiado fundo na tentativa de encontrar amigos distantes no bafo (bafio?), no hálito...

fingir que alguém chama e responder alto: vou já!... 5 minutos, foda-se!

"os gelados da infância de laranja e ananás (nem todos os putos da aldeia tiveram uma infância assim frutada) custavam vinte e cinco tostões..."
o que é que são vinte e cinco tostões hoje em dia?
pois, o dinheiro vale cada vez menos. não é isso.
não é isso... desde que apareceu o euro que eu não sei dar um valor adequado ao dinheiro. sinto 1 euro a valer 100 paus.
pareces um velho...
achas que um velho tem veias destas? ou sangue deste, já agora...
estás velho.
(os formigueiros que se formam nos sopés dos vasos dilatados e salientes ficam mais bonitos (ambos) se se imaginarem diálogos com eus que, sentados na cama e numa posição como que a tentar impedir que o calorífico eléctrico se projecte sobre si próprios, nos olham genuinamente interessados. não em nós, naquilo que vêem. no próprio acto de ver. muito interessados, deste modo, também os que fingem detectar polícias paisanos no passeio do outro lado da rua, traídos neste gesto pelo cigarro distraidamente luminoso que levam pendularmente à boca para aspirações longas... expelir fumo pelas narinas com força...

nada de objectos cortantes.

... tentar perceber qual o mecanismo mental que nos faz ligar o adjectivo frondoso a objectos em cetim...

pensar que os discos têm muito mais classe que os cds. permanecer em silêncio...

aliviar o garrote pensando que a fita-cola não é, facto comprovado pelo corte da tesoura numa zona com a pele mais sensível, o melhor recurso para... cumpre.

escrever qualquer coisa sobre isto.

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