2008/02/18

un dernier verre pour le xamã

uma vez li um livro.
o título desse livro era "melville" e relatava a vida de um grupo de sobreviventes de uma guerra de extermínio (nuclear?) que tudo e todos devastou. não me lembro de mais nada em relação a este livro, mas...
estou, de novo, no bar do costume, neste período de implantação de leis anti-tabágicas. estou sozinho. sinto-me sempre sozinho aqui, mas nem sempre tenho a noção disso.
ouço jorge palma. ouço as vozes na minha cabeça. penso que ouço a televisão que domina, pela elevação, o espaço.
decidi perder peso, única decisão do fim de ano. nada de muito elevado ou ____________ pois, pela primeira vez desde que me conheço como gente, não recebi um único livro no natal.
mas nem sempre as coisas foram como agora são, pois:
- uma vez li um livro.
- este bar já foi encantador.

(...)

reli, mais alcoolizado, este texto. o livro fez-me lembrar de outro livro: moby dick. não tenho a certeza, mas deve ter a ver com o autor ou isso.
afinal:
- duas vezes li um livro
ou
- uma vez li dois livros
(duas vezes li dois livros já me parece um exagero... se assim fosse ou tivesse sido eu seria quase um intelectual)

1 comentário:

alice disse...

questiono-me por que será que não consigo deixar de voltar aqui. é como voltar a um álbum antigo quando sei de antemão que vou ouvir duas ou três faixas que me são insuportavelmente penosas, e ainda assim, parece que é essa acritude que me faz carregar continuamente no play. não sei qual é a resposta, mas sei que não se justifica pelas razões, já por ti enunciadas, porque nada aqui ‘me faz lembrar outros tempos’. antigamente não tinha noção da dimensão disto: ‘and when silence comes back to me i find myself feeling lonely’ ... hoje, sabê-lo faz-me mal, muito mal (e eu só consigo pensar que não deveria fazer tanto...).

adoptada a sugestão de redução de cadáveres? :)
se estivesses mais pertinho eu bem que te fazia umas refeições à maneira.

um beijo.