noir diz:
ok... cá vai disto... (não faço a mínima ideia do que vai sair daqui... tu já me viste trabalhar)
noir diz:
verificou: tudo estava como sempre. tudo estava bem. não era importante se estava na moda, se tinha estilo, se era por opção ou necessidade. o facto era este: usava desde sempre (e a sua vida começou no dia em que chegou à cidade) as calças com bobras ao fundo das pernas...
noir diz:
eram dobras regulares e simétricas que, com o tempo e o uso, deixavam marcas nas pernas das calças. não era uma questão estética e ele não tinha, apesar de alguns dos poucos traseuntes àquela hora da noite o pensarem,
noir diz:
fugido da uma ala protegida de um hospital almofadado. eas dobras nas calças eram onde ele guardava os seus tesouros. coisas importantíssimas, desde sempre importantes. dinheiro para uma emergência, ganchos de cabelo (via nos filmes que se podiam fazer quase-milagres com ganchos de cabelo), elásticos, uma lâmina e, na última dobra, o seu bem mais precioso. precisamente aquele que acabara
noir diz:
de verificar...
noir diz:
a sua tia-avó dissera-lhe ainda na aldeia que o dinheiro devia estar sempre bem arrecadado porque "na cidade há mulheres sorridentes"... princípio semelhante levou-o a guardar aqueles volumezinhos na última dobra das calças: caganitas de fada. desde sempre (e sempre é desde que deixou a aldeia) lhe salvaram a vida e o protegeram dos males do mundo. mulheres sorridentes incluídas.
noir diz:
done
1 comentário:
so, you're in the business...
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