2009/04/28
journée jour jouir
uma artéria de bebé paira acima do sorriso partilhado que como as gaivotas dão o tom para grandes feitos simples que ainda que difíceis raros tão preciosos quanto a respiração dos dias seguidos definem as coisas que se sentem ser-se de dentro estar-se em casa chegar-se vivo do méxico ou viver onde se esteja não se deve guardar a felicidade em mealheiros dado que esta assume o estado líquido e só nos apercebemos disso após os partirmos e aí é tarde e talvez seja sempre tarde porque haverá sempre uma maré viva que traz a morte do que se viveu uma onda de esquecimento que reduza tudo a nada e tem que se começar de novo no tempo permitido nos intervalos da vida que se dá sempre intermitentemente maritimamente ciclicamente orientalmente horizontalmente em sol areia força mar sangue fúria vida luz amor
fora de prazo...
li, uma vez, num folheto da harley-davidson, qualquer coisa como isto:
"... we believe in wearing black because it doesn't show any dirt, or weakness..."
e lembrei-me.
black
dirt
weakness
"... we believe in wearing black because it doesn't show any dirt, or weakness..."
e lembrei-me.
black
dirt
weakness
2009/04/26
truth
- vou gostar sempre de ti. para sempre.
- até quando eu for muito velho?
- sim... para sempre.
- para sempre até eu morrer?
- tu vais morrer?
- sim, vou. vamos todos.
- toda a gente morre?
- sim.
-... então por que é que os dias são sempre iguais?
- ...podem não ser... não sei... foda-se...
- até quando eu for muito velho?
- sim... para sempre.
- para sempre até eu morrer?
- tu vais morrer?
- sim, vou. vamos todos.
- toda a gente morre?
- sim.
-... então por que é que os dias são sempre iguais?
- ...podem não ser... não sei... foda-se...
sub versio
If you want a lover
Ill do everything i'm able to
And if you want another kind of love
Ill wear a toy for you
If you want a partner
Ill join the band
Or if you want to strike me down in lust
If you must
Im your man
If you want a boxer
I will fight my cowardness for you
And if you need a doctor
Ill be holding hands with you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
Im your man
Ill do everything i'm able to
And if you want another kind of love
Ill wear a toy for you
If you want a partner
Ill join the band
Or if you want to strike me down in lust
If you must
Im your man
If you want a boxer
I will fight my cowardness for you
And if you need a doctor
Ill be holding hands with you
If you want a driver
Climb inside
Or if you want to take me for a ride
You know you can
Im your man
2009/04/23
2009/04/22
é-me igual
eu sei que a expressão "afinal de contas", muito usada por aqui, está incorrecta.
já, citando mónica sintra, "afinal havia outra" está correcto.
se, por exemplo, uma pessoa tiver afinidade com um americano chamado al, podemos falar de uma certa afinalidade.
e só por causa das merdas, a petanca (concedo: pétanque) pode ser jogada na praia, sim, senhora! desde que com bolas ferrugentas e na maré baixa.
já, citando mónica sintra, "afinal havia outra" está correcto.
se, por exemplo, uma pessoa tiver afinidade com um americano chamado al, podemos falar de uma certa afinalidade.
e só por causa das merdas, a petanca (concedo: pétanque) pode ser jogada na praia, sim, senhora! desde que com bolas ferrugentas e na maré baixa.
nhac
agora assim de repente não sei muito bem distinguir um cognac de um armagnac... mas estava capaz de um coiso desses. afinal de contas, só distingo sagres de super-bock quando calha. idem para comprimidos, cápsulas, supositórios, drageias, amendoins torrados, feijão-frade e testículos de galo.
hoje vi à venda o novo álbum dos dM... o meu saldo bancário fez-me lembrar de um verso da canção "capitão romance" (quem não conhece esta canção é parvo): "eu vi, mas não agarrei"...
e estava lá uma special edition e isso tudo...
e isto é desinteressante, no mínimo, quando comparado com o resto do meu dia. para não dizer indecente, que o é.
hoje vi à venda o novo álbum dos dM... o meu saldo bancário fez-me lembrar de um verso da canção "capitão romance" (quem não conhece esta canção é parvo): "eu vi, mas não agarrei"...
e estava lá uma special edition e isso tudo...
e isto é desinteressante, no mínimo, quando comparado com o resto do meu dia. para não dizer indecente, que o é.
ditirambo
beware of tests...
há por aqui um post com o título "fiz-te um jeito uma vez"...
este dever-se-ia chamar "fiz um teste e deu isto", pela simples razão de que fiz um teste e deu isto:
este dever-se-ia chamar "fiz um teste e deu isto", pela simples razão de que fiz um teste e deu isto:
51 A 60 PONTOS: Os outros vêem-no com uma personalidade excitante, altamente volátil e impuslvia, um líder natural, que é rápido a tomar decisões, muito embora nem sempre sejam as mais acertadas. Vêem-no como corajoso e aventureiro, alguém que experimentará sempre algo nem que seja uma vez, alguém que assume riscos e aprecia a aventura. Gostam de estar na sua companhia por causa do entusiasmo que irradia.
mas também se podia chamar zé luis, nabucodonosor, priscilla ou moreno23cm...leitura da tarde*
"... a alma muito perfeita, assim capaz de ser atendida pelo mais tangível do corpo. uma alma ao alcance do corpo só pode ser privilégio de quem está muito escolhido pela natureza".
* valter hugo mãe, "os campos de velho", in "o prazer da leitura"
e, de caminho,
"um homem fuma e bebe, não chora nem pede. paga as contas e verifica o dinheiro. fecha a porta da casa de banho. sempre. compra roupa uma vez por ano. usa o mesmo tipo de sapatos. arranja as coisas em casa."
patrícia reis, "fúria", no mesmo sítio
* valter hugo mãe, "os campos de velho", in "o prazer da leitura"
e, de caminho,
"um homem fuma e bebe, não chora nem pede. paga as contas e verifica o dinheiro. fecha a porta da casa de banho. sempre. compra roupa uma vez por ano. usa o mesmo tipo de sapatos. arranja as coisas em casa."
patrícia reis, "fúria", no mesmo sítio
2009/04/21
http://www.myspace.com/virgemsuta
vivemos como se não fosse nada...
eu sei que não é fácil conversar nem decidir
nem tudo é falso e sem cor, vamos mentir
e a perversão será ainda mais real.
eu sei que não é fácil conversar nem decidir
nem tudo é falso e sem cor, vamos mentir
e a perversão será ainda mais real.
lido agora...
"o beijo parece funcionar, para os espécimes humanos, como um filtro biológico: os mais aptos na arte de beijar terão maior acesso a outras primícias da intimidade.
(...)
o amor romântico não é um sentimento, mas algo que vem do motor da mente, como um relâmpago de cocaína despertado pelas hormonas.
(...)
... a capacidade varonil para a abstracção metafísica..."
p2 de hoje
(...)
o amor romântico não é um sentimento, mas algo que vem do motor da mente, como um relâmpago de cocaína despertado pelas hormonas.
(...)
... a capacidade varonil para a abstracção metafísica..."
p2 de hoje
2009/04/20
highlights x verylights
- por que é que os alemães têm equipamento sanitário específico? sanitas, pronto... tenho que explicar tudo? ok. ... porque, num outro e certo sentido, nós somos aquilo que comemos.
__________________________
sobre tóradas:
- ... aquilo até é giro.
- tadinhos dos animais...
- tadinhos dos animais, não. estão lá porque querem. os touros é que não.
__________________________
sobre tóradas:
- ... aquilo até é giro.
- tadinhos dos animais...
- tadinhos dos animais, não. estão lá porque querem. os touros é que não.
actividades giras para avaliação...
- ó colega, não queres experimentar uma coisa de colocar os cabelos em pé? se tiveres tempo, podemos, num instante, dar um saltinho ali ao laboratório...
- ó pá, não sei... sabes que a nudez não me impressiona assim por aí além...
- ó pá, não sei... sabes que a nudez não me impressiona assim por aí além...
bittersweet mental case melody study
por puro e tinto acaso deixámos
de vida solta à espera,
a monte, à míngua,
cortámos, partimos, baralhámos,
num silêncio que tempera,
a língua.
de vida solta à espera,
a monte, à míngua,
cortámos, partimos, baralhámos,
num silêncio que tempera,
a língua.
reely!
sim, é uma bela enguia. não está mal, para um principiante.
aliás, acho que esta tua bela pescaria se deve mesmo à sorte de principiante.
devo dizer-te que é uma dupla sorte: pescaste isto a montante do suicida. parece que teve a ver com uma queixa de violação ou assim. mas há uma história paralela que tem a ver com o não aparecimento do corpo. sabemos que, com estas chuvas, as águas vão barrentas.
tripla sorte, então... com água limpa pescavas era o tanas!
aliás, acho que esta tua bela pescaria se deve mesmo à sorte de principiante.
devo dizer-te que é uma dupla sorte: pescaste isto a montante do suicida. parece que teve a ver com uma queixa de violação ou assim. mas há uma história paralela que tem a ver com o não aparecimento do corpo. sabemos que, com estas chuvas, as águas vão barrentas.
tripla sorte, então... com água limpa pescavas era o tanas!
rigor métrico oblige
as armas e os barões assinalados
entre duas escolhas hesitavam:
abrigo onde estavam resguardados
ou ilha dos amores que desejavam.
acompanhado de banda-sonora - "martha's harbour", all about eve
entre duas escolhas hesitavam:
abrigo onde estavam resguardados
ou ilha dos amores que desejavam.
acompanhado de banda-sonora - "martha's harbour", all about eve
2009/04/17
fou rire (my survival-kit exposed)
nunca, mas nunca, analisar a simbologia visual dos blocos noticiosos da hora do almoço!
aquilo é, diz-se, informação. não há duplos sentidos, não há entrelinhas, não há ambiguidades.
seja em que contexto for, um grande plano de um homem a segurar uma agulheta enquanto rega o jardim (a imagem apresenta a mão e a agulheta) é só isso!
aquilo é, diz-se, informação. não há duplos sentidos, não há entrelinhas, não há ambiguidades.
seja em que contexto for, um grande plano de um homem a segurar uma agulheta enquanto rega o jardim (a imagem apresenta a mão e a agulheta) é só isso!
stuff
não gosto de cães.
gostei mais ou menos de um, o meu, o cão mais estúpido do universo, medricas e feio.
mas admito que há cães que têm alguma dignidade: os cães-guia, os cães pastores, os cães de caça, talvez, e até os cães de loiça. não sou insensível a um labrador a brincar com crianças, por exemplo.
mas, pergunto, para que serve um "rótvailer"?
2009/04/16
or not...
quem faz sempre aquilo que lhe apetece nunca (não?) faz aquilo que quer.
x
quem não aparenta apetecer-lhe aquilo que quer.
x
quem não aparenta apetecer-lhe aquilo que quer.
2009/04/14
john's place...
... é assim uma espécie de hiper-upgrade do alto de santo amaro, rua gil vicente, nº 19.
sexual healing*
Repara: se eu pousar a língua no teu umbigo, os pêlos quase transparentes da tua barriga elevam-se; sentes os músculos do pescoço estenderem-se como se te espreguiçasses; tens mais saliva na boca; agora queres mais - sei isso porque me puxas os cabelos da nuca, um só movimento, como um castigo, depois largas-me. Uso os lábios (ao mesmo tempo que a língua) e o teu umbigo entra-me na boca. Sentes a pressão húmida e estável. Depois os dentes marcam-te a pele. Dói-te um pouco e então os músculos estendem-se mais, as pernas desabam para os lados, preparam-se.
"Tira tudo", dizes, mas páras a tarefa de desapertar-me os botões da camisa para me morderes o queixo.
"Vira-te", digo, e alongas o corpo na cama, a barriga cola-se no lençól, exibes - sabes que se trata de exibicionismo - a curva que transforma as costas em rabo. Dizes, enquanto passas aí os dedos: "Em inglês esta parte chama-se Small of a woman's back." Em seguida (como se em vez de perguntar, estivesses a pedir): "Vais-me comer?"
Basta que respire sobre essa curva no teu corpo e afastas-te do lençol, as ancas elevam-se, começas a ficar um bicho.
Falas: "Diz tudo o que quiseres, tudo o que te passar pela cabeça. Mesmo tudo."
Meto-te um polegar na boca, puxo-te para mim, sei que precisas de estar aqui com o corpo todo. Vai começar tudo outra vez e acabamos sempre num sítio diferente.
Nunca falámos de livros muito menos dos nossos pais.
Não existimos além deste quarto.
E, no entanto, precisamos de ser bichos aqui (tão bichos) para podermos continuar a ser pessoas lá fora.
*rapinado aqui
"Tira tudo", dizes, mas páras a tarefa de desapertar-me os botões da camisa para me morderes o queixo.
"Vira-te", digo, e alongas o corpo na cama, a barriga cola-se no lençól, exibes - sabes que se trata de exibicionismo - a curva que transforma as costas em rabo. Dizes, enquanto passas aí os dedos: "Em inglês esta parte chama-se Small of a woman's back." Em seguida (como se em vez de perguntar, estivesses a pedir): "Vais-me comer?"
Basta que respire sobre essa curva no teu corpo e afastas-te do lençol, as ancas elevam-se, começas a ficar um bicho.
Falas: "Diz tudo o que quiseres, tudo o que te passar pela cabeça. Mesmo tudo."
Meto-te um polegar na boca, puxo-te para mim, sei que precisas de estar aqui com o corpo todo. Vai começar tudo outra vez e acabamos sempre num sítio diferente.
Nunca falámos de livros muito menos dos nossos pais.
Não existimos além deste quarto.
E, no entanto, precisamos de ser bichos aqui (tão bichos) para podermos continuar a ser pessoas lá fora.
*rapinado aqui
2009/04/13
something lost im my papers
às costas das mãos chegam argonautas emplumados.
trazem venenos vários, em potes brilhantes e coloridos.
oferendas para os deuses de ontem.
(nota?)
let's have a spiral thingy...
trazem venenos vários, em potes brilhantes e coloridos.
oferendas para os deuses de ontem.
(nota?)
let's have a spiral thingy...
nipponária
a árvore florida quase que nos toca.
promete-nos isso, emergentemente.
imagina-se um perfume.
todas os poemas padecem de falta de rigor quando se aprofunda a taxonomia botânica.
é, no entanto, uma árvore.
é, também por isso, uma promessa.
pensa-se.
sente-se.
vê-se.
promete-nos isso, emergentemente.
imagina-se um perfume.
todas os poemas padecem de falta de rigor quando se aprofunda a taxonomia botânica.
é, no entanto, uma árvore.
é, também por isso, uma promessa.
pensa-se.
sente-se.
vê-se.
afterburn...
- ó pá... devias ter ficado até mais tarde... estivemos a tocar com o vick... coisas fixes.
- pois... mas ando numa fase em que também gosto de acompanhar. e, se beber demais, tenho mais dificuldade em conseguir acompanhar. além disso, tinha combinado ir andar de bike logo de manhã.
- foste andar?
- não.
- pois... mas ando numa fase em que também gosto de acompanhar. e, se beber demais, tenho mais dificuldade em conseguir acompanhar. além disso, tinha combinado ir andar de bike logo de manhã.
- foste andar?
- não.
bird-day
discutia-se, mais uma vez, a quantidade de coisas que tenho na cabeça e que não me servem para nada. neste caso específico a diferenciação entre anjos e arcanjos. atiram-me um argumento contundente: "ela, quando escolheu o nome dos filhos, não pensou nesse pormenor...". colhe, digo eu. mas não abdiquei da minha posição de que, para o bem ou para o mal, é bom saber coisas.
10 minutos depois estávamos na improvável (porque obedece a alguns critérios decorativos) pastelaria da aldeia. mais improvável se tornou recentemente pela existência de uma estante com livros. livros mesmo, em edições dignas, com encadernações como deve ser... tentando permanecer à margem da afirmação "coloquei isso aí por me lembrar de ti" (o orgulho superficial é o mais pecaminoso de todos), peguei numa edição de contos de luísa costa gomes. citação:
- o teu filho é um cristo!
-... um anjo!
- um arcanjo! - troçou o tio X.
riso e comentário meu, em inglês, que o infante faz hoje anos e está numa de perguntar tudo e mais alguma coisa:
-... see, the conscience of this little sting of evilness was made possible only by the awareness of the difference...
- queres um digestivo?
- sure...
lembrei-me do fim de semana, da confraria a que alguém chamou klu klux kalado, de ter saído mais cedo porque estava cansado... de ter sido identificado como o elemento irritante por uso como exemplo.
interessante a conclusão final. a de que, apesar das marcas do tempo e lastro existencial, "nós três ainda faríamos um estrago do caraças!"
morango com natas versus eu... perdi (ganhando).
10 minutos depois estávamos na improvável (porque obedece a alguns critérios decorativos) pastelaria da aldeia. mais improvável se tornou recentemente pela existência de uma estante com livros. livros mesmo, em edições dignas, com encadernações como deve ser... tentando permanecer à margem da afirmação "coloquei isso aí por me lembrar de ti" (o orgulho superficial é o mais pecaminoso de todos), peguei numa edição de contos de luísa costa gomes. citação:
- o teu filho é um cristo!
-... um anjo!
- um arcanjo! - troçou o tio X.
riso e comentário meu, em inglês, que o infante faz hoje anos e está numa de perguntar tudo e mais alguma coisa:
-... see, the conscience of this little sting of evilness was made possible only by the awareness of the difference...
- queres um digestivo?
- sure...
lembrei-me do fim de semana, da confraria a que alguém chamou klu klux kalado, de ter saído mais cedo porque estava cansado... de ter sido identificado como o elemento irritante por uso como exemplo.
interessante a conclusão final. a de que, apesar das marcas do tempo e lastro existencial, "nós três ainda faríamos um estrago do caraças!"
morango com natas versus eu... perdi (ganhando).
2009/04/11
sub-varónica
nota mental:
escrever um texto (de qualquer tipo e para qualquer função) que inclua o termo "desabrido" e a expressão "à tripa-forra". porque sim.
"varónica" é um belo post. não se vê material deste por aí, aos pontapés...
escrever um texto (de qualquer tipo e para qualquer função) que inclua o termo "desabrido" e a expressão "à tripa-forra". porque sim.
"varónica" é um belo post. não se vê material deste por aí, aos pontapés...
2009/04/10
pensamento do dia, mas à noite - II
apetecia-me escrever qualquer coisa sobre a proibição de decotes, mini-saias, saltos altos e lingerie preta nas lojas do cidadão. a versão televisiva da notícia também incluía perfumes mais intensos. mas, confesso, nem sei o que diga...
só sei que depois disto me apetece sair de portugal para nunca mais voltar, queimar a bandeira do euro (de qualquer modo as nossas cores não são verde-seco e laranja, que são as cores que actualmente esta ostenta), usar mini-saia no trabalho, beber uma cerveja... nem sei.
tenho que falar sobre isto com a minha filha... prepara-la tanto quanto possa para estas coisas. estas coisas são imagens da maldade.
este país, esta sociedade, esta mentalidade, estes valores... tudo uma merda.
que se foda...
houve um momento em que a população portuguesa deixou de pensar. o dinheiro e o consumo (que não têm uma relação causal, ao contrário do que alguns economistas crêem): culpa!
estas determinações da AMA fazem-me sentir duplamente tratado como atrasado mental.
só sei que depois disto me apetece sair de portugal para nunca mais voltar, queimar a bandeira do euro (de qualquer modo as nossas cores não são verde-seco e laranja, que são as cores que actualmente esta ostenta), usar mini-saia no trabalho, beber uma cerveja... nem sei.
tenho que falar sobre isto com a minha filha... prepara-la tanto quanto possa para estas coisas. estas coisas são imagens da maldade.
este país, esta sociedade, esta mentalidade, estes valores... tudo uma merda.
que se foda...
houve um momento em que a população portuguesa deixou de pensar. o dinheiro e o consumo (que não têm uma relação causal, ao contrário do que alguns economistas crêem): culpa!
estas determinações da AMA fazem-me sentir duplamente tratado como atrasado mental.
varónica
a luna plena acicata as rubras virgens,
que na la roda saltam, que na la roda giram.
donzelas mui cerca de arrebentar de folguedos,
à conta prometida de mancebos gentios ou cristãos-novos.
à doce liça vocadas! à doce liça tendidas! para arreganhamento do nero jogral e à função do seu senhor.
que na la roda saltam, que na la roda giram.
donzelas mui cerca de arrebentar de folguedos,
à conta prometida de mancebos gentios ou cristãos-novos.
à doce liça vocadas! à doce liça tendidas! para arreganhamento do nero jogral e à função do seu senhor.
2009/04/09
rilke: nas profundezas tudo é lei.
"os teus disparates devem acabar onde a liberdade do outro começa."
2009/04/07
na mouche
cito, de memória (logo, com óbvias, e provavelmente importantes, falhas) a minha leitura actual*:
pudéssemos nós ser estranhos e, no segundo seguinte, estarmos abraçados, sem passar por aquelas palavras que tantos homens e mulheres banalizaram antes de nós.
oscilo entre a consideração da beleza da frase e a consciência do seu poder pragmático. mas pode só ser o meu toque de mirdas a funcionar.
* - "em carne viva", david grossman
pudéssemos nós ser estranhos e, no segundo seguinte, estarmos abraçados, sem passar por aquelas palavras que tantos homens e mulheres banalizaram antes de nós.
oscilo entre a consideração da beleza da frase e a consciência do seu poder pragmático. mas pode só ser o meu toque de mirdas a funcionar.
* - "em carne viva", david grossman
2009/04/05
not manhouce...
.. mas é bonito.
leituras recentes fizeram-me lembrar disto.
é sempre um ritual colocar o disco (pois, o disco) na mesa, colocar a agulha... e é sempre aquela coisa estranha, aquele estado de alma.
cenas panisgas minhas, em que, distraidamente, sou mais sensível ou isso...
mais tarde ouço rammstein ou olho com atenção para a minhas botas que clamam por reforma há uns 3 anos e fico a sentir-me mais normal.
2009/04/03
pony-express blues
pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó.
- eia!! ôôôô!! ... eu quero lá saber se me chamam "o obsoleto" pelas ruas... inventem mas é a porcaria dos emails que já não se aguenta isto... enfim, o que é que se há-de fazer...
pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó...
- eia!! ôôôô!! ... eu quero lá saber se me chamam "o obsoleto" pelas ruas... inventem mas é a porcaria dos emails que já não se aguenta isto... enfim, o que é que se há-de fazer...
pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó, pocotó...
list is not a sin
durante muito tempo pensei que havia por aqui um post com o título: "coisas que me mantêm vivo"...
parece que não há, mas o post (o texto, a lista) existe. pode ser que um dia venha aqui parar. não sei. nem sei se é importante que venha. talvez seja importante que eu não me esqueça da lista, mas isso é outro assunto.
de qualquer modo, há sempre a possibilidade de sofrer alterações. isto nunca se sabe, suponho.
não tendo muito a ver com o anterior:
lista de coisas que, estando-se vivo, têm uma certa pinta
- cortar gelatina com uma colher
- tomar duche quando se está imundo como quando o suor deixa marcas no pó que nos cobre o corpo
- enrolar cabelos à volta de um dedo (mais cool quando o cabelo não é o nosso)
- mix de café, chocolate preto e cigarro
- fou rire
- areia de praia no fundo do carro
- cobre polido
- cheiro de livros
- abraços, em geral.
- cantoria afinadinha
- pensar q.b.
- ondas
- adormecer quase instantaneamente
- acordar e ver a rua num dia de sol
- mulheres bonitas
- ...
parece que não há, mas o post (o texto, a lista) existe. pode ser que um dia venha aqui parar. não sei. nem sei se é importante que venha. talvez seja importante que eu não me esqueça da lista, mas isso é outro assunto.
de qualquer modo, há sempre a possibilidade de sofrer alterações. isto nunca se sabe, suponho.
não tendo muito a ver com o anterior:
lista de coisas que, estando-se vivo, têm uma certa pinta
- cortar gelatina com uma colher
- tomar duche quando se está imundo como quando o suor deixa marcas no pó que nos cobre o corpo
- enrolar cabelos à volta de um dedo (mais cool quando o cabelo não é o nosso)
- mix de café, chocolate preto e cigarro
- fou rire
- areia de praia no fundo do carro
- cobre polido
- cheiro de livros
- abraços, em geral.
- cantoria afinadinha
- pensar q.b.
- ondas
- adormecer quase instantaneamente
- acordar e ver a rua num dia de sol
- mulheres bonitas
- ...
2009/04/02
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