2009/04/13

bird-day

discutia-se, mais uma vez, a quantidade de coisas que tenho na cabeça e que não me servem para nada. neste caso específico a diferenciação entre anjos e arcanjos. atiram-me um argumento contundente: "ela, quando escolheu o nome dos filhos, não pensou nesse pormenor...". colhe, digo eu. mas não abdiquei da minha posição de que, para o bem ou para o mal, é bom saber coisas.

10 minutos depois estávamos na improvável (porque obedece a alguns critérios decorativos) pastelaria da aldeia. mais improvável se tornou recentemente pela existência de uma estante com livros. livros mesmo, em edições dignas, com encadernações como deve ser... tentando permanecer à margem da afirmação "coloquei isso aí por me lembrar de ti" (o orgulho superficial é o mais pecaminoso de todos), peguei numa edição de contos de luísa costa gomes. citação:
- o teu filho é um cristo!
-... um anjo!
- um arcanjo! - troçou o tio X.
riso e comentário meu, em inglês, que o infante faz hoje anos e está numa de perguntar tudo e mais alguma coisa:
-... see, the conscience of this little sting of evilness was made possible only by the awareness of the difference...
- queres um digestivo?
- sure...

lembrei-me do fim de semana, da confraria a que alguém chamou klu klux kalado, de ter saído mais cedo porque estava cansado... de ter sido identificado como o elemento irritante por uso como exemplo.
interessante a conclusão final. a de que, apesar das marcas do tempo e lastro existencial, "nós três ainda faríamos um estrago do caraças!"

morango com natas versus eu... perdi (ganhando).

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