2011/02/19

pêquêpê

este título não é uma homenagem a um piloto de rallies que corria na altura em que uma gaja venceu o rally de portugal e quando a minha tia namorava um gajo gordo e a malta até ia ver rallies e coisas dessas e o facto de ter sido nessa altura que os duran duran editaram o álbum "rio" também não é importante. ("rio" é um bom álbum, diga-se.)

este título é a justaposição das iniciais das palavras que me passaram pela cabeça quando me apercebi que as únicas entidades que têm comentado este sítio são máquinas de fazer spam e dei por mim a pensar (isto não costuma ser bom) que talvez não fosse má ideia activar a moderação de comentários... mas não.
tal como uma senhora, há muitos anos, disse, a propósito da sua assinatura num abaixo-assinado promovido por um político qualquer (identificado): "todos precisam!"

esta coisa de andar a ler mais e a escrever menos tem um lado menos mau (à primeira vista, só deveria ter lado bom, eu sei): os meus sublinhados. nos livros. a caneta preta e independentemente da qualidade da edição.
nos dias menos bons acho que isto é falta de respeito...
mas ainda foi recentemente que gostei de ver o meu sobrinho mais grande a pegar displicentemente num livro meu e, lendo só os meus sublinhados, afirmar: esta merda parece-me do melhor.
eu disse-lhe que aquela merda era mesmo do melhor, mas ele acabou por levar dois que não aquele livro, que também eram merda do melhor.

refira-se que não é um mero sublinhado... é todo um conjunto de grafismos que uso para atrair a atenção, o foco de atenção, para determinada passagem (algumas dessas passagens passo-as para aqui. só porque gosto de redundâncias e coisas arredondadas em geral).
há uns anos alguém ficou chocadíssimo por "confrontar o teu mórbido marcador com estas cenas art-deco que tu usas"...

já agora, aproveito para referir que o meu sobrinho mais grande está a sair-me nem pior nem melhor que a encomenda, mas exactamente. e isso é muito cool. mesmo que isso signifique que nunca mais será a mesma coisa, que as pessoas crescem e que, por isso, eu me sentirei ainda mais velho.
e eu sei muito bem dessas coisas das encomendas, que ainda ontem "was browsing through an online sex-shop" só para desopilar. acredito que o verbo desopilar pode ser usado em relação a certo tipo de brinquedos, mas eu vejo demasiada televisão.

e porque quem leu isto até aqui merece música da boa:



agora que penso nisso, o termo "pixies", numa daquelas diagonais que eu faço não para me armar mas porque tenho as capacidades mentais todas armadilhadinhas, conduz-me ao tipo supra referido de brinquedos. e eles, que eu saiba, nunca editaram em flexidisco, como os havia das selecções do readers digest... lembro-me de um, dourado, da rafaela carra. o flexidisco é que era dourado. mas há brinquedos dessa cor. e eu vi demasiados filmes suecos, também.

há dias, em conversa com uma pessoa com quem todas as conversas são importantes e que, por isso mesmo, requerem mais cuidado do que o que eu coloco naquilo que digo, usei uma expressão muito dos meus anos 80:
"é melhor ser freak da passa que fraco da piça"

nos anos 80 vi, uma única vez, uma rapariga a tomar banho sem que ela soubesse que eu a estava a ver. foi bom.
nos anos 80 aconteceram-me muitas coisas mas nem todas boas, porque eu sabia mais do que sei hoje e ó tempo volta para trás é mas é o tanas!

e agora que estava embalado aparecem-me as criaturas "almoço, boa?" e isso é que de valor. adeus e até ao meu regresso.


podem contar isto à vontade, máquinas do demo, a ver se me ralo.

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