2024/11/21

velhice

“viagens” foi o disco de estreia de pedro abrunhosa e os bandemónio e foi editado em 1994, tendo vendido mais de 140 mil cópias.

o ‘top’ 5 da votação para a blitz, partilhado com a lusa, inclui ainda, por ordem decrescente, os discos “o monstro precisa de amigos” (1999), dos ornatos violeta, “circo de feras” (1987), dos xutos & pontapés, “dar e receber” (1984), de antónio variações, e “psicopátria” (1986), dos gnr.

2024/11/19

compass


the wisdom -- why you want it now?
no answers are there
no answers of why

agora é que é...

 


2024/11/18

2024/11/16

knives out

 

afiei facas a noite inteira para te dar as boas vindas. 
no brilho das suas lâminas 
o meu amor cintila 
só para os teus olhos.

radmila lasic

2024/11/08

2024/11/02

multitaskin'

 


2024/10/29

2024/10/23

classy boots

 


2024/10/22

2024/10/20

all about a symbol and a band and a song and a myth and a cat and a life and a strangeness

 


tardor

tu i jo hem sopat en bons restaurants
tu i jo hem ballat a la llum d'un fanal
tu i jo volàvem en un ford fiesta groc
tu i jo hem cantat a la vora del foc
tu i jo hem buscat coses similars
tu i jo hem tingut el cap ple de pardals
tu i jo dalt de la nòria, tu i jo i la nostra història
però tu i jo no ens hem banyat mai al mar
al mar! al mar!
al mar! al mar!
al mar! al mar!
al mar!


2024/10/19

strophium ormamillare

 


hypnos

 


ring the bells that still can ring
forget your perfect offering
there is a crack, a crack in everything
that’s how the light gets in.


tent pitching

 


2024/10/18

microlavor

numa linguagem cientificamente respeitável todo o termo tem de ter uma referência e toda a frase tem de ser verdadeira ou falsa.
Frege, algures em “Funktion und Begriff” (Função e Conceito, 1891), “Begriff und Gegenstand” (Conceito e Objecto, 1892), “Sinn und Bedeutung” (“Sentido e Referência”, 1892)

freguesia - as bitches de Frege

refrega - duas seguidas (o autor deixou-se disso em 1889)

errata

há por aqui um post que fala de asteriscos.
o título desse post é "cona" (pode ser passarinha, pipi, buceta, etc.. vagina nem tanto, vá)

está lá, mas pode não ser claro.

epifania dos chineses

quando eu andava a fazer pela vida, melhor, a viver a fcsh, jamais imaginaria a amplitude da intersecção desta mui nobre instituição com a minha vida. sublinhe-se o termo amplitude, dado que quanto ao resto "ponde intersecção nisso".
a primogénita e a continuidade profissional. - a desenvolver. 
o infante e a continuidade do desfasamento existencial. - a desenvolver

werner herzog e a viagem a pé (vide livro "caminhar no gelo", do mesmo. depois contem-me. este mês não dá para comprar livros) (ouvide o programa "walking", "pingue pongue", de vintecincodejunho de doismilidezassete, que foi o que motivou este roubar de tempo às inúmeras solicitações da vida adulta e responsável que tento ter. 

genética de espécie: 
foi sempre longe do conforto de um lar que o ser humano evoluiu. - a desenvolver* 

brinde e fava ao mesmo tempo: as pessoas que amam os seus filhos têm menos medo da morte porque têm muitíssimo mais medo de viver a morte dos seus filhos.



(notas para orientação:
os filhos não são nossos, são do mundo.
o mundo está cheio de maravilha, amor, magia... e perigos, desconfortos, imundície.
yin e yang, ó o caralho...

saúde, vigor físico e mental, alegria



alheira no forno








saber fazer bainhas e pregar botões. ofender mentalmente (nos dias bons) pessoas que acham, por princípio, que remendar meias não faz sentido.



a importância de chover/não chover)











canções que eu dava um bracinho para ter escrito, parte XXVII



2024/10/11

2024/10/06

após treze anos

Boa noite professor tudo bem?
Se fosse possível gostava de lhe fazer um pedido . Primeiro que mais , queria só deixar aqui a gratidão que foi o ter encontrado na minha vida, para que saiba , foi e ainda é e vai ser o professor que mais me marcou na minha existência. Creio que na altura expandiu a minha realidade e a minha perspectiva de vida de uma maneira que acabaria de moldar a minha vida e a minha mente. Hoje volto aqui , e envio lhe esta mensagem pois “acho”que “acho” que entendi que iria sempre mandar esta mensagem . E acho que isso me fez realizar algo que não consigo expressar bem e à minha mente veio-me o professor  , e “decidi” enviar lhe esta mensagem . Ou estou a virar maluco , ou acho que me podia ajudar a tentar processar o que estou a tentar dizer 😅
Obrigado desde já e tudo de bom para si!

2024/09/27

i follow rivers, part VII, VIII e IX




 

(i)

antigamente, este sítio continha textos que, após um mínimo de análise e reflexão, ainda que não se note por aí além, e, não raras vezes, a passagem de algum tempo desses mesmo textos, na sua versão em papel, num bolso qualquer ou num caderninho que, distraidamente, ficava, comummente, esquecido num parapeito de janela, ou num carro, ou numa pasta, ou debaixo de livros (vamos com 15 vírgulas, mais ou menos)... 

a minha vida mudou quando aprendi que há quem designe, na américa latina, pelo menos, o ânus por asterisco.

e isso aconteceu hoje.

ouvi alguém dizer uma frase que incluía esse uso.
mas na forma escrita deve ficar ainda mais espectacular.
teste:
vai levar no *

ficar não fica, mas é tão ilustrativo


2024/09/22

vindolanda


exemplar de dildo romano.

em vez de trabalhar...

na cidade de Mondou, no sul do Chade, há uma empresa de lavagem de veículos chamada "elefante branco". tudo à mão, claro.
e no Guelta de Archei, mais pró norte do mesmo país, há uma comunidade de crocodilos do nilo.
estes parece que são mais pequenos e menos agressivos que os seus primos do nilo nilo. não me surpreende. estão ali presos, sem poder sair, muito longe da família...
enfim, cenas.

2024/09/17

i´m like a bird

enquanto atravessava a ponte, no ciclístico regresso, admirava com uma pontinha de inveja aqueles que deslizavam pela superfície da água do rio nos seus kayaks.
um dia destes junto-me a eles, quiçá ajudado por um camião ou uma furgoneta mais motivadora.


2024/08/27

2024/08/17

campo de férias

e nisto, é como se o mês de julho não tivesse acontecido.
esta gente deixa tudo ao abandono.


2024/06/28

aktualitat

recent late updates:

- a PJ queimou 7 toneladas de droga. hoje, tal como nos anos oitenta, poder-se-ia dizer "mal empregadinha". a pessoa que o disse na minha presença já morreu.

- alguém ganhou um prémio de 213 milhões de euros. deus me livre!

- por via de não ter som na tv pude ter um momento anos oitenta, parte II (estou tão tão velho): a mãe das gémeas é muito gira.


fresh update:

- após o primeiro debate presidencial (!!!), concluo que os americanos estão fodidos. logo, estamos todos.


2024/06/18

mouche

 


o poder da imagem é uma realidade que tende a diluir-se na consciência colectiva num tempo em que a imagem é, ela mesma, omnipresente.
mas, associada à imagem e ao seu poder estão outras realidades como a inteligência e a criatividade.
essas não são omnipresentes.

2024/06/16

2024/06/13

epitáfio II

aqui jaz um homem que tentou (e nem sempre conseguiu)
aqui jaz um homem que foi tentado (e nem sempre seguiu)

2024/06/12

2024/05/30

techno

e quando a pessoa está a fazer um teste via microfone e diz "seres livres e racionais" e a cena escreve "seus livros irracionais" e a pessoa quase que deixa escapar e só se apercebe no último minuto mas ainda vai a tempo e pensa que tem de gerir melhor o tempo e ter hábitos mais saudáveis e o problema é sempre o tempo e até se ia fumar, mesmo que o tempo seja usado a falar do tempo, mas as coisas não se fazem sozinhas e tem de ser agora porque mais tarde não dá...?

dasse...

a preguiça dá tanto trabalho...


2024/05/26

2024/05/19

2024/05/17

tarnish

 




2024/05/16

l'insoutenable légèreté de l'être

não sou nem nunca fui (não faço ideia se serei, mas duvido muitíssimo) gajo para cenas de uma noite, de sexo casual e descomprometido e essas coisas...

mas, se fosse, apontaria baterias para o dia 21 de novembro... no meo arena...

e agora vou deixar aqui uma foto de uma gaja, que a vida não é só ler merdas de trabalho...


ou duas, vá... em estilos diferentes, como se fosse isso que interessasse...



2024/05/15

one can relate...



when I think more than I wanna think
I do things I never should do
I drink much more that I oughta drink
because it brings me back you

pontaria

comecei, há relativamente pouco tempo, a ouvir o programa pingue-pongue, na antena 3.
decidi ouvir, desde o início, na versão podcast. 
são muito mais de 400-quatrocentas-400 horas de palavras e música.
nisto, agora mesmo, apercebo-me que o último programa foi no passado domingo.
estava eu aqui já numa de me armar em aquiles atrás de uma elusiva tartaruga que zenão decidiu colocar à sua frente e, vai-se a ver, nada.
não sei se este é um daqueles casos em que o excesso de informação é contraproducente. tenho de marcar na minha agenda um tempinho para reflectir sobre isso e sobre outras merdas avulso...
enfim...


roller-coaster

durante meio século
a poesia foi
o paraíso do tonto solene.
até que vim eu
e me instalei com a minha montanha russa.

subam, se vos apetecer.
claro que eu não me responsabilizo se saírem
a deitar sangue da boca e do nariz.

montanha-russa, de nicanor parra

2024/05/14

2024/05/12

diagonais existenciais


lembrei-me de uma conversa dos tempos em que trabalhava na fábrica.
A., ao contrário de mim, defendia que michael jackson era mais talentoso e melhor artista do que prince...
A. era um moço fixe. bem disposto, boa onda... tinha um carro, mesmo sendo preto. ele. o carro também, mas não é isso que importa. e a expressão "mesmo sendo preto" não é minha, é do félix fracasso, que não tirava a carta porque não podia passar o resto da vida a caçar com uma espingarda velha (se for vivo deve ter votado no chega, esse conas).
A. não compreendia a minha posição. dizia que michael jackson era amado por milhões de pessoas.
eu continuei na minha e disse que era bom termos diversidade de estilos, de gostos, de preferências...
eu, na altura, mesmo sabendo que prince era multi-instrumentista e que tocava todos os instrumentos nos seus discos (usei esse argumento), não tinha, de facto, a consciência da mestria e do talento associados.
talvez fosse pela contaminação da imagem.
enfim...

epílogo:
- pode ser-se feliz numa fábrica.
- estou em crer que esta canção tem alguma conotação sexual.

2024/05/07

solilóquio profanado

to be, or not to be: that is the question:
whether ’tis nobler in the mind to suffer
the heart-ache and the thousand natural shocks
that flesh is heir to, ’tis a consummation
devoutly to be wish’d. 
for when we have shuffled off this mortal coil,
the pangs of despised love, the law’s delay,
that patient merit of the unworthy takes,
grunt and sweat under a weary life,
in the dread of something after death,
conscience does make cowards of us all.
be all my sins remember’d.

nota:
isto foi rapinado a will shakespeare, cortado, editado (só uma migalhinha, onde está a itálico), baralhado e voltado a dar.

2024/05/04

balança portátil

tão nonsense quanto a proto-visão do tempo cristalizada na frase "o tempo são duas bolinhas que caem em buraquinhos", de que me lembrei há pouco, ainda que me lembre muitíssimas vezes, é o facto de cebolas terem uma grafia diferente de azeite. 
cebolas têm seta.

ou tinham, vá.
agora já não, que o tempo tudo apaga, por mais que a malta tente e venha tentando há séculos por via de tabuínhas, baixos-relevos, pergaminhos, livros, telas, painéis, gravuras, estatuária sortida, textos idem, gifs, jpegs e todas as outras merdas todas.

não apaga assim tudo tudo num instante, mas há-de apagar, se os deuses quiserem.

god help us...

sófia, bulgária; 
columbus, ohio; 
kentucky em parte incerta;
o ex-futuro cavaleiro da dinamarca; 
epipens em lisboa e saxofones na azambuja...

it´s a fucking termoil, a crazy roller-coaster, a puta da loucura.

e, por outro lado, é awesome!!

2024/05/01

and then god came to me and

he said, "i locked you in this body,
i meant it as a kind of trial.
you can use it for a weapon,
or to make some woman smile."

lover, lover, lover...

2024/04/29

ferrinhos

notas pouco católicas sobre a cimeira das democracias

painel de gente nova - todas as pessoas em palco tinham dupla consoante no apelido. achei adequado.

maria castello-branco: da JP para a iniciativa liberal. 
                                      óptima resposta à questão 25/4 x 25/11

fica-se encantado com uma mulher com a idade da nossa filha, o que dá uma claríssima consciência dupla sobre a crise da meia idade (não é crise, é só meia idade. o ter noção disso é que pode ser potenciador de crise, mas nem sempre. nem nunca) e sobre o facto de a filha que se tem é uma mulher.
a linguagem corporal, o à-vontade... etc.

a exma. sra. reitora é capeloa. achei adequado.

a calma descuidada da diplomata loura, jovem e bonita, a ajeitar a mama esquerda dentro do soutien preto, debaixo de um camiseiro branco.

tudo sobre a impressionante menina do colégio do sagrado coração de maria (o de lisboa, não o de fátima).
brilhante.
tudo.
gostei de falar com ela:
- posso dar-te dois beijinhos? gostei muito de te ouvir!
- claro que pode.
- quando eu tinha a tua idade tinha medo de miúdas como tu. agora tenho menos...
- os rapazes tendem a ter medo de mim, sim... é pena.
- não mudes. continua assim. eles dão a volta...

2024/04/20

2024/04/13

wear that badge with honour

erosphorma

lembrei-me de uma intervenção no trabalho onde comparei formalidade com formalismo.
não achei perda de tempo nem gastar latim para nada. foi útil. 
vai (vão) definindo e clarificando ao que venho.

porque me lembrei, cristalizo aqui as palavras de adélia prado, o que, de certa forma, é adequado porque a poesia e tal e não sou judeu nem nada:

o poeta cerebral tomou café sem açúcar
e foi pro gabinete concentrar-se.
seu lápis é um bisturi
que ele afia na pedra,
na pedra calcinada das palavras,
imagem que elegeu porque ama a dificuldade,
o efeito respeitoso que produz
seu trato com o dicionário.
faz três horas que já estuma as musas.
o dia arde. seu prepúcio coça.

pseudo-manguito

eu até sabia que o senhor era marquês. que não tinha um braço soube há tempos, mas tinha obrigação de ter sabido antes, pois o bacano lá está, imortalizado em bronze, em frente ao seminário.
tendo a consumir álcool por ali, tenho desculpa.
mas, seja como for, hoje alguém decidiu usar sempre o título nobiliárquico do indivíduo.
assim, passei aqueles minutos do discurso sempre a ouvir:

"marquês de sade, a bandeira"

se eu tivesse partilhado este pensamento com a imprensa, talvez não se esquecessem do nome do local onde estiveram.
enfim...


2024/04/08

sexyness, tomo LXXVIII

 


- e tu, reparas primeiro em quê?
- na boca, acho eu...
- tarado!!

deveria ter esclarecido que tudo começa (ou acaba) no beijo.
o beijo é de-ter-mi-nan-te!
é muito possível que eu nunca tenha ido às putas porque li algures (ou vi num filme. a minha selecção "eclética" de filmes torna esta opção muito menos elegante, mas enfim...) que as putam não beijam.
ou não beijavam.
não sei bem...



sexyness

 


estica blues

2024/04/04

2024/04/03

a sorte parece menos terrível quando se está ganzado

 


traz-se o bukowski à colação por duas razões.
a primeira é que estava a apetecer-me trazer qualquer coisa à colação. não sei, foi assim uma coisa...
a segunda prende-se (talvez me estivesse a apetecer prender algo, também) com de um postal ilustrado afixado numa sala de aula onde, às vezes (no sentido espacio-temporal e/ou profissional, estritamente), trabalho.
o postal tem uma citação (tanto quanto se pode saber se é mesmo citação ou não, hoje em dia) de simone de beauvoir que diz:
a morte parece menos terrível quando se está cansado.
eu disse aos miúdos que aquilo estar ali era estranho, que não era para eles, que eles eram imortais.
talvez me tenha precipitado.
a sarjeta é equidistante ao sucesso, para eles, estatisticamente (tese minha, se não se considerar uma vida "normal" uma vida de sucesso). e muitas vezes, ou sempre, a vida assenta só na sorte ou no azar.
talvez tenha de rever a minha fundamentação, mas...


2024/04/01

pinguepongue ou ping-pong


ontem à noite chovia enquanto conduzia.
não tenho sido particularmente fiel a uma estação de rádio, mas lá calhou a ouvir a antena 3...
e fui apanhado por esta canção, entre textos, poemas, outras canções que falavam de renascimento ou ressurreição. fruta da época.
gosto muito das palavras e da voz da matilde campilho.
tendo a gostar das palavras que são escolhidas neste programa.
agora, numa pausa no trabalho, lembrei-me da canção...
os jovens, hoje, conseguem ser desconcertantemente transparentes.
gosto disso.

the call from the desert


 

2024/03/27

o mundo é bué cenas...


não compreendo como é possível, mas deve ser por falta de reflexão...
eu, que sei o que é a internet, que sigo os mais estranhos rabbit holes que pode haver, eu que passei inúmeras horas a folhear livros sobre arte e/ou nudez na fnac, eu que, enfim, eu, vá, vivi até hoje sem conhecer esta obra.
foi hoje.
também foi hoje que vi isto aqui em baixo, mas achei menos interessante. não por causa de qualquer factor moralista, mas porque falta a elegância dos meios que havia na arte de outrora. perceber isto completamente (falo para mim) requereria uma definição cabal sobre o que significa elegância, mas eu tendo a contaminar determinações teóricas com imagética específica, logo, por razões óbvias, ocorre uma limitação de definição em termos abstractos.

2024/03/26

nature

 


- 'tás a ver? eu não te disse que era um drone? eles deram fé que andávamos aqui todas peladas e vá de recorrer às novas tecnologias... tu põe-te fina, que por este andar a tua página onlyfans deixa de ser relevante!

little wonder

devo estar a perder faculdades... (não tenho grandes dúvidas em relação a isto)
ontem irritei-me com merdinhas, no trabalho. 
pior, ontem dei por mim a meter-me em merdinhas que me fizeram irritar, logo, a culpa foi minha.
o que me devia irritar a sério era o facto de estar a perder faculdades, mas não, são merdinhas...
é um sintoma, presumo.

2024/03/25

2024/03/21

0% de originalidade (minha, não do eugénio), mas que se foda...

creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.

2024/03/17

2024/03/16

witt

1 - eu acho que o professor está a ser picuínhas... descontou cinco pontos por causa de acentos...
eu - a falta de acentuação é erro ortográfico. estou apenas a aplicar os critérios de correcção.
1 - percebo, mas os acentos não são assim tão importantes.
eu - moço... o teu texto era sobre o método científico. usaste a palavra método duas ou trinta vezes, sempre sem acento... vou escrever a palavra aqui no quadro como tu a escreveste: 
        METODO. 
        agora coloquemos um verbo qualquer antes da palavra para vermos no que dá... alguém tem alguma sugestão?
2 - chupa!... morde!... lambe!
(risos)
eu - ... é um prazer trabalhar com gente inteligente.
1 - (risos) percebi.
3, namoradinha do 1 - só podes escrever sem acento quando é para mim...

2024/03/15

DMxU2

"patacão" ou "november rain"

barco marinheiro em água-doce
de mastro paralelo à linha d'água
riso cristalino aberto ao mundo
reflexos de sol sobre a nudez

era o que era, antes não fosse
antecâmara de gelo ou de mágoa
amena superfície, mas no fundo
dois não foi a conta que deus fez


2024/03/13

my stomach is the most violent of all of italy


é de um filme maravilhoso.
há aqui uma falácia de falso dilema.
conheço pessoas que se identificam com isto.
não sei se gostaria de ser assim (é-me impossível de conceber, de imaginar), mas admiro a disponibilidade.
eu sou mais isto:


e esta atitude é compatível com a indicada pela adília lopes:


não sei.
provavelmente estou só a engonhar porque o que estou a ler, neste momento... enfim. mas trabalho é trabalho e o que tem de ser tem muita força e não guardes para amanhã a candeia que vai à frente pois quem com ferros mata em roma e pavia, terras de cegos, tem olho, logo, tem medo, que filho de peixe é o que não quer ver.

talvez o outro tenha razão: as contas fazem-se é no fim.

2024/03/12

the rolling stones

INDICATIVO
Presente 
eu satisfaço
tu satisfazes
ele, ela, você satisfaz
nós satisfazemos
vós satisfazeis
eles, elas, vocês satisfazem
Pretérito imperfeito 
eu satisfazia
tu satisfazias
ele, ela, você satisfazia
nós satisfazíamos
vós satisfazíeis
eles, elas, vocês satisfaziam
Pretérito perfeito 
eu satisfiz
tu satisfizeste
ele, ela, você satisfez
nós satisfizemos
vós satisfizestes
eles, elas, vocês satisfizeram
Pretérito mais-que-perfeito 
eu satisfizera
tu satisfizeras
ele, ela, você satisfizera
nós satisfizéramos
vós satisfizéreis
eles, elas, vocês satisfizeram
Futuro 
eu satisfarei
tu satisfarás
ele, ela, você satisfará
nós satisfaremos
vós satisfareis
eles, elas, vocês satisfarão
CONDICIONAL
Presente 
eu satisfaria
tu satisfarias
ele, ela, você satisfaria
nós satisfaríamos
vós satisfaríeis
eles, elas, vocês satisfariam
CONJUNTIVO
Presente 
que eu satisfaça
que tu satisfaças
que ele, ela, você satisfaça
que nós satisfaçamos
que vós satisfaçais
que eles, elas, vocês satisfaçam
Pretérito imperfeito 
se eu satisfizesse
se tu satisfizesses
se ele, ela, você satisfizesse
se nós satisfizéssemos
se vós satisfizésseis
se eles, elas, vocês satisfizessem
Futuro 
quando eu satisfizer
quando tu satisfizeres
quando ele, ela, você satisfizer
quando nós satisfizermos
quando vós satisfizerdes
quando eles, elas, vocês satisfizerem
IMPERATIVO
Presente 
satisfaz tu
satisfaça ele, ela, você
satisfaçamos nós
satisfazei vós
satisfaçam eles, elas, vocês
Infinitivo pessoal 
eu satisfazer
tu satisfazeres
ele, ela, você satisfazer
nós satisfazermos
vós satisfazerdes
eles, elas, vocês satisfazerem
Infinitivo impessoal 
satisfazer
Gerúndio 
satisfazendo
Particípio passado 
satisfeito
TEMPOS COMPOSTOS
INDICATIVO
Pretérito perfeito 
eu tenho satisfeito
tu tens satisfeito
ele, ela, você tem satisfeito
nós temos satisfeito
vós tendes satisfeito
eles, elas, vocês têm satisfeito
Pretérito mais-que-perfeito 
eu tinha satisfeito
tu tinhas satisfeito
ele, ela, você tinha satisfeito
nós tínhamos satisfeito
vós tínheis satisfeito
eles, elas, vocês tinham satisfeito
Futuro 
eu terei satisfeito
tu terás satisfeito
ele, ela, você terá satisfeito
nós teremos satisfeito
vós tereis satisfeito
eles, elas, vocês terão satisfeito
CONDICIONAL
Pretérito 
eu teria satisfeito
tu terias satisfeito
ele, ela, você teria satisfeito
nós teríamos satisfeito
vós teríeis satisfeito
eles, elas, vocês teriam satisfeito
CONJUNTIVO
Pretérito perfeito 
que eu tenha satisfeito
que tu tenhas satisfeito
que ele, ela, você tenha satisfeito
que nós tenhamos satisfeito
que vós tenhais satisfeito
que eles, elas, vocês tenham satisfeito
Pretérito mais-que-perfeito 
se eu tivesse satisfeito
se tu tivesses satisfeito
se ele, ela, você tivesse satisfeito
se nós tivéssemos satisfeito
se vós tivésseis satisfeito
se eles, elas, vocês tivessem satisfeito
Futuro 
quando eu tiver satisfeito
quando tu tiveres satisfeito
quando ele, ela, você tiver satisfeito
quando nós tivermos satisfeito
quando vós tiverdes satisfeito
quando eles, elas, vocês tiverem satisfeito
Infinitivo pessoal 
eu ter satisfeito
tu teres satisfeito
ele, ela, você ter satisfeito
nós termos satisfeito
vós terdes satisfeito
eles, elas, vocês terem satisfeito

no bravery and no respect

 


tenho 3 poemas começados na cabeça... duvido que passem à forma escrita.
não tenho ânimo para tratar disso.
há dias tentei, mas mobilizei-me para me dedicar à costura. isto é, para a reparação, com agulha e linha, de um casaco cujo forro... não interessa. acabei por não fazer uma coisa nem outra.
não é importante.
também não é importante referir isso, ou seja lá o que for.
assim como assim, este sítio já tem o fim marcado.



waiting room for sadness

2024/03/11

2024/03/09

cohen again

poem 111

each man
has a way to betray
the revolution
this is mine

2024/03/05

flashback


cresci a ouvir música que vinha de áfrica, trazida pelos "retornados", parece-me, e que todos dançavam nas festas populares, nos casamentos e bailaricos sortidos.
eram outros tempos.
eram tempos em que a música era a da vida das pessoas.
em minha casa cantava-se fado enquanto se faziam as intermináveis tarefas domésticas.
uns tipos barbudos e cabeludos, com violas, cantavam sobre a liberdade e a igualdade na televisão.
deve haver uma certa coerência em mim que me faz gostar do tempo certo em cada estação. do frio e chuva no inverno, do calor no verão. também gosto da música no seu local de origem, se me esquecer da quantidade industrial de música de raiz anglo-saxónica que sempre ouvi... 
mas gostei muito dos sons de cabo-verde em cabo-verde.
o video transportou-me instantaneamente para o por-do-sol sobre o monte cara, na baía do mindelo.
a luz era igualmente doce, morna, e eu estive precisamente naquele local, ao lado da avenida que vai para o porto.
o meu guia chamava-se álvaro. tinha anos a menos para a cerveja que bebia e tinha só uma orelha. já falei dele por aqui, acho.
naquela altura eu olhava muito para o mundo. tentava absorver o mundo.
continuo a olhar, mas tenho o olhar mais contaminado. absorvo com mais filtros, provavelmente.
agora tento perceber mais o mundo.

ando cansado.
não percebo tudo.

pensei em enviar, hoje, uma sms. apercebi-me que tinha há que tempos, em rascunho, "ainda gostava de perceber o que nos aconteceu"...
deixei-me estar.

estou tão cansado. 
de tudo.
cansa-me saber que esta musiquinha é muito dançável, por exemplo.


nice little tune

2024/03/04

19562 Pacific Coast Hwy

 


lana del rey vive aqui.
poderia fazer parte da lista imaginária de locais imaginários onde eu um dia, talvez, em calhando, poderia escrever um livro, este sim, hiper-imaginário.

e parece-me ser o tipo de moça que me deixa sossegado, sozinho, a olhar pró mar .

2024/03/01

2024/02/29

a frase mais simples da época

 


as some warn victory, some downfall
private reasons great or small
can be seen in the eyes of those that call
to make all that should be killed to crawl
while others say don't hate nothing at all
except hatred

and if my thought-dreams could be seen
they'd probably put my head in a guillotine
but it's alright, ma, it's life, and life only

going under

desde sempre tentei perceber como as coisas me aconteciam, porque me aconteciam, o que poderia eu fazer acontecer (isto menos).
os meus registos sobre as experiências com drogas, de todos os tipos*, fazem-me rir até chorar...
vão-se tornando incompreensíveis, ilegíveis.. fazem-me sempre lembrar um documento muito abstracto (uma preparação de serviço industrial) elaborado pelo A. enquanto ele ia adormecendo: as letras começaram a borrifar-se nas linhas, assumindo uma mancha gráfica de um movimento ascendente e em contínua redução das letras, até se assemelhar a uma espécie de carreiro de formigas a dirigir-se ao infinito, dado que as letras acabam por sair da folha de papel.

tentei, pelo menos, memorizar, reter, para depois registar... sem sucesso.
o propofol não dá hipótese!
fica a leve frustração da saber que a moca andou à volta de alunos indianos numa sala de aula. que vida tão triste, em que o trabalho se entranha nos desvarios químicos no cérebro da pessoa.
ficou a anos-luz das cores e motivos da experiência análoga na infância.

também ficou a ideia de que talvez seja melhor explorar o potencial de alpiarça... esperando que o pai do francisco não seja para aqui chamado.

* - de todos os tipos por mim experimentados. não experimentei (nem quero) todos os tipos. 

citação avulsa da internet: 

michael jackson insistiu. queria o seu "leite". era assim que chamava ao anestésico propofol, por causa do seu aspecto esbranquiçado e leitoso. às 10h40 do dia 25 de junho de 2009, o clínico administrou-lhe o propofol por via intravenosa. pouco depois, o "rei da pop" (nunca concordei com este epíteto) estava morto.

de facto é leitoso, sim.
mas o que me ocorreu foi uma frase que, na última vez que a ouvi, provocou resultados consideravelmente negativos: drogava-se injectando-se com a seringa das farturas.

leite é um termo tão rico em significados. um autor de que não me lembro o nome chamava mel a secreções vaginais específicas. 

a "terra do leite e mel"... e quem vai ao mar havia sem terra.

2024/02/25

kripi pic

 


tropicália

das caraíbas recordo com saudade os pescoços das raparigas que brincavam, nuas, no mar. 
e os sorrisos.
vi o visto cancelado antes da época dos furacões, mas nem por isso faz mais sentido.

posso sempre variar... 
islândia, terra do fogo e gelo.
ou o motociclismo errante...


ou dedico-me só à leitura,
ou a certo tipo de cogumelos. 
a interioridade como destino.


coleante

foi a palavra usada.
inédito, na minha vida, aquele uso do termo. particularmente naquela aplicação.
mas aconteceu.
e, tal como muitas coisas, não me sai da cabeça.
tento encontrar encadeamentos, reminiscências...
acho que a última vez que ouvi a palavra deve ter sido em 1997, e acerca de uma moça específica que estava a ser maltratada por outras moças, por inveja.
serpenteante, parece que...
enfim...
achei cool.


goran

2024/02/21

autótune

há sempre 1000 razões para que as coisas não corram bem...
mas eu sempre fui pessoa de assumir as minhas falhas: contei por alto.

2024/02/19

reflexão


ceci n'est pas edward hopper, excursion into philosophy, 1959, oil painting