2009/07/10

"deambulações antropológicas" ou "volta à beira-alta em 80 dias"

vi num blog cool esta advertência na caixa dos comentários:
"Este é um blogue de fruição do texto. De partilha. De crítica construtiva. Nessa linha tudo será aceite. A má disposição e a predisposição para destruir, por favor, deixe do lado de fora da porta."
achei apropriado.
mas o que me faz trazer isto aqui é a expressão "do lado de fora da porta".
deixar do lado de fora é uma opção que não é isenta de condições "sine qua non"...

falava há dias com uma rapariga de uma natureza que eu pensei extinta há praí umas 3 décadas. andava ao dia a trabalhar no campo. "umas vindimas, uma azeitona quando é o tempo... apanha-se uma caruma...". era muito bonita e eu perguntei-lhe se ela tinha namorado visto que, dizia-lhe eu, seria certamente alvo do interesse dos rapazes. respondeu-me com um delicioso sotaque beirão "você deve estar com alucinações!".
das competências que, no seu ponto de vista, a tornariam mais desejável para futura esposa destacava-se a que a seguir se apresenta: "tenho a estrumeira aprumadinha à porta de casa", mau grado a falta de pretendentes.
ri-me a bom rir desta frase e ela riu-se comigo, suponho que do meu riso.

da obscura referência a um vitelo e a um cavalo chamado trovão (tenho a certeza que era este o nome) quando se abordou o tema da falta de rapazes não posso dar notícia em rigor. não tenho memória de todas as frases ditas por ambos.

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