2009/07/12

not all is fair (nem tudo é feira)

registo da ocorrência:
almoçou-se. tomou-se café. rumou-se ao recinto da feira, tendo como plano de actividade a gestão de espaços/interesses dos feirantes.
aguardava-me uma espécie de lista de precedências onde constavam nomes de múltiplas origens.
rapidamente se constatou que as possibilidades de realização de um trabalho razoável (para nem dizer racional) eram diminutas.
está-se, portanto, no habitat natural: assume-se o caos e confia-se na diplomacia. as minis estão frescas, valha-nos isso.
se a senhora dos pintos aparece por aí e vê que o seu espaço de negócio está ocupado por alguém que vende sapatos a 1 euro, estou lixado.
"sabe, senhor, isto as feiras onde acabou o gado morrem todas".
"pois... suponho que o gado seja importante. eu próprio, há mais de 20 anos, só vinha à feira para ver o gado", respondo eu, reparando que o sorriso do meu interlocutor revela a experiência de vida que eu lhe adivinhara.
reparo no ourives, nas senhoras que apreciam anéis e brincos todos parecidos entre si. lembro-me do filme "sapatos pretos" (por muitas razões). perco-me em memórias várias e peço mais uma mini.
detecto uma situação que requer a minha intervenção mas decido ignorá-la. logo se vê...
vamos à mini, enrolando um cigarro.

(pausa)

quebra na pausa só para referir que dei nome a esta nova sebenta: "the after-burn era".
(façamos de conta que não tem meia dúzia de textos já com uns meses)

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