batem-me na porta de rompante
sobressalto-me com a fúria da batida
o seco som torna-se cortante
o torpor do corpo é carne viva
procuram o que nada sabe e diz
procuram o que sonha e que não é
procuram o que não tem país
procuram o que está longe aqui ao pé
de nada adianta a sua busca
não vale a pena o esforço e a procura
na noite há uma luz que o ofusca
vivendo ele num tempo que não dura
não pretendo vender a submissão
não fujo como foge um animal
responderei agindo em inacção
de vida interna viva nem sinal
eles saem com seu espúrio resultado
de tentar prender quem a si prende
e resto só em corpo inanimado
que está só morto para quem não entende.
1 comentário:
Adorei!
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