2009/06/16

ainda (e sempre) sem título - versão definitiva

repara-se no processo de nivelação de uma parede...
à distância, os homens usam água que circula livremente numa mangueira transparente e sabem, assim, que o espaço entre os dois pontos marcados pelo líquido é percorrido por uma linha imaginária disposta num perfeito plano horizontal.
provavelmente, todos as situações de equilíbrio implicam oscilações de fluxo análogas.
as coisas, a vida, corre, flui... (apercebo-me de repente que a imagem da mangueira claudica. os rios galgam as margens quando, literalmente, estão para aí virados... decrete-se: o mundo é uma mangueira)...
diziam-me, há pouco, "as escolhas múltiplas é que me tramam". respondi que a vida estava cheia de escolhas múltiplas e que, necessariamente, algumas nos tramam.

(pausa para almoço)
(a pausa transformou-se em pausa para jantar, também)

também respondi que, nalgumas ocasiões, não é mau deixarmos que sejam as escolhas a escolher e "just go with the flow"...
entretanto no clube de cavalheiros+1 discutia-se a noção de qualidade de tempo. concordou-se no papel importantíssimo do factor tempo (quer no plano cosmológico, quer no plano meteorológico)... "é tudo uma questão de ritmos"... entretanto falou-se de guloseimas e, correlativamente, do segredo das bilhas.
(...barro negro, diz-me lá porque razão... lá, lá, lá, lá...)

isto tudo para dizer:
escolhemos coisas (saber escolher é sensato), mas também podemos ter uma influência muito grande na forma de vivermos aquilo que vivemos, quer o escolhamos ou não. saber dar a tonalidade certa ou feliz ou agradável às coisas que vivemos não é sensato, é artístico. poder fazê-lo é pura sorte, suponho.

nota mental: analisar o tom egocêntrico da canção "love song", dos the cure.

1 comentário:

Anónimo disse...

Thank you for the best year of my adult life
I love you (pour toujours)