a história do outro tipo em lagos... há muitos anos que não ouvia falar nisso.
em poucas palavras:
o pessoal, em lagos (all-garb), costumava colocar fios, cordões, "boltas" de ouro na imagem de um santo qualquer, na procissão.
um dia, um espertalhão convenceu o povo de que, para dar maior dignidade à função, ele deveria levar a cavalo a imagem ourificada do santinho. o problema foi ele se antecipou ao restante cortejo de forma irremediável... a frase marcante (se fosse só uma piada poder-se-ia falar de punch-line) foi proferida enquanto o tratante fugia com o santo:
- olha o nosso santo... QUANTO MAIS LONGE, MAIS LUZE!
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podemos analisar esta história sob o prisma da anisotropia da representação. mas a questão pode ser extrapolada para para a dimensão temporal (anisocronia da representação - tese minha).
li ontem na diagonal (um portátil numa cama nem sempre é cómodo) a seguinte frase:
you should only look back when the view is pretty.
o poder da memória. o filtro da memória.
há situações ofuscantes por natureza. um momento (ao momento) simplesmente belo. todos nós já passámos por momentos em que temos a consciência de que a vida nunca será melhor do que aquilo.
mas a questão supra é pertinente (pode não ser, mas não tenho mais nada para fazer). imagina-se que "quanto mais longe mais luze", sendo aqui o longe aplicado ao tempo...
compreendo que, muitas vezes, os "bons velhos tempos" só são bons porque são velhos.
também compreendo que se pode ficar preso ao passado.
é e não é o meu caso.
3 comentários:
Pois é, tens razão! "preso ao..."
🦋❤️
Da publicação, ao dia de hoje, passaram mais de 13 anos. Impressionante.
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