2009/12/14

só para não me esquecer...

disse já muitas vezes (talvez aqui, antes, também) que a forma como entramos no mar ou como arrancamos um penso-rápido (aguentando devagar ou num movimento rápido) dizia muito, ou, pelo menos, dizia algo sobre o temperamento de uma pessoa.
como hoje até estou um bocadinho mais terceira via, apercebi-me que há uma possibilidade muito interessante:
há quem se concentre noutra coisa e nem sequer se aperceba da existência do penso-rápido, que acaba por sair num momento indeterminado. e é perfeitamente possível (já me aconteceu) estarmos a falar com uma mulher bonita e nem nos apercebermos que estamos já dentro de água (sim. até a área entre a genitália e o umbigo passa despercebida, neste sentido. se a mulher for mesmo bonita ou tiver um pormenor qualquer (fazer lista um dia destes) que seja mais interessante, esta coisa da genitália pode tornar-se presente).
e repare-se que eu nem disse que esta concentração em outra situação era intencional. pode acontecer. acontece. aconteceu-me, já. agora mesmo. apesar de nem praia nem penso. aliás, eu evito pensar: não estou habituado e canso-me muito.
enfim... é para desenvolver noutro dia.

afinal não pensei nisto por estar em dia de 3ª-via... esta expressão é muito expressiva para um tipo (doente) como eu, que não consegue conter um sorriso (apesar de muito bem dissimulado, disseram-me) no contexto da conversa que a seguir se apresenta, e cujo tema era, tão somente, polvo:
eu - não gostas?
ela - não.
eu - olha que estás a perder uma coisa excelente.
ela - acredito. mas acho que sabe a plástico.
eu - ... não tenho comido plástico ultimamente.
ela - tu percebes... aliás, só experimentei uma vez...
eu - há um polvo muito bom no restaurante X... tens que dar ao bicharoco outra oportunidade.
ela - quer dizer... posso ter provado no sítio errado. já não sei bem como é a sensação, mas lembro-me de não ter gostado.
eu - (hummm)... é isso... deves ter experimentado no sítio errado(*).
ela - pois, não sei.

* esta frase, ao momento, na minha cabeça, tinha três diferentes níveis semânticos. agora tem quatro.

1 comentário:

Anónimo disse...

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