2011/03/01

after nun

- estive a trabalhar num colégio de freiras.
- (não me importava nada de trabalhar num colégio de freiras)

tenho, neste momento, a cabeça a fervilhar. assisti, dentro de um contexto de lazer activo, a dois programas de televisão completamente diferentes mas igualmente esclarecedores. aprendi muito.
os programas foram: coisas sobre cavalos, acho que se chama "três andamentos", na 2, e um programa de entrevistas na Q (pois. aqui em casa somos meo) com a fernanda câncio. neste, a dita senhora entrevistava andré pereira bastos a propósito da situação dos ciganos em portugal.
à laia de prelúdio, dei por mim a imaginar o quão freak seria oferecer a pessoas que venham cá a casa coisas como:
- queres um capilé?
- capilé? a sério?
- i'll spike mine with vodka.
- sure. i'll have the same.
(o facto de a língua mudar a meio do diálogo faz todo o sentido, i.e., não me causa estranheza nenhuma, que é a mesma coisa.)
comecemos, ao contrário do que wittgenstein recomendaria, pelo fim.
a ser verdade aquilo que se diz por aí de que a câncio era a coisinha do nosso PM tenho a dizer o seguinte: ela é toda toda fodível na versão à bruta. aquele tom de voz, aquela forma de insistir sobre um ponto de vista, fazendo tábua rasa do ponto de vista do interlocutor, com aquela lata... mas deve ser mais o tom de voz, acho eu.
a avaliar pelo que sei, o nosso PM é muito capaz de isso assim à bruta. e parece que se prepara para o continuar a fazer a uma carrada de gente, eu incluído. sim, que eu leio jornais (praticamente só os suplementos do público à sexta feira). quando tenho um jornal por perto gosto de ver as gordas (algumas gordas são muito susceptíveis. prefiro disfarçar escondendo-me atrás do jornal).
para quem não sabe quem é andré pereira bastos, fica a indicação de que é antropólogo e que é especialista sobre minorias étnicas em portugal, mormente ciganos. no contexto que aqui me traz, a saber, a conversa com a dita senhora, este senhor revelou uma paciência digna de registo. aliás, nem sei se é bem paciência aquilo, dado que, a certo momento, o tratamento pelo nome próprio "ó fernanda..." me levou a crer que partilhávamos uma ou duas opiniões... e eu não sou (pelo menos sempre e assim) tão paciente.
revelou outras coisas. nomeadamente uma candura que ia muito bem com o look.
e a frase, uma verdadeira pérola:
"eu sou um cientista social, não lido com indivíduos."
voltando atrás, e passando a redundância, não estava, eu, naquele momento, a ver a câncio como um indivíduo.
o nariz da câncio provoca-me alusões sortidas (alusões sortidas também ocorrem aos rapazes, durante a noite, por alturas da mudança da voz).

(pausa para telefonema)
(a desenvolver)
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(desenvolvimento após o jantar)

faltará falar do "3 andamentos", presumo... se calhar tem mesmo que ser.
por muito linda que seja a abordagem rectal, para efeitos de palpação, dos ovários dos equídeos, achei particularmente interessante a colheita de sémen dos garanhões.
sempre tinha pensado neste processo a partir do ponto de vista da lei natural e da presumível injustiça para com a fêmea de ocasião... mas hoje percebi que, pelo menos naquele local, melhor, naquele caso, dado que a referência ao local, especificamente, pode levar a enganos (e leva), naquele caso, dizia, recorre-se a uma fêmea específica que "em virtude de uma deficiência hormonal, se encontra permanentemente com o cio". a minha noção de lei natural, e, subsequentemente, de justiça natural, alterou-se muitíssimo com esta informação. quase que dei por mim a antropomorfizar aquela irremediável insatisfação crónica.
(conheço pessoas que antropomorfizariam outras coisas caso tivessem visionado a cena referida acima) 

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entremeadamente:
algures perto de um sítio muito conhecido, tipo museu "grão vasco" ou bar "varão gasto", "barão casto"ou coisa parecida, alguém descobriu que afinidade era quando 2 estavam a fim de...

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pedagogia pro bono:
- como se chamava a namorada do john lennon?
- yoko ono.
- como é que isso se escreve?
- assim: YO COJONO
- ok.


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