2010/11/29

behind the green door

é este o título.
não só deste post, mas do filme pornográfico que mais me impressionou/impressiona na vida.
talvez o tenha visto em idade precoce (vi, de certeza... tinha menos que 34 anos quando o vi...), talvez nunca o tenho visto com a atenção que merece (ou que não merece)...
o importante é que vi!
vi o que estava atrás da porta verde!

as portas têm o seu quê de fodidas! se as há que são de materiais transparentes ou translúcidos esse não é o caso da do filme. assim sendo, só se poderia ver o que estava atrás da porta verde abrindo a porta. e nunca se sabe o que está atrás de uma porta deste tipo (há um exercício que me ocorre e que tem a ver com portas e tigres e coisas dessas, mas não vem (viria, mas eu é que mando aqui) ao caso agora).
no caso do filme, aquilo que está atrás da porta verde é algo simultaneamente intenso, estimulante, ainda que grotesco. seja positivo ou negativo, o importante é a possibilidade do acesso. melhor, do acesso propriamente dito.
eu sei.
eu vi.
eu vi o que nunca tinha visto. em alguns casos, feliz ou infelizmente, vi o que nunca voltei a ver.
eu abri a porta. e o facto de, eventualmente, não estar preparado para a abrir tornou-se pouco importante após a abertura: passei a estar.
e isto é um acontecimento digno de registo na minha vida. quanto mais não seja para me lembrar do tempo em que eu fazia isso (abrir portas, entenda-se... que ver filmes porno... não interessa...). e isto independentemente da cor da porta e da sua simbologia.

pode-se pensar que, em alguns casos, abrir uma porta será semelhante a abrir a caixa de pandora. eu não vou por aí... na mesma altura em que vi o filme da porta verde pela primeira vez eu tinha uma gata siamesa chamada pandora. a caixa dela era cor de pinho, não era verde.
foi atropelada. a gata.

na mesma época vi uns 3 ou 4 filmes suecos de que não me lembro mas que sei que eram muito bons. clássicos dentro do género.
a vida é feita destas coisas todas.

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