navego em reticência, em neblina,
a nau periclitante no asfalto.
para dobrar em pele de mulher-menina
o imenso cabo do sobressalto.
um doce sorriso como guia
ou outra corporal constelação,
leva-me no encanto até ser dia.
em oscilante embalo a embarcação...
invente-se uma praia de areia
dourada num inverno de calor!
cante-se o canto da sereia
e regresse-se de novo ao torpor.
e já em terra firme registar
a inscrição nos tomos de história:
que desta nobre arte de marear
jamais se possa perder a memória.
1 comentário:
Gosto.
CZ
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