as palavras que, de fáceis, eram nada
não couberam na planície desse olhar
e o estio de água tensa represada
de sal e praia e pedra fez-se mar
o balanço de cabelo e ventania
deram para inventar um folhetim
tu sorriste da parte que te cabia
eu resisto à parte que me cabe a mim.
em dilemas de amizades partilhadas
partilhámos o prazer de uma cerveja
e a todo o povo demos gargalhadas
das migalhas de um chão que não desejas
ante um espreguiçar de veraneio
marcado para o poente o recomeço
nada como o costumeiro devaneio
sim, eu sei, não disse tudo... eu não me esqueço.
a primavera acaba com a morte de uma andorinha
amar 1 dia ( júlio capicua)
2 comentários:
Que bonito poema.
Como dizia outro poeta: "Quero que saibas que ainda não te disse nada".
chamar a "estas coisas" poemas é elogiozixagerado.
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