Nestas mãos que não são minhas, encerro os teus sons de maresia, livres de amarras, livres de elos unificadores, livres daquilo que nos fazia da aventura legítimos cantores. Nestas mãos encerro as horas que não quero perder e escondo no rebordo da máquina do tempo, que teimo em usar como se de mim fosse extensão, o tempo que perdi, antes de o conseguir vender em leilão. No reflexo da minha guitarra preta a possibilidade de transpor essa janela e voar bem para lá do que encerro atrás dela.
4 comentários:
A bela guitarra preta.
Anamar
Estas mãos que não são minhas
Nestas mãos que não são minhas,
encerro os teus sons de maresia,
livres de amarras,
livres de elos unificadores,
livres daquilo que nos fazia
da aventura legítimos cantores.
Nestas mãos encerro as horas
que não quero perder
e escondo no rebordo da máquina do tempo,
que teimo em usar como se de mim fosse extensão,
o tempo que perdi,
antes de o conseguir vender em leilão.
No reflexo da minha guitarra preta
a possibilidade de transpor essa janela
e voar bem para lá do que encerro atrás dela.
Carmen Zita Ferreira
17 de Abril de 2006
Bela guitarra...belo poema o da Carmen.
Não eu, não o outro, não aquele som, não o silêncio...a existência que eu ocupo para além de mim mesma.
: )
afinal isto é mais "me" do que parece...
belíssimos(as).
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