2006/05/18

but not mário de sá carneiro

não tenho rigorosamente nada a dizer... nada que seja relevante para a minha ou qualquer outra vida.
disseram-me que eu sou um caso de sucesso.
respondi que nunca tinha tomado uma decisão na minha vida.
podia decidir deixar de querer fazer ou dizer coisas que me estão, por definição, vedadas.
porquê insistir?
porquê querer?

o querer ficar deitado num quarto de hospital numa neura infinita fica mal em indivíduos oriundos da classe operária.
eu deveria querer ser rico ou poderoso ou ter um bmw ou ser redundante, mas não, tinha de ser do modo mais difícil.

2 comentários:

Anónimo disse...

um texto com muita classe. a sério!

(não sei se a minha opinião conta.)

me disse...

ó chefe, você acabou de quebrar a maizoumenos única regra deste berlogue, a saber, indicar se se fala a sério ou não. não se incomode, que as pouquíssimas pessoas que aqui vêm sabem distinguir (ou, se não sabem, deviam saber).
já agora, a sua opinião conta muitíssimo, mas isso não vem pó caso.