2009/09/08

co-naturalidade

e é neste momento de lua alta que ele se lembra, mesmo nunca o tendo esquecido:
a extraordinária capacidade de ela o surpreender na sua beleza, sempre igual e sempre diferente, como bela que era.
ela sabia-o.
ele sempre o soube.
ela não se lembrava dele nos anos oitenta.
ele acabara de nascer.
e qualquer coisa disso coube num abraço que, após tantos anos, parecia de sempreagora.

e, acto contínuo, foram comer lulas grelhadas... uma espécie de homenagem a um homem que nunca fumou um cigarro. geralmente fumava vários ao mesmo tempo.

passar-se-iam anos até se reencontrarem de novo.
nada mais natural, podemos nós, agora, reconhecer. agora é fácil.

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