2008/12/31
2009
que seja o melhor possivel per tutti.
que seja realmente vivido, apreciado, tomado, fruído, espremido, realizado, experienciado, potenciado, sonhado, cumprido, sentido, desejado... coiso.
é só um número presente num dos muitos calendários possiveis, mas que se lixe.
que seja realmente vivido, apreciado, tomado, fruído, espremido, realizado, experienciado, potenciado, sonhado, cumprido, sentido, desejado... coiso.
é só um número presente num dos muitos calendários possiveis, mas que se lixe.
2008/12/30
local news
Z.E. foi encontrado morto na sua casa, onde já era cadáver há vários dias. desconhece-se a causa da morte.
penso em gelados versus ginginhas, bailaricos, calças vincadas à boca-de-sino, o carro da amante, "... sacaninha e/ou dançarino".
se calhar morre-se sempre sozinho.
penso em gelados versus ginginhas, bailaricos, calças vincadas à boca-de-sino, o carro da amante, "... sacaninha e/ou dançarino".
se calhar morre-se sempre sozinho.
logo se vê
podemos só repetir a frase, sem outro qualquer apelo... muda-se a entoação, é só.
e, por vezes, as coisas acontecem, e nada tem a ver com charme ou encanto natural.
é "aquele" momento.
e, por vezes, as coisas acontecem, e nada tem a ver com charme ou encanto natural.
é "aquele" momento.
the tale of the absent mare
até faz sentido. afinal até vi, de longe, a R. mas não me apeteceu (expressão vil, neste contexto) falar com ela. morreu-se-lhe o pai e isso... enfim.
opta-se por este café para esperar. está a começar um jogo do liverpool (piscinadefigado?) e pedi chá verde.
tenho por companhia "o jogo preferido", do cohen, para reler...
ou talvez para me lembrar que:
- não é um jogo.
- ultrapassa as preferências pessoais.
uma coisa cósmica qualquer...
espera-se. espera-se mesmo quando nem a esperança se espera.
"não são as minhas acções que conferem um atestado de validade às minhas palavras, é o meu sofrimento" (cito-me)... redundância latente: as minhas palavras dizem o meu ser. eu digo a verdade... a minha, logo, a verdade.
relê-se. a impossibilidade que tenho de ler na diagonal o que quer que seja tem, como compensação, a impossibilidade de, de facto, reler. é sempre "a primeira vez". na admirável obra pré-cinematográfica " 30 maneiras de foder" duvido que esteja incluída a de "foder como se lê" (agora que penso nisso, já tenho fodido na diagonal).
reencontram-se notas e sublinhados (a minha eterna falta de respeito pelos autores, edições...) e verifica-se que se mantém uma linha de continuidade que confere sentido. "it all makes sense".
ou, provavelmente, nada faz sentido.
vivamos!
____________________________
qualquer coisa como um incontido orgulho quando vemos alguém a atravessar a rua dirigindo-se a nós.
____________________________
a "arte de não fazer planos" pode ser confundida com a "arte de desesperar de forma controlada". nenhuma delas pode ser confundida com a "arte de viver".
opta-se por este café para esperar. está a começar um jogo do liverpool (piscinadefigado?) e pedi chá verde.
tenho por companhia "o jogo preferido", do cohen, para reler...
ou talvez para me lembrar que:
- não é um jogo.
- ultrapassa as preferências pessoais.
uma coisa cósmica qualquer...
espera-se. espera-se mesmo quando nem a esperança se espera.
"não são as minhas acções que conferem um atestado de validade às minhas palavras, é o meu sofrimento" (cito-me)... redundância latente: as minhas palavras dizem o meu ser. eu digo a verdade... a minha, logo, a verdade.
relê-se. a impossibilidade que tenho de ler na diagonal o que quer que seja tem, como compensação, a impossibilidade de, de facto, reler. é sempre "a primeira vez". na admirável obra pré-cinematográfica " 30 maneiras de foder" duvido que esteja incluída a de "foder como se lê" (agora que penso nisso, já tenho fodido na diagonal).
reencontram-se notas e sublinhados (a minha eterna falta de respeito pelos autores, edições...) e verifica-se que se mantém uma linha de continuidade que confere sentido. "it all makes sense".
ou, provavelmente, nada faz sentido.
vivamos!
____________________________
qualquer coisa como um incontido orgulho quando vemos alguém a atravessar a rua dirigindo-se a nós.
____________________________
a "arte de não fazer planos" pode ser confundida com a "arte de desesperar de forma controlada". nenhuma delas pode ser confundida com a "arte de viver".
2008/12/29
enrolando cigarros...
- nunca te preocupas que o teu blog seja visto, ou o possa ser, por pessoas que não o devam ver?
- não percebi...
- pode acontecer, as pessoas verem...
- não, não me preocupo.
- a sério?
- pá... é a internet!
(pausa)
- tu, às vezes, és impossivel...
- não sou nada... sou apenas improvável. queres melão?
- não percebi...
- pode acontecer, as pessoas verem...
- não, não me preocupo.
- a sério?
- pá... é a internet!
(pausa)
- tu, às vezes, és impossivel...
- não sou nada... sou apenas improvável. queres melão?
memento
não tenho fé nenhuma nestes testes médicos que ando a fazer... afinal de contas, eu sei perfeitamente.
razão tem B. quando me diz "se tu te satisfizesses com menos, se quisesses menos da vida..."
foda-se para isto. apetece-me dizer tantas coisas sobre esta frase que nem quero começar...
_________________________
após uma breve (mas recorrente) auto-análise, cheguei à conclusão de que até nem sou assim tão complicado. o facto de o processo que levou a esta conclusão não ter sido nada simples não retira verdade ao que é afirmado.
_________________________
reler cohen... constatar que os sublinhados vão na 3ª leva, 3ª abordagem, 3º ponto-de-vista... algumas frases mantêm-se, outras tornam-se incompreensíveis, outras ainda tornam-se assustadoras.
sobre o jogo preferido ser o amor confrontar com n reportagens sobre crianças e bombas, granadas, morteiros, balística variada encontrada por acaso.
nada disto faz sentido...
culpa?
razão tem B. quando me diz "se tu te satisfizesses com menos, se quisesses menos da vida..."
foda-se para isto. apetece-me dizer tantas coisas sobre esta frase que nem quero começar...
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após uma breve (mas recorrente) auto-análise, cheguei à conclusão de que até nem sou assim tão complicado. o facto de o processo que levou a esta conclusão não ter sido nada simples não retira verdade ao que é afirmado.
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reler cohen... constatar que os sublinhados vão na 3ª leva, 3ª abordagem, 3º ponto-de-vista... algumas frases mantêm-se, outras tornam-se incompreensíveis, outras ainda tornam-se assustadoras.
sobre o jogo preferido ser o amor confrontar com n reportagens sobre crianças e bombas, granadas, morteiros, balística variada encontrada por acaso.
nada disto faz sentido...
culpa?
justitiae
"o adjunto nem devia permitir isso..."
estes tipos passam a hora de almoço a falar de trabalho, a discutir merdas destas... às vezes é bola ou carros. gajas nem tanto.
afinal, nem todos podem ter a minha sorte.
estes tipos passam a hora de almoço a falar de trabalho, a discutir merdas destas... às vezes é bola ou carros. gajas nem tanto.
afinal, nem todos podem ter a minha sorte.
marvel kleenex
- já não tenho!
- vou já...!
- "e agora, quando o big man vier limpar o rabo ao homem-aranha, ele vai espalhar teias para ir a voar lutar contra os bandidos que é uma coisa bué fixe e ele é forte e rápido..."
- vou já...!
- "e agora, quando o big man vier limpar o rabo ao homem-aranha, ele vai espalhar teias para ir a voar lutar contra os bandidos que é uma coisa bué fixe e ele é forte e rápido..."
sopa (com referências culturais extemporâneas)
...
- "não quero mais"? tão panisgas! tão panisgazinho! espinafre. espinafre é d'homem. creme é d´homem, também. "não quero mais" é tão paniiiisgas... outra colherzada. outra colherzada é d'homem. "não quero mais" é tão panisgas. agora outra. isso. assim é d'homem...
(vómito abundante. digamos, saiu o que entrou)
- aaaaaaaaaaa.. gregório é d'homem. isto um gajo... coiso... é d'homem...
- eu disse-te que não queria mais, pai.
- "não quero mais"? tão panisgas! tão panisgazinho! espinafre. espinafre é d'homem. creme é d´homem, também. "não quero mais" é tão paniiiisgas... outra colherzada. outra colherzada é d'homem. "não quero mais" é tão panisgas. agora outra. isso. assim é d'homem...
(vómito abundante. digamos, saiu o que entrou)
- aaaaaaaaaaa.. gregório é d'homem. isto um gajo... coiso... é d'homem...
- eu disse-te que não queria mais, pai.
2008/12/23
blá, blá, blá...
tenho andado pelos arquivos (em alguns casos e com algum exagero... ruas da amargura). apercebo-me de alguns erros ortográficos. é a eterna mania de fazer só um take de tudo.
mas não é importante, isso.
mas não é importante, isso.
2008/12/22
pré-sinttesitador
- olá. como está? bem disposto?
- bom dia, tudo bem? bem... suponho que não esteja...
- pois, se estivesse tudo bem estaria agora a andar de bicicleta...
- bom dia, tudo bem? bem... suponho que não esteja...
- pois, se estivesse tudo bem estaria agora a andar de bicicleta...
2008/12/18
unclean murder
isto deve ser da idade...
isto um tipo conhece uma canção há 20 anos, sabe assim aquilo tipo de cor e isso, e pronto, a coisa dá-se... varre-se o poema da cabeça. (esta também é uma frase com uma certa poesia)
agravantes:
fuma-se apesar da bronquite.
fuma-se apesar da bike nova.
atenuantes:
a frase não é fácil, põe-se muito a jeito para ser esquecida ("we're both of us beneath our love, we're both of us above").
holofotes nos olhos. o público é no escuro. o escuro assusta, é onde vivem os monstros maus.
feed-back positivo. sacar da net o original, cantarolar pelo átrio...
isto um tipo conhece uma canção há 20 anos, sabe assim aquilo tipo de cor e isso, e pronto, a coisa dá-se... varre-se o poema da cabeça. (esta também é uma frase com uma certa poesia)
agravantes:
fuma-se apesar da bronquite.
fuma-se apesar da bike nova.
atenuantes:
a frase não é fácil, põe-se muito a jeito para ser esquecida ("we're both of us beneath our love, we're both of us above").
holofotes nos olhos. o público é no escuro. o escuro assusta, é onde vivem os monstros maus.
feed-back positivo. sacar da net o original, cantarolar pelo átrio...
2008/12/16
inspiração
Out - side, gets inside, ooh, through her skin.
I've been out before, but this time it's much safer in.
Last night, in... the sky, ooh, such a bright light.
My radar send me danger, but my instincts tell me to...
Keep breathing
Breath-ing - Breathing my mother in
Breath-ing - My beloved in
Breath-ing - Breathing her nicotine
Breath-ing - Breathing the fall-out in
out in - out in - out in -
out in - out in - out in -
We've lost our chance, we're the first and last, after the blast
Chips of plutonium are twinkling in every lung
I love my beloved, all and everywhere.
Only the fools blew it, you and me know life itself is breathing
my head is full of junk that, sometimes, makes sense. that´s why i rapinate os líricos à tia kate.
2008/12/15
2008/12/13
tosh cash tocha flash (take 2)
o blogger tá coiso e isto parace que me apagou um texto enorme...
nevermind, fica só a primeira linha, que é importante...
lembrete:
gravar aquela (reggae mood) interpretação de "ring of fire".
foda-se
nevermind, fica só a primeira linha, que é importante...
lembrete:
gravar aquela (reggae mood) interpretação de "ring of fire".
foda-se
2008/12/12
i'm in a very good mood...
e anda-se por aí, a rir e coiso... é-se mais tolerante, mais "coompreensivo"...
ocorre-me qualquer coisa, melhor, uma coisa qualquer, sobre estados disposicionais. acho que subsiste uma desadequação entre o que se quer e o que se pensa que se quer, mas isso é como tudo na vida (estou convicto que tudo, na vida, é portador de uma qualquer determinação qualificativa comum... assim tipo "vital", mas com significado específico e mais esclarecedor).
a clareza é sobrevalorizada! não complicar parece ser a palavra de ordem. (nota: "cala-te e chupa" também pode ser uma ordem. ordem engraçada, acho eu)
acabei de apresentar um software de conversão texto-voz (ou texto-audio um uma merda assim desta feição...) ó pessoal... potencialidades interessantes. é giro ensinar alguém, mantendo uma expressão minimamente aceitável(?), a escrever "tolinhas" em castelhano: toliñas. (usei 5 vezes esta expressão em toda a minha vida... 2 dessas ocorrências aconteceram hoje)
amália é cármen em espanhol!
ontem diverti-me muito na cantoria (ensaio pá festa de natal)...
não sei bem se o mundo é uma fogueira de vaidades se uma feira de maldades: radiadores de calor, o ressonar como temática erotizante do quotidiano, "shit, now i got a boner", la la la la la la... seja como for, o mundo pode ser um sítio cool. o mundo como referencial objectivo, como património geral.
o mundo de cada um é outra coisa: cada um tem o mundo que pode, que pensa, que lhe calha em sorte, que os medicamentos permitem, que o destino determina, que se pode comprar...
ver d' "a ilha dos 30 caixões"... torrents e isso...
encaixar a ideia de que se vai fazer uma pausa no tabaco e na buída... nem todas as pausas são para balanço.
vou almoçar. é bom, isso. é uma linda tradição portuguesa.
e anda-se por aí, a rir e coiso... é-se mais tolerante, mais "coompreensivo"...
ocorre-me qualquer coisa, melhor, uma coisa qualquer, sobre estados disposicionais. acho que subsiste uma desadequação entre o que se quer e o que se pensa que se quer, mas isso é como tudo na vida (estou convicto que tudo, na vida, é portador de uma qualquer determinação qualificativa comum... assim tipo "vital", mas com significado específico e mais esclarecedor).
a clareza é sobrevalorizada! não complicar parece ser a palavra de ordem. (nota: "cala-te e chupa" também pode ser uma ordem. ordem engraçada, acho eu)
acabei de apresentar um software de conversão texto-voz (ou texto-audio um uma merda assim desta feição...) ó pessoal... potencialidades interessantes. é giro ensinar alguém, mantendo uma expressão minimamente aceitável(?), a escrever "tolinhas" em castelhano: toliñas. (usei 5 vezes esta expressão em toda a minha vida... 2 dessas ocorrências aconteceram hoje)
amália é cármen em espanhol!
ontem diverti-me muito na cantoria (ensaio pá festa de natal)...
não sei bem se o mundo é uma fogueira de vaidades se uma feira de maldades: radiadores de calor, o ressonar como temática erotizante do quotidiano, "shit, now i got a boner", la la la la la la... seja como for, o mundo pode ser um sítio cool. o mundo como referencial objectivo, como património geral.
o mundo de cada um é outra coisa: cada um tem o mundo que pode, que pensa, que lhe calha em sorte, que os medicamentos permitem, que o destino determina, que se pode comprar...
ver d' "a ilha dos 30 caixões"... torrents e isso...
encaixar a ideia de que se vai fazer uma pausa no tabaco e na buída... nem todas as pausas são para balanço.
vou almoçar. é bom, isso. é uma linda tradição portuguesa.
2008/12/11
workstation
(sobre a subjectividade inerente ao termo "decoro")
- alguém me sabe dizer, quantificar, o decoro? por exemplo, quantos centímetros tem que ter uma mini-saia ou um decote?
(excurso teórico de alguns minutos)
(out of the blue, um mecinho:)
- ó professor, doze centímetros é um bom tamanho.
- não sei, mas aconselho-te a não andares por aí pelas discotecas a apregoar isso.
- alguém me sabe dizer, quantificar, o decoro? por exemplo, quantos centímetros tem que ter uma mini-saia ou um decote?
(excurso teórico de alguns minutos)
(out of the blue, um mecinho:)
- ó professor, doze centímetros é um bom tamanho.
- não sei, mas aconselho-te a não andares por aí pelas discotecas a apregoar isso.
2008/12/10
the crying game (revisited)
não, não sei qual é o sentido da vida. não sei qual a melhor forma de ocuparmos este tempo em que tanta coisa (nos) acontece, tanta coisa fazemos acontecer...
as pessoas perdem muito tempo em coisas sem importância. depois perdem tempo a pensar que essas coisas sem importância são a essência de tudo isto e que as coisas que se julgavam importantes não o são, afinal. a ferida do tempo é esta.
o que se faz, o que se sente, o que se pensa... também nada sei sobre isto.
este é um manifesto em defesa de nada.
é antes uma espécie de expulsão de um cálculo não renal mas existencial, via uma espécie (some sort of...) de fluxo discursivo.
não quero saber se, nestas linhas, faço sentido.
estou-me perfeitamente a cagar para a questão do sentido ou para qualquer tipo de preocupação desta laia.
é bom olhar para os bancos de jardim sob o sol de inverno e saber que, algures, sob o mesmo sol e sobre os mesmos bancos, jovens amantes se beijam como para sempre.
2008/12/04
cada um vê o humor como quer
"foi apresentado um pacote para atacar a crise...(1)" - muito lindo
(1) in "os contemporâneos" , agora mesmo.
(1) in "os contemporâneos" , agora mesmo.
abrindo brechas (na paisagem)...
convoca-se o sol a aparecer
no dorso de gaivotas em terra,
nas esquinas das dunas,
nos tempos dos olhos,
nas mãos dos regressos...
no dorso de gaivotas em terra,
nas esquinas das dunas,
nos tempos dos olhos,
nas mãos dos regressos...
2008/12/02
"why summer?" ou "summer salvage"
ideias avulso:
"numa auto-tenda francesa fica bem..."
"lembras-te da chapada de mafra?"
"eu domava-a..." x "eu tirava-lhe aqueles quilos a mais"
..........................................
what would i do if i had just one shot at life?
..........................................
escrevo coisas num caderno hand-made... oh, como estas coisas já conheceram melhores dias. por outro lado, é isto ou improvisar na guitarra, sob a maresia que me destrói o instrumento e a voz, passe a repetição. permaneço, bem de mais...
..........................................
ensinar ao j. o resto da canção "ai portugal, portugal, de qu'é que estás à espera. tens um pé numa galera outro no fundo do mar..."
..........................................
"estas putas inglesas têm boas histórias"... pois, imagino. especialmente aquela que acabava com a frase "the dirtiest bitches i've ever ridden".
"numa auto-tenda francesa fica bem..."
"lembras-te da chapada de mafra?"
"eu domava-a..." x "eu tirava-lhe aqueles quilos a mais"
..........................................
what would i do if i had just one shot at life?
..........................................
escrevo coisas num caderno hand-made... oh, como estas coisas já conheceram melhores dias. por outro lado, é isto ou improvisar na guitarra, sob a maresia que me destrói o instrumento e a voz, passe a repetição. permaneço, bem de mais...
..........................................
ensinar ao j. o resto da canção "ai portugal, portugal, de qu'é que estás à espera. tens um pé numa galera outro no fundo do mar..."
..........................................
"estas putas inglesas têm boas histórias"... pois, imagino. especialmente aquela que acabava com a frase "the dirtiest bitches i've ever ridden".
fora de casa
tento ter a força pra levar o que é meu
sei que às vezes vai também um pouco de nós
devo concordar que às vezes falta-nos a razão
mas nem nego que há razões para nos sentirmos tao sós
vem fazer de conta, eu acredito em ti
estar contigo é estar com o que julgas melhor
nunca vamos ter o amor a rir para nós
como queremos nós ter um sorriso maior
sei que às vezes vai também um pouco de nós
devo concordar que às vezes falta-nos a razão
mas nem nego que há razões para nos sentirmos tao sós
vem fazer de conta, eu acredito em ti
estar contigo é estar com o que julgas melhor
nunca vamos ter o amor a rir para nós
como queremos nós ter um sorriso maior
2008/11/28
il dort
continuo a achar que dormir é uma perda de tempo.
mas o exagero de ignorar ou desprezar aquilo que o corpo pede é de evitar.
mas o exagero de ignorar ou desprezar aquilo que o corpo pede é de evitar.
power-point é o ponto do poder
falava-me a doutora "belos olhos amendoados e mãos incisivas" sobre o pensar e o sentir, relações entre ambos, disfunções, activação e recuperação de funções...
eu a pensar isso e mais do que isso.
papel positivo da contaminação entre pensar e sentir:
- tomada de consciência do que se sente
- eventual ampliação do que se sente
- eventual compartimentação cognitiva do que se sente (obstando, assim, alguns conflitos emocionais)
estar vivo é pensar e sentir o mundo.
se "o inferno são os outros", então, "o que me alimenta destrui-me(1)".
apontamentos sobre mimetismo da expressão emocional:
sabe-se que nós temos a tendência para reproduzir a expressão facial (emocional) do rosto que reconhecemos à nossa frente.
este reconhecimento, isto é, a consciência deste fenómeno, pode e deve levar a um cuidado importante na nossa interacção social (para não falar em plano ou estratégia materializada em alteração no modus operandi, atitude criticável, parece).
apontamentos avulso sobre o uso de ansiolíticos:
eu sei que o vinho tinto (ou branco), as cervejas, bebidas brancas ou verdes ou douradas não são tão potentes quanto isso.
mas tem tudo a ver com a interpretação que se faz dos acontecimentos, sejam eles ameaças (stress), sejam eles a consciência de estados disposicionais de configuração tendencialmente patológica.
eu a pensar isso e mais do que isso.
papel positivo da contaminação entre pensar e sentir:
- tomada de consciência do que se sente
- eventual ampliação do que se sente
- eventual compartimentação cognitiva do que se sente (obstando, assim, alguns conflitos emocionais)
estar vivo é pensar e sentir o mundo.
se "o inferno são os outros", então, "o que me alimenta destrui-me(1)".
apontamentos sobre mimetismo da expressão emocional:
sabe-se que nós temos a tendência para reproduzir a expressão facial (emocional) do rosto que reconhecemos à nossa frente.
este reconhecimento, isto é, a consciência deste fenómeno, pode e deve levar a um cuidado importante na nossa interacção social (para não falar em plano ou estratégia materializada em alteração no modus operandi, atitude criticável, parece).
apontamentos avulso sobre o uso de ansiolíticos:
eu sei que o vinho tinto (ou branco), as cervejas, bebidas brancas ou verdes ou douradas não são tão potentes quanto isso.
mas tem tudo a ver com a interpretação que se faz dos acontecimentos, sejam eles ameaças (stress), sejam eles a consciência de estados disposicionais de configuração tendencialmente patológica.
memória sensorial
eu tenho um blog que se chama "carapaus alimados". indiquei como uma (a) das razões para este nome o facto de nunca ter provado disso. por esta mesma razão, e dado o cariz autobiográfico de coiso, este mesmo blog dever-se-ia chamar "moamba de galinha" ou, num tom mais tarantinico-emocional, "black moamba".
delta
sim, são os edifícios e a luz. o plano geral, não só de água. mas, eventualmente mais do que isso, é a presença de juventude, sonhos e inteligência.
um futuro radioso ou não, mas um futuro ali à espera de acontecer.
este é o presente, o tempo de acontecer.
e é todo o meu mood deste dia. o stress, o controlo de stress, o relaxamento.
"é a interpretação da ameaça do meio que provoca o stress".
pois, mas toda a verdade é interpretação.
um futuro radioso ou não, mas um futuro ali à espera de acontecer.
este é o presente, o tempo de acontecer.
e é todo o meu mood deste dia. o stress, o controlo de stress, o relaxamento.
"é a interpretação da ameaça do meio que provoca o stress".
pois, mas toda a verdade é interpretação.
2008/11/27
2008/11/26
arrival
cheguei agora e estou enjoado. o mardafucker que conduziu o autobus passou-se e decidiu recuperer o tempo não perdido mas mal gerido por ele.
balanço do dia (balanço não é uma palavra bem escolhida, agora):
- sessão de gestão de stress - muito útil e muito cool. partner ocasional surpreendentemente cool.
- conversa com psicóloga especializada em sexologia acerca do conceito de excitação - muito útil, muito cool.
aveiro é sempre aquele campus plano, com bicicletas, estudar e comer a ver água....
(pausa para msn com o antónio)
acho que já dá para ir comer .
balanço do dia (balanço não é uma palavra bem escolhida, agora):
- sessão de gestão de stress - muito útil e muito cool. partner ocasional surpreendentemente cool.
- conversa com psicóloga especializada em sexologia acerca do conceito de excitação - muito útil, muito cool.
aveiro é sempre aquele campus plano, com bicicletas, estudar e comer a ver água....
(pausa para msn com o antónio)
acho que já dá para ir comer .
2008/11/21
morning show
dizia o senhor mário costa, detective-privado, acerca do namoro:
- o sorriso é, talvez, a única arma.
não percebo completamente o sentido da frase, mas acho o sorriso uma arma letal.
- o sorriso é, talvez, a única arma.
não percebo completamente o sentido da frase, mas acho o sorriso uma arma letal.
the times they are a'changing...
o que é que muda quando aquilo que, desde sempre, é difícil (particularmente difícil) se torna familiar, quase natural?
o que é que muda quando o medo se torna uma emoção positiva, boa mesmo?
o que é que muda quando o medo se torna uma emoção positiva, boa mesmo?
reciclagem
through the window, through the village
i suspect of all the certain things,
i neglect the important matters,
but embrace all the future brings.
it's true i always wanted love to be... hurtful.
it's true i always wanted love to be... filled with pain.
(primeira tentativa de sabotagem de obra-de-arte)
i suspect of all the certain things,
i neglect the important matters,
but embrace all the future brings.
it's true i always wanted love to be... hurtful.
it's true i always wanted love to be... filled with pain.
(primeira tentativa de sabotagem de obra-de-arte)
bar code
cansei de estar a olhar para top-models com idade para serem minhas filhas.
biking between bars ain´t as cool as i thought. i mean, it's not bad. it just isn't good.
biking between bars ain´t as cool as i thought. i mean, it's not bad. it just isn't good.
the great white hunter
a minha próstata é o meu fundo baixo de recife de coral: e cada um tem a onda que quer.
dos malefícios da banalização da palavra amor
admito: tanto peço super-bock como peço sagres. não é por indecisão ou indefinição, é porque umas vezes me apetece sagres e outras me apetece super-bock. tenho uma ligeira preferência pelo sabor sagres e pela leveza e embalagem super-bock.
mas, às vezes, peço cerveja.
racionalizando (tenho outros defeitos para além deste):"pondus amore meo est"
(não faço a mínima ideia se a citação está correcta. é só para armar ao pingarelho para dizer "o meu amor é o meu peso")
nota mental: pensar duas vezes antes de dizer que o problema de uma gaja é falta de peso.
mas, às vezes, peço cerveja.
racionalizando (tenho outros defeitos para além deste):"pondus amore meo est"
(não faço a mínima ideia se a citação está correcta. é só para armar ao pingarelho para dizer "o meu amor é o meu peso")
nota mental: pensar duas vezes antes de dizer que o problema de uma gaja é falta de peso.
literatour
a minha forma de googlar imagens dava para escrever um livro, dentro dos livros da especialidade.
e depois há outra coisa: deixem-me sozinho e é uma questão de tempo até fazer merda. como dizia um aluno que não sabia fazer/usar cábulas: "o homem é um animal gregório".
e depois há outra coisa: deixem-me sozinho e é uma questão de tempo até fazer merda. como dizia um aluno que não sabia fazer/usar cábulas: "o homem é um animal gregório".
common ground
raio de país mais a merda das inspecções e avaliações e quejandas...
quem defende a tese de que a fuga às regras é um traço característico e salutar da mentalidade portuguesa deve estar em júbilo.
quem defende a tese de que a fuga às regras é um traço característico e salutar da mentalidade portuguesa deve estar em júbilo.
2008/11/19
ai o catano...
pois, parece que ainda pode sobrar para mim...
assim como não querendo a coisa dei comigo com uma cópia de "mille cherubini in coro" de schubert...
cantava-se na ex-sala de fumadores.
acho bem que se cante na ex-sala de fumadores.
também acharia muito bem que se fumasse.
e depois há coisas importantes ditas a meia-voz, coisas divertidas partilhadamente cúmplices, jogos de poder, jogos de sedução, vaudeville espasmódico e ostensivo...
vou sentir falta de alguma coisa disto.
não vou sentir falta de estar aqui sozinho. ou, se calhar, vou.
assim como não querendo a coisa dei comigo com uma cópia de "mille cherubini in coro" de schubert...
cantava-se na ex-sala de fumadores.
acho bem que se cante na ex-sala de fumadores.
também acharia muito bem que se fumasse.
e depois há coisas importantes ditas a meia-voz, coisas divertidas partilhadamente cúmplices, jogos de poder, jogos de sedução, vaudeville espasmódico e ostensivo...
vou sentir falta de alguma coisa disto.
não vou sentir falta de estar aqui sozinho. ou, se calhar, vou.
2008/11/18
(descansei)
conan doyle
adenda a nobel
prova dos 4
não tem nada a ver: clicar aqui.
errata
breakfast talk
falta de oxigénio no cérebro
FNAT
exaust
vírgula
spina líbida
c'oa mecca
calma gémea
bravata
(3º parágrafo de) mecânica
exotérica, ou as aventuras de um vândalo semi-analfabeto
anil quilate
inexorabilia
quando o diabo me toma de ponta
cordão dunar
vicious circle blues
personal song, IV
santo amaro, águas correntes
interlúdio:
sabe a gelo e invernia
sabe ao pino do verão
sabe a sabor de outro dia
sabe a sabor de ainda não
sabe a noite sabe a sombra
sabe a profundidade
sabe a focinho a tromba
sabe a animalidade
saber de saborear
sabedoria trabalho
sabe a pernas pró ar
sabe a gota de orvalho
sabe a excitação
sabe a nova saciedade
sabe a circulação
sabe a vida a cidade
sabe a frutos do mar
sabe a dunas a areia
sabe a água a marulhar
sabe a força a maré-cheia
sabe a lençol e a fronha
sabe bem sabe depressa
sabe a medo e a vergonha
sabe a mentira a promessa
falta o jargão do gourmet
falta-me o savoir-faire
sabe-me a não sei quê
sabe a uma coisa qualquer...
fim de interlúdio.
claridade
o primado da linha curva
private-joke caipirinha
a sonoridade de uma tautologia
vou ali, já venho
burladero
cergal assault
experiência
subjugadamente convicto
zénitol
i'd rather fuck you
weed out you
a arestia da vida
isto não faz qualquer sentido.
conan doyle
adenda a nobel
prova dos 4
não tem nada a ver: clicar aqui.
errata
breakfast talk
falta de oxigénio no cérebro
FNAT
exaust
vírgula
spina líbida
c'oa mecca
calma gémea
bravata
(3º parágrafo de) mecânica
exotérica, ou as aventuras de um vândalo semi-analfabeto
anil quilate
inexorabilia
quando o diabo me toma de ponta
cordão dunar
vicious circle blues
personal song, IV
santo amaro, águas correntes
interlúdio:
sabe a gelo e invernia
sabe ao pino do verão
sabe a sabor de outro dia
sabe a sabor de ainda não
sabe a noite sabe a sombra
sabe a profundidade
sabe a focinho a tromba
sabe a animalidade
saber de saborear
sabedoria trabalho
sabe a pernas pró ar
sabe a gota de orvalho
sabe a excitação
sabe a nova saciedade
sabe a circulação
sabe a vida a cidade
sabe a frutos do mar
sabe a dunas a areia
sabe a água a marulhar
sabe a força a maré-cheia
sabe a lençol e a fronha
sabe bem sabe depressa
sabe a medo e a vergonha
sabe a mentira a promessa
falta o jargão do gourmet
falta-me o savoir-faire
sabe-me a não sei quê
sabe a uma coisa qualquer...
fim de interlúdio.
claridade
o primado da linha curva
private-joke caipirinha
a sonoridade de uma tautologia
vou ali, já venho
burladero
cergal assault
experiência
subjugadamente convicto
zénitol
i'd rather fuck you
weed out you
a arestia da vida
isto não faz qualquer sentido.
2008/11/14
shit i like about this place
(c(ona)n)
a influência da solha no cubismo
pu e zia
(seria uma canção se...)
carapaus com sebo
phado (já há uma versão posterior, acrescentada)
fiz-te um jeito uma vez
jamais no teu carro
clean cut
existranse
eu sei dizer os "ths"
monumento à amante desconhecida
in constância III
cheque mate
as coisas que tu não sabes
la la la ra la
phalta
normalidade...
(cansei...)
a influência da solha no cubismo
pu e zia
(seria uma canção se...)
carapaus com sebo
phado (já há uma versão posterior, acrescentada)
fiz-te um jeito uma vez
jamais no teu carro
clean cut
existranse
eu sei dizer os "ths"
monumento à amante desconhecida
in constância III
cheque mate
as coisas que tu não sabes
la la la ra la
phalta
normalidade...
(cansei...)
2008/11/13
onanimismo
qualquer dia faço assim uma espécie de top + dos carapaus... há práqui umas tralhas que, juro, nem parece que fui eu que escrevi. à laia de cartão de visita ou... brochura...
ou então faço algo completamente diferente. lanço um best-of. dos mais levezinhos, para ir parar longe.
ou então faço algo completamente diferente. lanço um best-of. dos mais levezinhos, para ir parar longe.
and now for semething completely different:
estive assim coiso a ver isto (nos arquivos) de há 2 anos... novembro de 2006 tem umas merditas cool.
gostei do hiper-poem.
e de outras cenas e comentários e assim.
há outras coisas de que gosto.. no banho...
gostei do hiper-poem.
e de outras cenas e comentários e assim.
há outras coisas de que gosto.. no banho...
2008/11/11
2008/11/10
the sandman is within me
I scare myself just thinking about you
I scare myself when I'm without you
I scare myself the moment that you're going
I scare myself when I let my thoughts run
and when they're running
I keep thinking of you
and when they're running
what can I do?
I scare myself, and I don't mean lightly
I scare myself, it can get frightening
I scare myself, to think what I could do
I scare myself -- it's some kind of voodoo...
and with that voodoo
I keep thinking of you
and with that voodoo
what can I do?
but it's so so very different when we're together
and I'm so so much calmer; I feel better
'cause the stars already crossed our paths forever
and the sooner that you realise it the better
and then I'll be with you and I won't scare myself
and I'll know what to do and I won't scare myself
and my thoughts will run and I won't scare myself
and I'll think of you and I won't scare myself
2008/11/07
muito muito seca (real politik, part CCLVII)
acabo de enviar uma sms com o seguinte conteúdo: "às vezes amo-te"
com-ple-ta-men-te, sin-ce-ra-men-te.
sinto-me bem. a sério, sinto-me bem.
e nem deixarei que a consciência de que esta situação se enquadra na sintomatologia de um problema psiquiátrico grave me faça sentir mal.
sei que isto é o cume radioso que antecede um vale de sombras (cfr. "como tornar-se doente mental", pio de abreu) mas isto em nada diminui o meu orgulhosinho no meu auto-desmame.
estas coisas (estas reuniões) são assim tipo pirâmide.
juro que até há uma ou duas mulheres muito interessantes.
carapaus perdidos em documento sobre o qren que, acho, farão sentido mesmo depois do quadriénio 2007-2011.
com-ple-ta-men-te, sin-ce-ra-men-te.
sinto-me bem. a sério, sinto-me bem.
e nem deixarei que a consciência de que esta situação se enquadra na sintomatologia de um problema psiquiátrico grave me faça sentir mal.
sei que isto é o cume radioso que antecede um vale de sombras (cfr. "como tornar-se doente mental", pio de abreu) mas isto em nada diminui o meu orgulhosinho no meu auto-desmame.
estas coisas (estas reuniões) são assim tipo pirâmide.
juro que até há uma ou duas mulheres muito interessantes.
carapaus perdidos em documento sobre o qren que, acho, farão sentido mesmo depois do quadriénio 2007-2011.
2008/11/06
gajas em castelo
dizia eu quando as mecinhas, nos bailaricos, estavam sentadas em sítios inacessíveis por via da colocação estratégica de mães, tias, primas velhas, etc... tornando difícil a abordagem.
abordagem é um termo náutico. os navios têm bordo. mas torna-se obviamente desnecessária a indicação de que o cerco, modo do tomar um castelo, seria impossivel no caso supracitado.
abordagem é um termo náutico. os navios têm bordo. mas torna-se obviamente desnecessária a indicação de que o cerco, modo do tomar um castelo, seria impossivel no caso supracitado.
ditado popular
aquele que está preso em casa é o que mais olha pela janela. o gafanhoto salta salta salta, às vezes voa voa voa...
pietá
and the jester turned to the Lord and spoke: "let me dwell with your servant and i shall offer you magnificent things". and the Lord sat the jester in Her lap and told him: "behold the greatness of the world. not in your entire life you could grasp que amazing wonder of what awaits you from your obedience". the jester pulled Her hair in conscience of his first mistake wich was of asking for permission to the Lord.
the Lord, while juggling with Beauty, roared trough the open skies: "you may dwell with my servant and i shall not take magnificent offerings from you. i shall merely take yourself."
"not so cool", the jester replied.
versão alternativa (ou quando se escreveu o anterior pretendia escrever-se):
foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, puta que pariu esta merda toda ó o caralho, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se.
the Lord, while juggling with Beauty, roared trough the open skies: "you may dwell with my servant and i shall not take magnificent offerings from you. i shall merely take yourself."
"not so cool", the jester replied.
versão alternativa (ou quando se escreveu o anterior pretendia escrever-se):
foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, puta que pariu esta merda toda ó o caralho, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se, foda-se.
2008/11/04
não é oficial,
mas, neste momento,tenho que fazer uma pausa de 5 minutos.
tenho a cabeça a a fervilhar/estalar (riscar o que não interessa); estou a corrigir testes; estou a avaliar o carácter premonitório da primeira frase que disse hoje ("o dia ainda me vai correr mal, tenho uma canção dos abba na cabeça"); estou a tomar consciência de que o dia nem me correu mal (ainda nem sequer acabou, catano!)...
o álbum de família desta semana, na radar, é o "it'll end in tears"... fui assaltado de repente (a minha forma menos preferida de ser assaltado) pela canção "song to the siren"... foi assim tipo uma espécie de final blow.
a rita redshoes dizia-me há pouco, enquanto cantava uma canção de amor: "do i have to save your soul?"
ó pá... ritinha... digamos assim a modos que.. sim, tens. é meio coiso mas tem que ser.
durante anos tive dúvidas acerca da forma correcta: tem que ser ou tem de ser. perguntei uma vez ao jp e ele disse-me que a forma correcta seria tem de ser. mas eu, que até leio a flash, a caras e algumas edições mais grossas, encontro quase sempre em fernando pessoa a fórmula tem que ser. acho esta (sempre achei) mais forte.afinal, é o que tem que ser que tem muita força.
as frases "tu és parvo" e "tu és doido" não me ofendem. confesso que retiro um certo prazer da sua expressão. dizia d. murcho, hoje, no público, que só se ofende quem vê uma ponta de verdade no insulto. as frases supra não me ofendem, mas têm muito mais do que uma ponta de verdade. mas deve depender de que as profere (digo eu) pois a minha reacção pode ser mais aguda do que eu pensaria.
essas frases podem ser pontiagudas.
já passaram 9 minutos e isto não pode ficar para amanhã. trabalho. é a vida. tom sawyer dixit: não guardes para amanhã o que podes guardar para depois de amanhã. mas ter trabalho é cool e isso.
tenho a cabeça a a fervilhar/estalar (riscar o que não interessa); estou a corrigir testes; estou a avaliar o carácter premonitório da primeira frase que disse hoje ("o dia ainda me vai correr mal, tenho uma canção dos abba na cabeça"); estou a tomar consciência de que o dia nem me correu mal (ainda nem sequer acabou, catano!)...
o álbum de família desta semana, na radar, é o "it'll end in tears"... fui assaltado de repente (a minha forma menos preferida de ser assaltado) pela canção "song to the siren"... foi assim tipo uma espécie de final blow.
a rita redshoes dizia-me há pouco, enquanto cantava uma canção de amor: "do i have to save your soul?"
ó pá... ritinha... digamos assim a modos que.. sim, tens. é meio coiso mas tem que ser.
durante anos tive dúvidas acerca da forma correcta: tem que ser ou tem de ser. perguntei uma vez ao jp e ele disse-me que a forma correcta seria tem de ser. mas eu, que até leio a flash, a caras e algumas edições mais grossas, encontro quase sempre em fernando pessoa a fórmula tem que ser. acho esta (sempre achei) mais forte.afinal, é o que tem que ser que tem muita força.
as frases "tu és parvo" e "tu és doido" não me ofendem. confesso que retiro um certo prazer da sua expressão. dizia d. murcho, hoje, no público, que só se ofende quem vê uma ponta de verdade no insulto. as frases supra não me ofendem, mas têm muito mais do que uma ponta de verdade. mas deve depender de que as profere (digo eu) pois a minha reacção pode ser mais aguda do que eu pensaria.
essas frases podem ser pontiagudas.
já passaram 9 minutos e isto não pode ficar para amanhã. trabalho. é a vida. tom sawyer dixit: não guardes para amanhã o que podes guardar para depois de amanhã. mas ter trabalho é cool e isso.
2008/11/01
2008/10/29
dementia
hoje foi um dia mais ou menos.
o problema dos dias mais ou menos é o de não possibilitarem uma disjunção real: são, de facto, assim, "mais ou menos", ou, com maior rigor "maisoumenos".
a expressão "chorei chorei a rir" fará sentido?(1)
olho para o "programa municipal de pedestrianismo" e penso sobre o assunto. pensar sobre o assunto remete para uma espécie de sobrevôo(2), um planar por cima (tem a vantagem da visão panorâmica. em verdade, nem sempre tem). longe de mim pensar "o" assunto. pensar "no" assunto torna-se, por vários motivos, inviável.
ultimamente ando mais assertivo. decisões e assim. gosto disso, dessa sensação. por exemplo, decidi fazer uma coisa amanhã. pensei q.b. e decidi. claro que pode correr mal, mas a vida (parece-me) é mesmo assim. é a vida, diz-se quando corre mal. quando não se quer dizer nada também se diz é a vida.
coisa importante?, poder-se-á perguntar... sim e não. é importante se o tronco de uma árvore continua a resistir a uma corrente que lhe arrancou, de si, a própria árvore?
(dizem-me que não percebem algumas coisas que escrevo aqui. compreendo isso. compreendo a sensação de não perceber algumas coisas que escrevo aqui)
J. está a passar um mau bocado. já suportou algumas fortes mas esta não sei se dá para aguentar. e isto não tem nada a ver.
e apetece-me:
i've traveled far, i've traveled fast
just to get to this day
and you, you've been so sad
for all these years
please don't be sad with me
cause you are a sailor
and i am the sea
you've walked on dry, dry land and now live underneath
with me and all my crazy friends who don't care much for me
well you drive the corner with me in the passenger seat
just drive until the gas runs out with the sand underneath our feet
forget about our familes
and everything the music brings
just dance beneath the moon and stars
only wine passes our teeth
cause you are a sailor
and i am the sea
you've walked on dry, dry land and now live underneath
with me and all my crazy friends who dont care much for me
you are my sailor, you are my sailor
and i am the sea, i am the sea
(1) não tem erro
(2) confrontar com giles deleuze sobre "o que é a fi..." - nevermind
o problema dos dias mais ou menos é o de não possibilitarem uma disjunção real: são, de facto, assim, "mais ou menos", ou, com maior rigor "maisoumenos".
a expressão "chorei chorei a rir" fará sentido?(1)
olho para o "programa municipal de pedestrianismo" e penso sobre o assunto. pensar sobre o assunto remete para uma espécie de sobrevôo(2), um planar por cima (tem a vantagem da visão panorâmica. em verdade, nem sempre tem). longe de mim pensar "o" assunto. pensar "no" assunto torna-se, por vários motivos, inviável.
ultimamente ando mais assertivo. decisões e assim. gosto disso, dessa sensação. por exemplo, decidi fazer uma coisa amanhã. pensei q.b. e decidi. claro que pode correr mal, mas a vida (parece-me) é mesmo assim. é a vida, diz-se quando corre mal. quando não se quer dizer nada também se diz é a vida.
coisa importante?, poder-se-á perguntar... sim e não. é importante se o tronco de uma árvore continua a resistir a uma corrente que lhe arrancou, de si, a própria árvore?
(dizem-me que não percebem algumas coisas que escrevo aqui. compreendo isso. compreendo a sensação de não perceber algumas coisas que escrevo aqui)
J. está a passar um mau bocado. já suportou algumas fortes mas esta não sei se dá para aguentar. e isto não tem nada a ver.
e apetece-me:
i've traveled far, i've traveled fast
just to get to this day
and you, you've been so sad
for all these years
please don't be sad with me
cause you are a sailor
and i am the sea
you've walked on dry, dry land and now live underneath
with me and all my crazy friends who don't care much for me
well you drive the corner with me in the passenger seat
just drive until the gas runs out with the sand underneath our feet
forget about our familes
and everything the music brings
just dance beneath the moon and stars
only wine passes our teeth
cause you are a sailor
and i am the sea
you've walked on dry, dry land and now live underneath
with me and all my crazy friends who dont care much for me
you are my sailor, you are my sailor
and i am the sea, i am the sea
(1) não tem erro
(2) confrontar com giles deleuze sobre "o que é a fi..." - nevermind
2008/10/28
esclarecimento
só para que conste, a taxa de alcoolemia por ocasião de "crash or joyride" era de 0,0g/l.
só para que conste, já que a questão foi colocada, a câmera estava na minha mão. na minha fiel, segura e não oscilante mão (quando me encontro naquelas circunstâncias).
só para que conste, é na A1.
só para que conste, dusk é traduzível para lusco-fusco.
já agora, fusca deve ser traduzido por piece e não por final solution.
agradecimentos a todos os que revelaram preocupação.
mensagem urbi et orbi:
ponham-se com merdas e eu inibo-me de postar uma reinterpretação de um clássico de chris isaac, "são paulo hotel"
só para que conste, já que a questão foi colocada, a câmera estava na minha mão. na minha fiel, segura e não oscilante mão (quando me encontro naquelas circunstâncias).
só para que conste, é na A1.
só para que conste, dusk é traduzível para lusco-fusco.
já agora, fusca deve ser traduzido por piece e não por final solution.
agradecimentos a todos os que revelaram preocupação.
mensagem urbi et orbi:
ponham-se com merdas e eu inibo-me de postar uma reinterpretação de um clássico de chris isaac, "são paulo hotel"
2008/10/27
fui a isto,
mas acabei por comprar "adquirir a sua alma na paciência", de kierkegaard.
respeito, muito respeito.
2008/10/23
i will never tell you this
I saw you this morning
You were moving so fast
Can't seem to loosen my grip
On the past
And I miss you so much
There's no one in sight
And we're still making love
In My Secret Life
In My Secret Life
You were moving so fast
Can't seem to loosen my grip
On the past
And I miss you so much
There's no one in sight
And we're still making love
In My Secret Life
In My Secret Life
2008/10/22
crash or joyride
there´s a time and a place for everything
there´s a time and a place for everything
i'm not really sure you know what i mean
but there's a time and a place for everything
but maybe things will happen anyway
i know that things will happen anyway
so if things happen anyway
why not today?
why not today?
why not today?
why not today?
2008/10/21
lingote
- vamos jogar ao quarto-escuro?
- deixa lá isso, hoje. hoje quero ver-te.
- verme?
- vir-te.
- tu tens pinta.
- eu sei... mas esqueço-me.
- deixa lá isso, hoje. hoje quero ver-te.
- verme?
- vir-te.
- tu tens pinta.
- eu sei... mas esqueço-me.
la sagesse
alguém me dizia que a forma habitual de convite para ir dar uma volta era:
- vamos ver água?
parece-me procedimento muito sábio.
- vamos ver água?
parece-me procedimento muito sábio.
F as in foot-fetish
- tens os pés bonitos?
- nem por isso. se tivesse já te os tinha mostrado.
- gosto dos teus sapatos.
- sei.
- nem por isso. se tivesse já te os tinha mostrado.
- gosto dos teus sapatos.
- sei.
trauliteiros de miranda
"o mirandense, mesmo tendo terminado o jogo com apenas 8 jogadores, saiu vitorioso do encontro deste fim-de-semana com..."
i wish i was someone better
tasca tv - anúncio para um espectáculo:
"um acto de coragem transformado em talento"
avaliar possibilidade de extrapolação para efeitos de auto-análise, na sua total amplitude.
lust
estou, neste momento, a observar, a ver (haja rigor!) uma mulher, mesmo à minha frente, a comer chocolate.
x, o sonoplasta,
hoje esteve bem:
"ela não me larga. é a toda a hora. o que devo fazer?
continuo a comer?"
"ela não me larga. é a toda a hora. o que devo fazer?
continuo a comer?"
2008/10/18
beer at the balcony
contém lavagem de loiça, voyeurismo, descaramento, trânsito automóvel e agudos suspeitos
2008/10/17
2008/10/16
noutro dia que não esse
o meu primeiro amor estava a jantar com a família.
passei em frente e vi. gostei do que vi.
pareceu-me feliz, mas é mais uma impressão minha do que o resultado de qualquer verificação.
tinha engrenado uma mudança mais baixa no automóvel (a subida em frente não passa, nunca passou, de um pretexto) e ia devagar, mas, mesmo assim, não pude reparar em pormenores.
apenas tive a sensação de que seria um jantar calmo, em família, eventualmente com a presença de uma das suas irmãs. talvez as duas.
não sei se tem filhos.
a casa onde vive é muito bonita, parece-me um bom lugar para educar uma criança.
decidi o que decido sempre de cada vez que passo ali: bater-lhe à porta, perguntar-lhe como tem sido a sua vida (supostamente os melhores anos da vida).
com que motivo ou intenção? não sei.
também não sei porque insisto em não ir pela estrada nova.
passei em frente e vi. gostei do que vi.
pareceu-me feliz, mas é mais uma impressão minha do que o resultado de qualquer verificação.
tinha engrenado uma mudança mais baixa no automóvel (a subida em frente não passa, nunca passou, de um pretexto) e ia devagar, mas, mesmo assim, não pude reparar em pormenores.
apenas tive a sensação de que seria um jantar calmo, em família, eventualmente com a presença de uma das suas irmãs. talvez as duas.
não sei se tem filhos.
a casa onde vive é muito bonita, parece-me um bom lugar para educar uma criança.
decidi o que decido sempre de cada vez que passo ali: bater-lhe à porta, perguntar-lhe como tem sido a sua vida (supostamente os melhores anos da vida).
com que motivo ou intenção? não sei.
também não sei porque insisto em não ir pela estrada nova.
taxidermia de emoções (com banda sonora)
café + sons and daughters.
a meio do café (aqui pode-se fumar. antigamente era sempre assim) acende-se um cigarro.
estou a pisar a base da mesa com o pé direito e tenho o joelho esquerdo pressionado contra o braço da cadeira vazia.
soft cell.
reflexo de piercing no nariz afilado de uma rapariga muito magra. depeche mode.
(o verso "my soul is bare" faz-me pensar em fazer planos e isso. desconcentro-me).
apago o cigarro calcando-o 7-sete-7 vezes no (exactamente) centro do cinzeiro.
ben harper.
um tipo com um polo verde-pirilí foi à casa de banho. (pensamentos vários acerca da temática pirilí. desconcentração)
(ligeira desconcentração provocada pela memória do prazer da minha vizinha)
o guarda-redes da equipa verde, na televisão, tem cara de azteca.
(grande desconcentração provocada pelo refrão "she has diamonds in the inside")
...
sean paul: reparo nas raparigas do bar. cavalheiro como sou, dispo mentalmente a amiga do piercing, mais curvilínea. ela responde-me com um sorriso discreto enquanto pede, com ar aristocrático, uma mini. sagres.
depeche mode - "in your room"
passo a língua pelo bigode. inho. (esta coisa)
os verdes marcam um golo. são a bolívia (eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas)
o piercing simula uma facada na amiga. a música impede-me de compreender completamente os motivos deste assassínio.
tenho o pé esquerdo ligeiramente dormente (let´s dwell in this situation to see what happens)
blasted mechanism (desconcentração provocada pela lembrança de M. e do bebé dela. stilettos firmemente cravados no relvado. consumo abundante de hors d'oeuvre e de martini)
no replay do golo, o avançado bolívio simula disparos para o ar (ou espectador específico na bancada superior) com arma de fogo. (mas o que é que se passa com o mundo?)
dead can dance. (ligeira vontade de chorar, independentemente de) pé esquerdo dormente. acto contínuo, levanto-me para comprar cigarros.
(levantamento para comprar cigarros)
bananarama (updated mix)
cocteau twins. (pausa para reler este texto e avaliar do carácter deprimente do mesmo. preguiça em reler. sloth)
beck: devil's haircut.
projecto de vida: acabar este cigarro, pegar na bicicleta e ir "para casa". não viver vicariantemente através dos meus filhos.
a meio do café (aqui pode-se fumar. antigamente era sempre assim) acende-se um cigarro.
estou a pisar a base da mesa com o pé direito e tenho o joelho esquerdo pressionado contra o braço da cadeira vazia.
soft cell.
reflexo de piercing no nariz afilado de uma rapariga muito magra. depeche mode.
(o verso "my soul is bare" faz-me pensar em fazer planos e isso. desconcentro-me).
apago o cigarro calcando-o 7-sete-7 vezes no (exactamente) centro do cinzeiro.
ben harper.
um tipo com um polo verde-pirilí foi à casa de banho. (pensamentos vários acerca da temática pirilí. desconcentração)
(ligeira desconcentração provocada pela memória do prazer da minha vizinha)
o guarda-redes da equipa verde, na televisão, tem cara de azteca.
(grande desconcentração provocada pelo refrão "she has diamonds in the inside")
...
sean paul: reparo nas raparigas do bar. cavalheiro como sou, dispo mentalmente a amiga do piercing, mais curvilínea. ela responde-me com um sorriso discreto enquanto pede, com ar aristocrático, uma mini. sagres.
depeche mode - "in your room"
passo a língua pelo bigode. inho. (esta coisa)
os verdes marcam um golo. são a bolívia (eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas)
o piercing simula uma facada na amiga. a música impede-me de compreender completamente os motivos deste assassínio.
tenho o pé esquerdo ligeiramente dormente (let´s dwell in this situation to see what happens)
blasted mechanism (desconcentração provocada pela lembrança de M. e do bebé dela. stilettos firmemente cravados no relvado. consumo abundante de hors d'oeuvre e de martini)
no replay do golo, o avançado bolívio simula disparos para o ar (ou espectador específico na bancada superior) com arma de fogo. (mas o que é que se passa com o mundo?)
dead can dance. (ligeira vontade de chorar, independentemente de) pé esquerdo dormente. acto contínuo, levanto-me para comprar cigarros.
(levantamento para comprar cigarros)
bananarama (updated mix)
cocteau twins. (pausa para reler este texto e avaliar do carácter deprimente do mesmo. preguiça em reler. sloth)
beck: devil's haircut.
projecto de vida: acabar este cigarro, pegar na bicicleta e ir "para casa". não viver vicariantemente através dos meus filhos.
2008/10/15
nada de especial
é tarde (para quê?) e eu estou muito mal humorado.
gravei uma espécie de filme de retaliação (não confundir com filme de protesto) e o mutherfuckoxcjscvhkcg upload está a fazer-me passar.ainda mais.
outro assunto:
eu tenho lá a culpa se o puto quer seguir filosofia?
aconteceu uma cena. definir plano de acção ou de inacção. (nota mental: avaliar se vale a pena canalizar energias para isso.)
memento: conversa estranha sobre pés e coiso, ao almoço.
afinal de contas não estou assim tão tão mal-humorado.
hoje a modos que me citaram. aparentementemente eu defendo a tese de que não há coincidências. imagino-me a dizer isso. imagino-me a dizer o contrário. seja como fôr, eu a colocar o ponto final na frase anterior e recebo um bj via sms. o primeiro. todos sabemos (eu e vós 5) como o primeiro beijo é importante!
vou, finalmente, comer.
siga!
gravei uma espécie de filme de retaliação (não confundir com filme de protesto) e o mutherfuckoxcjscvhkcg upload está a fazer-me passar.ainda mais.
outro assunto:
eu tenho lá a culpa se o puto quer seguir filosofia?
aconteceu uma cena. definir plano de acção ou de inacção. (nota mental: avaliar se vale a pena canalizar energias para isso.)
memento: conversa estranha sobre pés e coiso, ao almoço.
afinal de contas não estou assim tão tão mal-humorado.
hoje a modos que me citaram. aparentementemente eu defendo a tese de que não há coincidências. imagino-me a dizer isso. imagino-me a dizer o contrário. seja como fôr, eu a colocar o ponto final na frase anterior e recebo um bj via sms. o primeiro. todos sabemos (eu e vós 5) como o primeiro beijo é importante!
vou, finalmente, comer.
siga!
its a glorious morning anyway...
e também acontece isto:
encontramos alguém que nos disse coisas que ainda não ouvimos.
assim uma espécie de jet-lag comunicacional.
encontramos alguém que nos disse coisas que ainda não ouvimos.
assim uma espécie de jet-lag comunicacional.
2008/10/14
it seems as the 80's were just the other day...
Oh the heads that turn
Make my back burn
And those heads that turn
Make my back - make my back burn yeah yeah
The sparkle in your eyes
Keeps me alive
And the sparkle in your eyes
Keeps me alive - keeps me alive
And the world
And the world turns around
The world and the world yeah yeah
The world drags me down
I'm sure in her you'll find
The sanctuary
I'm sure in her you'll find
The sanctuary
And the world
And the world and the world
And the world and the world and the world
And the world and the world and the world and the world
Make my back burn
And those heads that turn
Make my back - make my back burn yeah yeah
The sparkle in your eyes
Keeps me alive
And the sparkle in your eyes
Keeps me alive - keeps me alive
And the world
And the world turns around
The world and the world yeah yeah
The world drags me down
I'm sure in her you'll find
The sanctuary
I'm sure in her you'll find
The sanctuary
And the world
And the world and the world
And the world and the world and the world
And the world and the world and the world and the world
dr. phil
filete
filarmónica
filigrana
fila, cão de
filisteu
filofax
filantropo
filamento
file X
filosofia
feeling
episódio ansio-depressivo associado a ligeira tontura
phi
filarmónica
filigrana
fila, cão de
filisteu
filofax
filantropo
filamento
file X
filosofia
feeling
episódio ansio-depressivo associado a ligeira tontura
phi
2008/10/13
2008/10/09
capa d'ócio
sugestão para pessoas sugestionáveis:
googlar carapausalimados em imagens.
a diversidade de motivos, todos ali em thumbnails ordenados a olhar pá gente até faz impressão.
por outro lado é uma forma de recuperar clássicos desta casa tais como "desculpe, minha senhora" ou "síndroma do barro de nisa"
disclaimer: esta casa tem links
googlar carapausalimados em imagens.
a diversidade de motivos, todos ali em thumbnails ordenados a olhar pá gente até faz impressão.
por outro lado é uma forma de recuperar clássicos desta casa tais como "desculpe, minha senhora" ou "síndroma do barro de nisa"
disclaimer: esta casa tem links
summer left-overs
extremo estio. extrema dura.
olhos novos sobre rochas antiquíssimas.
medos de aventura e penhascos de miragem.
gargalhadas de criança fazem caracóis frescos sobre a atmosfera bélica. suavizam.
quando, à noite, na margem da barragem, se fez uma fogueira usando o lixo dos ravers como combustível, improvisou-se isto:
"e* se eu fosse espanhol,
não atacava marvão,
'inda levava com uma bala
disparada de um canhão"
seguiram-se risos, palmas, correrias, saltos e uma bofetada pedagógica (bem encaixada, por sinal) por via de incursão aquática nocturna.
* a conjunção aparece aqui a despropósito. imagine-se o apresentado inserido num meddley folk, pimba, punk, infanto-caótico.
n.b. onde se lê ravers, combustível e meddley poderá ler-se foliões, lenha e rapsódia.
em estados alterados de consciência poderá dar-se o caso de serem lidas outras coisas, nomeadamente, garrafão, escadote e potpourri.
olhos novos sobre rochas antiquíssimas.
medos de aventura e penhascos de miragem.
gargalhadas de criança fazem caracóis frescos sobre a atmosfera bélica. suavizam.
quando, à noite, na margem da barragem, se fez uma fogueira usando o lixo dos ravers como combustível, improvisou-se isto:
"e* se eu fosse espanhol,
não atacava marvão,
'inda levava com uma bala
disparada de um canhão"
seguiram-se risos, palmas, correrias, saltos e uma bofetada pedagógica (bem encaixada, por sinal) por via de incursão aquática nocturna.
* a conjunção aparece aqui a despropósito. imagine-se o apresentado inserido num meddley folk, pimba, punk, infanto-caótico.
n.b. onde se lê ravers, combustível e meddley poderá ler-se foliões, lenha e rapsódia.
em estados alterados de consciência poderá dar-se o caso de serem lidas outras coisas, nomeadamente, garrafão, escadote e potpourri.
"sou um cão muito mau..."
a outra: acredita nas ciências do oculto?
eu: existem. ouço falar no poder dos cristais e isso...
a outra: acredita nas propostas dessas ciências?
eu: não seja ridícula.
eu: existem. ouço falar no poder dos cristais e isso...
a outra: acredita nas propostas dessas ciências?
eu: não seja ridícula.
quick mill chrome
vim hoje como venho sempre.
ainda ontem falava na circunstância das rotinas. a segurança e infantilidade inerentes.
mas hoje é um dia diferente: chove, não me sentei na mesa habitual e não tenho horário a cumprir. estou sozinho mas isso não é novidade, apesar de hoje me sentir mais sozinho. hoje posso prolongar os pequenos prazeres decorrentes desta função. posso admirar os tons dourados da espuma do café que (nada acontece por acaso?) combinam muito bem com a cor do bagaço home-made com que costumo acompanhar o café.
reparo agora que, na extremidade da folha onde escrevo, se encontra uma composição que encerra todo o mistério do mundo: chávena de café vazia, com espuma dourada, balãozinho de brandy, quase vazio de água-de-fogo, copo de cerveja, quase vazio, também ele em acordo cromático com o meio envolvente.
há uma triangularidade dourada que me diz que não é importante haver mais do que isto se é isto que se deseja...
lembro-me que não me esqueci de D. no dia do seu aniversário e lembrei-me disso, agora, porque se aqui estivesse me perguntaria em quem estaria eu a pensar. e, se eu pudesse, contar-lhe-ia muitas coisas ao que me diria que eu era mesmo assim e que tivesse cuidado. observadores mais incautos poderiam pensar que o que se pretendia era uma suposta protecção de vítimas inocentes, mas a realidade é que o interesse era pela minha integridade. tem cuidado significa, aqui, tem cuidado contigo. vítimas não inocentes...
decidi-me (!) por mais um digestivo. afinal de contas, os restantes comensais olham com ligeiro desdém para o meu rabo-de-cavalo enquanto se atacam mutuamente com os resultados desportivos das suas equipas de futebol preferidas. e eu sou assim. não custa nada agradar às pessoas.
apetece-me voltar à coisa das rotinas. habitualmente costumo pensar que as rotinas me permitem não pensar sobre várias coisas. dado que não me sinto bem a decidir coisas (não por insegurança, mais por consciência aguda da indiferença) encontro nas rotinas uma certa poupança de recursos. mas a questão importante é outra: o tempo livre ou libertado na adopção de rotinas é usado como? r: não é usado. não é preenchido*
eu sou um nada esponjoso.
(flick-flack encarpado à rectaguarda)
julgo ser formalmente tão fácil magoar quanto (não me ocorre agora ou não me apetece, não sei, o antónimo de magoar) agradar a alguém. se, porventura, consigo magoar a sério alguém (julgo já tê-lo feito. voluntariamente), por outro lado também consigo o oposto (ainda não me ocorre. registe-se a não ocorrência). isto tudo porque, de facto, as pessoas me interessam. todas em geral, algumas em particular, consoante algumas particularidades.
lembro-me (sempre) de uma conversa que tivemos (prezo a tua opinião e costumo reter conversas tidas à beira-mar):
-tu tens recursos suficientes para impressionar as mulheres. generalizo. tu percebes. falta-te, pensava eu que te faltava, uma certa determinação, um ar decidido e confiante. nós apreciamos isso. as mulheres mais inteligentes detectam isso em pequenos pormenores mas não te vou falar nisso. o que se passa é que o teu jogo é outro. expões o flanco. e isso é uma técnica como outra qualquer. é estratégia. afinal, tu escolhes isso, logo, tu tens o controlo sobre a situação.
- complexo de d. juan?
- pior. o donjuanismo assenta em duas situações diferentes: exacerbado amor-próprio e absoluto desprezo pelas mulheres. acho que tu, num movimento, te colocas à margem disto. por vezes acho que tu só gostas (e gostas mesmo. isso seduz, claro) de mulheres porque não gostas de ti.
- a nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer...
- não sejas parvo. tu és parvo.
epílogo:
- então, sr professor, hoje é dia de descanso. deviam ser todos assim, não era?
- espero que nunca sejam...
ainda ontem falava na circunstância das rotinas. a segurança e infantilidade inerentes.
mas hoje é um dia diferente: chove, não me sentei na mesa habitual e não tenho horário a cumprir. estou sozinho mas isso não é novidade, apesar de hoje me sentir mais sozinho. hoje posso prolongar os pequenos prazeres decorrentes desta função. posso admirar os tons dourados da espuma do café que (nada acontece por acaso?) combinam muito bem com a cor do bagaço home-made com que costumo acompanhar o café.
reparo agora que, na extremidade da folha onde escrevo, se encontra uma composição que encerra todo o mistério do mundo: chávena de café vazia, com espuma dourada, balãozinho de brandy, quase vazio de água-de-fogo, copo de cerveja, quase vazio, também ele em acordo cromático com o meio envolvente.
há uma triangularidade dourada que me diz que não é importante haver mais do que isto se é isto que se deseja...
lembro-me que não me esqueci de D. no dia do seu aniversário e lembrei-me disso, agora, porque se aqui estivesse me perguntaria em quem estaria eu a pensar. e, se eu pudesse, contar-lhe-ia muitas coisas ao que me diria que eu era mesmo assim e que tivesse cuidado. observadores mais incautos poderiam pensar que o que se pretendia era uma suposta protecção de vítimas inocentes, mas a realidade é que o interesse era pela minha integridade. tem cuidado significa, aqui, tem cuidado contigo. vítimas não inocentes...
decidi-me (!) por mais um digestivo. afinal de contas, os restantes comensais olham com ligeiro desdém para o meu rabo-de-cavalo enquanto se atacam mutuamente com os resultados desportivos das suas equipas de futebol preferidas. e eu sou assim. não custa nada agradar às pessoas.
apetece-me voltar à coisa das rotinas. habitualmente costumo pensar que as rotinas me permitem não pensar sobre várias coisas. dado que não me sinto bem a decidir coisas (não por insegurança, mais por consciência aguda da indiferença) encontro nas rotinas uma certa poupança de recursos. mas a questão importante é outra: o tempo livre ou libertado na adopção de rotinas é usado como? r: não é usado. não é preenchido*
eu sou um nada esponjoso.
(flick-flack encarpado à rectaguarda)
julgo ser formalmente tão fácil magoar quanto (não me ocorre agora ou não me apetece, não sei, o antónimo de magoar) agradar a alguém. se, porventura, consigo magoar a sério alguém (julgo já tê-lo feito. voluntariamente), por outro lado também consigo o oposto (ainda não me ocorre. registe-se a não ocorrência). isto tudo porque, de facto, as pessoas me interessam. todas em geral, algumas em particular, consoante algumas particularidades.
lembro-me (sempre) de uma conversa que tivemos (prezo a tua opinião e costumo reter conversas tidas à beira-mar):
-tu tens recursos suficientes para impressionar as mulheres. generalizo. tu percebes. falta-te, pensava eu que te faltava, uma certa determinação, um ar decidido e confiante. nós apreciamos isso. as mulheres mais inteligentes detectam isso em pequenos pormenores mas não te vou falar nisso. o que se passa é que o teu jogo é outro. expões o flanco. e isso é uma técnica como outra qualquer. é estratégia. afinal, tu escolhes isso, logo, tu tens o controlo sobre a situação.
- complexo de d. juan?
- pior. o donjuanismo assenta em duas situações diferentes: exacerbado amor-próprio e absoluto desprezo pelas mulheres. acho que tu, num movimento, te colocas à margem disto. por vezes acho que tu só gostas (e gostas mesmo. isso seduz, claro) de mulheres porque não gostas de ti.
- a nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer...
- não sejas parvo. tu és parvo.
epílogo:
- então, sr professor, hoje é dia de descanso. deviam ser todos assim, não era?
- espero que nunca sejam...
clube de cavalheiros*
long gone sirocco
advertiram-me da nortada. lembro-me agora que devia ter pensado nisso.
o vento empurra uma chuvinha obstinada de encontro às minhas pernas extemporaneamente desprotegidas, mea culpa, pois deu-me para usar os calções-para-prolongar-o-verão(marca registada)
o vento empurra uma chuvinha obstinada de encontro às minhas pernas extemporaneamente desprotegidas, mea culpa, pois deu-me para usar os calções-para-prolongar-o-verão(marca registada)
sometimes i'm afreud of the dark
é da mesa dos conspiradores que me chega o convite... todos me tentam medir por dentro enquanto eu, defensivamente, lhes de alto a baixo.
uma jukebox americana, com cromados de plástico, tira apontamentos e acena com uma língua bífida às debutantes que se dirigem ao baile dos bombeiros voluntários.
há uma chuva oblíqua em que eu penso por isso mesmo enquanto reparo que o grupo em que me encontro se assemelha a uma pintura de cães jogando poker.
...
aconteceu um silêncio constrangedor e eu, incomodado e com uma estranha urgência em mostrar serviço, inquiri: e quanto aos pagamentos?". "aqui não. agora não", advertiram-me. senti-me desconfortável com a observação e tentei não pensar mais nisso concentrando-me no banco que me servia de assento: um objecto admirável, em alumínio polido. uma réplica exacta e à escala de uma grade de cerveja.
...
devo ter dormido durante horas. era já dia. a empregada, protegida por um sólido balcão de madeira patinada, olhava-me fixamente. foi nessa altura que me apercebi do embrulho deposto em cima da mesa, mesmo à minha frente.
uma jukebox americana, com cromados de plástico, tira apontamentos e acena com uma língua bífida às debutantes que se dirigem ao baile dos bombeiros voluntários.
há uma chuva oblíqua em que eu penso por isso mesmo enquanto reparo que o grupo em que me encontro se assemelha a uma pintura de cães jogando poker.
...
aconteceu um silêncio constrangedor e eu, incomodado e com uma estranha urgência em mostrar serviço, inquiri: e quanto aos pagamentos?". "aqui não. agora não", advertiram-me. senti-me desconfortável com a observação e tentei não pensar mais nisso concentrando-me no banco que me servia de assento: um objecto admirável, em alumínio polido. uma réplica exacta e à escala de uma grade de cerveja.
...
devo ter dormido durante horas. era já dia. a empregada, protegida por um sólido balcão de madeira patinada, olhava-me fixamente. foi nessa altura que me apercebi do embrulho deposto em cima da mesa, mesmo à minha frente.
2008/10/08
happy meal ou falar para o boneco...
o desejo corrói, desgasta.
o desejo pode até destruir-nos.
mas, por muito difícil que seja não termos aquilo que desejamos, são aqueles que não sabem o que realmente desejam que mais sofrem.
qualquer coisa parecida com isto foi dita ontem, no final do episódio (o de ontem, precisamente) da série "anatomia de grey".
esta referência deve-se apenas* ao facto de eu, neste momento e não sendo eu gajo de fazer planos e coiso, estar um bocadinho triste.
* este apenas é singelo como um bisonte, linear quanto uma vida, possui a eloquência do terror...
o desejo pode até destruir-nos.
mas, por muito difícil que seja não termos aquilo que desejamos, são aqueles que não sabem o que realmente desejam que mais sofrem.
qualquer coisa parecida com isto foi dita ontem, no final do episódio (o de ontem, precisamente) da série "anatomia de grey".
esta referência deve-se apenas* ao facto de eu, neste momento e não sendo eu gajo de fazer planos e coiso, estar um bocadinho triste.
* este apenas é singelo como um bisonte, linear quanto uma vida, possui a eloquência do terror...
2008/10/02
2008/10/01
2008/09/29
lei portoghese
Show at the Ritz- An incredible surprise waits for the band walking into a show where the stage manager treats us like true professionals, a sound-man who takes the two ukuleles and riff raff instruments (djimbae where a floor tom is supposed to stand, trumpet where a distorted marshall amp should have been) quite seriously. Return to the venue after half an hour to discover he has magically mic'd our instruments into perfection, amazing sounds. Sound man is hoisted on shoulders and showered with kisses. ...Show....All runs smoothly. New songs are played. Beirut signs autographs for Portuguese visitors outside. Shy Italians hide in the shadows. A thousand guitar bands play the same distorted guitar chord. God sends a plague of locust.
retirado de www.myspace.com/beirut
retirado de www.myspace.com/beirut
o crime, quando irrelevante, não compensa
"Ganhe dinheiro com o seu blogue
Faça com que o seu blogue compense, colocando anúncios relevantes através do Google AdSense."
Faça com que o seu blogue compense, colocando anúncios relevantes através do Google AdSense."
alcatra vazia
é o olhar.
o modo de olhar.
o costumeiro macho olha e avalia mamas, rabo, pernas...
eu olho para os olhos e o modo como esses olhos olham para o mundo.
se olharem para mim (coisa que, diga-se, até acontece), melhor.
há olhares mais passivos, outros há mais activos. dos passivos convém saber quais em emboscada, dos activos eliminar sem mais os que em cálculo.
(a desenvolver...)
o modo de olhar.
o costumeiro macho olha e avalia mamas, rabo, pernas...
eu olho para os olhos e o modo como esses olhos olham para o mundo.
se olharem para mim (coisa que, diga-se, até acontece), melhor.
há olhares mais passivos, outros há mais activos. dos passivos convém saber quais em emboscada, dos activos eliminar sem mais os que em cálculo.
(a desenvolver...)
pinus pinus
andava por aqui um tipo a roubar pinheiros...
andava:
encontrou um conífero marado que decidiu vender cara a vida. ajudado pelo motosserra do prevaricador, atirou-se para cima dele e matou-o.
os tipos do tribunal, à mesa do almoço, acrescentam o rigor dos dados da autópsia - "esborrachado por um pinheiro".
andava:
encontrou um conífero marado que decidiu vender cara a vida. ajudado pelo motosserra do prevaricador, atirou-se para cima dele e matou-o.
os tipos do tribunal, à mesa do almoço, acrescentam o rigor dos dados da autópsia - "esborrachado por um pinheiro".
confissão XLXXIII
o meu herói favorito é, desde há muitos anos, Arnaldo Figurante.
cfr crónica dos bons malandros, mário zambujal
cfr crónica dos bons malandros, mário zambujal
moi non pluvio
insistentemente, continuam as goteiras a fazer-me lembrar o dia em que choveu a sério.
choveram água e sorrisos, que tanta falta faziam ambos.
choveram água e sorrisos, que tanta falta faziam ambos.
jack kerouac:
Belief and Technique for Modern Prose, a list of thirty "essentials."
- Scribbled secret notebooks, and wild typewritten pages, for your own joy
- Submissive to everything, open, listening
- Try never get drunk outside your own house
- Be in love with your life
- Something that you feel will find its own form
- Be crazy dumbsaint of the mind
- Blow as deep as you want to blow
- Write what you want bottomless from bottom of the mind
- The unspeakable visions of the individual
- No time for poetry but exactly what is
- Visionary tics shivering in the chest
- In tranced fixation dreaming upon object before you
- Remove literary, grammatical and syntactical inhibition
- Like Proust be an old teahead of time
- Telling the true story of the world in interior monolog
- The jewel center of interest is the eye within the eye
- Write in recollection and amazement for yrself
- Work from pithy middle eye out, swimming in language sea
- Accept loss forever
- Believe in the holy contour of life
- Struggle to sketch the flow that already exists intact in mind
- Don't think of words when you stop but to see picture better
- Keep track of every day the date emblazoned in yr morning
- No fear or shame in the dignity of yr experience, language & knowledge
- Write for the world to read and see yr exact pictures of it
- Bookmovie is the movie in words, the visual American form
- In praise of Character in the Bleak inhuman Loneliness
- Composing wild, undisciplined, pure, coming in from under, crazier the better
- You're a Genius all the time
- Writer-Director of Earthly movies Sponsored & Angeled in Heaven
sublinhados meus.
there comes a moment in life...
"... now I've become so decadent and drunk and dontgiveashit. I'm not a Buddhist any more."
jack kerouac
2008/09/24
não, não quero ser agente da oriflame
alguém apresentava hoje uma explicação interessante para o aparecimento de algumas bandas postpunk (de onde e depois de) de que gosto (the smiths, the stranglers, joy division...)
- quando anda tanta gente e por tanto tempo a dizer "vai-te foder" é natural que, mais tarde ou mais cedo, apareça alguém a dizer "estou fodido"...
- quando anda tanta gente e por tanto tempo a dizer "vai-te foder" é natural que, mais tarde ou mais cedo, apareça alguém a dizer "estou fodido"...
descortinar...
há muitos, muitos anos que eu não dormia com a janela desimpedida. desde há muito que convivo (sem, de facto, saber viver com isso) com obstáculos vários que me impedem o mundo matinal.
agora há um rectângulo de luz que se dá. repetidamente.
não se pode dizer que eu seja pessoa para fazer planos, que deseje o dia para x ou y. também não estou interessado em ganhar o dia. ganho-o logo ali, naquele momento.
sou-me naquele minuto em que vejo a rua sem a conseguir perceber, o mundo visto de fora...
conversava há dias (ou foi há muitos anos? as sombras...) sobre meditação e da minha suposição de que a disciplina inerente me seja impossivel.
meditar deve ser como aquilo, como aquele minuto ou dois...
as minhas analogias impressionam-me sempre desde que, abalançado com o recente estatuto de ser sexualmente autosuficiente, disse ao padre zé que talvez o céu fosse uma espécie de orgasmo eterno.
agora há um rectângulo de luz que se dá. repetidamente.
não se pode dizer que eu seja pessoa para fazer planos, que deseje o dia para x ou y. também não estou interessado em ganhar o dia. ganho-o logo ali, naquele momento.
sou-me naquele minuto em que vejo a rua sem a conseguir perceber, o mundo visto de fora...
conversava há dias (ou foi há muitos anos? as sombras...) sobre meditação e da minha suposição de que a disciplina inerente me seja impossivel.
meditar deve ser como aquilo, como aquele minuto ou dois...
as minhas analogias impressionam-me sempre desde que, abalançado com o recente estatuto de ser sexualmente autosuficiente, disse ao padre zé que talvez o céu fosse uma espécie de orgasmo eterno.
2008/09/22
update
este sítio contém, a partir de agora, uma playlist com música de qualidade.
pode bem ser a única coisa com qualidade por aqui.
encontra-se mais ou menos na zona do joelho direito de utilizador.
nota para A. :
bien-venue.
pode bem ser a única coisa com qualidade por aqui.
encontra-se mais ou menos na zona do joelho direito de utilizador.
nota para A. :
bien-venue.
2008/09/17
estado de choque
(as frases que seguidamente se apresentam em itálico foram proferidas com um entusiasmo contagiante. ainda não recuperei completamente)
o outro - jesus cristo foi o maior pedófilo que já viveu...
eu - foi?
o outro - sim, porque, etimológicamente, paidos e filos... amigo das crianças.
eu - sei...
o outro - não, espera!... jesus cristo era pederasta!
o outro - jesus cristo foi o maior pedófilo que já viveu...
eu - foi?
o outro - sim, porque, etimológicamente, paidos e filos... amigo das crianças.
eu - sei...
o outro - não, espera!... jesus cristo era pederasta!
in memoriam
(contém, por Vavelment,imprecisões. contém remuneração humana*, por Júpiter.)
olissipo, MCMLXXXIX
no alto daquela antiga avenida passeiam as moças da noite
e vão atrair ao meio das pernas os olhares que passam..., essa entente.
profunda reflexão sobre isto e o mundo em geral:
no meio é que está a virtude.
pela boca morre o peixe.
quem vê escolhos não vê corações.
tudo o que sobe tem que descer. (jusq ici tout va bien. límportant c'est pas la chute, cést l'aterrissage, in filme francês).
* (não ler)
- quanto ganhas por hora?
- ó pá, nem sei... o relógio ca minha madrinha me deu é dos antigos e eu tenho uma certa dificuldade a ler remuneração humana.
olissipo, MCMLXXXIX
no alto daquela antiga avenida passeiam as moças da noite
e vão atrair ao meio das pernas os olhares que passam..., essa entente.
profunda reflexão sobre isto e o mundo em geral:
no meio é que está a virtude.
pela boca morre o peixe.
quem vê escolhos não vê corações.
tudo o que sobe tem que descer. (jusq ici tout va bien. límportant c'est pas la chute, cést l'aterrissage, in filme francês).
* (não ler)
- quanto ganhas por hora?
- ó pá, nem sei... o relógio ca minha madrinha me deu é dos antigos e eu tenho uma certa dificuldade a ler remuneração humana.
chiaroscuro
a parede é escura.
encontra-se revestida de uma película suja e áspera.
é necessário um esforço considerável para tomarmos conta disso, de tanto conhecermos este tipo de superfície.
sim, pode dizer-se que estamos habituados, mesmo sabendo que uma pessoa nunca se habitua...
uma das razões, eventualmente a razão principal, radica na incontornável surpresa que as fendas, num primeiro contacto, sempre nos provocam.
sabe, no curso de formação ninguém nos preparou para este tipo de coisas. as fendas jaziam sob um manto de desconforto muito grande, quase total, por isso evitava-se falar disso. um professor fez uma referência às "ditas fendas" que não provocou grande consternação... ninguém, nem acima nem abaixo na cadeia alimentar, o respeitava muito, apesar de haver um certo consenso de que seria uma pessoa inteligente...
não, nem pensar nisso, não... estou longe de ser um especialista em fendas! apenas não me fazem tanta impressão quanto aos meus colegas, mais novos nestas andanças... a música enerva-os, o perfume a limão e hortelã, esse então, deixa-os doidos ao ponto de irromperem pela sala das inspecções numa gritaria... eu não sei se é do meu temperamento, mas nunca me custou assim tanto.
fez agora dois anos, um estagiário disse-me que tinha visto uns raios de luz estranhos (estava tão nervoso que nem conseguia dormir. tinha metido baixa médica) serem projectados através da fenda, criando manchas coloridas na outra parede do corredor. isso mesmo, pro-jec-ta-dos. todos sabem que as luzes e cores existem na fenda, o que implica que para ela se se olhe directamente, prática veementemente desaconselhada nesta instituição.
ele estava realmente perturbado, por isso achei melhor não lhe dizer que eu próprio tinha sido já testemunha desse tipo de fenómenos.
eu nunca fui ambicioso e, digo-lhe com sinceridade, até nem desgosto de fazer isto. os meus colegas elogiam-me, "abnegado e responsável" dizia o último relatório.
nunca nos habituamos completamente a isto, mas confesso-lhe que as fendas até me distraem, agora que andamos com uma certa falta de pessoal... qualquer dia até vou deixar de oficiar pedidos ao centro de recrutamento, do outro lado. este é um trabalho que alguém tem que fazer e eu até nem me importo.
não me custa.
até gosto.
as fotografias apresentadas são da autoria do tipo que coisa este blog. do mesmo modo que se rapina alegremente (os cites são mais elegantes do que as citações) por aqui, também se adopta a atitude de se estar nas tintas para o que outrém possa fazer com este material.
arabic namez
fóriz, a jolly good fellow
fóriz, a jolly good feloow
fóriz, a jolly good fellow
na, na, na, na na, na...
fóriz, a jolly good feloow
fóriz, a jolly good fellow
na, na, na, na na, na...
2008/09/15
para ti, N.
fiquei hoje a saber que tinhas morrido. disseram-me que foi uma daquelas coisas galopantes mas que nos dão tempo para pensarmos muito sobre o que está a acontecer mas que, suponho, não nos dão tempo para percebermos como lidar com isso...
lembrei-me de muitas coisas que fizémos, das gargalhadas, do facto de nunca termos sido muito próximos mas de, apesar disso ou por causa disso, sempre nos termos entendido bem.
lembrei-me do teu inalterável penteado e de como te ficava bem, das tuas sobrancelhas, do teu sorriso que eu sempre, elogiosamente, qualifiquei de literário, numa linha miller/nin.
os "passeios pelo campo, em áfrica" eram a nossa private joke, desde aquele dia que passámos juntos, ironicamente, por causa de uma cama de casal.
lembras-te de quando, no bairro alto, beijaste a E.? eu nunca te disse, mas a questão não era se ela era mais bonita do que tu (que era, eu disse-te)... o que se passava era que tu eras outra coisa.
também queria dizer-te que continuarei a recordar-te do mesmo modo. provavelmente pensarei mais em ti do que tenho feito... eu também ainda não tive tempo para saber como lidar com isto. fiquei a gostar menos do mundo, hoje.
lembrei-me de muitas coisas que fizémos, das gargalhadas, do facto de nunca termos sido muito próximos mas de, apesar disso ou por causa disso, sempre nos termos entendido bem.
lembrei-me do teu inalterável penteado e de como te ficava bem, das tuas sobrancelhas, do teu sorriso que eu sempre, elogiosamente, qualifiquei de literário, numa linha miller/nin.
os "passeios pelo campo, em áfrica" eram a nossa private joke, desde aquele dia que passámos juntos, ironicamente, por causa de uma cama de casal.
lembras-te de quando, no bairro alto, beijaste a E.? eu nunca te disse, mas a questão não era se ela era mais bonita do que tu (que era, eu disse-te)... o que se passava era que tu eras outra coisa.
também queria dizer-te que continuarei a recordar-te do mesmo modo. provavelmente pensarei mais em ti do que tenho feito... eu também ainda não tive tempo para saber como lidar com isto. fiquei a gostar menos do mundo, hoje.
2008/09/12
2008/09/10
esopo na brasa
era uma vez um porco...
era uma vez o meu cunhado...
o meu cunhado tinha um porco arraçado de javali que andava à solta num campo com outros porcos não arraçados de javali e lá andavam contentinhos da vida até ao dia em que o porco arraçado de javali se lembrou de forçar o muro da propriedade e fugiu até que foi encontrado mas mais tarde fugiu outra vez e foi mais difícil de encontrar porque o pessoal andou muito tempo à sua procura o que fez com que o meu cunhado perdesse a paciência e lhe tirasse essa irritante mania (fugit mania) na semana seguinte e foi remédio santo e definitivo.
era uma vez o meu cunhado...
o meu cunhado tinha um porco arraçado de javali que andava à solta num campo com outros porcos não arraçados de javali e lá andavam contentinhos da vida até ao dia em que o porco arraçado de javali se lembrou de forçar o muro da propriedade e fugiu até que foi encontrado mas mais tarde fugiu outra vez e foi mais difícil de encontrar porque o pessoal andou muito tempo à sua procura o que fez com que o meu cunhado perdesse a paciência e lhe tirasse essa irritante mania (fugit mania) na semana seguinte e foi remédio santo e definitivo.
avis (no cars for rent)
- acho-lhe piada, sabe?
- porquê?
- acho muito giro o facto de viajar sozinho com os seus filhos...
- já o faço há anos...
- são seus filhos, certo?
- sim. são.
- os dois?
- ambos, sim. mas os genes foram distribuídos um bocado simetricamente. percebe?
- acho que sim... seja como for, não deve ser fácil viajar assim com duas crianças desta idade...
- é só por isso que me acha piada?
(pausa)
- não.
- não é difícil. mas digo-lhe que momentos como este tornam a coisa mais agradável.
- porquê?
- acho muito giro o facto de viajar sozinho com os seus filhos...
- já o faço há anos...
- são seus filhos, certo?
- sim. são.
- os dois?
- ambos, sim. mas os genes foram distribuídos um bocado simetricamente. percebe?
- acho que sim... seja como for, não deve ser fácil viajar assim com duas crianças desta idade...
- é só por isso que me acha piada?
(pausa)
- não.
- não é difícil. mas digo-lhe que momentos como este tornam a coisa mais agradável.
antes fosse, antes fosse...
- sabes, neste momento o que me interessava mesmo era entrar para o quadro...
- olha, eu estive no quadro uma vez e gostei. era de um pintor escocês pouco conhecido. estava cheio de mulheres nuas e assim... gostei muito.
- olha, eu estive no quadro uma vez e gostei. era de um pintor escocês pouco conhecido. estava cheio de mulheres nuas e assim... gostei muito.
flutuações
como se tudo fosse novo, as coisas repetem-se.
há um quarto com vista sobre a cidade que, quando se está sentado na janela, completamente nú, a fumar um cigarro enquanto o olhar oscila entre o crescente e o prolongamento das pernas sobre o vazio, ajuda a pensar.
tudo o que ajude a pensar...
há uma guitarra que, por provocação ou lembrete de dificuldades técnicas, teima em não desafinar.
há vizinhas apetitosas que, como de costume, não tiram os olhos do chão a olhar para mim. tudo o que seja apetitoso...
há um quarto com vista sobre a cidade que, quando se está sentado na janela, completamente nú, a fumar um cigarro enquanto o olhar oscila entre o crescente e o prolongamento das pernas sobre o vazio, ajuda a pensar.
tudo o que ajude a pensar...
há uma guitarra que, por provocação ou lembrete de dificuldades técnicas, teima em não desafinar.
há vizinhas apetitosas que, como de costume, não tiram os olhos do chão a olhar para mim. tudo o que seja apetitoso...
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