2009/12/24
fruta da época
deseja-se (é assim a condição humana), sem qualquer tipo de ironia associada, um felicíssimo natal e um 2010 do best(*) para todos os que, intencionalmente ou por acaso, se cruzarem com estas linhas ou com este sítio em geral.
aqui, os leitores podem ser poucos, mas são bons. já agora, para ser politicamente correcto e usar de maior propriedade, as leitoras são-no seguramente. sem excepção. e, podendo não parecer, eu tenho critérios apurados. também tenho outras coisas, nem todas de renda, com aplicações e assim...
* - está-se exactamente no mesmo plano, com as devidas adequações, que se estava no post "fuck '06"
aqui, os leitores podem ser poucos, mas são bons. já agora, para ser politicamente correcto e usar de maior propriedade, as leitoras são-no seguramente. sem excepção. e, podendo não parecer, eu tenho critérios apurados. também tenho outras coisas, nem todas de renda, com aplicações e assim...
* - está-se exactamente no mesmo plano, com as devidas adequações, que se estava no post "fuck '06"
2009/12/23
frenchkissing a bongo
a maçã é uma excelente fruta para a promoção e manutenção da nossa saúde, pela sua riqueza em vitaminas, sais minerais, fibras, água e fitonutrientes, e pela sua escassez em gordura saturada, colesterol, sódio e calorias.
- também houve estragos aí por causa do mau tempo?
- sim... caíram chaminés para o chão, caíram árvores para o chão, enfim... tudo o que caiu foi para o chão. tudo excepto o meu vizinho hélio...
frutos ricos em fibras promovem a saciedade, devido à espécie de gel que formam no estômago, prevenindo a ingestão exagerada de alimentos, ajudando a manter um peso saudável. Grande parte da fibra e muitos dos fitonutrientes encontram-se na casca da maçã.
- sabia-me bem um abraço da minha mãe ou teu.
- isso comove-me.
As maçãs qualificadas, porque a sua produção cumpre normas de segurança alimentar, podem e devem ser comidas com casca. Coma maçãs. Nenhuma dentada é demais.
- éramos felizes, os dois...
- éramos... e, mais raro ainda, sabiamo-lo.
maçãs não são cenouras.
- és cego.
- não... para fora vejo bem.
o que são fitonutrientes?
- também houve estragos aí por causa do mau tempo?
- sim... caíram chaminés para o chão, caíram árvores para o chão, enfim... tudo o que caiu foi para o chão. tudo excepto o meu vizinho hélio...
frutos ricos em fibras promovem a saciedade, devido à espécie de gel que formam no estômago, prevenindo a ingestão exagerada de alimentos, ajudando a manter um peso saudável. Grande parte da fibra e muitos dos fitonutrientes encontram-se na casca da maçã.
- sabia-me bem um abraço da minha mãe ou teu.
- isso comove-me.
As maçãs qualificadas, porque a sua produção cumpre normas de segurança alimentar, podem e devem ser comidas com casca. Coma maçãs. Nenhuma dentada é demais.
- éramos felizes, os dois...
- éramos... e, mais raro ainda, sabiamo-lo.
maçãs não são cenouras.
- és cego.
- não... para fora vejo bem.
o que são fitonutrientes?
2009/12/22
2009/12/17
richter 6.1
01.34h (apaga-se a luz)
- o palhaço vai brincar com o cuxi-cuxi da bebé, ai vai vai...
...
01.38h (acende-se um cigarro)
- bem... isto hoje foi...
- o palhaço vai brincar com o cuxi-cuxi da bebé, ai vai vai...
...
01.38h (acende-se um cigarro)
- bem... isto hoje foi...
lint of the day, II
vi um filme, hoje. deu-me para isso (ando a trabalhar de mais, de qualquer modo)... sejamos rigorosos, revi um filme e vi o final de outro de que já tinha visto aí uns 3/4...
e é sempre bom contactar com momentos destes:
(rumble fish)
the motorcycle boy - even the most prim... (até as culturas mais primitivas têm um respeito inato pelos loucos) ...insane.
(acho a palavra insane/insano muito rigorosa.)
...
(smoke - pura caso não sabia que tinha sido escrito pelo paulo austero)
- como podes achar que eu fiz uma boa acção? eu menti-lhe e roubei-a...
- fizeste-a feliz...
e é sempre bom contactar com momentos destes:
(rumble fish)
the motorcycle boy - even the most prim... (até as culturas mais primitivas têm um respeito inato pelos loucos) ...insane.
(acho a palavra insane/insano muito rigorosa.)
...
(smoke - pura caso não sabia que tinha sido escrito pelo paulo austero)
- como podes achar que eu fiz uma boa acção? eu menti-lhe e roubei-a...
- fizeste-a feliz...
2009/12/16
vai nevar...
pois... isto das TIC pode ser cool quando menos se espera. está um tipo a analisar uma biografia para efeitos de coiso das novas oportunidades com o formando/adulto (parece que se tem que usar sempre a terminologia oficial)..., dizia eu, estávamos eu e o tipo a ver o texto dele quando eu tive que ir buscar um papel qualquer à minha pasta e o deixei a ler aquilo sozinho. nesse mesmo instante aparece alguém online no messenger, situação que o leva a dizer-me, sorrindo:
- ó senhor doutor, tem aqui alguém na net que, com esta cara, se quiser dizer-lhe olá por uns minutos, eu não me importo de esperar um bocadinho...
- ó senhor doutor, tem aqui alguém na net que, com esta cara, se quiser dizer-lhe olá por uns minutos, eu não me importo de esperar um bocadinho...
ciclo(re)ciclo(re)ciclo(re)... vida
pois é... ninguém inventa nada.
este conceito de jóia parece-me excelente. a justificação desta posição seria um exercício, se não bem-vindo, pelo menos, revelador.
mas falta uma coisa importante as estas peças: o efeito, fruto de uma moldagem e impregnação histórica, conseguido pelo rolar contínuo no mar. em múltiplos mares, eventualmente, mas em múltiplas histórias seguramente.
enfim... isto "diz-me" qualquer coisa. o meu penduricalho diz-me muito mais, mesmo não me dizendo tudo. é o que dá transportarmos objectos que têm personalidade.
além disso é muitíssimo mais lip-friendly...
mas a erosão entristece-me... esta, particularmente.
2009/12/15
easy tações
falavam-me, há dias, do paulo furtado (tigerman; wraygunn; tédio boys...) diziam-me que algumas das suas hesitações faziam lembrar algumas das minhas...
na altura (como sempre, se me comparam com alguma coisa de jeito) duvidei. mas agora, depois de ver a entrevista que ele deu ao "fotograma" - ide ó maispeice dele - compreendo melhor algumas das suas hesitações e, de facto, podem ser parecidas com as minhas.
tudo tem que ver com a temática: um álbum chamado femina tem, necessariamente, qualquer coisa relacionado com um modo peculiarmente meu de ver o mundo (intrínseca e extrinsecamente ao meu modo habitual de ver o mundo)...
atente-se nesta frase, presente aos 2.35' da referida entrevista:
na altura (como sempre, se me comparam com alguma coisa de jeito) duvidei. mas agora, depois de ver a entrevista que ele deu ao "fotograma" - ide ó maispeice dele - compreendo melhor algumas das suas hesitações e, de facto, podem ser parecidas com as minhas.
tudo tem que ver com a temática: um álbum chamado femina tem, necessariamente, qualquer coisa relacionado com um modo peculiarmente meu de ver o mundo (intrínseca e extrinsecamente ao meu modo habitual de ver o mundo)...
atente-se nesta frase, presente aos 2.35' da referida entrevista:
eu queria apanhar alguma desta... desta realidade entre a... e alguma parte mais real da... da... das mulheres por trás... (descontextualização minha, que a frase continua)
imagino-me perfeitamente a falar sobre o mesmo tema com o mesmo ritmo.
2009/12/14
the lint of the day...
x - se eu tivesse assim também tanto dinheiro também compraria roupa com mais pinta...
eu - é... nós somos nós e os nossos recursos estilísticos.
(meia-hora depois...)
x - não se pode falar contigo...
eu - claro que pode, principalmente no tempo do melão.
x - porquê?
eu - não gostas de melão?
x - não há paciência...
eu - é... nós somos nós e os nossos recursos estilísticos.
(meia-hora depois...)
x - não se pode falar contigo...
eu - claro que pode, principalmente no tempo do melão.
x - porquê?
eu - não gostas de melão?
x - não há paciência...
eu sou um tipo do campo...
... e fico sempre embasbacado a olhar para coisas deste tipo.
foi o que eu disse para justificar o facto de ter ficado ali a olhar para uma flor de plástico, colocada na extremidade de uma mangueira, que emitia um aleatório jacto de água dentro de uma caixa de vidro (diz que era uma coisa para regar o jardim sem esforço).
tive muita pena de não ter comigo a minha máquina fotográfica (o meu telemóvel tem outras funções importantes, como abrir caricas)... há qualquer coisa de mim numa flor de plástico espetada numa mangueira.
amanhã levo-a. a fotoaparát, não a flor.
há umas quantas referências ligadas à fotografia que são indicadas nesta casa em checo. razão: apetece-me.
foi o que eu disse para justificar o facto de ter ficado ali a olhar para uma flor de plástico, colocada na extremidade de uma mangueira, que emitia um aleatório jacto de água dentro de uma caixa de vidro (diz que era uma coisa para regar o jardim sem esforço).
tive muita pena de não ter comigo a minha máquina fotográfica (o meu telemóvel tem outras funções importantes, como abrir caricas)... há qualquer coisa de mim numa flor de plástico espetada numa mangueira.
amanhã levo-a. a fotoaparát, não a flor.
há umas quantas referências ligadas à fotografia que são indicadas nesta casa em checo. razão: apetece-me.
só para não me esquecer...
disse já muitas vezes (talvez aqui, antes, também) que a forma como entramos no mar ou como arrancamos um penso-rápido (aguentando devagar ou num movimento rápido) dizia muito, ou, pelo menos, dizia algo sobre o temperamento de uma pessoa.
como hoje até estou um bocadinho mais terceira via, apercebi-me que há uma possibilidade muito interessante:
há quem se concentre noutra coisa e nem sequer se aperceba da existência do penso-rápido, que acaba por sair num momento indeterminado. e é perfeitamente possível (já me aconteceu) estarmos a falar com uma mulher bonita e nem nos apercebermos que estamos já dentro de água (sim. até a área entre a genitália e o umbigo passa despercebida, neste sentido. se a mulher for mesmo bonita ou tiver um pormenor qualquer (fazer lista um dia destes) que seja mais interessante, esta coisa da genitália pode tornar-se presente).
e repare-se que eu nem disse que esta concentração em outra situação era intencional. pode acontecer. acontece. aconteceu-me, já. agora mesmo. apesar de nem praia nem penso. aliás, eu evito pensar: não estou habituado e canso-me muito.
enfim... é para desenvolver noutro dia.
afinal não pensei nisto por estar em dia de 3ª-via... esta expressão é muito expressiva para um tipo (doente) como eu, que não consegue conter um sorriso (apesar de muito bem dissimulado, disseram-me) no contexto da conversa que a seguir se apresenta, e cujo tema era, tão somente, polvo:
eu - não gostas?
ela - não.
eu - olha que estás a perder uma coisa excelente.
ela - acredito. mas acho que sabe a plástico.
eu - ... não tenho comido plástico ultimamente.
ela - tu percebes... aliás, só experimentei uma vez...
eu - há um polvo muito bom no restaurante X... tens que dar ao bicharoco outra oportunidade.
ela - quer dizer... posso ter provado no sítio errado. já não sei bem como é a sensação, mas lembro-me de não ter gostado.
eu - (hummm)... é isso... deves ter experimentado no sítio errado(*).
ela - pois, não sei.
* esta frase, ao momento, na minha cabeça, tinha três diferentes níveis semânticos. agora tem quatro.
como hoje até estou um bocadinho mais terceira via, apercebi-me que há uma possibilidade muito interessante:
há quem se concentre noutra coisa e nem sequer se aperceba da existência do penso-rápido, que acaba por sair num momento indeterminado. e é perfeitamente possível (já me aconteceu) estarmos a falar com uma mulher bonita e nem nos apercebermos que estamos já dentro de água (sim. até a área entre a genitália e o umbigo passa despercebida, neste sentido. se a mulher for mesmo bonita ou tiver um pormenor qualquer (fazer lista um dia destes) que seja mais interessante, esta coisa da genitália pode tornar-se presente).
e repare-se que eu nem disse que esta concentração em outra situação era intencional. pode acontecer. acontece. aconteceu-me, já. agora mesmo. apesar de nem praia nem penso. aliás, eu evito pensar: não estou habituado e canso-me muito.
enfim... é para desenvolver noutro dia.
afinal não pensei nisto por estar em dia de 3ª-via... esta expressão é muito expressiva para um tipo (doente) como eu, que não consegue conter um sorriso (apesar de muito bem dissimulado, disseram-me) no contexto da conversa que a seguir se apresenta, e cujo tema era, tão somente, polvo:
eu - não gostas?
ela - não.
eu - olha que estás a perder uma coisa excelente.
ela - acredito. mas acho que sabe a plástico.
eu - ... não tenho comido plástico ultimamente.
ela - tu percebes... aliás, só experimentei uma vez...
eu - há um polvo muito bom no restaurante X... tens que dar ao bicharoco outra oportunidade.
ela - quer dizer... posso ter provado no sítio errado. já não sei bem como é a sensação, mas lembro-me de não ter gostado.
eu - (hummm)... é isso... deves ter experimentado no sítio errado(*).
ela - pois, não sei.
* esta frase, ao momento, na minha cabeça, tinha três diferentes níveis semânticos. agora tem quatro.
2009/12/10
slidin' therapy
three old men dancing under the lamplight
shaking their sex and their bones
and the boys that we were
an alien nation in therapy
sliding naked and new
like a bad tempered child
on a rain slicked street
and I'm gone gone gone
now I'm older than movies
and I know who's there
when silhouettes fall
and I'm gone
like I'm dancing on angels
and I'm gone through a crack in the past
like a dead man walking
like a dead man walking
david bowie
shaking their sex and their bones
and the boys that we were
an alien nation in therapy
sliding naked and new
like a bad tempered child
on a rain slicked street
and I'm gone gone gone
now I'm older than movies
and I know who's there
when silhouettes fall
and I'm gone
like I'm dancing on angels
and I'm gone through a crack in the past
like a dead man walking
like a dead man walking
david bowie
2009/12/09
doodhadoos exercice
as sirenes...
as sereias dos carros-patrulha da polícia têm um som distinto do da dos carros de bombeiros. mas eu não os consigo distinguir. pelo menos agora, no momento em que surge no céu o primeiro indício de luz solar. passou uma sereia que se instalou no torpor de um cansaço branco, tornando mais consciente a situação...
uma corrente de ar vinda da janela, ligeiramente aberta a fim de deixar sair o fumo dos cigarros.
uma pestana postiça colada no espelho do aparador.
os livros, como testemunhas.
apercebo-me de um braço que me envolve, as pernas paralelamente como dois quatros sobrepostos... free-style spooning...
a tua respiração na minha nuca.
de novo o som estridente e o efeito de doppler, mas em memória...
"gosto tanto de ti", disse-te. pelo menos penso que te disse, não o posso garantir. "não vá haver algum azar..."
e a tua mão moveu-se de um modo que, não soubesse eu que dormias, se poderia julgar intencional. mas não...
devo ter adormecido.
as sereias dos carros-patrulha da polícia têm um som distinto do da dos carros de bombeiros. mas eu não os consigo distinguir. pelo menos agora, no momento em que surge no céu o primeiro indício de luz solar. passou uma sereia que se instalou no torpor de um cansaço branco, tornando mais consciente a situação...
uma corrente de ar vinda da janela, ligeiramente aberta a fim de deixar sair o fumo dos cigarros.
uma pestana postiça colada no espelho do aparador.
os livros, como testemunhas.
apercebo-me de um braço que me envolve, as pernas paralelamente como dois quatros sobrepostos... free-style spooning...
a tua respiração na minha nuca.
de novo o som estridente e o efeito de doppler, mas em memória...
"gosto tanto de ti", disse-te. pelo menos penso que te disse, não o posso garantir. "não vá haver algum azar..."
e a tua mão moveu-se de um modo que, não soubesse eu que dormias, se poderia julgar intencional. mas não...
devo ter adormecido.
contentores de contenção
as barras estão fechadas ao trânsito marítimo.
há um frio glacial, serrilhado, que se propaga pelos ossos a partir de articulações estratégicas como se aí tivesse sido colocado com recurso a um boneco de vudu.
pede-se o terceiro café da manhã... "não devia ter acendido este cigarro. vou fumar um já a seguir..." e pensa-se.
pensar é, muitas vezes, melhor do que sentir.
há um frio glacial, serrilhado, que se propaga pelos ossos a partir de articulações estratégicas como se aí tivesse sido colocado com recurso a um boneco de vudu.
pede-se o terceiro café da manhã... "não devia ter acendido este cigarro. vou fumar um já a seguir..." e pensa-se.
pensar é, muitas vezes, melhor do que sentir.
icnoclastia
frases avulso que eu ouvi numa formação (nota - quando se retira uma frase do contexto ela fica um bocadinho descontextualizada. assim como quando S. foi à consulta de ginecologia com umas botas de cano alto):
- a apresentação facilita a relação. (cfr. anûncio do perfume "the one", D&G)
- os formadores têm que encaixar uns com os outros. (cfr FNAT)
- eu sou muito a favor da partilha de emoções. (desde que o prognóstico seja favorável)
- há uma relação entre a assertividade e aquilo que se faz sentir. (com esta concordo in totum)
- a apresentação facilita a relação. (cfr. anûncio do perfume "the one", D&G)
- os formadores têm que encaixar uns com os outros. (cfr FNAT)
- eu sou muito a favor da partilha de emoções. (desde que o prognóstico seja favorável)
- há uma relação entre a assertividade e aquilo que se faz sentir. (com esta concordo in totum)
s-s-s-sinth-rap-sample
é tanta tanta gente a correr atrás de nada
brutanestesiada
é tanta tanta fruta podre ou a podrecer
que acabamos por comer
(não gosto do que escrevi aqui, neste intervalo)
tanto tanto silêncio que esconde o que se diz
mas se isso te faz feliz...
brutanestesiada
é tanta tanta fruta podre ou a podrecer
que acabamos por comer
(não gosto do que escrevi aqui, neste intervalo)
tanto tanto silêncio que esconde o que se diz
mas se isso te faz feliz...
o grande delta
um triângulo é uma oscilação geométrica com três lados e três ângulos internos cuja soma deverá ser superior a 38,5º. celsius.
cromos repetidos...
x - ... o capitão lampreia era o gajo que mandava na gente. era gago, o gajo.
eu - é típico dos animais das profundezas...
x - aaaaa... pois, mas eu estive quase para o mandar levar no cú quando ele me disse para eu ir buscar as granadas.
eu - mas foste...
x - que remédio.
eu - é típico dos animais das profundezas...
x - aaaaa... pois, mas eu estive quase para o mandar levar no cú quando ele me disse para eu ir buscar as granadas.
eu - mas foste...
x - que remédio.
ameti
o que eu gostava de ser quando fosse grande...? talvez gostasse de ser assim uma pessoa capaz de discutir paralelismos com alguém que diz que a sua comida nada tem a ver com a sua gula.
gota a gota
há umas semanas encontrei um papel com uma frase (se a isto se pode chamar frase. pode. até trombone se lhe pode chamar, se a gente quiser). não a postei aqui. seria estúpido. hoje encontrei outra. postar só duas frases já não é estúpido.
distantemente amor
acutilante cútis
tudo gravado de seguida e em loop fica assim:
distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis
distantemente amor
acutilante cútis
tudo gravado de seguida e em loop fica assim:
distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis distantemente amor acutilante cútis
2009/12/08
excurso
lights off - the dears
gosto muito muito destes tipos (editora bella union). a cantiguinha aqui apresentada é um exemplo do trabalho desta banda de montreal). aconselha-se vivamente o album "no cities left". e aí a canção "pinned together, falling apart", que não me apeteceu colocar agora aqui.
já agora, a rádio online da editora é muitíssimo mais agradável do que o barulho de um matadouro, por exemplo.
e já que estou numa de dar conselhos:
para grandes caminhadas é muito bom usar 2 pares de meias, um par de meias de algodão, primeiro e, em cima desse, um de lycra ou fibra similar. e nunca, nunca, usar calçado a estrear.
igualmente importante: antes de nos sentarmos numa sanita convém verificar atentamente se o utilizador anterior não se encontra ainda a utilizá-la.
quem é amigo, quem é?
e nunca é demais repetir que os testes de resistência dos pára-brisas devem ser feitos com pintos de aviário e não com frangos congelados!!!!
2009/12/07
mesa octágono ovalado
ela - isto não deve ser verdade...
eu - o quê?
ela, franzindo o rosto na direcção do computador - o júlio pereira quer ser meu amigo...
eu - o júlio pereira?
ela - sim. é aquele senhor que andava sempre com o cavaquinho... é do teu tempo, ele?
eu - claro que não é do meu tempo... como poderia sê-lo, se o nosso mui amado presidente ainda era um garotinho?
eu - o quê?
ela, franzindo o rosto na direcção do computador - o júlio pereira quer ser meu amigo...
eu - o júlio pereira?
ela - sim. é aquele senhor que andava sempre com o cavaquinho... é do teu tempo, ele?
eu - claro que não é do meu tempo... como poderia sê-lo, se o nosso mui amado presidente ainda era um garotinho?
é da humidade...
mia diz:
aí eu, tou perdida coiso, tenho que fazer e ando para aqui a arranhar-me toda
noir diz:
a arranhar-te??? (não imagino como. eu só sei que não compro sex-toys nos chineses...)
aí eu, tou perdida coiso, tenho que fazer e ando para aqui a arranhar-me toda
noir diz:
a arranhar-te??? (não imagino como. eu só sei que não compro sex-toys nos chineses...)
2009/12/04
tele-escola
ora aqui está um digníssimo exemplo de uma sábia frase:
- é preciso ter sangue-frio quando o sangue está quente.
ainda hoje dizia a alguém que a vida passa a correr. talvez a vida, pelo simples facto de irmos aprendendo com ela e com as pessoas que a habitam e vão habitando, contenha a solução para algumas questões que ela própria coloca: vamos aprendendo na vida para a vida.
acho que este parágrafo, todo ele um lugar comum (não uso o termo cliché porque uma vez rebentou-se-me o cliché das calças num momento bastante inapropriado e ainda hoje estou traumatizado e arrepio-me sempre que uso esta palavra. e quando vejo um tecido com ursinhos estampados. pelo mesmo motivo), apenas acrescenta brilho à frase supracitada.
digo eu isto...
- é preciso ter sangue-frio quando o sangue está quente.
ainda hoje dizia a alguém que a vida passa a correr. talvez a vida, pelo simples facto de irmos aprendendo com ela e com as pessoas que a habitam e vão habitando, contenha a solução para algumas questões que ela própria coloca: vamos aprendendo na vida para a vida.
acho que este parágrafo, todo ele um lugar comum (não uso o termo cliché porque uma vez rebentou-se-me o cliché das calças num momento bastante inapropriado e ainda hoje estou traumatizado e arrepio-me sempre que uso esta palavra. e quando vejo um tecido com ursinhos estampados. pelo mesmo motivo), apenas acrescenta brilho à frase supracitada.
digo eu isto...
pessoas cool é assim
e ele disse-me: usei umas palavras literárias na exposição... como prurido e melindre...
e eu disse: lindo!!!
e eu disse: lindo!!!
inequação*
x - no alentejo é que era bom...
eu - foste feliz no alentejo?
x - sim, muito.
y - eu já fui feliz em vários sítios...
eu - minha cara colega, fui, neste momento, assaltado por uma imagem que, caso eu não a consiga eliminar do meu pensamento, pode perfeitamente impedir-me de trabalhar com a concentração devida durante esta tarde inteira. para isto poderá também ter contribuído a minha predilecção por um tipo de cinema em que a iluminação não é preocupação primordial. permita-me, no entanto, dizer-lhe que esse tipo de afirmações fica sempre bem a uma jovem assim... saudável.
* só porque tive um ataque de self-indulgence... provavelmente o título seria desadequação. mas como eu até sou "bom diabo"...
eu - foste feliz no alentejo?
x - sim, muito.
y - eu já fui feliz em vários sítios...
eu - minha cara colega, fui, neste momento, assaltado por uma imagem que, caso eu não a consiga eliminar do meu pensamento, pode perfeitamente impedir-me de trabalhar com a concentração devida durante esta tarde inteira. para isto poderá também ter contribuído a minha predilecção por um tipo de cinema em que a iluminação não é preocupação primordial. permita-me, no entanto, dizer-lhe que esse tipo de afirmações fica sempre bem a uma jovem assim... saudável.
* só porque tive um ataque de self-indulgence... provavelmente o título seria desadequação. mas como eu até sou "bom diabo"...
não querem lá ver...?
não sei se é por causa do tema do assunto da problemática da situação do sexo, mas dei por mim a carregar no iutube um video repetido, ó o camandro. cá pramim isto é uma amnésica devida a falha na memória provocada por esquecimento.
isto tudo porque me lembrei de algumas coisas... começou tudo a propósito da neve.
(hoje, na telvisão, vi uma senhora a cantar uma versão portuguesa de um clássico natalício americano com-ple-ta-men-te fora de tom. a fulana a "cantar" vai nevar, vai nevar, vai nevar e eu a pensar "e tu vai mas é...")
o video consta aqui sob a designação "abertura fácil, encerramento difícil".
para que conste: a melhor coisa do meu novo local de trabalho é a existência de uns sumos 100% fruta, sem corantes nem conservantes (também não abundam por lá os conversantes, mas isso é outro assunto). parece que aquilo leva 1/2 kilo da dita toda espremidinha, desde que a dita tenha por base maçã. dado que eu ando mais indisciplinado e até curto maçãs... é cool. são maçãs de alcobaça. e eu nada tenho contra as maçãs de alcobaça. a sério.
ao contrário do que se pensa, alcobaça não deve o seu nome à confluência dos rios alcoa e baça naquela localidade. alcobaça vem, como se presumiria, do árabe: al-cubaça. esta era a designação para uma prática ancestral que era comum nas donzelas da região como forma de preservarem a virgindade, prática esta que (cfr. fragmento 576-a) "ao fim de algum tempo se tornava meio aborrecida".
e agora, assim de repente, surge das brumas da minha memória (memória, em gaélico, diz-se avalon) a noite do regresso do casino em que eu ilustrei profusamente toda a toponímia com origem árabe (ou coisa que o valha)... exemplo: al-coitão.
isto tudo porque me lembrei de algumas coisas... começou tudo a propósito da neve.
(hoje, na telvisão, vi uma senhora a cantar uma versão portuguesa de um clássico natalício americano com-ple-ta-men-te fora de tom. a fulana a "cantar" vai nevar, vai nevar, vai nevar e eu a pensar "e tu vai mas é...")
o video consta aqui sob a designação "abertura fácil, encerramento difícil".
para que conste: a melhor coisa do meu novo local de trabalho é a existência de uns sumos 100% fruta, sem corantes nem conservantes (também não abundam por lá os conversantes, mas isso é outro assunto). parece que aquilo leva 1/2 kilo da dita toda espremidinha, desde que a dita tenha por base maçã. dado que eu ando mais indisciplinado e até curto maçãs... é cool. são maçãs de alcobaça. e eu nada tenho contra as maçãs de alcobaça. a sério.
ao contrário do que se pensa, alcobaça não deve o seu nome à confluência dos rios alcoa e baça naquela localidade. alcobaça vem, como se presumiria, do árabe: al-cubaça. esta era a designação para uma prática ancestral que era comum nas donzelas da região como forma de preservarem a virgindade, prática esta que (cfr. fragmento 576-a) "ao fim de algum tempo se tornava meio aborrecida".
e agora, assim de repente, surge das brumas da minha memória (memória, em gaélico, diz-se avalon) a noite do regresso do casino em que eu ilustrei profusamente toda a toponímia com origem árabe (ou coisa que o valha)... exemplo: al-coitão.
2009/12/03
despojos do dia...
... presentes na minha sebenta:
"as mães-solteiras, antigamente, dependiam muito do apoio dos maridos." - ouvido à hora de almoço (peça sobre o divórcio, num programa de tv)
amnésia global transitória.
diz que pode suceder após uma sessão de sexo...
qual o aspecto mais negativo, o global ou o transitório?
parece que esta crise também chegou aqui...
"as mães-solteiras, antigamente, dependiam muito do apoio dos maridos." - ouvido à hora de almoço (peça sobre o divórcio, num programa de tv)
amnésia global transitória.
diz que pode suceder após uma sessão de sexo...
qual o aspecto mais negativo, o global ou o transitório?
parece que esta crise também chegou aqui...
2009/12/02
circus maximus
- amas-me? - inquiriu ela, pousando os malabares suavemente no chão e repetindo o exercício agora com tacos de baseball.
- que dia é hoje? - disse ele, distraidamente. a sua atenção focada no mecanismo de aço polido que lhe cravava pequenos espigões metálicos na coxa direita, sob a acção de uma diminuta manivela.
- isso é importante? - deixara cair um dos tacos, partindo todos os copos de cristal que formavam o padrão habitual no centro da ampla sala...
- já é noite? - continuou ele, sorrindo à visão do primeiro sangue. é cedo, pensou.
- que dia é hoje? - disse ele, distraidamente. a sua atenção focada no mecanismo de aço polido que lhe cravava pequenos espigões metálicos na coxa direita, sob a acção de uma diminuta manivela.
- isso é importante? - deixara cair um dos tacos, partindo todos os copos de cristal que formavam o padrão habitual no centro da ampla sala...
- já é noite? - continuou ele, sorrindo à visão do primeiro sangue. é cedo, pensou.
2009/11/27
tick, tac, tick, tac...
- pode ser amanhã... tenho um buraquinho de 45 minutos.
- minha cara colega, é a primeira vez que ouço alguém, particularmente da sua área de formação, quantificar um buraquinho em unidades de tempo, mas confesso que, nas circunstâncias, 45 minutos me soa bem...
tick significa "carraça"... sei isto desde a cozinha da casa do quarto das estrelas.
- minha cara colega, é a primeira vez que ouço alguém, particularmente da sua área de formação, quantificar um buraquinho em unidades de tempo, mas confesso que, nas circunstâncias, 45 minutos me soa bem...
tick significa "carraça"... sei isto desde a cozinha da casa do quarto das estrelas.
2009/11/25
2009/11/24
2009/11/20
nice tune...
agora reparo que quando eu quase só ouvia música electrónica não tocava (ainda não toco, claro) guitarra acústica.
não que esta informação seja, de todo, importante. além do mais nem sei se é digna de confiança: duvido que tenha havido um tempo em que eu quase só ouvisse música electrónica. pode-se, então, concluir que todo este exercício consiste numa pura perda de tempo, coisa de, igualmente, somenos importância.
mas podia ser pior. se eu, por exemplo, me limitasse a identificar os objectos que se encontram em cima da minha secretária (1 agenda; 1 caixa de cabedal com maço de tabaco (agora vazio) dentro; uma lente de uma lupa; 1 cinzeiro (cheiinho de beatas, que é um regalo para os olhos); 1 isqueiro; 1 monte de testes para corrigir; 3 manuais escolares (disciplinas sortidas); 1 suporte para canetas feito por um dos meus filhos (pelo mais piqueno, confirmei) que raramente tem alguma caneta; 1 candeeiro de arquitecto), isso seria uma maior perda de tempo. isto se o tempo se perder, em algum momento. ou se se (o som de "ou se se" parece o nome de um jogador de futebol nigeriano. ou dos camarões. ou de um país desses lados...) chegar a ganhar.
tenho saudades do tempo dos mojitos.
tenho que ir dormir.
não tenho sono.
posso sempre ir cantarolando, baixinho, enquanto desço as escadas: "... awake my soul!"...
2009/11/19
a gusto...
agostinho demitiu-se hoje. já não volta... dizem que não aguentou a pressão.
agostinho tinha assumido as funções de cartógrafo-mor do desejo de agustina.
ora, o desejo de agustina é muito difícil de cartografar. deus sabe da mole imensa de navegantes (quase sempre solitários) que anseiam ou pereceram ansiando por carta fidedigna que limite os riscos em águas tão traiçoeiras.
deus e eu, claro. mas deixem-me apresentar-me: augusto, o piloto de serviço permanente.
agostinho tinha assumido as funções de cartógrafo-mor do desejo de agustina.
ora, o desejo de agustina é muito difícil de cartografar. deus sabe da mole imensa de navegantes (quase sempre solitários) que anseiam ou pereceram ansiando por carta fidedigna que limite os riscos em águas tão traiçoeiras.
deus e eu, claro. mas deixem-me apresentar-me: augusto, o piloto de serviço permanente.
floating pearls
- não sei como tu podes dizer essas coisas. logo tu, que, da outra vez, ____________(*) com a maior das facilidades.
- oh... só fiz isso para te impressionar.
- e impressionaste!
- humm...
(*) independentemente de haver um contexto específico neste relato, introduzir actividade cool aqui)
- oh... só fiz isso para te impressionar.
- e impressionaste!
- humm...
(*) independentemente de haver um contexto específico neste relato, introduzir actividade cool aqui)
2009/11/17
what's the story, morning glory...
eu - posso perguntar-te uma coisa? tu tens ar de quem sabe...
ela - podes crer que sei mais do que pode parecer...
eu - tu tens ar de certinha. deves saber coisas muito úteis...
ela (com um sorriso meio malandro. ou isso ou esqueceu-se das lentes de contacto) - olha que eu sou uma caixinha de surpresas...
eu - aaaaaaaaaaa... já reparaste que as surpresas raramente vêm dentro de sacos de plástico?... e o dossier dos sumários do cno, viste-o?
ela - não.
ela - podes crer que sei mais do que pode parecer...
eu - tu tens ar de certinha. deves saber coisas muito úteis...
ela (com um sorriso meio malandro. ou isso ou esqueceu-se das lentes de contacto) - olha que eu sou uma caixinha de surpresas...
eu - aaaaaaaaaaa... já reparaste que as surpresas raramente vêm dentro de sacos de plástico?... e o dossier dos sumários do cno, viste-o?
ela - não.
2009/11/14
bond. james dean.
ando a ler à hora de almoço (retomando um velho hábito) uma obra estimulante ("bondage", de patti davis, diz na capa. na capa ainda consta uma pequena frase: on the outer limits of desire, pain and pleasure are one)(*) -
"she reached over and touched his cock, soft now, satisfied, resting against his leg. she liked it this way too - soft, vulnerable. she still said yes to it, but in a different way."
nota mental: retomar notas antigas sobre o problema da interpretação. reanalisar o conceito de devir em heraclito, já que estou com a mão na massa. nota mental acessória: tentar conciliar isto com ida ao dentista.
é bom ler literatura deste calibre na hora de almoço de dias pouco estimulantes. é bom ler literatura deste calibre em estrangeiro, por causa das coisas.
não sei se é bom este livro ostentar no seu interior e na primeira página, a esferográfica preta e numa letra muito certinha, o seguinte:
"don´t take this book too seriously! american women always pretend to be kinky!"
lembro-me perfeitamente do meu comentário para a autora destas palavras: i don't know. i don't know enough about american women, or women in gereral as a matter of fact... i don't know much about kinky. but i know a lot about pretending, so i tell you that, fortunately for both os us, you don't have a clue about what you are talking about.
(*) edição (para aeroporto), em inglês, da warner books. não sei se há relação entre este facto e a circunstância da autora ser filha de um antigo actor de cinema de hollywood. e pres dos states, já agora.
"she reached over and touched his cock, soft now, satisfied, resting against his leg. she liked it this way too - soft, vulnerable. she still said yes to it, but in a different way."
nota mental: retomar notas antigas sobre o problema da interpretação. reanalisar o conceito de devir em heraclito, já que estou com a mão na massa. nota mental acessória: tentar conciliar isto com ida ao dentista.
é bom ler literatura deste calibre na hora de almoço de dias pouco estimulantes. é bom ler literatura deste calibre em estrangeiro, por causa das coisas.
não sei se é bom este livro ostentar no seu interior e na primeira página, a esferográfica preta e numa letra muito certinha, o seguinte:
"don´t take this book too seriously! american women always pretend to be kinky!"
lembro-me perfeitamente do meu comentário para a autora destas palavras: i don't know. i don't know enough about american women, or women in gereral as a matter of fact... i don't know much about kinky. but i know a lot about pretending, so i tell you that, fortunately for both os us, you don't have a clue about what you are talking about.
(*) edição (para aeroporto), em inglês, da warner books. não sei se há relação entre este facto e a circunstância da autora ser filha de um antigo actor de cinema de hollywood. e pres dos states, já agora.
2009/11/12
2009/11/06
2009/11/04
reality tv
diz-me agora na televisão um treinador de uma equipa de futebol feminina:
- estou a ter dificuldades em montar a equipa.
nota minha: há quem tenha o dom da palavra... não se pode ter tudo.
- estou a ter dificuldades em montar a equipa.
nota minha: há quem tenha o dom da palavra... não se pode ter tudo.
"tens que a gramártica!"
dizem as regras da gramática que há coisas que têm que concordar em género e em número (eu sei que coisas são essas mas agora isso não é importante).
após muito tempo e energias gastos na concordância no número, estamos agora num aparente impasse... há uma certa dificuldade na concordância no género.
mais desenvolvimentos sobre a problemática da ménage à trois num futuro mais ou menos próximo...
após muito tempo e energias gastos na concordância no número, estamos agora num aparente impasse... há uma certa dificuldade na concordância no género.
mais desenvolvimentos sobre a problemática da ménage à trois num futuro mais ou menos próximo...
extra!!extra!!extra!!!!!
algo me diz que será por pouco tempo, mas o youtube ainda não censurou o clip do post "belvedere blues"...
se, por acaso, os tipo se armarem, outra vez, em cães com pulgas, o texto fará sentido. eventualmente terá feito sentido em algum tempo.
se, por acaso, os tipo se armarem, outra vez, em cães com pulgas, o texto fará sentido. eventualmente terá feito sentido em algum tempo.
first atempt
primeira tentativa de entrada no maravilhoso mundo da publicidade:
slogan para viagra: abaixo, a reacção!!
sim... eu sei que é parvo. e daí?
por acaso nem é a primeira tentativa. mentes mais atentas (vulgo cromos) serão, eventualmente, conhecedoras de "compre melões no justino!"
slogan para viagra: abaixo, a reacção!!
sim... eu sei que é parvo. e daí?
por acaso nem é a primeira tentativa. mentes mais atentas (vulgo cromos) serão, eventualmente, conhecedoras de "compre melões no justino!"
2009/11/03
projecto sexual de turma
- ó pá, tu é que podes dar a "morfologia do aparelho sexual"... é da tua área...
- pois podia... mas isso não encaixa aqui em lado nenhum...
- pois podia... mas isso não encaixa aqui em lado nenhum...
2009/10/29
2009/10/27
o tempo voa. baixinho, mas voa.
esta bodega do saramago fez-me lembrar do prémio com o mesmo nome. não, não é o prémio bodega, é o prémio saramago.
e isso fez-me lembrar de um post desta casa e respectivos comentários: la piovra.
quer dizer, agora que penso nisso, também se pode ter dado o caso de a ordem mnésica ter sido a inversa em virtude de andar e vadiar pelo mês de janeiro de 2007...
já o post "arquitetura" me provocou risos. não me reconhecer nos meus textos é coisa de valor.
e isso fez-me lembrar de um post desta casa e respectivos comentários: la piovra.
quer dizer, agora que penso nisso, também se pode ter dado o caso de a ordem mnésica ter sido a inversa em virtude de andar e vadiar pelo mês de janeiro de 2007...
já o post "arquitetura" me provocou risos. não me reconhecer nos meus textos é coisa de valor.
2009/10/26
belvedere blues
éh pá... eu posso ser muito coiso, mas não estou a ver a gerrard ou o perry (dead can dance) a deixarem os seus afazeres para me virem assim boicotar o filme. não imagino, a sério, a gerrard a deslargar-se da árvore a que estava abraçada para ir à net censurar-me este piqueno exercício mais ou menos neurótico.
e digo isto, sobre o abraçamento, não sobre a neurose, sem ironia porque, dizem-me, é uma coisa muito linda. por mim confesso, pela segunda vez, que a coisa mais parecida que tive com o abraçar de uma árvore foi um contacto físico com uma rapariga que tinha alguns desafios a vencer no que toca à possibilidade de uma linha de cintura.
se se quiser entrar num mundo de faz-de-conta... imagine-se um filme low-fi em que um tipo, ainda que excepcionalmente bem parecido, se encontra, com um ar triste, a fumar um cigarro num miradouro após o ocaso, que é como quem diz, naquela luz depois do sol-posto. esse tipo não olha para a vista (expressão interessante. a elaborar noutra altura), olha para nada ou, para compensar, olha para os automóveis que passam por detrás da câmara e o iluminam fugidiamente. este efeito de luz confere um tom dramático ma-ra-vi-lho-so a toda a cena que, neste momento, já é acompanhada do som da canção "i can see now" dos dead can dance. o filme era e é isto.
no meu caso, ductilidade pode ser sinónimo de dusktilidade.
e só por causa do editor do blogger me dar erro em ductilidade registe-se que:
dúctil - que pode ser estendido, comprimido e batido sem se partir. em sentido figurativo (onde se podem incluir algumas figuras tristes) - fácil de moldar, dócil.
e só para provar que não sei isto de cor, reparo que no dicionário também aparece o significado da palavra duende - fantasma que, segundo a crendice popular, faz travessuras de noite. e é bom saber isto. nunca se sabe quando encontraremos alguém que nos pergunte "como tem passado" e aí poderemos responder que "tenho andado um bocado aduendado". convém disfarçar quando a pessoa nos disser "constipado, não? nota-se".
agora não tenho tempo, mas ainda vou pensar num disclaimer qualquer para que wmg não me incomode mais.
fuck corporations!
...é que o clip vale mesmo a pena. a música é soberba e, não sei se já o afirmei, o tipo é mesmo extremamente jeitoso.
2009/10/25
2009/10/24
2009/10/21
strange people
alguém comentou o post "stuff"... só para constatar o óbvio!!!
enfim...
mas este:
Que graça teria a vida na Terra sem os "rótvailer"?
pode ser um bom tema. pergunta interessante, não?
enfim...
mas este:
Que graça teria a vida na Terra sem os "rótvailer"?
pode ser um bom tema. pergunta interessante, não?
2009/10/19
2009/10/16
divinitas
A pretty girl in her underwear
A pretty girl in her underwear
If there's anything better in this world
who cares
La mort, c'est la mort
mais l'amour, c'est l'amour
La mort, c'est seulement la mort
mais l'amour, c'est l'amour
the magnetic fields, "underwear"
A pretty girl in her underwear
If there's anything better in this world
who cares
La mort, c'est la mort
mais l'amour, c'est l'amour
La mort, c'est seulement la mort
mais l'amour, c'est l'amour
the magnetic fields, "underwear"
2009/10/15
2009/10/14
it's only rock and roll, but i like it!!!
e se eu fosse fazer algo de útil para a sociedade?
estou cá a pensar que o iogurte líquido, pela necessidade de relativamente vigorosa agitação prévia, deveria ser instituído como bebida oficial das culegas nestes dias assim ainda quentes e isso...
2009/10/12
tudo sobre as eleições
as eleições correram bem.
por sugestão minha, e com o objectivo de fazer diminuir a abstenção, levámos a cabo na nossa única secção de voto, e em simultâneo com o acto eleitoral, um concurso de origami.
o júri foi consensual na consideração de que eram os boletins de voto verde-clarinhos que apresentavam os trabalhos mais bem conseguidos.
de qualquer modo, os prémios atribuídos foram os seguintes:
3º prémio - título: "cisne". autor desconhecido
2º prémio - título: "rã". autor desconhecido
1º prémio - título: omelete de fiambre com orégãos". autor desconhecido
refira-se a menção honrosa para trabalho intitulado "angústia". este trabalho foi considerado nulo para efeitos de classificação em virtude de o autor, violando a lei eleitoral, ter identificado essa mesma autoria.
cidadãos avulso referiram a propósito desta iniciativa, citamos, "este tipo dos óculos redondinhos é um bocado parvo mas inventa umas coisas mais ou menos" e "todos querem é tacho, mas há alguns mais panisgas a pedi-lo".
alguns elementos da mesa de voto confidenciaram, já perto do alvorecer e imediatamente após a contagem dos votos, que "o que lhe tinha custado mais foi destruir o esforço de algumas pessoas mais idosas que tinham feito aviões, certamente devido ao facto de terem nascido na mesma época que a aviação", acrescentando que "e às vezes o voto era nulo ou branco. é de partir o coração".
por sugestão minha, e com o objectivo de fazer diminuir a abstenção, levámos a cabo na nossa única secção de voto, e em simultâneo com o acto eleitoral, um concurso de origami.
o júri foi consensual na consideração de que eram os boletins de voto verde-clarinhos que apresentavam os trabalhos mais bem conseguidos.
de qualquer modo, os prémios atribuídos foram os seguintes:
3º prémio - título: "cisne". autor desconhecido
2º prémio - título: "rã". autor desconhecido
1º prémio - título: omelete de fiambre com orégãos". autor desconhecido
refira-se a menção honrosa para trabalho intitulado "angústia". este trabalho foi considerado nulo para efeitos de classificação em virtude de o autor, violando a lei eleitoral, ter identificado essa mesma autoria.
cidadãos avulso referiram a propósito desta iniciativa, citamos, "este tipo dos óculos redondinhos é um bocado parvo mas inventa umas coisas mais ou menos" e "todos querem é tacho, mas há alguns mais panisgas a pedi-lo".
alguns elementos da mesa de voto confidenciaram, já perto do alvorecer e imediatamente após a contagem dos votos, que "o que lhe tinha custado mais foi destruir o esforço de algumas pessoas mais idosas que tinham feito aviões, certamente devido ao facto de terem nascido na mesma época que a aviação", acrescentando que "e às vezes o voto era nulo ou branco. é de partir o coração".
2009/10/10
2009/10/09
2009/10/08
liga de cavalheiros ordinários
deram-me este conselho:
eu, no teu caso, chegava junto dela e perguntava-lhe:
- já te lamberam hoje?
...
óh, inclemência!! óh, martírio!!!
por vários motivos vou seguir este conselho...
eu, no teu caso, chegava junto dela e perguntava-lhe:
- já te lamberam hoje?
...
óh, inclemência!! óh, martírio!!!
por vários motivos vou seguir este conselho...
ah, bivalente!
ela: A distância faz destas coisas. Desinibe as pessoas.
me: olha que eu sempre me senti desilibinido* ao pé de ti
ela: Não tarda descrevemos os nossos sonhos eróticos!!
me: (ou lá como se diz...)
ela: ou se escreve
me: sonhos eróticos é coisa de menina... os meus são um cadito mais a abrir
ela: Jesus!
me: depois acordo, literalmente, para a dura realidade...
ela: (soltando uma gargalhada) Dura, ainda!
* em publicidade, chama-se a este estratagema product-placing. é só para ninguém poder dizer que isto é tudo à maluca e mais não sei quê...
me: olha que eu sempre me senti desilibinido* ao pé de ti
ela: Não tarda descrevemos os nossos sonhos eróticos!!
me: (ou lá como se diz...)
ela: ou se escreve
me: sonhos eróticos é coisa de menina... os meus são um cadito mais a abrir
ela: Jesus!
me: depois acordo, literalmente, para a dura realidade...
ela: (soltando uma gargalhada) Dura, ainda!
* em publicidade, chama-se a este estratagema product-placing. é só para ninguém poder dizer que isto é tudo à maluca e mais não sei quê...
2009/10/07
2009/10/06
porque tenho trabalho para fazer...
... lembrei-me agora de dizer que até admito que seja um bocado lamechas e que expresso os meus pontos de vista de um modo demasiado brando.
e daí digo também que quem não chorar a ver isto
merece que, após lhe terem sido retirados os olhos e misturados num liquidificador com, aaaaaa..., urina, seja obrigado a beber o líquido morno e alaranjado resultante do processo referido.
e daí digo também que quem não chorar a ver isto
merece que, após lhe terem sido retirados os olhos e misturados num liquidificador com, aaaaaa..., urina, seja obrigado a beber o líquido morno e alaranjado resultante do processo referido.
2009/10/04
post-it
informo-te que encontrei o nosso local bem no centro de um campo em que a erva é alta e verde de primavera que ainda teimosamente subsiste, não fosses tu esquecer-te que eu ainda o procurava.
digo-te que o mar é e pode ser, de facto, azul, não fosses tu pensar que eu tinha sido esquartejado por um urso.
dou-te conhecimento que temo a morte, minha ou alheia, como sempre temi, não fosses tu julgar que eu me tinha entregado a uma nova e menor divindade.
descrever-te-ia as falésias, ilustrar-te-ia estados de alma, tendo o cuidado de ir renovando o bule de chá, traduzi-te-ia a meia-voz a manhã seguinte, quotidianamente, se, pelo menos uma vez, eu conseguisse tornar simples as coisas belas.
viver é, mais tarde ou mais cedo, verter sangue.
digo-te que o mar é e pode ser, de facto, azul, não fosses tu pensar que eu tinha sido esquartejado por um urso.
dou-te conhecimento que temo a morte, minha ou alheia, como sempre temi, não fosses tu julgar que eu me tinha entregado a uma nova e menor divindade.
descrever-te-ia as falésias, ilustrar-te-ia estados de alma, tendo o cuidado de ir renovando o bule de chá, traduzi-te-ia a meia-voz a manhã seguinte, quotidianamente, se, pelo menos uma vez, eu conseguisse tornar simples as coisas belas.
viver é, mais tarde ou mais cedo, verter sangue.
2009/10/03
2009/10/02
posso estar enganado...
... mas deve ser um bocado triste assistirmos à velhice dos nossos filhos.
e isto a propósito de uma senhora que, aparentemente sem fazer mal a ninguém, comemora hoje 110 anos de vida.
e isto a propósito de uma senhora que, aparentemente sem fazer mal a ninguém, comemora hoje 110 anos de vida.
2009/10/01
lapsus linguae
sobre eleições...
ela - um país com uma abstinência tão elevada não pode ser saudável...
eu - concordo em absoluto!!!
ela - um país com uma abstinência tão elevada não pode ser saudável...
eu - concordo em absoluto!!!
little things
coisas boas da vida:
portáteis, internet, acesso a rádios online...
e a voz da inês meneses de manhã.
a inês meneses de manhã está ao nível da sofia morais (xfm forever) à noite. ou a qualquer hora. ou então sou eu que estou velho.
portáteis, internet, acesso a rádios online...
e a voz da inês meneses de manhã.
a inês meneses de manhã está ao nível da sofia morais (xfm forever) à noite. ou a qualquer hora. ou então sou eu que estou velho.
2009/09/29
projecto familiar
a senhora minha mãe faz questão que eu toque isto... "logo se vê quem canta, mas tu podes bem cantar isto", diz ela. pode ser, se não me custar...
Minh’alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Minh’alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Anda à mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Anda à mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
É o que minh’alma te dá
Quando de amor por ti chora
É o que minh’alma te dá
Quando de amor por ti chora
Se eu um dia te perder
Jurarei virado aos céus
Se eu um dia te perder
Jurarei virado aos céus
E os perdões que Deus me der
Meu amor são todos teus
E os perdões que Deus me der
Meu amor são todos teus
É uma causa perdida
O ser proibido amar
É uma causa perdida
O ser proibido amar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar.
é de antónio dos santos (fadista que eu desconhecia)
as mães são tramadas, às vezes.
Minh’alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Minh’alma de amor sedenta
Barco sem rumo e sem Deus
Anda à mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Anda à mercê da tormenta
Desse mar dos olhos teus
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
Essa dádiva total
Que me pedes hora a hora
É o que minh’alma te dá
Quando de amor por ti chora
É o que minh’alma te dá
Quando de amor por ti chora
Se eu um dia te perder
Jurarei virado aos céus
Se eu um dia te perder
Jurarei virado aos céus
E os perdões que Deus me der
Meu amor são todos teus
E os perdões que Deus me der
Meu amor são todos teus
É uma causa perdida
O ser proibido amar
É uma causa perdida
O ser proibido amar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar
Quem perde um amor na vida
Jamais devia cantar.
é de antónio dos santos (fadista que eu desconhecia)
as mães são tramadas, às vezes.
2009/09/28
sexo à portuguesa
andava eu numa pesquisa acerca de tom sharpe (de quem ainda me falta ler alguns títulos) e fui parar a um sítio que, à laia de esclarecimento da expressão "sexo à portuguesa" usada por josé rodrigues dos santos, apresentava isto:
sexo à portuguesa, para quem não sabe, é uma coisa que pode envolver erecções gigantescas provocadas pela simples sugestão de uma sopa de peixe feita com leite saído directamente das mamas de uma estudante de erasmus sueca. (1)
ora, eu nem me considero assim tenrinho nem nada, mas o texto supra apresentado pode ser assustador.
mas isto vem torto (salvo seja) logo de início. "sexo à portuguesa" está demasiado próximo do cozido. diz-se que bulhão pato não era só famoso pelas suas amêijoas, também o era pelo seu famoso "sexo à bulhão pato".
ficarei por aqui, dado que são assuntos que eu não domino (sexo e literatura). mas ninguém espera muito mais de um tipo que tem um blog chamado carapauscoisos.
registo só o ligeiro arrepio provocado por esta específica justaposição de palavras. singularizando, nada tenho contra nenhum dos conceitos indicados. erecções gigantescas acredito que existam (vi um filme uma vez...), sopa de peixe gosto (sei fazer sopa de cação e tudo), leite - nada contra, mamas e suecas prescindo, por motivos, espero, óbvios, de comentar. enfim...
lembrei-me agora de outra coisa meio bizarra, a propósito do leite.
no domingo passado, na voltinha de bike, passámos por um namoródromo. os habituais tissues, kleenexes, preservativos, etc... mas algo se destacava: uma embalagem vazia de leite gresso. o tiago, com a acutilância que o caracteriza (colocar ironia a gosto): olha, este recarrega.
(1) - se forem coisinhos ao ponto de querer saber onde estava isto, basta googlar. digo eu...
sexo à portuguesa, para quem não sabe, é uma coisa que pode envolver erecções gigantescas provocadas pela simples sugestão de uma sopa de peixe feita com leite saído directamente das mamas de uma estudante de erasmus sueca. (1)
ora, eu nem me considero assim tenrinho nem nada, mas o texto supra apresentado pode ser assustador.
mas isto vem torto (salvo seja) logo de início. "sexo à portuguesa" está demasiado próximo do cozido. diz-se que bulhão pato não era só famoso pelas suas amêijoas, também o era pelo seu famoso "sexo à bulhão pato".
ficarei por aqui, dado que são assuntos que eu não domino (sexo e literatura). mas ninguém espera muito mais de um tipo que tem um blog chamado carapauscoisos.
registo só o ligeiro arrepio provocado por esta específica justaposição de palavras. singularizando, nada tenho contra nenhum dos conceitos indicados. erecções gigantescas acredito que existam (vi um filme uma vez...), sopa de peixe gosto (sei fazer sopa de cação e tudo), leite - nada contra, mamas e suecas prescindo, por motivos, espero, óbvios, de comentar. enfim...
lembrei-me agora de outra coisa meio bizarra, a propósito do leite.
no domingo passado, na voltinha de bike, passámos por um namoródromo. os habituais tissues, kleenexes, preservativos, etc... mas algo se destacava: uma embalagem vazia de leite gresso. o tiago, com a acutilância que o caracteriza (colocar ironia a gosto): olha, este recarrega.
(1) - se forem coisinhos ao ponto de querer saber onde estava isto, basta googlar. digo eu...
volare...
- esta abstenção é uma indignidade para este país, não é?
- olha... uma vez, eu e o meu tio estávamos a partir ferro-fundido com uma marreta. eram volantes de um lagar. houve um pedaço pequeno de ferro que, após a pancada, se soltou do bloco onde estava e foi alojar-se no antebraço do meu tio, aproximadamente a 1cm de profundidade. fez um pequeno orifício que quase nem sangrou. nunca me esqueci desse dia...
- tu, com esses phones, não ouves nada do que dizemos...
- isso não é verdade.
- olha... uma vez, eu e o meu tio estávamos a partir ferro-fundido com uma marreta. eram volantes de um lagar. houve um pedaço pequeno de ferro que, após a pancada, se soltou do bloco onde estava e foi alojar-se no antebraço do meu tio, aproximadamente a 1cm de profundidade. fez um pequeno orifício que quase nem sangrou. nunca me esqueci desse dia...
- tu, com esses phones, não ouves nada do que dizemos...
- isso não é verdade.
2009/09/25
ainda existe o incógnito?
ele passava muitas vezes a noite sozinho, no bar ou no piso superior... observava tudo, via, ouvia, absorvia tudo. até que o absinto a que a luz negra do local dava uma tonalidade peculiar começava a a produzir os seus efeitos e tudo era como que envolvido por uma espécie de neblina clarificante, inversora dos efeitos de doppler e de gauss ao mesmo tempo. e ele permanecia sozinho, tudo vendo muito mais e melhor.
de vez em quando ela aparecia, com os seus caracóis meio ruivos e o seu ar sério que parecia sorrir. e ela via-o ao mesmo tempo que ele a via. ela bebia vinho tinto. sempre. ela circulava pelo bar, pela cave-de-dança... parecia sentir-se no seu elemento. e via-o a vê-la.
no único dia em que ele não se apercebeu da sua chegada sentiu um ligeiro toque nos rins:
- ora cá está o rapaz da bebida azul-turquesa...
- ora cá estás tu... - este "tu" teve uma ligeira inflexão, quase imperceptível. o sorriso dela começou a transformar-se. o rosto dela contraiu-se a um ponto extremo mas quase sem alterar a sua expressão. algo semelhante à revelação de uma fotografia, num certo sentido.
ele sempre julgara o seu sorriso triste. ela sorria muito, conhecia sempre alguém entre os circulantes. quando ela lhe sorria nascia nele uma espécie de desconforto. a sua timidez e a tristeza dela...
- foi a melhor coisa que me poderias ter dito... muito melhor do que te teres apresentado ou pedido que me apresentasse.
- eu sei. - disse ele, com uma sinceridade que não lhe era nada habitual... e de um modo que nunca mais repetiu ("lhe levaria anos a recuperar" na versão original), ordenou: vamos sair daqui!
zzzzzzzzzzzzz, parte LVIII
calhou ir ver o primeiro setembro deste blog...
é-se e nunca se é sempre a mesma pessoa.
é-se e nunca se é sempre a mesma pessoa.
2009/09/24
2009/09/22
talvez brincar ao b.e. ...
é isso!
vou até casa, estendo a roupa, faço um mojito e instalo-me no scriptorium.
diz que o trabalho tem propriedades dignificatórias...
ou isso ou parar no café para beber uma bejeca e ver do tal papel do parecer do tribunal e o catano!
podia tentar fazer umas chicken fajitas para o jantar...
ou jogging, agora que as bikes estão maradas.
...
nota mental: comprar mortalhas.
vou até casa, estendo a roupa, faço um mojito e instalo-me no scriptorium.
diz que o trabalho tem propriedades dignificatórias...
ou isso ou parar no café para beber uma bejeca e ver do tal papel do parecer do tribunal e o catano!
podia tentar fazer umas chicken fajitas para o jantar...
ou jogging, agora que as bikes estão maradas.
...
nota mental: comprar mortalhas.
interlúdico
estive, para desopilar, a ver uma coisa celta e assim...
havia uma senhora que cantava em gaélico... sei que era gaélico porque soava mesmo a gaélico, por isso estava-se mesmo a ver que era gaélico. e havia um poema que, pareceu-me, tinha um tom meio a dar para o épico-marcial-nacionalista que acabava assim:
i am the master of my fate,
i am the captain of my soul
havia uma senhora que cantava em gaélico... sei que era gaélico porque soava mesmo a gaélico, por isso estava-se mesmo a ver que era gaélico. e havia um poema que, pareceu-me, tinha um tom meio a dar para o épico-marcial-nacionalista que acabava assim:
i am the master of my fate,
i am the captain of my soul
2009/09/21
integração
hoje senti-me um poucochinho deslocado naquela reunião...
trata-se de um homem habituado a controlar tudo, rodeado de yes-men... de modo que, quando ele perguntou se havia alguma objecção, tive muito gosto em dizer: SIM!...
isto um homem sentir-se integrado é muito reconfortante...
trata-se de um homem habituado a controlar tudo, rodeado de yes-men... de modo que, quando ele perguntou se havia alguma objecção, tive muito gosto em dizer: SIM!...
isto um homem sentir-se integrado é muito reconfortante...
belvedere
sinto-me coiso.
há já algum tempo que me ando a sentir assim coiso...
há algo indeterminado que me anuncia que estou a voltar ao meu estado habitual...
o homem é um animal de hábitos e eu, vá-se lá saber como, também o sou. talvez mais animal do que de hábitos, mas mesmo assim...
escrevi num papel, há uns anos, que desassossego é aquilo que se sente quando não nos conseguimos habituar ao nosso estado habitual.
nesse mesmo papel escrevi também algumas considerações sobre o "estado normal - desdobramento indagatório"... a pessoa que leu o papel apenas disse: tu, quando escreves estas coisas estás no teu estado normal? respondi-lhe que não, mas não (nem sempre, talvez) no sentido de embriagado. antes na constatação de a única possibilidade ser a de um princípio de a-normalidade que me subjaza.
ela disse que eu era parvo e eu concordei. disse-lhe que tinha as orelhas muito bonitas, enquanto jantávamos. achei-lhe jeito.
eu sou doente... tenho a ideia fraquinha... fico em pouco, muitas vezes...
um dia destes vão dar o meu nome a uma rua e vão erguer-me uma estátua (escala 2:1) na praça nobre. as placas toponímicas serão de cartolina e o devaneio tridimensional supramencionado será de papel-cenário. e tudo só por causa das coisas. exemplo de coisa: achar piada a um título de um post ("l'amour é mas é o caralho!", no blog do irmão lúcia) e achar piada ao esforço necessário para conseguir coisas...
estou, neste momento, sozinho no meu local de trabalho. não é novidade, isto. acontecia-me amiúde lá...
afinal ainda não perdi totalmente a capacidade de reconhecer coisas boas nas coisas.
dizia eu: estou sozinho. há um relógio de parede com um muito audível tiquetaque (imagine-se um tló-tlê abafado como onomatopeia e a coisa faz-se)... tudo está calmo. o entardecer está muito visível pela janela grande. vejo o perfil da serra. depois daquele monte há outro, depois há outro, depois outro ainda, difícil de subir, quando se vem de bicicleta dos lados da EN1, que ainda foi ontem que me meti nessa empreitada, mas a seguir desse, quase, é o mar.
vou aproveitar este tempo para fazer aqui coisas até esta hora.
está-se muito bem aqui assim.
...
um dia destes vou aperceber-me de que estou a morrer e, diferentemente de tudo o que eu penso que pensarei naquele momento, não sentirei medo. sentirei talvez vergonha. sentirei pena.
há já algum tempo que me ando a sentir assim coiso...
há algo indeterminado que me anuncia que estou a voltar ao meu estado habitual...
o homem é um animal de hábitos e eu, vá-se lá saber como, também o sou. talvez mais animal do que de hábitos, mas mesmo assim...
escrevi num papel, há uns anos, que desassossego é aquilo que se sente quando não nos conseguimos habituar ao nosso estado habitual.
nesse mesmo papel escrevi também algumas considerações sobre o "estado normal - desdobramento indagatório"... a pessoa que leu o papel apenas disse: tu, quando escreves estas coisas estás no teu estado normal? respondi-lhe que não, mas não (nem sempre, talvez) no sentido de embriagado. antes na constatação de a única possibilidade ser a de um princípio de a-normalidade que me subjaza.
ela disse que eu era parvo e eu concordei. disse-lhe que tinha as orelhas muito bonitas, enquanto jantávamos. achei-lhe jeito.
eu sou doente... tenho a ideia fraquinha... fico em pouco, muitas vezes...
um dia destes vão dar o meu nome a uma rua e vão erguer-me uma estátua (escala 2:1) na praça nobre. as placas toponímicas serão de cartolina e o devaneio tridimensional supramencionado será de papel-cenário. e tudo só por causa das coisas. exemplo de coisa: achar piada a um título de um post ("l'amour é mas é o caralho!", no blog do irmão lúcia) e achar piada ao esforço necessário para conseguir coisas...
estou, neste momento, sozinho no meu local de trabalho. não é novidade, isto. acontecia-me amiúde lá...
afinal ainda não perdi totalmente a capacidade de reconhecer coisas boas nas coisas.
dizia eu: estou sozinho. há um relógio de parede com um muito audível tiquetaque (imagine-se um tló-tlê abafado como onomatopeia e a coisa faz-se)... tudo está calmo. o entardecer está muito visível pela janela grande. vejo o perfil da serra. depois daquele monte há outro, depois há outro, depois outro ainda, difícil de subir, quando se vem de bicicleta dos lados da EN1, que ainda foi ontem que me meti nessa empreitada, mas a seguir desse, quase, é o mar.
vou aproveitar este tempo para fazer aqui coisas até esta hora.
está-se muito bem aqui assim.
...
um dia destes vou aperceber-me de que estou a morrer e, diferentemente de tudo o que eu penso que pensarei naquele momento, não sentirei medo. sentirei talvez vergonha. sentirei pena.
2009/09/16
élan delon
hoje, na leitura de um documento que, pretende-se, deveria ajudar uma pessoa a fazer o seu trabalho com maior facilidade, encontrei uma palavra muito linda: empowerment. mas não foi isso que me trouxe aqui.
foi antes o verbo elicitar.
não o conhecia. a mecinha do lado também não e dedicou-se à semi-nobre tarefa de arriscar uma definição a partir do contexto.
fui ao dicionário e fiquei a conhecer. dei-lho a conhecer....
ela: pois... é mais ou menos o que eu estava a dizer... é fazer vir.
eu: hummm... fazer vir... interessante.
ela riu-se.
eu: olha... critica-se aqui que "os elementos são compilados de modo esporádico e não contínuo"... compilar de modo esporádico parece-me um bom princípio, em geral...
ela: não me faças rir!
eu: pois... ao fazer-te rir já estou a ilicitar.
foi antes o verbo elicitar.
não o conhecia. a mecinha do lado também não e dedicou-se à semi-nobre tarefa de arriscar uma definição a partir do contexto.
fui ao dicionário e fiquei a conhecer. dei-lho a conhecer....
ela: pois... é mais ou menos o que eu estava a dizer... é fazer vir.
eu: hummm... fazer vir... interessante.
ela riu-se.
eu: olha... critica-se aqui que "os elementos são compilados de modo esporádico e não contínuo"... compilar de modo esporádico parece-me um bom princípio, em geral...
ela: não me faças rir!
eu: pois... ao fazer-te rir já estou a ilicitar.
back to basics
- sebenta em cima da mesa
- headphones elitistas (sim, eu gosto das tascas do povo mas dispenso ouvir comentar futebol e/ou novelas. gossip se e só se não conhecer as pessoas de cuja vida se fala). música oscilante entre o maníaco e o depressivo.
- cerveja (por falta de companhia)
tenho, neste momento, saudades de tantas coisas...
por exemplo, e dado que chegou a cabidela:
"... we assassinate a chicken..."
há vários tipos de almoços regulares na minha vida:
almoços proletários, universitários, volantes, flutuantes, profissionais, banais, internacionais e outras coisas mais. tenho saudades de todos, talvez...
sou o único cliente nesta tasca, devido à hora mais tardia, suponho. não desgosto deste pormenor. há algo de encantatório na visão solitária de uma chávena de café...
lembro-me dos desenhos animados do marco, um obscuro professor que parte para a argentina em busca de um bagaço feito em casa que o abandonou, sozinho, à sua sorte...
era um porto, italiano, mesmo ao pé das montanhas...
- headphones elitistas (sim, eu gosto das tascas do povo mas dispenso ouvir comentar futebol e/ou novelas. gossip se e só se não conhecer as pessoas de cuja vida se fala). música oscilante entre o maníaco e o depressivo.
- cerveja (por falta de companhia)
tenho, neste momento, saudades de tantas coisas...
por exemplo, e dado que chegou a cabidela:
"... we assassinate a chicken..."
há vários tipos de almoços regulares na minha vida:
almoços proletários, universitários, volantes, flutuantes, profissionais, banais, internacionais e outras coisas mais. tenho saudades de todos, talvez...
sou o único cliente nesta tasca, devido à hora mais tardia, suponho. não desgosto deste pormenor. há algo de encantatório na visão solitária de uma chávena de café...
lembro-me dos desenhos animados do marco, um obscuro professor que parte para a argentina em busca de um bagaço feito em casa que o abandonou, sozinho, à sua sorte...
era um porto, italiano, mesmo ao pé das montanhas...
2009/09/14
2009/09/12
advérsio de modo
o silêncio é muito comum nos homens sábios. é até, de certa forma, um atestado de sabedoria.
por quê falar sobre o mundo se as palavras não são fieis àquilo que pretendem designar e o mundo é constante mudança e nunca permanece?
escrever sobre a vida, o amor, a ambição, a glória, a caridade é escrever e escrever é uma forma cristalizante de falar.
esta e outras coisas podem ser alvo de reflexão enquanto se descasca, ininterrupta e rotativamente, uma maçã. enquanto se admira a helicoidal substância vegetal daí resultante.
ou quando se vê na televisão que uma escavação arqueológica desenterrou algures uma espada muito destruída pelo remorso.
por quê falar sobre o mundo se as palavras não são fieis àquilo que pretendem designar e o mundo é constante mudança e nunca permanece?
escrever sobre a vida, o amor, a ambição, a glória, a caridade é escrever e escrever é uma forma cristalizante de falar.
esta e outras coisas podem ser alvo de reflexão enquanto se descasca, ininterrupta e rotativamente, uma maçã. enquanto se admira a helicoidal substância vegetal daí resultante.
ou quando se vê na televisão que uma escavação arqueológica desenterrou algures uma espada muito destruída pelo remorso.
2009/09/11
diz-me quem és e dir-te-ei quem também és
gostar de alguém por alguém e gostar de gostar.
gostar de si por gostar de outrem.
alteramorintra.
ser por gostar e ser esse gosto.
ser-se outro em si.
"diz-me quem és e dir-te-ei quem também és".
o texto(?) supra é dedicado a todas as poucas pessoas que me dão a honra de ser minhas amigas. pessoas essas de quem eu gosto, a quem admiro, de quem espero sempre o melhor e vejo, sistematicamente, essa expectativa confirmada, a quem desejo sempre o melhor dos mundos possíveis e/ou que, se desejarem impossíveis, que sejam felizes nesse desejo.
o importante é, neste caso, a dedicatória, já que a dedicação é menos visível. mas existe.
gostar de si por gostar de outrem.
alteramorintra.
ser por gostar e ser esse gosto.
ser-se outro em si.
"diz-me quem és e dir-te-ei quem também és".
o texto(?) supra é dedicado a todas as poucas pessoas que me dão a honra de ser minhas amigas. pessoas essas de quem eu gosto, a quem admiro, de quem espero sempre o melhor e vejo, sistematicamente, essa expectativa confirmada, a quem desejo sempre o melhor dos mundos possíveis e/ou que, se desejarem impossíveis, que sejam felizes nesse desejo.
o importante é, neste caso, a dedicatória, já que a dedicação é menos visível. mas existe.
2009/09/10
aviso
este blog está temporariamente (supõe-se) suspenso por uma única e exclusiva razão:
há, para variar, um assunto sobre o qual eu queria escrever. e não consigo.
em termos gerais, o tema é a amizade.
há, para variar, um assunto sobre o qual eu queria escrever. e não consigo.
em termos gerais, o tema é a amizade.
2009/09/08
co-naturalidade
e é neste momento de lua alta que ele se lembra, mesmo nunca o tendo esquecido:
a extraordinária capacidade de ela o surpreender na sua beleza, sempre igual e sempre diferente, como bela que era.
ela sabia-o.
ele sempre o soube.
ela não se lembrava dele nos anos oitenta.
ele acabara de nascer.
e qualquer coisa disso coube num abraço que, após tantos anos, parecia de sempreagora.
e, acto contínuo, foram comer lulas grelhadas... uma espécie de homenagem a um homem que nunca fumou um cigarro. geralmente fumava vários ao mesmo tempo.
passar-se-iam anos até se reencontrarem de novo.
nada mais natural, podemos nós, agora, reconhecer. agora é fácil.
a extraordinária capacidade de ela o surpreender na sua beleza, sempre igual e sempre diferente, como bela que era.
ela sabia-o.
ele sempre o soube.
ela não se lembrava dele nos anos oitenta.
ele acabara de nascer.
e qualquer coisa disso coube num abraço que, após tantos anos, parecia de sempreagora.
e, acto contínuo, foram comer lulas grelhadas... uma espécie de homenagem a um homem que nunca fumou um cigarro. geralmente fumava vários ao mesmo tempo.
passar-se-iam anos até se reencontrarem de novo.
nada mais natural, podemos nós, agora, reconhecer. agora é fácil.
etilicidade 31092009
aparentemente foi a mim que tudo aconteceu...
foi a mim que a bike (outra vez) deixou a pé, fui eu que fiz a caipirinha, i.e, fui eu que dei o maior contributo a essa nobre causa.
a minha irmã fez hoje quarenta anos. a minha irmã mais nova!!!
tratámo-nos bem, os dois.
adormeci a pensar na praia. aliás, passei o dia todo a pensar na praia.
acordei sozinho, na rede, debaixo dos pinheiros.
a minha irmã apareceu-me, comunicando-me que a coisa até correu mal, canto gregoriano incluído... não lhe fica mal este tipo de iniciativa, especialmente agora, 17 kg depois. até quase parece mais nova do que eu.
inquiro sobre o people: os putos na piscina, a senhora sua mãe algures perto deles...
preparo-me para ir com A. até ao local onde se criam os porcos semi-selvagens. levamos coisas várias para eles comerem, tipo as cascas do melão (parece que as galinhas não comem as cascas do melão), ossos, restos de salada... a constatação, naquele momento, do carácter tão assumidamente omnívoro dos animais deixa-me ligeiramente indisposto. felizmente ainda há caipirinha.
a aguardente, feita em casa, queima-me os lábios, previamente queimados pelo sol pedestre de empurramento ciclístico em dia não. vou, portanto...
banda sonora: mazgani
foi a mim que a bike (outra vez) deixou a pé, fui eu que fiz a caipirinha, i.e, fui eu que dei o maior contributo a essa nobre causa.
a minha irmã fez hoje quarenta anos. a minha irmã mais nova!!!
tratámo-nos bem, os dois.
adormeci a pensar na praia. aliás, passei o dia todo a pensar na praia.
acordei sozinho, na rede, debaixo dos pinheiros.
a minha irmã apareceu-me, comunicando-me que a coisa até correu mal, canto gregoriano incluído... não lhe fica mal este tipo de iniciativa, especialmente agora, 17 kg depois. até quase parece mais nova do que eu.
inquiro sobre o people: os putos na piscina, a senhora sua mãe algures perto deles...
preparo-me para ir com A. até ao local onde se criam os porcos semi-selvagens. levamos coisas várias para eles comerem, tipo as cascas do melão (parece que as galinhas não comem as cascas do melão), ossos, restos de salada... a constatação, naquele momento, do carácter tão assumidamente omnívoro dos animais deixa-me ligeiramente indisposto. felizmente ainda há caipirinha.
a aguardente, feita em casa, queima-me os lábios, previamente queimados pelo sol pedestre de empurramento ciclístico em dia não. vou, portanto...
banda sonora: mazgani
old friendship
- temos segredos agora, é?
- há tanta coisa que eu queria ter contigo sem ser segredos...
- há tanta coisa que eu queria ter contigo sem ser segredos...
customs officer
(falava-se de tráfico de droga. de correios. de apreensões em aeroportos)
reese - man swallow, women stuff...
someone - why is that?
reese - ...
(risos meus e dela)
reese - man swallow, women stuff...
someone - why is that?
reese - ...
(risos meus e dela)
2009/09/07
modus operandi
deveria fazer sempre assim:
vai-se à praia na véspera da apresentação, queimam-se os lábios e, muito importante, não se arranja batôn do cieiro (ou lá o que é)...
em vez disso, usa-se, ostensivamente, um produto que, se não me falha a memória, se chama:
FRUIT KISS LIP GLOSS
e apreciam-se as silenciosas reacções.
vai-se à praia na véspera da apresentação, queimam-se os lábios e, muito importante, não se arranja batôn do cieiro (ou lá o que é)...
em vez disso, usa-se, ostensivamente, um produto que, se não me falha a memória, se chama:
FRUIT KISS LIP GLOSS
e apreciam-se as silenciosas reacções.
french pedicure
nem posso dizer que haja algo que se destaque...
eventualmente os olhos, a estrutura óssea do rosto, a forma velada de sorrir... reminiscências de um cerco antigo, talvez.
fixei a minha atenção nos pés.
a generosidade do decote terá que passar para um plano secundário.
(excepto agora, neste instante, que eu não sou mal agradecido)
...
é daquelas coisas sobre as quais não penso, ou, se penso, é num plano acima ou abaixo de qualquer racionalidade.
...
apercebo-me que a minha primeira impressão dos pés foi prematura, mas não está mal para quem tem uma filha na festa do avante.
continuo com dor de cabeça. vou passar à caipirinha!
eventualmente os olhos, a estrutura óssea do rosto, a forma velada de sorrir... reminiscências de um cerco antigo, talvez.
fixei a minha atenção nos pés.
a generosidade do decote terá que passar para um plano secundário.
(excepto agora, neste instante, que eu não sou mal agradecido)
...
é daquelas coisas sobre as quais não penso, ou, se penso, é num plano acima ou abaixo de qualquer racionalidade.
...
apercebo-me que a minha primeira impressão dos pés foi prematura, mas não está mal para quem tem uma filha na festa do avante.
continuo com dor de cabeça. vou passar à caipirinha!
2009/09/05
século XXI
é quando nos informam, via msn, que estão com sono e que querem (ainda) um beijo de boa noite.
bem... vou descer as escadas. volto já.
bem... vou descer as escadas. volto já.
2009/09/03
real politik
noir diz:
podia dizer, a la luther king, que tinha um dream... mas nem é bem o caso
olha que linda frase
antónio f. diz:
maravilhosa... digamos que o hábito favorece o calo
noir diz:
ou o hálito não faz o galo
podia dizer, a la luther king, que tinha um dream... mas nem é bem o caso
olha que linda frase
antónio f. diz:
maravilhosa... digamos que o hábito favorece o calo
noir diz:
ou o hálito não faz o galo
2009/09/01
plano de emergência*
hoje fiquei a saber onde está situado, em caso de aflição, o ponto de evacuação.
* ou "hora de aperto"
* ou "hora de aperto"
2009/08/28
ménage
com isto de coiso, deu-me para arrumar o scriptorium... não que estivesse precisado, afinal está há quase um ano na mesma e nunca se queixou.
mas o importante(?) da coisa foi a descoberta de duas, melhor, uma e meia, sendo que a uma não está bem cheia... digamos, 1,32 sebentas que estavam parlá.
há lá algumas coisas meio outdated, mas a maioria dos textos mantém a tonalidade de sempre.
dado que é raríssima qualquer referência temporal, é difícil determinar com exactidão o tempo em que foram escritas (a maioria são desenhos, aliás). 2005 é uma hipótese... com calma, algumas coisas poderão aparecer por aqui.
fica, portanto, a ameaça...
mas o importante(?) da coisa foi a descoberta de duas, melhor, uma e meia, sendo que a uma não está bem cheia... digamos, 1,32 sebentas que estavam parlá.
há lá algumas coisas meio outdated, mas a maioria dos textos mantém a tonalidade de sempre.
dado que é raríssima qualquer referência temporal, é difícil determinar com exactidão o tempo em que foram escritas (a maioria são desenhos, aliás). 2005 é uma hipótese... com calma, algumas coisas poderão aparecer por aqui.
fica, portanto, a ameaça...
2009/08/27
jovem!!!
- abres bem as pernas?
- levantas bem o rabo?
- transportas uma agulha de crochet para ajeitares as rastas?
então és cool!
bora beber uma mine?
- levantas bem o rabo?
- transportas uma agulha de crochet para ajeitares as rastas?
então és cool!
bora beber uma mine?
ir aos arquivos não é mau...
há lá coisas com uma certa categoria.
na esteira da senda da arte de trocadilhismo, encontrei um dos melhores postas de todos os tempos.
tem por título "blow"...
na esteira da senda da arte de trocadilhismo, encontrei um dos melhores postas de todos os tempos.
tem por título "blow"...
2009/08/26
2009/08/25
bowen island music festival drunken moment
- did she drop the microphone?
- i don't think so...
- oh... her plug fell off...
- it happens...
- ...
(risos)
- i don't think so...
- oh... her plug fell off...
- it happens...
- ...
(risos)
2009/08/24
milestone conversations, XXXVII
- my daughter will start this september her accordion classes...
- why accordion? how far do you think she´ll go playing the accordion?!
- i don't know. i don't really care. it's good discipline and she can play with me, i guess... besides, it's sorta like the cello: it's a sexy instrument for a girl. it's played with open legs and all...
- do you want your daughter to be sexy?!!
- of course! i want her to be happy... and i believe she'll be happier if she feels sexy! and also if she can play some fucking musical instrument! fuck!!
- why accordion? how far do you think she´ll go playing the accordion?!
- i don't know. i don't really care. it's good discipline and she can play with me, i guess... besides, it's sorta like the cello: it's a sexy instrument for a girl. it's played with open legs and all...
- do you want your daughter to be sexy?!!
- of course! i want her to be happy... and i believe she'll be happier if she feels sexy! and also if she can play some fucking musical instrument! fuck!!
always here miles away
- então, voltaste?
- parece que sim.
- que tal?
- nada. agora nada.
- perguntava-te como foi...
- parece que sim.
- que tal?
- nada. agora nada.
- perguntava-te como foi...
asma
... por isso ele teve que regressar da irlanda.
não se deu bem com a humidade do local. logo agora que até tinha deixado de fumar.
seja como for, voltou. parece que tem que fazer uns tratamentos.
tem que fazer...
e ainda pode.
não fora esta chatice agora e ele podia ter morrido com os outros.
e ainda há gente que diz que percebe a vida...
não se deu bem com a humidade do local. logo agora que até tinha deixado de fumar.
seja como for, voltou. parece que tem que fazer uns tratamentos.
tem que fazer...
e ainda pode.
não fora esta chatice agora e ele podia ter morrido com os outros.
e ainda há gente que diz que percebe a vida...
shure... i got guitars... got the lyrics...
mas isto que se segue... isto é que está fora de questão!
One kiss from me and you'll see God
for we are the king of the boudoir, we are
and the king doesn't like to wait.
digo eu... sóbrio...
2009/08/23
2009/08/22
dreamcatcher... this could be my thing
um tipo chamado soaring eagle faz uns objectos interessantes a que dá o nome de dreamcatchers.
são pequenos círculos com uma pequena teia e vários motivos índios, elaborados a partir de pele, penas e ossos de vários animais, que se destinam a ser pendurados sobre o leito ou, dada a arquitectura ocidental (we don't live in "big houses"* anymore), sobre a porta de entrada do quarto.
justificação:
it is said that in the night air there are good dreams and bad dreams. the dreamcatcher allows the good dreams to pass trough the web and drift down to the one sleeping below. bad dreams become hopelessly tangled in the web, where they perish at the first light of dawn.
* cabanas comunitárias onde viviam várias famílias (e onde a circulação nocturna entre camas era livre). será desnecessário referir que a noção de "bad dream" nada tem a ver com a moral cristã...
são pequenos círculos com uma pequena teia e vários motivos índios, elaborados a partir de pele, penas e ossos de vários animais, que se destinam a ser pendurados sobre o leito ou, dada a arquitectura ocidental (we don't live in "big houses"* anymore), sobre a porta de entrada do quarto.
justificação:
it is said that in the night air there are good dreams and bad dreams. the dreamcatcher allows the good dreams to pass trough the web and drift down to the one sleeping below. bad dreams become hopelessly tangled in the web, where they perish at the first light of dawn.
* cabanas comunitárias onde viviam várias famílias (e onde a circulação nocturna entre camas era livre). será desnecessário referir que a noção de "bad dream" nada tem a ver com a moral cristã...
snug cove - bowen island
tu ias adorar isto:
- pai nos teclados
- mãe na guitarra acústica
- filha no violino
cenário:
baía, junto à marina.
som suave de voz... tudo...
e tudo contaminado pelos risos do pessoal (nem tanto pela sangria mais-do-que-aldrabada)
the hemp conversation.
the deck joke.
e eu estou com uma fome de cão.
tirei isto no warm-up:
- pai nos teclados
- mãe na guitarra acústica
- filha no violino
cenário:
baía, junto à marina.
som suave de voz... tudo...
e tudo contaminado pelos risos do pessoal (nem tanto pela sangria mais-do-que-aldrabada)
the hemp conversation.
the deck joke.
e eu estou com uma fome de cão.
tirei isto no warm-up:
tudo sobre mulheres casadas
d - ... after one kid or two they let themselves go.
me - shit! now that's one thing that can be misunderstood!
me - shit! now that's one thing that can be misunderstood!
scavengers abroad
a fictional tale from a puritan country
está próximo o dia, suponho...
não faltará muito tempo (talvez tenha sido o sentido de urgência que nos ligou desde o início) para que me digas "não fiques triste" sem me dizeres onde estás...
di-lo-ás convictamente, com uma verdade difícil de encontrar na ligação entre as palavras e o seu significado. di-lo-ás a meia voz, na intensidade e modulação permitidas pelo recurso à pequena parcela da tua consciência que não se encontra submergida pelo prazer intenso.
"não fiques triste".
eu eu não fico triste. tristemente, não fico triste. (... também pode ter sido um certo sentido de impotência. uma impotência exterior...)
amo-te agora.
amas-me agora, simetricamente.
amo também (como tu. exactamente como tu: não amando) o homem que arremete contra o teu corpo, que te prende pelas ancas, que te... (como consegues tu ainda segurar o telefone?)... o homem que te trata como ninguém. percebes? como ninguém, como nada, como nem quase-coisa... não é fácil, isso. tu és difícil. o esforço que é preciso fazer para que te possas sentir tu!
não fico triste.
tenho o orgulho pouco disfarçado de quem obteve com muito esforço tudo aquilo que nunca quis. e, apesar de neste preciso momento duvidares disso, sou homem.
mas as fronteiras do nosso inter-tempo sempre foram definidas com uma economia de meios impressionante: "não fiques triste" é tão perfeitamente claro como a minha preferência por gatos, justificada de viés e ambígua como um luto antigo. (serve?)
nós somos assim. não é por mal. nem para o mal.
e seremos sempre nós, assim.
serve.
beauté oblige.
o tempo urge.
2009/08/21
alfa
segundo um artigo da edição de agosto da cosmopolitan americana, eu não tenho atributos de "alpha-male". isto deixou-me a pensar...
cheguei a uma conclusão: já gostei de alphaville, mas até prefiro as covers da ane brun. assim tipo isto:
cheguei a uma conclusão: já gostei de alphaville, mas até prefiro as covers da ane brun. assim tipo isto:
future
- the job i have in mind for you is as easy (ou difícil, acrescentaria eu) as gettin into lady's panties... and i think you have what it takes.
- ...
- ...
mahjeek
- pai, há pessoas mágicas, não há?
- há, filho.
- eu vi, na minha escola, uma pessoa que fez magia.
- mas são coisas diferentes. há pessoas que fazem muitas coisas para fazer magia e só raramente o conseguem. há pessoas que são mágicas, simplesmente...
- conheci uma pessoa mágica na minha escola. e vi uma pessoa fazer magia no circo.
- também já me aconteceu, filho.
- as pessoas mágicas não morrem?
- não, filho. queres que te explique o que é a memória?
- não! quero comer gelado porque já comi tudo...
- há, filho.
- eu vi, na minha escola, uma pessoa que fez magia.
- mas são coisas diferentes. há pessoas que fazem muitas coisas para fazer magia e só raramente o conseguem. há pessoas que são mágicas, simplesmente...
- conheci uma pessoa mágica na minha escola. e vi uma pessoa fazer magia no circo.
- também já me aconteceu, filho.
- as pessoas mágicas não morrem?
- não, filho. queres que te explique o que é a memória?
- não! quero comer gelado porque já comi tudo...
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